quarta-feira, abril 06, 2005

TRANSCRIÇÕES

«Líderes políticos irresponsáveis e de uma ambição sem limites, como Laurent Fabius, andam há meses a vender a ideia de que a Europa do tratado é uma Europa ultraliberal, "americanizada" e que abandonará na primeira esquina o seu "modelo social". O que é mentira mas cala fundo num eleitorado onde a simples evocação da palavra "liberal" causa pele de galinha.»
José Manuel Fernandes (Público, QA 06 ABR 05)

«Jacques Chirac, um sobrevivente político a que falta qualquer dimensão de Estado. Político de vistas curtas, sem espinha vertebral, adapta o discurso às circunstâncias e ao que pensa ser mais popular. Por mais de uma vez não hesitou em pôr em causa projectos comuns europeus em nome da tacanhez francesa, de interesses mesquinhos ou por medo da reacção do seu eleitorado.»
Id (id, id)

«[Os dirigentes europeus] têm de engolir o unilateralismo de Paris, já que Chirac continua a fazer diplomacia por conta própria, quer nas relações com a Rússia de Putin, quer na insistência do levantamento do embargo de armas à China para promover as empresas francesas.»
Id (id, id)

«A grande massa do povo divide-se sempre em duas metades. Por exemplo, os ricos e os pobres, os votantes e os abstencionistas, os escolarizados e os analfabetos, as pessoas com e sem colesterol... Neste momento podemos dividir a população nos que já começaram a dizer mal do Governo e nos que lhe concedem o tal período do estado de graça. O actual estado de graça segue-se ao período anterior, que era o do estado com graça: Santana era a anedota e o povo ria, satisfeito. Porque não vivemos só de pão, também é preciso circo. Ainda antes, tinha acontecido o período em que nada era de graça, com um governo dirigido pela mão férrea de Manuela Ferreira Leite. De modo que agora sabe bem um período de estado de graça, e é por isso que decidi fazer parte daquela parte dos portugueses que ainda não começaram a dizer mal do Governo. É sensato, é justo, é politicamente correcto - o que é raro, porque o politicamente correcto poucas vezes é sensato e quase nunca justo.»
Luís Fernandes (id, id)

«"Um estudo feito pelas universidades de Columbia e Yale, nos EUA, revelou que 88 por cento das adolescentes que se dizem virgens têm uma vida sexual activa, embora sem penetração vaginal" (Única/Expresso, 2 de Abril de 2005).
(…) Se estão excomungados todos os métodos anticoncepcionais e protectores, a começar no singelo preservativo, sobra o idílico "regresso à natureza", com a apologia da virgindade e da abstinência sexual - contra a suposta "promiscuidade" de quem ousa (con)viver a sua sexualidade antes de estar casado ou afim.
Neste reino de aparências e hipocrisias, está tudo muito bem quando a menina (no caso) mantém intacto o seu hímen. Pode ter uma vida sexual activíssima, pode praticar sexo oral ou sexo anal, pode experimentar o que muito bem entenda, com um(a) ou mais parceiro(a)s, tudo bem. Só se proíbe a penetração vaginal, pois de outro modo lá se iria a virgindade - quer dizer, o hímen... "Virgens técnicas", é como apetece defini-las, preocupadas que estão (se calhar mais pelos pais e pelos futuros namorados do que por elas próprias...) em manter nada mais do que aparências.»

Joaquim fidalgo (id, id)

«Está por provar que um partido de centro-direita, e claramente liberal, possa ganhar umas eleições legislativas em Portugal.»
Luís Osório (A Capital, QA 06 ABR 05)

«A extinção do partido político UDP marca, simbolicamente, o fim da utopia revolucionária trazida pelo 25 de Abril.»
Daniel Sampaio (id, id)

«Com uma maioria absoluta do PS, com o espectro de António Borges a pairar e com a imagem de que foi uma segunda escolha - para durar apenas o tempo necessário - Marques Mendes terá poucas condições para ser um líder com capacidade de fazer rupturas.»
Pedro Adão e Silva (id, id)

«Ninguém negará, dos que gostam e dos que detestam, que o Bloco de Esquerda representou nos últimos anos a mais importante novidade política.»Leonel Moura (Jornal de Negócios On Line, QA 06 ABR 05)

«A escritora Rosa Montero chamava-lhe ontem, nas páginas do El País, "histeria mortuária". Não é a primeira vez que o mundo se vê submergido numa avalanche mediática em torno da morte. Recorde-se o caso de Lady Di ou, num registo mais doméstico e recente, o do futebolista Fehér. A aldeia global vibra com a alegria, mas é a dor que se presta a manifestações planetárias de maior dimensão e intensidade. É da natureza humana.»
João Morgado Fernandes (DN, QA 06 ABR 05)

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