«Esta palavra (refiro-me a "sageza") tem dentro de si uma imensa felicidade. Não é o "saber", que é algo que a gente fixa obsessivamente. Fica mais perto do conhecimento. Mas vai mais longe. É uma palavra onde se inscreve uma sabedoria do corpo e que nos surge densa como um músculo. E ao mesmo tempo é uma palavra que tem a beleza de ser antiga. Como se pertencesse ao chão da Idade Média. Está atravessada de tempo, o tempo trabalhou-a do lado interior da pele e deu-lhe a cor exacta das coisas que aprenderam a ser lentas e que se partilham em silêncio.»
Eduardo Prado Coelho, Coluna diária “O fio do horizonte”, Público, QA 06 ABR 05)
Bonito, não é?
Como uma simples palavra – sageza – é bem burilada!...
Como eu gostava de ter uma oficina destas! Como eu gostava de ser escritor!
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