sexta-feira, maio 13, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA

2005-2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.

Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)

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Completam-se hoje 740 anos (1265), foi numa QA: nasce o escritor italiano Dante Alighieri, autor do poema teológico, intitulado Divina Comédia. Em Portugal reinava D. Afonso III (5º). Pontificava Clemente IV (183º).

Dante foi contemporâneo de D. Dinis, e a ele se refere no citado poema.

Igualmente a importância do talento de homem de ciência que foi D. Pedro Julião ou D. Pedro Hispano (papa João XXI, de SET1276 a MAI1277 - o único português), mereceu-lhe ser referido por Dante, na Divina Comédia (Paraíso, canto XII).

Morreu em 1321.

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Faz hoje 306 anos (1699), foi numa QA: nasce o estadista Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal. Reinava D. Pedro II (23º) - o tal que roubara o trono e a mulher ao seu irmão, o abúlico D. Afonso VI. Pontificava Inocêncio XII (242º).

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Foi há 240 anos (1765), era uma SG: nasceu o pintor Vieira Portuense. Reinava D. José (25º). Pontificava Clemente XIII (248º).

Na “memória” de há dias atrás, 02.05 (quando se completaram duzentos anos sobre o seu passamento), pode ver-se um apontamento acerca deste artista. Faltou, porém, mencionar aí um dos mais célebres quadros dele: D. Filipa de Vilhena Armando Seus Filhos Cavaleiros, na madrugada do 1º de Dezembro de 1640.

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Faz hoje 238 anos (1767), era uma SX: nasce, em Lisboa, D. João VI. Reinava D. José (25º), seu avô. Pontificava Clemente XIII (248º).

D. João VI era filho de D. Maria I e de D. Pedro III. Embora sendo o segundo filho sucedeu a sua mãe porque o seu irmão, D. José, natural herdeiro do trono, morrera antes.

D. João VI casou com D. Carlota Joaquina de Bourbon, filha dos reis de Espanha, tinha ela apenas 10 anos. (Talvez ainda se não tivessem revelado, de todo, ainda, as “qualidades” com que os historiadores um dia lhe traçaram o perfil!...). A recente “memória”, de 25.04, deixa antever algumas das pinceladas fortes com que traçaram o quadro desta perversa criatura, desta monstruosa figura.

D. João VI, cujo cognome a história regista como “o clemente”, foi pai de D. Pedro IV e de D. Miguel.

(Era de tal ordem a conduta e a fama da rainha, que alguns autores quase se atrevem a pôr em dúvida que ambos os príncipes fossem seus filhos…!)

D. João VI reinou entre 1816 e 1826.

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Faz hoje 213 anos (1792), era um DM: nasce, em Sinigoglia, Itália, Giovanni Maria Mastai-Ferreti. Em Portugal decorria a regência de D. João (VI). Pontificava Pio VI (250º).

Mastai-Ferreti pertencia a uma aristocrática família e seria o futuro Papa Pio IX (255º), cujo pontificado decorreu entre 1846 e 1878. Eleito a 16.06.1846

Pode dizer-se que o seu pontificado culminou com o concílio do Vaticano (I), em 18.07.1870. Concílio que levou mais longe o engrandecimento da figura dum papa: proclamou a sua infalibilidade e a universalidade do seu episcopado. Pouco depois, um duro golpe ocorreu, de que nunca mais se recomporia: a perda dos Estados Pontifícios.

Entre os mais importantes actos de Pio IX deve destacar-se a proclamação do dogma da Imaculada Conceição de Maria, pela bula Ineffabilis Deus, de 08.12.1854.

Por outro lado, “Pio IX queria para a Igreja o controlo de toda a cultura e da ciência, de todo o sistema de educação; negava a liberdade de fé, consciência e culto aos outros credos; e eliminava toda a ideia de tolerância. Reclamava a completa independência da Igreja em relação a qualquer fiscalização do Estado; sustentava a necessidade da continuação do poder temporal da Santa Sé, e declarava, por fim que o pontífice não podia nem devia reconciliar-se com o progresso, o liberalismo e a civilização moderna”. Daí a encíclica, de Dezembro de 1864, Quanta Cura, e o célebre Syllabus complectens praecipuos nostrae aetatis errores, que ficou conhecido por, apenas, o Syllabus, no qual, sem rodeios, ligava o papado ao mais abstruso ultramontanismo.

Tudo isto quando já ia muito avançado o séc XIX!

