sexta-feira, maio 20, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA

2005-2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)
Dia do Poder Local.

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Faz hoje 814 anos (1191), era uma SG: Ricardo I, Coração de Leão, conquista Chipre e junta-se aos cruzados antes de conquistar Acre. Em Portugal reinava D. Sancho I (2º). Pontificava Celestino III (175º).

Ricardo era o terceiro filho do monarca britânico Henrique II. Durante alguns anos apenas se dedicou à administração do seu ducado da Aquitânia. Sucedeu ao pai – por terem morrido os seus irmãos mais velhos – em 06.07.1189 (coroado em Westminster aos 03.09.1189).

Organizava-se então a terceira cruzada, liderada por ele e por Filipe II de França.

É assim que nesta data, a caminho da Terra Santa, conquista a ilha de Chipre, antes de chegar a S. João de Acre, que logo capitulou. Foi aí que os dois reis se separaram, “sem romperem ostensivamente.

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Faz hoje 728 anos (1277), era uma QI: morreu Pedro Hispano ou Pedro Julião, natural de Lisboa, filósofo português e papa, sob o nome de João XXI (187º). Reinava em Portugal D. Afonso III (5º).

Depois de ter sido arcediago de Vermoim, D. Prior da Colegiada de Guimarães, apresentado por D. Afonso III, em 1273 é designado arcebispo de Braga. Mas não chegou a tomar posse por ter sido elevado à dignidade cardinalícia por Gregório X, no concílio ecuménico de Lião, em 1274. Era um erudito, e deixou obra sobre vastos e tão diversos domínios como Medicina, História Natural, Lógica e Psicologia Sucedeu a Adriano V. Embora tenha durado poucos meses (8) o seu pontificado, desenvolveu uma notável acção em prol da cultura e da paz. Um dos monarcas que estava desavindo com Roma era o nosso D. Afonso III (5º). A uma carta de D. Afonso III, ao novo papa, este respondeu-lhe, através de uma bula, e encetaram-se negociações que foram surpreendidas com a morte do pontífice, em 20MAI1277. Conta Canaveira [Manuel Filipe Canaveira, trabalho publicado num destacável d’ “O Jornal”, de 10MAI1991] que morreu esmagado por uma viga de uma sala em construção do palácio de Viterbo.

"A Europa era ainda no século XIII um espaço cultural centralizado pela Igreja romana. Não havia as fronteiras nacionais rígidas de hoje. Em toda a parte se entendia o latim. O clero, em princípio, era internacional. Muitos estudantes e clérigos vagueavam entre os vários centros de culto e de saber. Portugueses andaram pela Itália e pela França (não falando da Espanha, que não era estrangeiro), frequentando cursos e obtendo diplomas que os prestigiassem no seu país natal. (...)

"Entre estes portugueses cosmopolitas conta-se Pedro Julião, filho de um médico e nascido em Lisboa, no primeiro quartel do século XIII. O nome de Pedro de Espanha (ou Hispano) vem-lhe da época em que frequentou a Universidade de Paris, onde muitas vezes os estudantes eram conhecidos pelo nome da região de origem aposto ao nome próprio. Ainda então se confundiam na designação de Espanha os vários reinos da Península Ibérica. Em Paris graduou-se em Artes. É quase certo que ali exerceu o magistério, porque a obra mais conhecida de Pedro é um compêndio de dialéctica adaptado ao ensino da Universidade parisiense.

Pedro Julião não se ficou pela França. A partir de 1247 vemo-lo a ensinar Medicina na Universidade de Siena, grande foco de estudos médicos, fecundado pela cultura árabe. O seu renome como clínico abre-lhe caminho para a Cúria Romana, aonde o chama o cardeal Ottobono Fieschi, futuro papa Adriano V [e seu antecessor na sede pontifícia... quem havia de saber!].

É a partir desta data que começa na jerarquia eclesiástica a rápida ascensão de Pedro, até então simples clérigo. Em 1261, no mesmo ano em que, como médico, começou a tratar o cardeal, é nomeado deão da Sé de Lisboa. É depois arcediago da Sé de Braga, prior da Igreja de Santa Maria de Guimarães (1268) e, por fim, arcebispo de Braga (1271). Todos estes cargos foram para Pedro Julião formas de remuneração, mais do que obrigações, visto que não há vestígios da sua estada em Portugal, a não ser em 1272-73, anos em que visitou a corte em Lisboa e Santarém. Finalmente, é eleito cardeal e bispo de Túsculo por Gregório X, em 1273. No ano seguinte acompanha este papa ao Concílio de Leão.

