quinta-feira, maio 05, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA



2005-2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.

Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)
Dia Mundial do Coração
Dia Europeu da Música

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Foi há 1736 anos (269), uma QA: Félix I (25º), romano, foi eleito papa, sucedendo ao papa Dionísio. O imperador romano era, então, Cláudio II, cognominado o Gótico (Marco Aurélio Cláudio) que eleito pelo exército e confirmado pelo Senado (268-270), sucedeu a Galieno.

Foi Félix I quem declarou as naturezas divina e humana de Jesus Cristo, juntas numa só pessoa. Pontificou por cerca de 6 anos.

Com Cláudio Gótico parece ter recomeçado a recuperação do prestígio do império. Com ele e com os seus sucessores: Aureliano, Probo e Caro.

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Foi há 944 anos (1061), era um SB: nasceu Godofredo de Bolhão, cruzado normando e primeiro rei de Jerusalém. Nem o Condado Portucalense ainda existia (o que só viria a acontecer lá para os fins desse séc XI, princípios do XII), quanto mais Portugal. O pontífice de então era Nicolau II (155º).

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Foi há 795 anos (1210), era uma QA: nasceu D. Afonso III (5º). Reinava seu avô D. Sancho I (2º). Pontificava Inocêncio III (176º).

D. Afonso III era irmão do seu antecessor no trono, D. Sancho II (4º). Ou seja, o Conde de Bolonha (daí o seu cognome, o “Bolonhês”), sucedeu ao “Capelo”. Eram ambos filhos de D. Afonso II (3º), o “Gordo”.

Foi o papa Inocêncio IV (180º), quem depôs D. Sancho II, em 24JUL1245, entregando o governo a seu irmão. Nesta altura D. Afonso III foi nomeado Defensor e Procurador do Reino. Só após a morte do irmão, em 1248, é aclamado rei. Reinou até 1279.

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Faz hoje 550 anos (1455), era uma SG: nasceu D. João II, em Lisboa.

O “Príncipe Perfeito” reinou de 1481, tinha 26 anos, até 1495, que é o ano do seu passamento (25OUT), no Alvor, Algarve, tinha 40 anos.

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Foi há 254 anos (1751), era uma QA: o Marquês de Pombal, primeiro-ministro de D. José, limita o poder da inquisição ao decretar que nenhum auto-de-fé deveria ocorrer sem autorização governamental. Reinava o “reformador”, D. José (25º), desde o ano anterior, que foi quando morreu seu pai, D. João V, o “magnânimo”, a quem sucedeu. Bento XIV (247º) era o Sumo Pontífice dessa época.

D. José não foi figura preponderante na sua época. Viveu sempre à sombra do seu despótico e agreste primeiro-ministro. Por alguma razão essa época se chama pombalina (não josefina).

Visto a esta distância, parece uma atitude bem ousada, aquela do Marquês! E, pelos vistos, sem se chamuscar! Bom: parece, apenas. Não eram assim tão nobres os seus intentos: o que ele pretendia, afinal, era a secularização da censura e a conversão do Santo Ofício em Tribunal Régio! Contudo, teve a coragem de se opor – não pelos melhores motivos, é certo – ao sistema. Querendo, é verdade, transformá-lo noutro. Não menos odioso. Coragem desprezível, portanto, e dispensável.

Era, na altura, cardeal patriarca de Lisboa D. José Manuel da Câmara (que foi o 19º cardeal português e o 2º Cardeal Patriarca de Lisboa). Entretanto, o cardeal, agastado com a perseguição que o Marquês de Pombal movera contra os Jesuítas, retirou-se. Sucedeu-lhe D. Francisco de Saldanha.

A luta do Marquês contra os jesuítas intensificou-se. E o primeiro-ministro aproveitou o insignificante atentado a D. José, em 13SET1758, para nele os envolver. Executados os réus (os Távoras, entre eles), os jesuítas não iriam esperar muito pela decisão que os atingiria.

É que se o marquês não suportava os jesuítas, e os queria expulsar, menos ainda podia com a nobreza, que não tolerava o seu governo despótico, pretendendo esmagá-la, a todo o custo.

No mesmo ano em que são executados os “réus” do atentado (1759), são expulsos os jesuítas. Aqueles a 13JAN, estes a 03SET.

O clímax da situação seria atingido em 1760, com o corte de relações entre o governo português e a Santa Sé. Já era romano pontífice o veneziano Carlos Rezzonico, o papa Clemente XIII (248º).

