terça-feira, maio 31, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA



2005/2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
2005 - Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)
Dia Mundial do Não-Fumador (Organização Mundial de Saúde)
Dia Nacional da Namíbia.
Dia Nacional da África do Sul.

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Faz hoje 773 anos (1232), que caiu numa SG : é desta data e do papa Gregório IX (178º) a bula de canonização de Santo António (aliás, Fernando de Bulhões), menos de um ano depois de o mesmo ter morrido, em Pádua (13JUN1231), com 36 anos de idade. Reinava em Portugal D. Sancho II (4º).

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Completam-se hoje 536 anos (1469), foi numa QA: D. Manuel I (14º) nasceu em Alcochete. Reinava seu tio D. Afonso V (12º), irmão de seu pai. No Vaticano pontificava Paulo II (211º).

D. Manuel era filho do infante D. Fernando (duque de Viseu, filho do rei D. Duarte e irmão de D. Afonso V) e da infanta D. Beatriz, filha do infante D. João e neta de D. João I. Casou três vezes. A primeira, com D. Isabel de Castela, filha dos reis católicos, viúva do infante D. Afonso, filho do nosso D. João II. D. Isabel morreu de parto, deixando um filho, D. Miguel da Paz, que morreria ainda bebé. Casou em segundas núpcias com uma cunhada, a infanta D. Maria de Castela, irmã da sua primeira mulher, e deste casamento teve 9 filhos: D. João, que lhe sucederia no trono (D. João III); D. Isabel, que viria a ser imperatriz da Alemanha, ao casar com o imperador Carlos V (foram os pais de Filipe II de Espanha); D. Beatriz, que casou com o duque de Sabóia, Carlos III (foram os pais de D. Manuel Felisberto, duque de Sabóia); D. Luís, (n. 1506; m. 1555) cultor das ciências e das Letras, discípulo de Pedro Nunes (D. Luís foi o pai natural de D. António, Prior do Crato); D. Fernando, (nascido em 1507) duque da Guarda, conde de Marialva e de Loulé (e de Trancoso?) morreu em 1534. "Foi tão detestado quanto seu irmão D. Luís foi admirado" (cfr Ditos portugueses... Autor desconhecido; anotado e comentado por José Hermano Saraiva, 57); D. Afonso, (nasceu em 1509) que foi bispo de Évora, Guarda e Viseu, arcebispo de Lisboa e cardeal (esta dignidade conferida por Leão X, em 1513, quando o infante tinha 4 anos (!), mas sob a condição de não poder ser tratado como tal antes de chegar aos 14 anos. Mas recebeu o barrete cardinalício aos 9 anos) (cfr tb, Ditos..., J H Saraiva, 56); D. Henrique, (nasceu 31.01.1512 e morreu a 31.01.1580) que veio a ser rei de 1578 a 1580, e que antes fora arcebispo de Braga, de Évora e de Lisboa; D. Maria, que morreria ainda bebé; D. Duarte, homem erudito, educado por André de Resende, que casou com D. Isabel, filha de D. Jaime, 4º duque de Bragança (D. Duarte foi o pai de D. Catarina, duquesa de Bragança).

O terceiro casamento de D. Manuel foi com a infanta de Espanha, D. Leonor, filha de Filipe I e irmã de Carlos V (que chegara a ser pensada para sua nora, já que primeiro se pretendeu que casasse com o seu filho - futuro D. João III). E deste casamento teve dois filhos: D. Carlos, que viveu apenas um ano, e D. Maria, pessoa de grande cultura. D. Leonor nasceu a 15NOV1498.

De notar que o infante D. Luís nasceu em 1506 e morreu em 1555. Este segundo filho varão de D. Manuel "teve excepcional prestígio, maior que qualquer dos seus irmãos, e D. João III [que só por ter nascido antes - 4 anos - que o irmão, foi rei) procurou sempre mantê-lo na sombra. Vários escritores, entre eles Gil Vicente, D. João de Castro e Pedro Nunes, lhe dedicaram obras" (Ditos... J H Saraiva, 54)

D. João II e D. Manuel eram primos e cunhados: primos, porque ambos netos de D. Duarte (D. Duarte foi o pai de D. Afonso V e de D. Fernando, duque de Viseu - respectivamente pais de D. João II e de D. Manuel); cunhados, porque D. João II casou com D. Leonor, irmã de D. Manuel (portanto, também ela filha do duque de Viseu D. Fernando).

Portanto, D. Manuel era neto de D. Duarte e sobrinho de D. Afonso V. Por outro lado, foi pai de, entre vários outros filhos [de três casamentos], D. João III e D. Henrique (ambos reis).

D. Manuel foi aclamado rei em 27.10.1495 e morreu a 12.12.1521, em Lisboa, sucedendo-lhe seu filho D. João III (15º).

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Completam-se hoje 196 anos (1809), era uma QA: morreu Joseph Haydn, compositor austríaco. Em Portugal decorria a regência de D. João (VI). Pontificava Pio VII (251º).

Não se sabe ao certo se Haydn nasceu a 31.03 se a 01.04 de 1732.

Em 1758 entra ao serviço do conde de Morzin, no seu castelo situado próximo de Pilsen, na Boémia. Ser músico de corte era, nesse tempo, a única saída digna para um músico, sobretudo para um compositor.

