sexta-feira, maio 13, 2005

MAJOR, DIXIT


Para o major, creio haver alguma diferença entre ditadores e caciques.

“Valentim Loureiro diz que só os ditadores não ouvem as bases”, informam, em título de reportagem, Filomena Fontes e Margarida Gomes, no Público de hoje.

Pelos vistos para o palavroso major os caciques ouvem as submissas bases. Submissas porque o iluminado candidato utilizou uma linguagem e demonstrou uma postura que cativaram as massas com convincentes e definitivos fundamentos, como frigoríficos, televisões e outros apreciados e pesados argumentos.

O major foi (é) um inovador: oferecer esferográficas aos eleitores, aventais de plástico, palas para o sol… Isso era antigamente. Os tempos são outros: por enquanto os frigoríficos, as televisões os fogões a gás, e as arcas frigoríficas… Em breve uns carritos, uns fins-de-semana nas Berlengas, telemóveis 6ª geração e computadores…

Bom, mas isso está certo. Na sua, ditadores e caciques não se confundem… Ditadores são os que se distanciam das bases…

O caciquismo, ele não se limita a permiti-lo, a tolerá-lo. Não, ao contrário: pratica-o.

O major é levado da breca!

Deixa-nos um certo travo amargo… Mas diverte-nos.

Até quando?

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