Os jesuítas regressariam a Portugal, não muito depois. Pelo menos com D. Miguel já cá estavam, pois foi a eles que o “Rei Absoluto” entregou o Colégio das Artes, em 1832. Era então a Igreja dirigida por Gregório XVI (254º), já as relações diplomáticas haviam sido restabelecidas, em 1769, no pontificado de Clemente XIV (249º) e ainda no reinado de D. José.

(Aliás, e a propósito, em 21.07.1773 [QA], após 4 anos de luta, o papa publicou o breve Dominus ac Redemptor, que dissolve a Companhia de Jesus, sem, contudo, a condenar.)

Os jesuítas voltariam a ser expulsos do país com a implantação da República em 1910, pelo governo provisório de Teófilo Braga (nos Negócios Estrangeiros estava Bernardino Machado), quando pontificava Pio X (257º).

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Faz hoje 243 anos (1762), era uma QA: assinatura do tratado de São Petersburgo entre a Rússia e a Prússia. Decorria ainda, em Portugal, o reinado de D. José (25º). Pontificava Clemente XIII (248º).

A Rússia reintegra o território perdido e estabelece uma aliança com a Prússia.

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Faz hoje 189 anos (1816), foi num DM: Carlos Augusto de Saxe-Weimar é o primeiro príncipe alemão a aprovar uma constituição liberal. Em Portugal reinava D. João VI (27º). No Vaticano pontificava Pio VII (251º).

Foi com o reinado do grão-duque Carlos Augusto (iniciado em 1775) que a cidade de Weimar (e o principado) atingiu o seu auge de esplendor. Mecenas da literatura e da arte, o grão-duque atraiu à sua corte os mais celebrados intelectuais da Alemanha, como, entre outros, Goethe e Schiller, que o ajudaram a elevar a cidade ao nível do primeiro e mais importante centro intelectual da Alemanha.

O reinado de Carlos Augusto foi o mais brilhante da história dos Saxe-Weimar.

Foi no Congresso de Viena que o soberano viu acrescentar-se-lhe o título de grão-duque.

Como a constituição por ele outorgada garantia a liberdade de imprensa, Weimar logo se tornou num foco de agitação liberal, o que trouxe fortes dissabores e problemas ao soberano, objecto “das fúrias das potências reaccionárias”.

Esta constituição viria depois, no pós I Grande Guerra, a ser substituída pela Constituição de Weimar, de 31JUL1919, que daria origem à chamada República de Weimar. Esta só se manteria até à ascensão de Hitler.

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Completam-se hoje 187 anos (1818), foi numa TR: nasceu Karl Marx, escritor, filósofo e revolucionário alemão. Em Portugal decorria, ainda, o reinado de D. João VI. E prosseguia o pontificado de Pio VII.

Foi aluno de Hegel, em direito e filosofia, nas Universidades de Bona e de Berlim. Foi na U. de Berlim que se doutorou, mas as suas teses políticas não lhe permitiram seguir a carreira docente.

Seguiu, então, a carreira de jornalista, vindo a tornar-se redactor-chefe da Gazeta Renana, que seria proibida em 1843.

Foi, então, para Paris, onde se tornou amigo de Engels (também alemão, mais novo que ele dois anos). Porém, sofre novo revés: a publicação dos Anais Franco-Alemães leva à sua expulsão.

Parte, agora, para Bruxelas, onde se torna membro da Liga dos Comunistas. Ora foi para o II Congresso desta associação que ele e Friedrich Engels escreveram o Manifesto do Partido Comunista (1848). Isto quando se congeminavam as insurreições revolucionárias de França, da Alemanha e da Áustria.

Também é co-autor, com F. Engels, da Sagrada Família e d’ A Ideologia Alemã.

E ambos participam em numerosas lutas da classe operária, em diversos países e por diversos meios: artigos, discursos, etc.

A classe operária começava a organizar-se por toda a parte, e Marx cada vez mais se dedicava à política. Esteve, por exemplo, na origem da criação, em 1864, da Associação Internacional dos Trabalhadores (que ficou conhecida como a I Internacional). Para ela redigiu, só, ou em parceria, estatutos, resoluções e manifestos. As acentuadas diferenças, porém, entre a sua ala, marxista, e a dos anarquistas partidários de Bakunine, conduziu ao insucesso dos intentos da Associação.

Entretanto prosseguia na construção da sua obra máxima: O Capital. E, enquanto isto, participava na fundação do Partido Social-Democrata Alemão.

D’O Capital, porém, só publicou, em vida, a primeira parte. Da segunda e terceira partes é Engels que prepara a respectiva publicação. Como será ele que assume o papel do principal apóstolo do socialismo.

