MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA

2005-2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.

2005 - Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO) – tudo de acordo com a proclamação da Assembleia Geral da ONU.

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Foi há 1884 anos (121), segundo o actual calendário terá sido numa SX: nasceu Marco Aurélio, imperador romano. Reinava o imperador Adriano. Pontificava Sisto I (7º).
Ao imperador Antonino Pio sucedeu Marco Aurélio. Tirando o reinado de Domiciano, foi uma época de ouro: Tito, Nerva, Trajano, Adriano, Antonino Pio,"o tão admirável Marco Aurélio"-"foram homens de puro e nobilíssimo carácter". [Marco Aurélio era filho de andaluzes - cfr Padre Miguel de Oliveira, História Eclesiástica de Portugal, pág 23].
Realmente, com a subida de Vespasiano ao trono imperial começou uma era mais pacífica, de melhor governo das províncias, de finanças públicas mais bem administradas, de melhorada moral pública; era que, exceptuado o reinado de Domiciano, perdurou ininterruptamente por uma centena de anos.
Claro que durante esta época houve melhores e piores imperadores, mas sem que estes tivessem conseguido corromper a sociedade.
Até que ponto terá contribuído mais decisivamente para esta mais tranquila e estável fase a influência da religião acabada de nascer - o cristianismo - é difícil de determinar. Mas que ela funcionou como um factor de travagem e de saneamento da velha sociedade - isso parece certo.
O reinado de Adriano, por exemplo, que durou vinte e um anos (117-138), foi pacífico e ficou memorável como a época em que a arquitectura romana teve um florescimento maior, manifestando-se nos mais mais belos e ricos monumentos.
No ano de 81 ao imperador Tito sucede o imperador Tito Flávio Domiciano, que era filho de Vespasiano e irmão mais novo de Tito. Domiciano foi o último dos doze Césares da casa de Augusto. Com a idade tornou-se um cruel facínora. Foi a própria mulher, Domícia, quem lhe preparou uma conspiração que levou ao seu assassínio.

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Completam-se hoje 357 anos (1648), foi num DM: nasceu D. Pedro, futuro D. Pedro II (1683 a 1706), irmão de D. Afonso VI, a quem sucederia. Reinava D. João IV (21º). Pontificava Inocêncio X (236º).

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Faz hoje 207 anos (1798), era uma QI: nasceu Eugène Delacroix, pintor francês. Em Portugal decorria a regência do príncipe D. João (VI). Pontificava Pio VI (250º).
Ferdinand Victor Eugène Delacroix foi um genial pintor.Teve a felicidade de nascer num berço de ouro: família distinta em que abundavam artistas, diplomatas, políticos e militares.
Em 1822 (aos 24 anos) expôs o seu primeiro grande quadro, A Barca de Dante, que lhe mereceu rasgados elogios, e que foi logo adquirido pelo Estado, pela soma de 1200 francos. O grande público não lhe poupava elogios, mas tinha também grandes detratores, como Vítor Hugo, que o hostilizavam duramente. Entre os seus amigos e admiradores contavam-se, por exemplo, Stendhal, Musset e Dumas. Produziu obra extensíssima e era, a um tempo, pintor revolucionário e pintor oficial! A exposição Universal de 1855 foi a sua definitiva consagração: reúne 36 quadros seus de entre os melhores de museus e colecções particulares: obteve, então, a Grande Medalha e a Comenda da legião de honra. Pintou 853 grandes quadros, 1505 aguarelas e pastéis, desenhou 6629 obras à pena e a lápis, 109 litografias e 24 gravuras. Deixou, ainda, 60 cadernos de apontamentos e esbocetos.
“A pintura de Delacroix tem a dramaturgia de Vítor Hugo, seu inimigo”.
É bem visível, na sua obra, “a preocupação de traduzir em largas manchas de cor, desenho convulsionado por vezes mas largo e veemente, pedaços de vida viva, o moviemnto, a luz, os grandes assuntos dramáticos e ultra-românticos”.

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Completam-se hoje 184 anos (1821), era uma QI: a Corte parte do Brasil para Portugal. Reinava D. João VI (27º). Pontificava Pio VII (251º).

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Faz hoje 105 anos (1900), era uma QI: nasceu Charles F. Richter, sismologista americano, cujo nome baptizou uma escala sismográfica. Em Portugal reinava D. Carlos (33º). Em Roma decorria o pontificado de Leão XIII (256º).

