sábado, abril 25, 2009

QUE TODAS AS MADRUGADAS TENHAM O SABOR DA LIBERDADE

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Recordo a palavra sufocada e os gritos dos torturados que ecoavam pela noite às mãos dos carrascos. Como recordo a vigília de tantos, e a dor de muitos mais.

Fremia de revolta a mordaça do pensamento. E arrebatador, mas contido pela força violenta, o ânimo submetia-se, tantas vezes, à necessidade de subsistir. Quando não era a morte que sobrelevava à vontade de resisitir.




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O verbo, quase só utilizado em frases surdas e nas entrelinhas, transmitia uma resistência que um dia havia de quebrar as grilhetas da liberdade, soltando as vozes tão longamente silenciadas.


Tantos marços decorreram,
antes que Abril rompesse no horizonte.
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Mas com a generosidade de muitos, veio também a subversão dos seus detratores e dos ganantes calculistas que do povo se serviram sem o servirem

Abril de abusos tantos,
de desencantos mil
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Abril cujo altíssimo preço estamos dispostos a pagar: porque sonhamos com um país em que um homem só pode ser igual ao outro, em que em qualquer mesa haja pão, em que em qualquer lar possa reinar a felicidade, em que a verticalidade não ceda à venalidade, em que a honra não dê espaço ao oportunismo.
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Abril de mágoas tantas,
mas de esperanças mil.
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(PROSEMA postado também, em simultâneo, no FLASH)
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