quarta-feira, abril 20, 2005

TEMAS DUMA CRÓNICA DE MARIA JOÃO AVILEZ: 1) BENTO XVI; 2) TELEMÓVEIS

Temas da croniqueta (croniqueta, digo eu, só porque breve) de Maria João Avilez, esta manhã, na TSF foram dois: 1) a eleição de Bento XVI; 2) os telemóveis.

1) Acerca da eleição de Bento XVI, a jornalista disse tratar-se de um “eminentíssimo teólogo” que o “sopro do Espírito Santo” terá levado os cardeais a eleger como sucessor de João Paulo II.

Confirmou, ainda, que a Igreja, “na sua milenar sabedoria”,
não anda aos “saltos e solavancos”.

Preferia, pois, não enveredar para os “rótulos e etiquetas”, e aguardar,serenamente, que o tempo demonstrasse se este é ou não o Papa desta época.

2) Acerca do inferno em que o telemóvel se transformou – ele que foi “inventado para facilitar a vida das pessoas”, não para o seu enfrenisamento (o termo é meu, não me recordo do dela) – contou um interessante episódio, creio que recentemente acontecido:

numa reunião do Conselho de Administração da Nestlé (internacional, suponho), o respectivo presidente, Peter Brabeck, decidida e surpreendentemente, colocou à sua frente, em cima da mesa, um alguidar com água e anunciou: telemóvel que toque, nesta reunião, é imediatamente mergulhado e assassinado neste alguidar.

Os restantes elementos do conselho, não terão gostado da “ameaça”. Mudos e quedos, não esboçaram uma reacção, nem desligaram os telemóveis, o que, pressupostamente, o presidente terá feito, seguramente.

Iniciada a reunião, toca o primeiro telemóvel. Sem apelo nem agravo, foi mergulhado na água do alguidar.

Pouco tempo depois, toca o segundo. Seguiu o inevitável caminho do primeiro.

Algum tempo depois, eis que toca um terceiro telemóvel:

para surpresa de todos, era o do próprio presidente. Imperturbável, o mais fleumaticamente possível, sem um sorriso, um gesto de comiseração, assassina-o como aos anteriores.

Pois é: é que o telemóvel (de indiscutível utilidade – necessidade, por vezes) transformou-se não só numa irreprimível moda, como no desassossego de todos, pelo uso e abuso que dele se faz.

Já acerca do assunto (e no mesmo sentido que a intervenção de hoje da Maria João Avilez) escrevi algo, nos começos de Março último, no blogue irmão deste.

Assim se não o leu na altura, ou se o quer recordar, veja “Um desassossego”.

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