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Completam-se hoje 89 anos (1916), foi numa QA: morreu, em Paris, perto de completar os 26 anos, Mário de Sá-Carneiro, poeta português. Era PR, então, Bernardino Machado. No Vaticano pontificava Bento XV (258º).
Mário de Sá-Carneiro nasceu em Lisboa no dia 19MAI1890.
Foi uma das figuras de maior relevo na sua geração. “Poeta intensamente subjectivo, por vezes enamorado de abstracções, manifestando, nalgumas das suas poesias, uma influência, quase directa, dos simbolistas. A sua vida literária foi extremamente curta: toda a sua obra foi elaborada entre 1913 e 1916. Não chegou, em vida, a ser conhecido do público, embora admirado pelos que no seu tempo e na sua geração se destacavam pelos seus méritos. Melancólico e inadaptado à vida, suicidou-se no quarto onde vivia em Paris.
Dos seus livros citarei, por exemplo, Dispersão, 1914, reeditado, em 1940, pela revista Presença; Confissão de Lúcio, 1914 e Céu em Fogo, de 1915.

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Faz hoje 68 anos (1937), foi numa SG: a cidade espanhola de Guernica, na Biscaia, muito próxima de Bilbau, é destruída por bombardeiros alemães que apoiam os nacionalistas na Guerra Civil espanhola. Em Portugal mantinha-se o general Carmona na PR (e Salazar na chefia do governo). No Vaticano pontificava Pio XI (259º).
Guernica é considerada a “cidade sagrada” do povo basco.
Há duas referências que são inevitáveis em qualquer publicação que fale de Guernica: a primeira, que o Parlamento Basco aí se reunia, debaixo de um carvalho, desde a Idade Média até ao século XIX. A outra, que Guernica, símbolo que era dos horrores da guerra, inspirou Picasso para o seu mais conhecido quadro, que se intitula, exactamente Guernica, exposto no Museu do Prado, em Madrid.

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Há 31 anos (1974), entre 26ABR e 14MAI, a Junta de Salvação Nacional (JSN) era o único órgão de soberania em funções. Entre as medidas que tomou, salientam-se: a amnistia para os presos políticos e sua libertação; destituição do presidente da República e do Governo; dissolução e extinção da Assembleia da República e da Câmara Corporativa; dissolução e extinção da ANP; extinção da PIDE-DGS; extinção da Legião Portuguesa e da Mocidade Portuguesa; a definição das bases legais que passavam a reger a vida portuguesa até à entrada em vigor de uma nova Constituição; nomeação do general Spínola para o cargo de presidente da República. Pontificava, então, o papa Paulo VI (262º).

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Na mesma data: rendição da polícia política (PIDE) às forças armadas.

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Na mesma data: o PS, o PCP e o MDP/CDE defendem a autodeterminação e a independência das colónias.
Estes eram os únicos partidos e movimento então existentes (os partidos, regressados da clandestinidade ou do exílio, como é evidente).

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Ainda na mesma data, sob custódia militar, o almirante Américo Tomás (ex-presidente da República) e Prof Marcelo Caetano (ex-presidente do Conselho) embarcam para o Funchal. Donde, pouco depois, partiram para o Brasil.

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Faz hoje 21 anos (1984), era uma QI: faleceu, com cerca de 80 anos, o norte-americano Count Basie, chefe de orquestra de jazz. Em Portugal, era o general Ramalho Eanes o PR. Já decorria o pontificado de João Paulo II (264º).
William Basie, seu verdadeiro nome, nasceu no Estado de Nova Jérsia em 1904.
Foi ainda pianista e compositor.
Nome grande da música jazz, a sua orquestra, a par da de Duke Ellington, fazia furor em Nova Iorque nos idos 30 do século passado. Por ela passaram grandes figuras do mundo do jazz, nomeadamente trompetistas e saxofonistas.
Além de ter gravado grandes temas, como The King, em 1946, Every Day, em 1955, ou Kansas City Suite, em 1961, participou em alguns filmes.
Deu dois concertos em Portugal, no, então, Cinema Império, em Lisboa.

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Foi há 19 anos (1986), era SB: na Ucrânia, perto de Kiev, explode um dos reactores da central nuclear soviética de Chernobyl; as partículas radioactivas emitidas para a atmosfera teriam efeitos graves em várias regiões da Europa. Isto quando em Portugal era PR o Dr Mário Soares. E em Roma prosseguia o pontificado de João Paulo II.

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Foi há 11 anos (1994), era uma TR: na África do Sul, primeiras eleições democráticas não-raciais desde o final do apartheid. Em Portugal decorria o segundo mandato presidencial de Mário Soares. No Vaticano decorria o longo pontificado de João Paulo II.