quarta-feira, agosto 27, 2008

PRESIDENCIAIS NOS EUA - 18

horse race
(cartoon de Gary Varvel - Maio2008)

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Parece haver quem esteja interessado em
«qualquer coisa chocante que faça recordar
aos poucos que votam
que é mais importante o medo do que a esperança!...»

(Fernando, na mensagem abaixo)
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Queiramos ou não, situemo-nos numa área mais independente ou mais propensa à defesa das perspectivas e soluções de qualquer das duas grandes áreas da política, a verdade é que o mundo não é indiferente às grandes opções que se debatem nos “states”, num momento destes.
O “nosso enviado especial”, o Fernando, porque se encontra de férias (e parece que em trabalho), entre nós, não tem, de momento, a mesma facilidade de acompanhar estas surpreendentes presidenciais.
Aguardamos que ele – baterias carregadas e assuntos pessoais resolvidos – volte ao seu posto de observação,
in loco, e continue a mandar-nos as Obama News a que nos habituou, de forma a temperarmos o que os media, mais ou menos sensacionalistamente, nos vão oferecendo.
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Ele próprio nos dá conta do que se passa.
Vejamos.
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Obama News - 20080825 -
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Férias, verão e guerra fria...
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Caros amigos,
O meu regresso aos EUA estava previsto para o dia 22 de Agosto. Por razões profissionais e pessoais prolongarei a minha estadia aqui até ao final de Setembro. Por esta razão não será possível enviar-vos as Obama News com o mesmo espírito com que o fiz desde o início das Primárias: fornecer-vos uma informação diferente (mais correcta e actualizada) do que a que recebem através dos grandes meios de comunicação.
A minha presença nos EUA permite-me o contacto com pessoas envolvidas no processo e com meios de informação independentes e não enfeudados a grandes interesses. Por exemplo, é diferente saber da Convenção Democrática aqui (mesmo utilizando a web) e lá.
Durante este período de férias e verão os aspectos mais interessantes do que se tem passado pelo mundo parecem ter sido: 1. O início da II Guerra Fria; 2. Os primeiros Jogos Olímpicos com a China em primeiro lugar na lista das medalhas de ouro; 3. A manutenção da crise económica global.
Nos EUA as eleições presidenciais continuam a ocupar tempo de antena com muita desinformação à mistura.
As sondagens continuam a dar um empate técnico. A esmagadora maioria dos jornalistas, usam-nas, não para informar e formar, mas para vender notícias. Ignoram que o sistema eleitoral americano não está preparado para eleições muito disputadas (a margem de erro do sistema é superior a pequenas diferenças no número de votos), escondem o facto de não haver eleições directas e, portanto, não fazer sentido falar de resultados nacionais, quando o que interessa é saber quantos delegados do colégio eleitoral são eleitos em cada Estado (há 8 anos o Gore teve mais 500 mil votos do que o Bush mas perdeu as eleições por causa das trapalhadas eleitorais na Florida), desprezam os outros candidatos (especialmente Nader, que rouba votos a Obama, e o Partido Libertário, que os rouba a McCain), valorizam (e deturpam) quando lhes convém certos assuntos em detrimento de outros (aborto, boatos de caserna, medos, ignorâncias, etc), não consideram o erro sistemático de todas as sondagens provocado por estarmos perante universos eleitorais diferentes (desde que as Primárias começaram há mais de 4 milhões de novos eleitores).
A campanha eleitoral vai entrar na fase decisiva. Depois das Convenções dos principais Partidos haverá debates e as mais diversas disputas. Se o jogo fosse limpo até se poderia falar de um processo livre e democrático. Mas não o será. A sujidade já começou há muito tempo, principalmente pelo lado, como é costume, do Partido Republicano. Depois de andarem anos a preparar-se para combater a Clinton, tiveram de ajustar os arsenais à nova situação.
Mas já aí está o livro contra Obama (do mesmo autor que fez o mesmo, com sucesso, há 4 anos atrás, contra Kerry). Parece valer tudo... até arrancar olhos. Não me espantaria que, no cúmulo do desespero, passem das palavras aos actos e "alguma coisa aconteça"... Um atentado "terrorista", um assassinato (que será carpido com lágrimas de crocodilo), qualquer coisa chocante que faça recordar aos poucos que votam que é mais importante o medo do que a esperança!...
Um abraço para todos,
fernando

quarta-feira, agosto 06, 2008

PRESIDENCIAIS NOS EUA - 17

Bush visto pelo cartoonista ABatista
"ainda tenho uma semanitas para estroinar..."





Um agudo sentimento patriótico, roçando o chauvinismo, e, mais que isso, um sobranceiro sentido de domínio como se todo o orbe fizesse parte do seu império – é nota comum, em raros casos com algum tempero, do americano médio.
Barack Obama será uma dessas raras excepções nalgumas perspectivas de encarar a vida.
O senador do Illinois tem uma experiência vivida bastante caldeada de credos e civilizações.
O candidato democrata mereceu – traço bem visível – a compreensão e o apoio unânime de todos que, na América ou no mundo, põem acima de todos os valores e no centro de todas as atenções O HOMEM.
Mas – é preciso não esquecer – Obama é... Americano. “Fervorosamente” americano, não obstante o sangue fresco que lhe corre nas veias ou o moldou (pai negro africano, mãe branca americana e padrasto indonésio). Digamos ser esse o seu calcanhar de aquiles: um indesmentível americanismo. (Basta pensar na sua abordagem do candente e intrincado problema que é o médio Oriente).

Deixo-vos com a brevíssima mensagem do Fernando, de há dois dias atrás, de SG 04AGO08, data em que Obama fez 47 anos.







apesar de tudo, BO reúne muitos consensos
e é uma esperança



A Night of Blues for Barack -
Thank You and Important Links

- assunto da mensagem recebida por Fernando, a que ele abaixo se refere


Caros amigos,
Estou em Portugal mas vou recebendo noticias de quem trabalha para melhorar a democracia no outro lado do mar.
Aqui vai um exemplo.
Aproveitem para ver o vídeo seguinte:
www.johnkantor.com/kizmet
Um abraço a todos,
fernando


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