Em 1761 é admitido ao serviço do príncipe Esterházy, um dos aristocratas mais ricos da Hungria (cuja família contará com os serviços de Schubert, durante algum tempo).

A partir daí, Haydn foi elevado ao cargo de mestre de capela, o qual conservou até ao fim dos seus dias, ainda que nos últimos cinco anos vivesse em Viena e não estivesse em condições de escrever nem de interpretar música.

Quando morreu, em 1809, era considerado - o que, na realidade, já acontecia desde que começou a exercer o seu cargo de Kappelmeister dos Esterházy - o mais importante compositor da sua época. Uma das primeiras obras que sabemos ter escrito, embora se tenha perdido, é uma obra para teatro com o título Der krummel Teufel (O diabo coxo), escrita entre 1751 e 1753, e o Quarteto n.° l de 1757, assim como as suas duas primeira sinfonias, que datam sensivelmente dessa época. Mas tendo em conta a perfeição técnica que alcança em todas estas obras, não temos dúvidas de que terá escrito outras antes. Por volta de 1760 começa a escrever sinfonias em quatro andamentos - já o fizera antes, mas muito raramente -, nas quais predomina a introdução lenta, como uma espécie de apresentação do andamento rápido; um segundo andamento lento, um terceiro dançante (normalmente um minuete) e, para concluir a obra, outro andamento rápido. Com este tipo de sinfonias tem início a passagem do Barroco ao Clássico. É uma espécie de síntese que apenas o seu génio podia realizar; e, para consegui-lo, é necessário ter a sua capacidade inventiva melódica, o seu sólido conhecimento dos ritmos populares, com que conviveu desde a infância, os corais, a harmonia cada vez mais ousada e o avanço na utilização do contraponto.

Algumas das suas obras são, por exemplo, Sinfonia 102; Sinfonia 104 “Londres”; Quarteto de Cordas “Imperador”; Quarteto de Cordas “A Cotovia” e Quarteto de Cordas “A Caça”.

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Foi há 182 anos (1823), era um SB: revoga-se a Constituição de 1822. Reinava D. João VI (27º). Pontificava Pio VII (26º).

Abolida a Constituição, dá-se a emigração em massa de muitos liberais: Garrett, Silva Carvalho, Ferreira Borges, Luz Soriano e muitos mais.

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Foi à 44 anos (1961), era uma QA: independência da África do Sul fora da Commonwealth, com C. R. Swart como presidente. Em Portugal era PR o Almirante Américo Tomás. Pontificava João XXIII (261º).

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Faz hoje 29 anos (1976), era uma SG: a Indonésia invade e ocupa Timor-Leste. Em Portugal o PR era o general Costa Gomes. Pontificava Paulo VI (262º).

Alguns acontecimentos marcantes na história recente de Timor Lorosae:

16FEV1983: a ONU aprova a resolução que reafirma o direito de autodeterminação e independência de Timor Leste.

12NOV1991: tropas indonésias massacram civis em Timor-Leste, e as imagens filmadas correm mundo.

20NOV1992: o líder da resistência timorense, Xanana Gusmão, é preso em Dili pela polícia de Jacarta (Indonésia).

06.05.1994 em Genebra, Durão Barroso e Ali Alatas (respectivamente por parte de Portugal e da Indonésia) iniciam uma nova ronda de negociações sobre Timor Leste.

13.03.1999 Ana Gomes (primeira Embaixadora portuguesa), então no posto de Jacarta (Indonésia), chega a Dili, sendo a primeira representante do Governo português a visitar Timor Leste (Timor Lorosae) desde 1975.

Afastado Suharto do poder, “o novo presidente da Indonésia, Habibie, inicia uma política de reformas, cedendo mediante a pressão internacional, aceitando acordar com Portugal e com as Nações Unidas a realização de um referendo no território sob a égide desta última organização (acordo de 5 de Maio de 1999).

“O referendo teve lugar a 30 de Agosto desse mesmo ano sob a responsabilidade da UNAMET (United Nations Mission in East Timor). O resultado do referendo (78,5% dos votos foram a favor da independência) desencadeou uma onda de violência sem precedentes por parte das milícias integracionistas, ainda hoje visível; grande parte dos edifícios públicos e das habitações foi destruída. Com o caos instalado, as Nações Unidas decidem constituir uma força internacional para repor a lei e ordem, forçando a paz. A INTERFET (International Force in East Timor) sob comando australiano e com o acordo de Habibie, entra a 20 de Setembro de 1999 em Dili.

A Indonésia revogou a anexação da 27ª Província, Timor Leste, a 19 de Outubro de 1999”.

Xanana Gusmão fora libertado em SET1999.

A independência de Timor aconteceu aos 20MAI2002. Xanana Gusmão é o seu primeiro presidente.

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Faz hoje 14 anos (1991), era uma SX: em Lisboa e após um ano de negociações directas sob mediação portuguesa, assinatura do acordo de paz pelos presidentes do MPLA e da UNITA, que pretende pôr fim a 16 anos de guerra civil. Terminava o 1º mandato presidencial de Mário Soares. Pontificava João Paulo II (264º).

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Foi há 10 anos (1995), era uma QA: Itamar Franco, ex-presidente do Brasil, chega a Lisboa a fim de ocupar o lugar de embaixador do seu país. Estava prestes a terminar o 2º mandato do Dr Mário Soares. Pontificava João Paulo II (264º).

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