segunda-feira, abril 25, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA

25 de Abril: Dia da Liberdade — feriado nacional.

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Completam-se hoje 410 anos (1595), era uma TR: morreu, em Roma, com cerca de 51 anos, Torquato Tasso, poeta renascentista italiano. Em Portugal reinava Filipe I (18º). Pontificava Clemente VIII (231º).
Nascido em 1544, em Sorrento, o autor do poema épico Jerusalém Libertada (onde se se narra, em vinte cantos, a tomada de Jerusalém por Godofredo de Bulhão, no séc. XI), completado depois de 1575, foi ainda crítico literário e dramaturgo. Mais tarde (1593) refundiria aquela sua grande obra, intitulando-a, então, Jerusalém Reconquistada. Esta, porém, “sem atingir o fulgor e a beleza da primeira versão”.

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Faz hoje 406 anos (1599), era um DM: nasceu, em Huntingdon/Inglaterra, Oliver Cromwell, estadista inglês. No trono português sentava-se Filipe II (19º). Prosseguia o pontificado de Clemente VIII.
Eleito para o Parlamento em 1628, torna-se o líder das forças parlamentares que se opõem a Carlos I, vencendo os realistas, cujos representantes expulsa do Parlamento e faz votar a morte do monarca (1649). Esmagadas as revoltas da Escócia e da Irlanda, proclama a República (1651) e toma o título de Lord Protector (1653), enquanto cria outro Parlamento. Recusa a coroa, preferindo governar em ditadura. Lega o poder a seu filho, Richard, e morre, em Londres, com cerca de 59 anos, em 1658. Poucos meses volvidos, o filho renunciaria ao poder.

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Faz hoje 298 anos (1707), foi numa SG: derrota dos portugueses em Almansa D. João V (24º) Clemente XI (243º).
Esta foi uma das batalhas da Guerra da Sucessão de Espanha que decorreu de 1701 a 1713.
Guerra sustentada por diversos países (Portugal, entre eles), por causa da sucessão ao trono de Espanha por morte de Carlos II, que morreu sem sucessores. “Que iria suceder ao império espanhol depois do falecimento, havia tanto tempo esperado, do imbecil e inválido monarca, que nunca fora realmente, desde 1665, rei do país? A ideia de ser esse um problema sobre que tinha direito a ser consultado o povo espanhol era completamente alheia às concepções políticas do tempo. Considerava-se uma monarquia como uma propriedade de família que podia ser transmitida por testamento ou repartida entre os parentes do falecido” – escreve, assim, cruamente, o autor do texto constante da respectiva entrada (Guerra da Sucessão de Espanha), a págs 241do vol 30 da GEPB.
Eram três os nobres pretendentes à fabulosa herança espanhola, em 1698: Filipe de Bourbom, duque de Anjou, neto de Luís XIV; o arquiduque Carlos, segundo filho den Leopoldo II de Áustria e o príncipe José Fernando da Baviera, sobrinho do rei de Espanha. O que mais era aceitável pelas potências interessadas, porque o que melhor garantia o equilíbrio europeu, era o príncipe bávaro. Daí que logo tivesse nascido um projecto de partilha: a Espanha e as Índias caberiam ao príncipe José Fernando; a Filipe e a Carlos caberia uma importante fatia do restante, ainda imenso, império.
Um acontecimento, contudo, levou a que o plano tão minuciosamente gizado, fosse anulado: inesperadamente, no ano seguinte, morre o príncipe bávaro, José Fernando.
Com a nova partilha, logo se conformou Luís XIV, ainda que não dispondo de grande fatia. Porém, nem o austríaco se contentou com o muito que lhe davam, nem a fidalguia castelhana se conformava com a ideia de ver desmembrado o império espanhol.
Perante tais obstáculos, todo o trabalho diplomático relativo à segunda partilha se desmoronou.
Entretanto, estamos em NOV1700: morre Carlos II, que deixara em testamento, a Filipe de França, o seu império indiviso, com a cláusula de que, se a herança não fosse aceite na sua globalidade, passaria, também indivisa, ao arquiduque Carlos, da Áustria.
Claro que Luís XIV aceitou o testamento. Contudo, o que tornou a guerra inevitável, foi a exigência do rei francês de que os espanhóis lhe concedessem o direito do tráfico de escravos negros com as “Índias” espanholas, além de que fez invadir os Países Baixos espanhóis por tropas suas, ocupando as praças junto à fronteira com a Holanda. Assim, holandeses e ingleses (estes, com os seus aliados, os portugueses – que daí não tiravam proveito nem glória!), preocupados, afinal, com o seu comércio, desencadearam a guerra. De que uma das batalhas foi a que hoje se comemora: a batalha de Almansa. Aqui, as forças anglo-portuguesas do arquiduque Carlos, comandadas pelo inglês conde de Galloway e pelo nosso marquês das Minas, foram derrotadas pelas forças de Filipe de Bourbon.
Batalha que se manifestaria decisiva para as pretensões do francês: assegurou-lhe, a Filipe V, o trono de Espanha.
Assinado o tratado de Utreque (1713), que punha fim à guerra, ingleses e holandeses viam satisfeitos os seus interesses comerciais (passagem dos Países Baixos não holandeses, a Itália e as ilhas do Mediterrâneo passavam para a Áustria), pelo que pouco se lhes dava que Filipe V reinasse em Espanha.