Como é que João Paulo II, nem tanto tempo depois, como isso, não haveria de “pedir perdão” por tão grave passado da Igreja! (Deixando, é certo, segundo muitos, matéria para outros futuros pedidos de perdão…)

Pio IX morreu em 07.02.1878, sucedendo-lhe Leão XIII.

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Faz hoje 181 anos (1824), era uma QI: mal sucedido, nas suas últimas tentativas absolutistas, D. Miguel parte para o exílio, para Viena. Reinava seu pai D. João VI (27º). O soberano pontífice era Leão XII (252º).

Exílio este na sequência de nova reacção absolutista, que a história regista como “Abrilada" (como sempre sob inspiração da pérfida rainha sua mãe, D. Carlota Joaquina) e depois de ter sido demitido de comandante do exército, por seu pai, D. João VI.

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Faz hoje 170 anos (1835), o que se passou numa QA: um decreto criou na Academia Real das Ciências uma comissão encarregada de propor ao Governo um plano provisório e de imediata execução para o melhoramento do ensino público (instrução civil, literatura, religião).Reinava D. Maria II (30º). Pontificava Gregório XVI (254º).

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Completam-se hoje 165 anos (1840), era uma QA: nasceu, em Nîmes, Alphonse Daudet, escritor francês. Em Portugal reinava D. Maria II (30º). Na cadeira de Pedro estava Gregório XVI (254º).

É de 1868 uma sua pequena autobiografia, a um tempo melancólica e irónica, Petit Chose. Mas a sua primeira obra que atrai, mesmo, atenções é o livro de poemas Les Amoureuses.

Vinha aí a escola naturalista onde além do seu nome figuram outros como um Flaubert, Zola e os Goncourt.

A sua mais célebre obra, Lettres de mon Moulin, é de 1866: Daudet passara esse Verão num velho moinho na Provença, onde escrevera, numa penada, as suas famosas cartas.

A guerra de 1870 fornece-lhe matéria para os Contes du Lundi. Seguem-se muitos mais romances, como Sapho, reconhecidamente outra das suas grandes obras, e L’Imortel (1888), onde de tal forma tratava os académicos que a Academia Francesa lhe fechou as portas.

“Mestre da língua, a sua obra funda-se numa observação meticulosa das coisas e das gentes, sem a sacrificar ao gosto naturalista do sórdido e do quotidiano”.

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Faz hoje 159 anos (1846), foi numa QA: declaração formal de guerra dos EUA contra o México. Em Portugal reinava D. Maria II (30º). No Vaticano verificava-se uma vacatura, já que, falecido Gregório XVI (254º) a 01JUN, Pio IX (255º) só seria eleito em 16JUN do mesmo mês.

Tratou-se de uma fase em que a política mexicana não conseguira evitar que os norte-americanos lhes arrebatassem o Novo México e a Nova Califórnia. Foram dois anos de guerra em que “a anarquia interna correspondia à fraqueza exterior”, e que culminaram no tratado de Guadalupe de 1848.

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Faz hoje 154 anos (1851) revolta militar da "Regeneração"; pronunciamento militar do Porto e marcha sobre a cidade Lisboa, onde entra. Estávamos no reinado de D. Maria II (30º). E no pontificado de Pio IX (255º).

A nossa história regista como Regeneração um movimento político português que se prolongou de 1851 a 1868, em que a preocupação maior da governação era o de fomentar o progresso material do país, dotando-o das indispensáveis infra-estruturas para tanto necessárias. O seu principal impulsionador foi Fontes Pereira de Melo. Porém, o movimento tornar-se-ia impopular devido às medidas fiscais que se impuseram para o financiamento de tal projecto.

O movimento iniciar-se-ia nesta data. Teve como principal líder militar o marechal duque de Saldanha, contra o último ministério de Costa Cabral (conde de Tomar).

O movimento regenerador abandonaria, mesmo, o poder, em 1868.

Oliveira Martins, mais tarde, viria a ser um dos críticos “dessa orientação demasiado simplista”.

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Faz hoje 106 anos (1899), era um SB: nasce Sara Afonso, ilustradora e pintora portuguesa. Reinava D. Carlos (33º). Pontificava Leão XIII (256º).

Foi a última aluna de Columbano Bordalo Pinheiro, na Escola de Belas-Artes de Lisboa. Concorreu ao Salon d’Automne de Paris, em 1928 e a partir daí em todas as exposições de arte moderna em Lisboa. “Primorosa ilustradora” colaborou em muitas obras de literatura infantil e em publicações periódicas.

