2005-2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)
Dia Mundial das Telecomunicações
Dia Nacional da Noruega.
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Foi há 495 anos (1510), era uma SX: morreu Sandro Botticelli, pintor italiano. Em Portugal reinava D. Manuel I (14º). Sumo Pontífice era Júlio II (216º).
O seu verdadeiro nome era Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi. De Alessandro passar a Sandro, compreende-se. Já quanto ao Botticelli, era o nome que davam a seu irmão Giovanni, que, por ser gorducho chamavam “barrilzinho” (botticelli). E este sobrenome agradou de tal forma a toda a família que todos adoptaram Botticelli.
Sabe-se que Sandro nasceu em Florença, mas não se sabe ao certo se em 1444 ou em 1445.
Muito perto de Botticelli morava a família Vespucci da qual, um seu descendente, Américo Vespucci (1454-1512), negociante e explorador, viria a dar o nome à América. Ora estes Vespucci eram fiéis amigos dos Médicis, senhores de Florença, que sempre protegeram Botticelli. Não só lhe fizeram encomendas até à sua morte como o recomendavam a clientes de nomeada, começando logo pelos membros poderosos da família.
Botticelli chegou à pintura por via indirecta: foi ourives, profissão muito seguida nessa época e pela qual começaram a sua formação muitos artistas do Renascimento. Foi a conselho do seu segundo irmão mais velho,
“Na sua obra, Botticelli mostra-se receptivo tanto às aquisições do Renascimento introduzidas por Masaccio, como às tendências do gótico tardio”. Daí o estudo das esculturas da antiguidade, “cujos ideais se encontram nos seus nus. Pela sua graciosidade e subtileza, as personagens femininas revelam as afinidades de Botticelli com as tendências do gótico tardio. Mas bastante longe de se contentar em reproduzir o encanto e a beleza das personagens no contexto cénico das alegrias da mitologia ou da religião, as suas telas contêm um teor filosófico, político e religioso que transforma as imagens em chaves que ajudam à compreensão da cultura e da política florentinas na segunda metade do século XV. Botticelli possuía o talento excepcional de transpor as concepções dos seus clientes para uma linguagem formal compatível com o fundo pictórico, o que fez dele um dos pintores mais disputados do seu tempo” (Botticelli, Barbara Deimling, Taschen).
Ao mesmo tempo que estudou com Lippi, em Prato, a composição, a mistura e a preparação das cores, na pintura, dedicou-se também à aprendizagem das técnicas dos frescos e da pintura dos quadros.
A Adoração dos Magos é uma das sua primeira obras originais, realizada por volta de 1465-1467, três a cinco anos depois de se ter iniciado com Lippi. “Em particular no arranjo das numerosas personagens, revela falhas ao nível da composição”. “Este quadro introduz a longa tradição das ‘Adorações’ de Botticelli, de entre as quais cinco ficaram para a posteridade”. A frequência deste tema não é apenas uma característica de Botticelli, mas da Florença de então, onde existia a “Compagnia dei Magi”, uma das mais importantes confrarias de Florença.
Além de A Adoração dos Magos, existem desta fase de Botticelli alguns quadros de Virgens: por exemplo, A Virgem e o Menino com um Anjo, A Virgem e o Menino com Dois Anjos e o Pequeno São João Baptista, A Virgem e o Menino com Dois Anjos. Costuma comparar-se a tela de uma das virtudes, Temperantia (cerca de 1469-70), de Pollaiuolo com a Fortitudo (1470) de Botticelli: “as duas pinturas faziam parte de um ciclo que decorava inicialmente uma sala de tribunal de Florença onde se julgavam litígios entre mercadores. O ciclo mostra sete virtudes, que deviam servir de aviso e de incitamento tanto para juízes como para os acusados. Para a sua Temperantia (Temperança), Pollaiuolo representa uma mulher que mistura vinho com água, enquanto Botticelli, para Fortitudo (Força), escolheu como atributo um bastão de marechal” (id).
A Virgem e o Menino com Seis Santos (cerca de 1470): “o primeiro retábulo de Botticelli mostra em primeiro plano, ajoelhados, os santos dedicados à medicina, Damião e Cosme. À direita da Virgem, colocou São João Baptista, santo padroeiro de Florença, e Maria Madalena. À sua esquerda, São Francisco de Assis e Santa Catarina de Alexandria” (id).
Uma das suas Adorações é A Adoração dos Magos (Adoração Del Lama), de cerca de 1475. “Este quadro é um trabalho encomendado pelo novo-rico Guasparre del Lama. Na sua representação dos Reis Magos e do seu séquito, Del Lama tinha encomendado os retratos de membros da família dos Médicis para exprimir a sua ligação a esta poderosa família. Na multidão de adoradores, reconhecemos à direita Botticelli, que olha para o observador, como era então corrente fazer-se quando se tratava de um retrato de artista” (id).
A Virgem e o Menino com Cinco Anjos (A Virgem do Magnificat), 1480-81: “No século XV os tondi estavam muito divulgados e serviam para decorar palácios privados ou as casas das associações. Este tondo [redondo?] é o mais precioso dos que Botticelli realizou. Não utilizou tanto ouro em mais nenhum outro. O ouro era naquela época a cor mais cara e a quantidade de metal utilizado dependia do consentimento daquele que fazia a encomenda” (id).