Em 1276, o conclave para a eleição está dividido entre um partido francês e um partido italiano e resolve escolher, como parte neutra, o português Pedro Julião. Nos poucos meses que governou, o papa João XXI seguiu fielmente o caminho traçado por Gregório X, tomando como objectivos a união da igreja grega à igreja romana, negócio que deixou bem encaminhado, e a preparação da cruzada. (...)" - "O crepúsculo da Idade Média em Portugal", Partes I e II, António José Saraiva, Gradiva, Cadernos"Cultura e História" do jornal "Público", 25MAI96, pp 103 e sgs.

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Faz hoje 556 anos (1449), era uma TR: batalha de Alfarrobeira: D. Afonso V, 12º rei de Portugal, vence as forças do seu tio e sogro, o infante D. Pedro, que acabaria por falecer na batalha. Nicolau V (208º)

D. Afonso V, “o africano”, era filho de D. Duarte, “o eloquente”, a quem sucedeu, depois de uma regência atribulada de D. Pedro, seu tio, irmão de D. Duarte, e seu sogro.

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Faz hoje 507 anos (1498), era um DM: o navegador português Vasco da Gama fundeia a sua armada diante da cidade de Calecute, terminando com sucesso a primeira viagem marítima para a Índia. Estávamos no reinado de D. Manuel I (14º). Pontificava Alexandre VI (214º).

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Foi há 499 anos (1506), era uma QA: morreu Cristóvão Colombo, navegador genovês. Reinava em Portugal D. Manuel I. Soberano pontífice era Júlio II (216º).

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Completam-se hoje 225 anos (1780), era um SB: é fundada a Casa Pia de Lisboa. Reinava D. Maria I (26º). Pontificava Pio VI (250º).

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Faz hoje 206 anos (1799), foi numa SG: nasceu, em Tours, Honoré de Balzac, escritor francês. Em Portugal decorria a regência de D. João (VI). Em Roma pontificava Pio VI (250º).

Teve uma infância infeliz. Em 1820 escreve uma tragédia, Cromivell, que não chegou a ser editada.

Sucessivamente impressor e editor, não cessa de contrair dívidas, cujas consequências se farão sentir até ao fim da vida.

Em 1829, o sucesso do romance histórico Les Chouans permite-lhe entrar nos meios políticos e nos cenáculos literários. Desde 1830 começa a assinar-se «Balzac», em artigos na imprensa, romances e dramas. Morre aos

51 anos (1850), em Paris. A sua obra abre caminho ao romance realista. “Muito influenciado por Molière, La Bruyère e Diderot, mas também por sábios como Cuvier, Balzac quer descrever a sociedade em que vive segundo um método científico. Dedica-se à composição de uma imensa Comédie Humaine, onde os tipos sociais são representados por figuras intensamente vivas”. Escreveu 85 romances dos 137 que tinha planeado, entre os quais Eugenie Grandet (1833) e Le Père Goriot (1834-1835).

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Faz hoje 204 anos (1801), era uma QA: invasão do Alentejo pelo exército espanhol (rendição de Juromenha e Olivença). Estávamos na regência de D. João (VI). E no pontificado de Pio VII (251º).

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Completam-se hoje 199 anos (1806), era uma TR: nasceu, em Londres, John Stuart Mill, filósofo e economista inglês. Ainda decorria a regência de D. João (VI). Prosseguia o pontificado de Pio VII.

Filho de James Mill (historiador e filósofo escocês [1773-1836], empirista e defensor do utilitarismo e do liberalismo, que aplicou às ciências sociais o método positivista) seguiu as pisadas paternas em matéria de empirismo e utilitarismo.

“O essencial da sua obra consiste em investigações de carácter lógico. Adversário do intuicionismo, estudou as condições para o estabelecimento de uma teoria da indução, método científico por excelência que sobe do particular ao universal por sucessivas generalizações. Contribuiu decisivamente para a fundação das ciências empíricas”. Das suas obras destaco Principies of Political Economy (1848).

Morreu em Avinhão em 1873, com cerca de 67 anos.

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Foi há 159 anos (1846), era uma QA: queda e exílio dos Cabrais (António e José Cabral). Reinava D. Maria II (30º). Pontificava Gregório XVI (254º).