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Faz hoje 261 anos (1744), foi num SB: faleceu Anders Celsius, astrónomo sueco que inventou a escala centígrada de temperaturas. Em Portugal reinava D. João V (24º). Pontificava, em Roma, o papa Bento XIV (247º).

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Completam-se hoje 230 anos (1775), era uma TR: nasceu, em Aranjuez, Espanha, D. Carlota Joaquina, futura rainha. Reinava, então, D. José (25º). Começara, pouco antes, o pontificado de Pio VI (250º).
D. Carlota Joaquina de Bourbon, filha dos reis de Espanha, Carlos IV e sua mulher. Casou, com 10 anos, com o príncipe D. João (futuro D. João VI), filho de D. Maria I, em 1785.
Morreu no palácio de Queluz, a 07JAN1830, perto de completar os 55 anos.
O retrato que dela consta, na respectiva entrada, na GEPB (vol 5, págs 950/51), não é muito agradável. Direi mesmo que é atroz: entre outros mimos (“beleza física, que de todo lhe faltava”; “desbragada educação”; “acessos de volúpia em que prostituía o tálamo e a coroa”; “linguagem… por vezes obscena”… etc), pode ler-se: “Sentia em si sobeja virilidade para ser ela o rei… Os traços varonis e grosseiros do seu rosto, o seu género de preocupações, o seu próprio impudor, denotam que em D. Carlota havia apenas de feminino o invólucro…”

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Faz hoje 177 anos (1828), era uma SX: aclamação de D. Miguel (em Lisboa, em Coimbra e em Aveiro). Pontificava Leão XII (252º).

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Faz hoje 131 anos (1874), era um SB: nasceu Guglielmo Marconi, inventor italiano, pioneiro no desenvolvimento da rádio. Em Portugal reinava D. Luís (32º). Pontificava Pio IX (255º).

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Completam-se hoje 87 anos (1918), foi numa QI: nasceu, no Estado da Virgínia, Ella Fitzgerald, cantora de jazz norte-americana. Em Portugal era PR Bernardino Machado. Pontificava Bento XV (258º).
Ella Fitzgerald, famosa pela sua extraordinária voz, cedo se tornou the first lady of jazz. Do seu imenso reportório destacaram-se as interpretações de Lady be good, How High the Moon, Saint Louis Blues e Porgy and Bess (com Louis Armstrong) que a tornaram célebre.
Cantou em Lisboa, acompanhada pela orquestra de Duke Ellington, em Janeiro de 1966.
Morreu em Beverly Hills, em 1996.

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Faz hoje 65 anos (1940), era uma QI: nasceu Al Pacino, actor norte-americano, de origem italiana. Era PR portuguesa o general Carmona. Pontificava Pio XII (260º).
“A evolução da sua carreira está, de certo modo, contida, até fisicamente, na trilogia de Francis Ford Coppola The Godfather (1972, 1974 e 1990). Recentemente entrou no filme Insomnia (2202, de Christopher Nolan).

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1942 nasceu Manuel Freire, intérprete musical e compositor português. Continuava o mandato de Carmona. Prosseguia o pntificado de Pio XII.
“Sorridente, sério, bonacheirão, brilhante, perspicaz, irónico, sarcástico, em síntese criança e adulto ao mesmo tempo” – foi uma “fotografia” sua que encontrei na Net.
A sua conhecidíssima e magnífica interpretação de Pedra Filosofal chega para o definir em termos artísticos.

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Completam-se hoje 31 anos (1974), foi numa QI: a canção “Grândola Vila Morena”, de José Afonso, é a senha transmitida, às 00:55, pelo Rádio Clube Português para início do movimento militar. Golpe de Estado (que ficou conhecido como "Revolução dos Cravos"), liderado pelo MOFA, que visava instaurar a democracia. Fim da ditadura. O MOFA (Movimento dos Oficiais das Forças Armadas) passa a MFA (Movimento das Forças Armadas). Américo Tomás Paulo VI (262º).
o poder político foi assumido pela JSN (Junta de Salvação Nacional), presidida pelo general Spínola (até 30SET1974), e que representava um compromisso entre as hierarquias militares e o MFA, sendo constituída por dois oficiais de cada ramo: generais Costa Gomes e Jaime Silvério Marques, pelo Exército; almirantes Rosa Coutinho e Pinheiro de Azevedo, pela Armada; generais Diogo Neto e Galvão de Melo, pela Força Aérea.

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Faz hoje 30 anos (1975), foi numa SX: primeiras eleições livres de há 50 anos a esta parte: eleição da Assembleia Constituinte. Costa Gomes era o PR. Pontificava Paulo VI.

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Faz hoje 29 anos (1976), era um DM: realizam-se as primeiras eleições para a Assembleia da República. Foi eleito seu presidente o Dr Vasco da Gama Fernandes. Costa Gomes era o PR. Paulo VI era o pontífice reinante.

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Faz hoje 22 anos (1983), era uma SG: perante a instabilidade da coligação apoiante do governo, o presidente da República – general Ramalho Eanes - decidiu dissolver a AR e convocar eleições legislativas antecipadas para esta data. Eleições que foram ganhas, com maioria simples, pelo PS. Pontificava João Paulo II (264º).

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