Refugiado em Londres, Karl Marx aí permaneceu até à morte, acompanhado pela mulher e pelas suas três filhas e pelo seu constante amigo Engels. Foi em Londres que morreu em 1883, no ano em perfazia os seus 65 anos de idade.

Contestado e repudiado por muitos, endeusado e adorado por tantos outros, é uma daquelas personalidades que muitos rios de tinta tem feito correr neste nosso planeta.

Partindo de um estudo aprofundado das teorias económicas até então elaboradas e ainda duma atenta observação da sociedade industrial inglesa do século XIX, Marx desenvolveu uma crítica da economia capitalista estabelecendo os princípios de uma nova sociedade fundada sobre o materialismo dialéctico (ou histórico). Daí o marxismo como visão a um tempo filosófica, económica e política.

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Faz hoje 184 anos (1821), era um morreu, na ilha de Santa Helena, no Atlântico, Napoleão Bonaparte, imperador francês. Em Portugal continuava o reinado de D. João VI. Prosseguia o pontificado de Pio VII.

Nascido em 1769, em Ajaccio, na Córsega/França, aos 24 anos (1793) era general. Em 1796 é comandante-chefe das tropas francesas em Itália. As vitórias acumuladas até Abril do ano seguinte traduzem-se, politicamente, nos Tratados de Tolentino (com a Santa Sé), Campoformio (com a Áustria) e Paris (com a Sardenha). Em 1798 (com 29 anos) parte com um exército para o Egipto, com a intenção de barrar, à Inglaterra, a rota terrestre para a Índia. Aí obtém vitórias retumbantes, mas acaba com o seu exército destroçado pelos ingleses em Abukir. Desacreditado pelos franceses, hostilizado pelos egípcios, entrega o comando a Kléber e regressa a França.

Já em Paris, faz o golpe de Estado de 09NOV1798 (o célebre 18 do Brumário) que o leva ao poder.

Duas fases, a partir de agora, caracterizam a sua carreira política: O consulado e o império.

O consulado é uma consequência do golpe do 18 do Brumário: é instituído um directório de três cônsules. Mas Bonaparte é o primeiro-cônsul e único senhor de todas as decisões. Mas, depois de uma intensa actividade e de importantes reformas, Napoleão acaba por assinar uma concordata com o papa Pio VII, obtendo o consulado vitalício (1802) e, logo depois o título de imperador dos franceses, com o nome de Napoleão I (02DEZ1804).

A campanha da Rússia (1812) foi um rotundo fracasso. Nas campanhas ibéricas as suas tropas foram expulsas e rechaçadas (1809). Em 1814 não consegue suster e vencer o inimigo que entra em Paris. Forçado à abdicação é deportado para a ilha de Elba.

Um ano depois (01MAR1815) evade-se da ilha e avança sobre Paris reconquistando o poder. Passados Os Cem Dias, em Junho seguinte, é definitivamente vencido por Welligton em Waterloo e deportado para Santa Helena onde morre.

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Faz hoje 74 anos (1931), era uma TR: em Portugal, reconhecimento do direito de voto às mulheres diplomadas com cursos superiores ou secundários; aos homens exige-se somente que saibam ler e escrever. Carmona era o PR. Pontificava Pio XI (259º).

A radicalização do regime tornava-se cada vez maior. Em Julho seguinte Salazar tornar-se-ia Presidente do Conselho. A ditadura tornaria inútil tão grande magnanimidade na atribuição do direito de voto.

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Faz hoje 33 anos (1972), era uma SX: o governo substitui a censura prévia pelo regime de exame prévio. Américo Tomás era o PR. Em Roma pontificava o papa Paulo VI (262º).

O Estado Novo agonizava a olhos vistos. Qual fruto podre, a ditadura desfazia-se. Eram várias as tentativas para aparentar reformas de fundo… Mas, nada. Esta foi mais uma mais uma mudança de fachada: alterou-se tão só um nome. Tudo ficou na mesma. Pensando numa frase brejeira mas expressiva, nem as moscas mudaram.

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Faz hoje 30 anos (1975), foi numa SG: nasce o MDLP, movimento anticomunista ligado ao general Spínola. PR era o general Costa Gomes. Sumo Pontífice, era o papa Paulo VI.

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Faz hoje 19 anos (1986), foi numa SG: morrem, em Lisboa, o maestro e compositor Ruy Coelho e a popular artista de teatro e de cinema Laura Alves. Era o Dr Mário Soares o PR. Era já João Paulo II (264º) o papa pontificante.

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