Na sequência de uma revolta liderada por Saldanha, caiu o ministério chefiado por António Bernardo da Costa Cabral, 1º conde e 1º marquês de Tomar e de que era ministro seu irmão José Bernardo da Silva Cabral, 1º conde de Cabral. Ambos juristas de formação académica e ambos cartistas por opção política.

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Faz hoje 107 anos (1898), era uma SX: inauguração do Aquário Vasco da Gama em Dafundo, com a presença do Rei D. Carlos (33º) e de sua mãe, a Rainha D. Maria Pia. Pontificava Leão XIII (256º).

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Faz hoje 90 anos (1915), era uma QI: nasceu Moshe Dayan, líder militar israelita. Em Portugal era PR Manuel de Arriaga. Bento XV (258º) era o papa reinante.

Na Guerra dos Seis Dias (5 a 10 de Junho de 1967), na qualidade de ministro da Defesa, desenvolveu intensa actividade, tendo ganho grande prestígio como estratega militar.

Golda Meir, ao formar governo em 1969, convidou Dayan para o lugar de ministro da Defesa, convite que aceitou.

Ainda neste mesmo ano foi reeleito para o Parlamento.

Durante o conflito israelo-árabe, a 21.10.1973 as forças árabes desencadearam um forte ataque às tropas israelitas, que devido a uma recuperação tardia sofreram cerca de 3 000 baixas. Este facto fez com que Dayan — até então considerado como um dos heróis da Guerra dos Seis Dias e grande estratega militar — caísse em desgraça.

Só mais tarde, em 1977, com a subida ao poder de Menahem Begin, Dayan voltou a desempenhar funções ministeriais, nomeadamente na qualidade de ministro dos Negócios Estrangeiros.

A certa altura, porém, acentuaram-se fortes divergências no seio do elenco governamental. As suas posições políticas face à autonomia palestiniana na Cisjordânia e na faixa de Gaza divergiam das de Begin e do Governo, o que teve como consequência o seu afastamento das conversações entre Israel, o Egipto e os EUA sobre aquela questão. Perante tal situação, a 25.10.1979 demitiu-se.

Morreu a 16.10.1981.

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Faz hoje 68 anos (1937), era uma QI: nasceu a escritora Maria Teresa Horta. Decorria, ainda, um dos mandatos presidenciais de Carmona. Pontificava Pio XI (259º).

Foi militante activa do movimento feminista em Portugal. Colaborou em diversos jornais e revistas. De entre a sua obra destaca-se a colaboração em Novas Cartas Portuguesas (1971) e vários volumes de poemas.

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Foi há 61 anos (1944), era um SB: tentativa de assassinato de Hitler por oficiais nazis durante uma reunião governamental. Em Portugal ainda era PR o general Carmona. Pontificava Pio XII (260º).

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Na mesma data nasceu o músico Joe Cocker.

Dos que viveram os êxitos musicais dos anos 60/70, quem não se recorda de Joe Cocker e da sua voz rouca?

“Nascido em 1944, em Sheffield, Inglaterra, Cocker é um dos poucos grandes do rock dos anos 60 que conseguiu prolongar a sua carreira por cinco décadas, sempre como cabeça de cartaz.

Teve o seu primeiro êxito em 1968, com um tema original dos Beatles «With a Little Help from my Friends», que transformou com a sua voz rouca e os arranjos da sua banda de apoio, a Grease Band. Seguiu-se «Joe Cocker».

A sua aparição no mais importante de todos os festivais rock de sempre, o mítico Woodstock, em Agosto de 1969, afirmou Joe Cocker definitivamente como uma das vozes mais influentes da sua geração” – informação Diário Digital/Lusa em 27-04-2005.

Joe Cocker, 61 anos, lançou no início deste ano de 2005 "Heart And Soul", um álbum que presta tributo a vários ídolos e amigos do músico, entre os quais John Lennon e Paul McCartney, além de versões de "One", dos U2, e de "Everybody Hurts", dos REM.

Joe Cocker actua no Casino de Espinho no próximo dia 23 de Julho de 2005.

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Faz hoje 18 anos (1987), foi numa QA: Otelo Saraiva de Carvalho é condenado a 15 anos de prisão já que é considerado responsável pelas actividades terroristas das FP25 (Forças Populares 25 de Abril). Mário Soares era então o PR. Pontificava João Paulo II (264º).

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Foi há 17 anos (1988), que caiu numa SX: começou a circular o semanário O Independente. Era PR o Dr Mário Soares. Pontificava João Paulo II (264º).

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