A partir de certa altura passa a usar o nome de Sara Afonso de Almada Negreiros: tinha casado com o célebre e multifacetado artista que tanto se distinguira na tela e na escrita.

Morreu em 1983.

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Faz hoje 104 anos (1901), era uma SX: nasce, em Juiz de Fora, Brasil, o poeta Murilo Mendes. Em Portugal reinava, ainda, D. Carlos. O sumo pontífice era Pio X (257º).

Marcado profundamente por uma visão cristã da vida, idealizou, com Jorge de Lima, um modo poético de “restaurar a poesia em Cristo”.

“Essencialista”, como Ismael Nery, “notabilizou-se pelos seus ‘versos-piada’ muito presentes em História do Brasil (1932), em que satiriza coisas ridículas dos factos e fastos da história brasileira”.

Do surrealismo aproveitou um certo gosto pelo paradoxal. “Notáveis os seus fulgurantemente breves retratos poéticos (Retratos-Relâmpago, 1973 e 1980), bem como as impressões de viagens (como os de Janelas Verdes, sobre Portugal, publicados em 2003), aproximando-se da condensação aforística.

Outras obras: As Metamorfoses (1944), O Discípulo de Emaús (aforismos paradoxais, 1944), Tempo Espanhol (1959) e Transístor (antologia de prosa, 1980).

Foi genro de Jaime Cortesão. Morreu em Lisboa em 1975.

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Foi há 88 anos (1917), caiu num DM: na Cova da Iria, da freguesia de Fátima, Leiria, sucede a primeira aparição da Virgem aos três pastorinhos: os irmãos Francisco e Jacinta e a prima deles Lúcia, então com 10 anos. Bernardino Machado era, na altura, o PR. Pontificava Bento XV (258º).

Aparições que, na altura, seriam motivo de censura e perseguição das crianças por parte da própria hierarquia da Igreja. Atitude, entretanto, radicalmente alterada.

Matéria abordada por muitos autores, está longe de congregar consenso a seu respeito.

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Foi há 71 anos (1934), era um DM: inaugurado, em Lisboa, na Rotunda, o monumento ao Marquês de Pombal. Carmona era o PR. Pio XI (259º), o pontífice reinante.

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Faz hoje 38 anos (1967), foi num SB: Paulo VI (262º) esteve em Portugal, em Fátima, nas comemorações do quinquagésimo aniversário da primeira aparição. Américo Tomás era então o PR.

O objectivo do papa é, só, visitar o Santuário de Fátima. O avião que o conduz aterra, directamente, na base aérea de Monte Real, próximo de Leiria. Paulo VI faria questão, portanto, em frisar que visitava o, então, centro cosmopolita e religioso que é Fátima, não Portugal. Dispensando, obviamente, os preitos dos líderes do regime que, de todo o modo, se apressaram a acorrer ao encontro do ilustre peregrino, na esperança de uma palavra de apreço, de um, mesmo que discreto, apoio. Mas nada.

Aliás, esse foi o papa que recebeu,
não os terroristas,
como o regime salazarista os apelidava,
mas os líderes históricos
dos movimentos de libertação
da Guiné-Bissau, de Angola e de Moçambique

Após as cerimónias religiosas, o papa regressou a Roma.

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Faz hoje 34 anos (1971), era uma QI: D. António Ribeiro, a dias de fazer 43 anos, é designado, pela Santa Sé, Patriarca de Lisboa, em substituição de D. Manuel Gonçalves Cerejeira. Américo Tomás era o PR. Pontificava ainda Paulo VI (262º).

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Completam-se hoje 10 anos (1995), foi num SB: D. Duarte Pio e Isabel de Herédia casam no Mosteiro dos Jerónimos. Mário Soares era o Presidente da República de então.Pontificava o papa João Paulo II.

Duarte Pio nasceu em 1945 e o seu nome completo é Pio Duarte João Miguel Henrique Pedro Gabriel Rafael. Recebeu, por herança, o título de Príncipe da Beira e duque de Barcelos, e sucedeu a seu pai (1976) como duque de Bragança. Nasceu na Legação de Portugal, em Berna, Suiça. Pio XII foi o seu padrinho de baptismo. Não pacificamente, mas é geralmente reconhecido – pela causa monárquica, nomeadamente – como o representante da Casa Real portuguesa.

É bisneto do absolutista D. Miguel.

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