Revolta contra a Lei de Moisés (Conturbatio), cerca de 1481-82: “o fresco contém o aviso do papa Sisto IV [212º da sucessão], dirigido a todos os que tentassem opor-se à sua autoridade papal: como acontecia antigamente com os mentores da revolta contra Moisés, eles são ameaçados com sanções divinas” (id).
A Primavera, cerca de 1482: “Botticelli retomou aqui um conto mitológico de Ovídeo, poeta da Antiguidade: o deus do vento Zéfiro perseguiu a ninfa Clóris e transformou-a em Flora, deusa das flores da Primavera. A composição representa o império de Vénus (no centro da imagem), no qual penetram o Amor e a Primavera com a sua abundância de flores. O quadro foi certamente executado para Lorenzo di Pierfrancesco de Médicis, por ocasião do seu casamento, em
“A evolução estilística de Botticelli revela-se completamente se compararmos a sua Judite com a Cabeça de Holofernes do fim dos anos 90, com a que ele pintara cerca de trinta anos mais cedo. Enquanto a imagem era então dominada pelo movimento e graciosidade viva, aqui impõe-se a simplicidade e a concentração” (id).
Em 1500 Botticelli pinta O Nascimento Místico, a única obra do artista datada e assinada.
Em 1504, Botticelli é membro da comissão que deverá debater o local mais conveniente para a estátua de David, de Miguel Ângelo, com quem contactara em 1496.
Sandro Botticelli morre aos 65-66 anos e é enterrado no cemitério de Ognissanti, hoje sob inúmeros edifícios.
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Foi há 478 nos (1527), era uma SX: em Greenwich, o arcebispo Warham inicia um inquérito secreto sobre o casamento de
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Foi há 469 anos (1536), era uma QA: o arcebispo Cranmer declara o casamento de
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Completam-se hoje 288 anos (1717), era uma SG: nasceu, em Viena,
Foi também imperatriz da Alemanha e rainha da Hungria e da Boémia.
Era filha do imperador Carlos VI.
A jovem rainha viu-se no maior risco de desmembramento dos seus domínios, mas salvaram-na a “cavalheiresca fidelidade dos húngaros”, o apoio da Inglaterra e, sobretudo, o seu resoluto espírito.
Sucedeu-lhe seu filho José (I).
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Faz hoje 105 anos (1900), era uma QI: nasceu Ayatollah Khomeini, líder da revolução iraniana. Em Portugal reinava D. Carlos (33º). Leão XIII (256º) era o papa pontificante.
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Completam-se hoje 90 anos (1915), foi numa SG: toma posse o governo de José Ribeiro de Castro. Estávamos na Presidência de Manuel de Arriaga. Bento XV (258º) era o papa de então.
Assunto abordado na “memória” de ontem (v/ respectivo ponto 11)
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Faz hoje 65 anos (1940), era uma SX: o governo português e a Santa Sé assinam, no Vaticano, a Concordata e o Acordo Missionário. Carmona era o PR. Pontificava Pio XII (260º).
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Faz hoje 64 anos (1941), era um SB: morre, em Lisboa, com cerca de 83 anos, o filólogo e etnólogo José Leite de Vasconcelos. O PR era o general Carmona. Decorria o pontificado de Pio XII (260º).
Leite de Vasconcelos nasceu em Tarouca em 1858. Formado em Medicina em 1886, veio a ser professor de filologia na Faculdade de Letras de Lisboa. Foi ainda o fundador do Museu Etnológico de Belém, que dirigiu até 1929.
Intelectual multifacetado, “a sua obra conta-se por centenas de publicações, mantendo-se ainda inéditos alguns dos seus trabalhos”. Da sua vastíssima produção refiro apenas, a título de exemplo, Religiões da Lusitânia (3 volumes: 1897, 1905 e 1913); Antroponímia Portuguesa (1928), Etnografia Portuguesa (3 vols: 1933, 1936 e 1942, este já publicado postumamente). Fundou, ainda, e dirigiu, várias publicações periódicas de interesse cultural elevado como, vg, o Arqueólogo Português, órgão do Museu Etnológico que hoje tem o seu nome.
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Faz hoje 58 anos (1947), era um SB: é inaugurado, em Lisboa, o Pavilhão dos Desportos, com a jornada de abertura do III Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins, que Portugal vence pela primeira vez. Carmona era o PR. Pio XII era ainda o papa.
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Faz hoje 46 anos (1959), foi num DM: é inaugurado, em Almada, o monumento a Cristo-Rei. Era Américo Tomás o PR. Pontificava João XXIII (261º).
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Foi há 31 anos (1974), era uma SX: no teatro São Luís, primeira actuação do cantor português Sérgio Godinho em palcos portugueses. PR era o general Spínola. Pontificava Paulo VI (262º).
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Faz hoje 28 anos (1977), era uma TR: é inaugurada, na Gulbenkian, a exposição de pintura da portuguesa, residente em França e naturalizada francesa, Vieira da Silva que compreende 85 obras a têmpera, relativas ao período de
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Foi há 27 anos (1978), era uma QA: feita a tradução de Os Bichos, de Miguel Torga, para francês, a obra é premiada
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Faz hoje 23 anos (1982), era uma SG: é concluído o restauro do palácio de Palmela, que fora destruído por um forte incêndio. Era ainda o general Ramalho Eanes o PR. Pontificava João Paulo II (264º).
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