sábado, maio 21, 2005

SOLTAS

«Sócrates deve ter a coragem quese lhe exige para aplicar todas as medidas ao seu alcance para combater o défice, sejam aumentos de impostos ou medidas de fundo para as áreas da administração pública que podem e devem ser objecto de reformas profundas. Essa acção, porém, não deve ser anunciada como um fim em si mesmo, como uma punição inevitável, mas como um contributo indispensável para que o país possa acreditar no regresso do crescimento.»
Manuel Carvalho (Público, SB 21 MAI 05)

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«[José Sócrates] vai ter de mostrar se tem, ou não tem, força para impor reformas e para aguentar as medidas de coacção que as bases do PS, com um olho nas autárquicas, lhe tentarão impor.»
Id (id, id)

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«Vai ter de manifestar ainda suficiente intuição política para evitar que esse combate se transforme num sintoma de irrecuperável decadência, mas numa barreira que temos de ser capazes de superar.»
Id (id, id)

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«Porque o défice pode não ser nenhum "bezerro de ouro", como lembrou anteontem Guilherme de Oliveira Martins; mas é cada vez mais o "monstro" que há uns anos Cavaco Silva denunciou como uma das mais sérias ameaças ao crescimento do país.»
Id (id, id)

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«"Não se peçam mais sacrifícios a quem trabalha, quando se deixa passar por entre os dedos das mãos milhões de euros de impostos com a migração de acções das grandes empresas e bancos em escandalosas operações de lavagem de dividendos", apelou Jerónimo de Sousa [na abertura das jornadas parlamentares do PCP].»
Helena Pereira (id, id)

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«Dispensávamos o espectáculo e o suspense dos últimos dias. Gostaríamos que começassem a governar e a fazer certo, em vez de dramatizar. Porque os cenários dramáticos são o apanágio dos inseguros.»
Santana Castilho (id, id)

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«Talvez tenham razão e eu tenha agora chegado de Marte! Mas lá de cima, desse outro planeta, isto parece-me igual ao que já ouvi há três anos, salvo na enorme diferença de contexto: Sócrates tem uma maioria absoluta que Durão Barroso não tinha; Sócrates tem um Pacto de Estabilidade e Crescimento revisto, que Durão Barroso não teve.»
Id (id, id)

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«Urge que substitua o mutismo pela comunicação, ainda que sóbria. Que nos diga, porque temos o direito de saber e ele o dever de o dizer, quais são as prioridades do Estado. Que nos diga como vai conciliar a redução do défice, que tanto o preocupa, com o crescimento económico. Urge que substitua as generalidades e as banalidades por opções políticas claras. Urge que faça escolhas. É a isso que se chama governar.»
Id (id, id)

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«Por esta altura, já toda a gente deve ter percebido que José Sócrates e Luís Marques Mendes, primeiro-ministro e líder da oposição, têm, pelo menos, um objectivo comum. E higiénico: limpar Portugal de uma série de velhos vícios, todos eles ligados, obviamente, ao poder autárquico.»
Paulo Narigão Reis (A Capital, SB 21 MAI 05)

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«Podemos ainda ter dúvidas em relação ao que Sócrates e Marques Mendes querem, mas pelo menos já sabemos o que eles não querem. Poderes instalados, lobbies arrogantes, políticos vulneráveis ao tráfico de influência, caciques que se aproveitaram, em tempos, da juventude da democracia para se estabelecerem e estabelecerem eles as suas próprias regras.»
Id (id, id)

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«Sócrates e Marques Mendes têm também plena consciência de que Portugal tem, nesta fase, de ser mais técnico e menos político. Mais rigoroso e menos influenciável. Mais competente e menos populista. E, nestes aspectos, o poder local não serve, neste momento, o País.»
Id (id, id)

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«A paixão e os desequilíbrios emocionais, a par das «crucificações» em praça pública, sem os meios adequados de defesa da dignidade da pessoa, são o extremo contrário da tolerância, do olhar crítico e da formulação da Verdade, tão proclamadas!»
D. Januário Torgal Ferreira (id, id)

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«Nas suas múltiplas variações tonais, nas suas múltiplas modulações, o fado exprime uma gama afectiva que não se confina à tristeza. Há nas pregas do fado, nas suas dobras, nos seus interstícios, paisagens de uma coloratura riquíssima. Há momentos de intensidade clara que fazem com que o fado se afaste muito daquilo que se espera dele.»
Paulo Cunha e Silva (Diário de Notícias, SB 21 MAI 05)

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«As acusações a Marques Mendes debitadas anteontem na SIC por Isaltino Morais são outro exemplo de tornar péssimo o que já era mau. Seja ou não verdade o que foi dito, a imagem que o "candidato independente" a Oeiras deixou foi a do ambicioso desaustinado que não recua perante nada para atingir os seus fins.»
Ruben de Carvalho (id, id)

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«Corre a fase das reclamações do concurso de professores. Quando tanto se fala de racionalização de despesas e de ganhos de produtividade, o Estado persiste nesta aberração. Para preencher escassos novos lugares, promove-se uma dança de 120 mil figurantes.»
Santana Castilho (Público, id)

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«No Governo e no PS há muita gente a pensar como a esquerda sempre pensou: que é ao Estado que compete resolver os problemas.
Que, se a economia está mal, é ao Estado que compete dar o sinal de arranque, lançar grandes obras, pôr a máquina a funcionar.
E que, além disso, é bom que o consumo aumente - porque o objectivo da esquerda é satisfazer o povo e, consumindo mais, o povo andará mais feliz.
CAVACO Silva veio dizer que este caminho significará o suicídio.
Que a solução não está no Estado mas nas empresas.
Não está no capital público mas no capital privado.
Que é preciso travar o consumo.

Que as empresas têm de exportar, indo buscar capitais ao estrangeiro.»
José António Saraiva (Expresso, id)

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