Vale pela curiosidade e pela desmistificação… Leia, pois
“Manias e pequenas paixões dos Papas”
Um curioso artigo de Ana Fernandez, Roma, para o PÚBLICO de hoje.
«Os Papas não recebem salário, não têm conta bancária, mas têm paixões e manias, as únicas coisas que temperam as suas vidas esmagadas pelas responsabilidades que abraçaram.
Eis algumas delas, relatadas pelo jornalista norte-americano Nino Lo Bello, já falecido, num livro chamado Vaticanarias, prefaciado pelo cardeal beninense Bernardin Gantin.
João Paulo II (1978-2005), por exemplo, pediu que a sua cerimónia de investidura decorresse de manhã, para não faltar à transmissão, à tarde, de um encontro de futebol de que a televisão iria fazer a cobertura.
O mesmo Papa renunciou, em
João XXIII, um dos predecessores, o "Bom Papa" (1958-1963), não era muito dotado para os estudos, nomeadamente para o latim, que aprendeu, palavra a palavra, à custa de reguadas nos dedos.
Dormia pouco e falava durante o sono, preocupado com as suas funções, tendo um dos seus colaboradores mais próximos ouvido uma vez da sua boca, enquanto dormia: "Não sei, vou ter de perguntar ao Papa!"
Adorava, além disso, escapar e refugiar-se na "torre dos ventos", no Vaticano, de onde, armado com uns binóculos, passava horas a olhar para as pessoas nos terraços dos edifícios vizinhos.
Paulo VI (1963-1978) trazia um cilício sob a sotaina para se mortificar e adorava ler. Quando ia de viagem, levava sempre consigo caixas de livros, mas esta erudição nunca lhe permitiu pronunciar correctamente o nome da capital da Finlândia, Helsínquia, que, apesar dos esforços, lhe saía sempre como "Helsinski".
Pio XII (1939-1958) tinha fobia das moscas, consideradas portadoras de doenças, e tinha sempre um mata-moscas no seu gabinete. Tinha ainda a reputação de forreta, controlava todas as despesas e tinha o hábito de passar por todos os apartamentos pontificais para apagar as luzes antes de se ir deitar.
Era ainda um homem astuto. Para evitar ser refém dos nazis, preparou e assinou uma carta de demissão que fez registar oficialmente.
O seu antecessor, Pio XI (1922-1939), fazia entretanto tudo o que podia para não estar no Vaticano quando o chanceler alemão Hitler ia fazer uma visita ao seu amigo Benito Mussolini. Refugiava-se na residência dos Papas, em Castelgandolfo, e fechava a Capela Sistina. Assim, Hitler nunca conseguiu admirar o fresco do Julgamento Final, de Miguel Ângelo.
Apaixonado pela velocidade, coleccionava carros. Tinha 16 nas garagens do Vaticano, três deles descapotáveis. Ora o Estado do Vaticano cobre uma superfície de
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