segunda-feira, maio 09, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA

2005-2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)
Dia Nacional da Checoslováquia.
Dia da Europa.

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Completam-se hoje 619 anos (1386), ocorrendo numa QA: assinatura do Tratado de Windsor entre Portugal e Inglaterra, na sequência da mais antiga aliança luso-britânica. Reinava D. João I (10º). Decorria o pontificado de Urbano VI (202º).

Que me recorde, há pelo menos três tratados de Windsor na nossa história, entre Portugal e a Inglaterra.

Muito brevemente, o último data de 15DEZ1985, para vigorar a partir do ano seguinte, em que se comemoravam 600 anos da celebração do tratado de 1386. Este, de 1985, constitui um programa conjunto de projectos específicos entre Portugal e o Reino Unido, financiado por ambas as partes, em áreas relacionadas com as carências de Portugal nos campos económico e industrial.

Tal programa seria administrado conjuntamente pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e pelo Conselho Coordenador dos Estabelecimentos do Ensino Superior Politécnico, e pelo British Council em nome das universidades e escolas politécnicas britânicas.

Assim, esta negociação foi conduzida já pelo recém-eleito (06OUT) primeiro governo de Cavaco Silva, na pessoa do seu ministro da Educação e Cultura, João de Deus Pinheiro, que o assinou por parte de Portugal, e pelo então Embaixador de Sua Majestade Britânica, Sir Hugh Campbell Byatt.

O anterior data de 14OUT1899. Foi este um tratado secreto entre Portugal e a Inglaterra, em certa medida para atenuar e apaziguar os efeitos do violento ultimato do governo inglês de 10JAN1890.

Assim, por este tratado, a Inglaterra comprometia-se a respeitar a integridade territorial portuguesa na Europa e em África (o que justamente, mas ao contrário, tinha sido objecto daquele ultimato: o mapa-cor-de-rosa). Portugal, por sua vez, assegurava não decretar neutralidade no conflito anglo-boer, antes consentindo a passagem das tropas britânicas pelos seus portos de Lourenço Marques e da Beira, em Moçambique.

Por fim o tratado cujos 619 anos de existência hoje se comemoram.

Foi assinado entre as cortes do nosso D. João I e o rei Ricardo II de Inglaterra. O seu principal objectivo era o de um tratado de aliança contra a Espanha, persuadindo o duque de Lencastre a renovar as suas pretensões ao trono espanhol com o apoio de Portugal. Uma das consequências deste tratado foi um particular acordo entre D. João I e o duque de Lencastre pelo qual se ajustou o casamento do rei português com a filha mais velha do duque, D. Leonor, na altura com 28 anos.

Mas mais que tudo isso, o Tratado de Windsor vinha confirmar e reforçar a “Aliança Inglesa”, que datava de 1372, já essa também entre o nosso rei (mas, então, D. Fernando) e o filho do rei de Inglaterra, o duque de Lencastre. E essa “mais antiga das alianças existentes no Mundo”, tinha particular “incidência no sector político, militar e económico” “vantajosa tanto para Portugal” (a crise sucessória que se seguiu ao reinado de D. Fernando; a que veio na sequência da Restauração, em 1640; a ocorrida com as invasões francesas), “como para a Inglaterra” (por exemplo, a utilização das bases dos Açores durante a II Grande Guerra).

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Faz hoje 503 anos (1502), era uma SG: em Espanha, Cristóvão Colombo larga do porto de Cádis para a sua última viagem ao Novo Mundo. Em Portugal reinava D. Manuel I (14º). Pontificava o papa Alexandre VI (214º).

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Faz hoje 200 anos (1805), foi numa QI: morreu, em Weimar, com cerca de 46 anos, Friedrich von Schiller, escritor e filósofo alemão. Em Portugal estávamos na regência de D. João (VI). O romano pontífice era Pio VII (251º).

Nasceu em Marbach, em 1759. Como escritor distinguiu-se sobretudo na poesia.

Em 1794 tornara-se grande amigo de Goethe; o idealismo de Schiller e o realismo de Goethe complementaram-se e incentivaram-se mutuamente. Foi nessa época que Schiller escreveu os seus grandes poemas, por exemplo, Das Ideal und das Leben, Der Spaziergang.

Escreveu, por exemplo, em 1781, Os Salteadores (Die Räuber), onde expressa a sua revolta contra a sociedade e as suas leis. Um seu grande sucesso foi Intriga e Amor (Kabale und Liebe), de 1784.

Foi também dramaturgo: em 1800 terminava o drama, em três actos, Wallenstein. Trabalhava noutro drama, Demetrius, quando morreu.

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Faz hoje 181 anos (1824), era um DM: D. João VI (27º) demite seu filho, D. Miguel, de comandante do exército, na sequência da reacção absolutista do filho (sempre de acordo com a mesma inspiradora - a maquiavélica rainha D. Carlota Joaquina), revolta essa que a história regista com o nome de "Abrilada": O Sumo Pontífice de então era Leão XII (252º).

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Faz hoje 147 anos (1858), e era um DM: nasceu Ricardo Jorge, professor universitário, escritor e higienista português. Reinava D. Pedro V (31º). Pontificava o papa Pio IX (255º).

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Faz hoje 87 anos (1918), era uma QI: dá-se uma revolta militar e Sidónio Pais assume a Presidência da República. Isto, quando na presidência estava Bernardino Machado. E quando pontificava Bento XV (258º).

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Faz hoje 66 anos (1939), era uma TR: Winston Churchill, primeiro-ministro britânico, insiste numa aliança militar com a URSS. Em Portugal era o general Carmona o PR. No Vaticano já pontificava o papa Pio XII (260º).

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Faz hoje 65 anos (1940), era uma QI: Decorria a II Grande Guerra, a Roménia coloca-se sob protecção alemã. O PR, em Portugal, então, era o general Carmona. Continuava o pontificado de Pio XII.

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Faz hoje 60 anos (1945), era uma QA: derrotadas as tropas alemãs, pelos soviéticos, e expulsas as autoridades germânicas pelos checos, as tropas russas tomam Praga. Em Portugal ainda era PR o general Carmona. Prosseguia o pontificado de Pio XII.

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Faz hoje 28 anos (1977), era uma SG: o Presidente da República, Ramalho Eanes, desloca-se a Londres para presidir à cimeira da NATO e conferenciar com o presidente dos EUA. Já era Sumo Pontífice o papa Paulo VI (262º).

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Faz hoje 14 anos (1991), era QI: é criada, por decreto-lei, a Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres, em substituição da Comissão da Condição Feminina. Mário Soares era o PR. Já decorria o pontificado de João Paulo II (264º).

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