quarta-feira, maio 25, 2005

SOLTAS


«Do nosso défice ao "não" no referendo francês, é o mesmo mal europeu que se manifesta: medo do futuro»
José Manuel Fernandes (Público, QA 25 MAI 05)

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«"O modelo social europeu ou muda, ou desaparece"»
Id, citando Ernâni Lopes (id, id)

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« Daqui, desta constatação [défice de 6,8 por cento], logo economistas e políticos defensores das soluções neoliberais, acolitados por jornalistas diligentes, várias espécies de curiosos especialistas em tudo, colunistas pregadores da moral e da ordem estabelecida ou do final dos tempos, que também os há por aí, figuras da rádio e da televisão ciosas de notícias cabeludas, num sintomático coro, deduziram a seguinte e espantosa conclusão.
A saber: três anos de combate ao défice com receitas neoliberais e recessivas, afinal, foi pouco.»

Fernando Rosas (id, id)

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«Qualquer espaço ou objecto [fala-se de ruínas] que perde a sua funcionalidade ganha uma dimensão estética que anteriormente não possuía e que tem a ver com a incorporação de um tempo desaparecido.»
Eduardo Prado Coelho (id, id)

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«Não há qualquer dúvida, os talentos de Guterres são muito mais eficazes neste importante lugar do que no de Presidente da República. A diplomacia portuguesa soube honrar o nome do país e devemos congratular-nos com isso.»
Luís Osório (A Capital, id)

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«Impressionante a prestação de Bagão Félix no programa Prós e Contras. Pela maneira como aligeirou as suas responsabilidades pelo fraudulento Orçamento de Estado que subscreveu, pelo seu irritante pedantismo conservador e por uma superioridade moral beata que já não se usa.»
Id (id, id)

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«O homem, enquanto ministro das Finanças, foi um aliado de Santana Lopes e, em nome do objectivo de tentar ganhar as eleições, mentiu aos portugueses e à Europa.»
Id (id, id)

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«Com Deus tenho uma relação pouco pacífica, embora presente. Nessa medida talvez me atreva a oferecer dois conselhos a Bagão Félix: humildade e a coragem de fazer silêncio. Dois conselhos difíceis de cumprir quando se tem uma noção tão alta de si próprio.»
Id (id, id)

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«As suas [Pinto da Costa] declarações, na tertúlia organizada pelo Comércio do Porto, demonstram que o histórico dirigente, afinal, recusa qualquer responsabilidade no fracasso desta época futebolística. Os responsáveis foram José Mourinho, as arbitragens e os dois primeiros treinadores contratados. António Oliveira que esteja a postos porque a sua hora vai chegar mais cedo do que julga.»
Id (id, id)

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«Hegel terá escrito que os grandes acontecimentos históricos se repetem. Marx, apesar de várias gerações de hegelianos nunca terem encontrado a referência original, acrescentou, numa formulação famosa, que tal acontece primeiro como tragédia e depois como farsa.»
Pedro Adão e Silva (id, id)

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«Vem isto a propósito do relatório de Vítor Constâncio (…). Precisamente três anos depois, tudo parece repetir-se, com duas agravantes, por um lado, o número apurado é superior e, por outro, há o risco de, na repetição, a tragédia assumir, agora, contornos fársicos.»
Id (id, id)

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«Quando um regime muito autoritário mostra uma ligeira abertura, o seu fim está próximo.»
Daniel Sampaio (id, id)

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«Nada mudou na ilha, a não ser uma coisa: o tempo e as ideias estão contra Fidel e ele bem o sabe.»
Id (id, id)

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«Passado o tempo em que falar pouco quase parecia muito ao pé dos corrupios santanistas, o governo de Sócrates vai-se mantendo fiel à regra do silêncio.»
Jacinto Lucas Pires (id, id)

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«Será, imagina-se, uma estratégia de «terceira via» calada, a ver se passa, tentando não dar pretextos a esquerdas e direitas. Um silêncio que não é só silêncio mas, aparentemente, toda uma ideia de governar por “pequenos passos”.»
Idem (id, id)

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«Se [Sócrates] hoje não apresentar medidas credíveis de combate ao défice perderá também a confiança daqueles que podem fazer andar a economia, os investidores.»
Francisco Sarsfield Cabral (Diário de Notícias, id)

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«Uma coisa tenho por certa não se pode pedir mais sacrifícios aos portugueses se não houver a certeza do rumo seguido. Não podemos perder mais tempo, nem nos podemos dar ao luxo de, nas questões decisivas, trocar de orientação sempre que muda a maioria política.»
José de Matos Correia (id, id)

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«A palavra “coragem” entrou de repente no vocabulário das notícias.
O primeiro-ministro vai dar hoje mesmo uma prova de “coragem”, ao anunciar medidas para combater o défice das contas públicas. A “coragem” do primeiro-ministro não tem a ver com uma situação de intrepidez diante do perigo, mas simplesmente com o facto de anunciar medidas impopulares a cinco meses de eleições autárquicas.»
João Paulo Guerra (Diário Económico, id)

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«O Governo anterior teve a “coragem” dos irresponsáveis: decretou o fim da “tanga”, proclamou o fim da “austeridade”, tendo em vista que se aproximava um ciclo eleitoral. E como se não bastasse, ainda foi suficientemente “corajoso” para fazer tudo isto num Orçamento que chumbaria em qualquer exame de finanças.»
Id (id, id)

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«O Orçamento de Estado é a Linha Maginot portuguesa. Parece inexpugnável. É, na verdade, um queijo suíço. O défice, qual vírus, é a face visível do ataque relâmpago às contas do Estado português. Mas, por outro lado, se este mingua, metade do país que vive dele, extingue-se.»
Fernando Sobral (Jornal de Negócios on line, id)

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