terça-feira, maio 24, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA



2005/2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
2005 - Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)

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Completam-se hoje 462 anos (1543), que foi uma QI:morreu, com cerca de 70 anos, em Frauenberg (hoje Frombork) na Polónia, Nicolau Copérnico, astrónomo polaco. Em Portugal reinava D. João III (15º). No Vaticano pontificava Paulo III (220º).

Copérnico foi, de facto, o precursor da astronomia moderna. Concluiu que, contrariamente às teorias expostas por Ptolomeu, a Terra roda em torno do seu eixo em cada 24 horas e em cada ano revolve numa órbita circular em torno do Sol, tal como os restantes planetas, embora com períodos de rotação diferentes. (Desde Ptolomeu, considerava-se a Terra como o centro do Mundo, à volta do qual gravitavam os outros astros.) Esta descoberta foi revolucionária porque a Igreja tinha aceitado a teoria geocêntrica do Mundo. Redigida em 1530, a sua obra De Revolutionibus Orbium Coelestium Libri VI (Tratado das Revoluções do Mundo Celeste) só foi publicada em 1543, pouco tempo antes da morte do sábio.

Copérnico estudou Filosofia, Medicina, Farmácia, Matemática e Ciências na Universidade de Cracóvia e depois Astronomia e Teologia em Bolonha. Munido desta enciclopédica cultura, exerceu primeiro medicina e depois foi nomeado cónego. As suas descobertas não se baseiam na observação, pois à época ainda não existiam instrumentos de precisão, mas na reflexão lógica e estudo de alguns filósofos pitagóricos que, antes de Ptolomeu, já haviam colocado a hipótese de o universo ser heliocêntrico. Copérnico considerava que os planetas descreviam órbitas circulares centradas no Sol, mas ficou posteriormente provado que essas revoluções são elípticas. Seja como for, o sábio polaco forneceu a base dos trabalhos posteriores de Galileu, Kepler e Newton sobre as leis dos planetas e da gravitação universal.

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Faz hoje 279 anos (1726), foi numa SX: após a sua libertação da Bastilha, o escritor francês Voltaire chega a Inglaterra, exilado. Em Portugal reinava D. João V (24º). Em Roma pontificava Bento XIII(245º).

O verdadeiro nome de Voltaire era François-Marie Arouet. Voltaire era o seu nome literário.

Voltaire nasceu em Paris, aos 21.11.1694.

Foi um dos mais significativos nomes “do espírito, do humorismo e da espirituosa crítica tipicamente gaulesa e iluminista”.

“Cultivou a tragédia, a epopeia, o romance, o ensaio, a narrativa alegórica. O gosto do exótico, tão próprio do século XVIII, matiza a sua obra, mais como recurso crítico do que como tendência realista”.

Escreveu uma obra vastíssima e polícroma, sempre polémica e comprometida, diremos até que comprometedora: em 1717 é encarcerado em consequência da publicação da sátira J'ai vu, de autoria, aliás, incerta”. Esta foi a segunda vez que foi preso na Bastilha. E foi aí que mudou o seu nome de Arouet para Voltaire.

Foi exactamente na sequência desta prisão que, após a sua libertação da Bastilha, o escritor chega ao exílio, a Inglaterra – facto que hoje se comemora – donde regressaria, cerca de três anos depois, a França em 1729.

Esse exílio e a respectiva motivação estão na origem das suas Lettres anglaíses, que o Parlamento mandou queimar (1734).

“A crítica moral empreendida na sua obra, a sátira social por vezes violenta e o ataque frequentemente certeiro aos costumes, leis e instituições não deixam de lhe acarretar a desconfiança e até a hostilidade dos seus contemporâneos. É esse, de resto, o tributo imposto a um espírito tão brilhante como combativo. A sua vida agitadíssima foi marcada pela paixão da marquesa de Châtellet (1706-1749), espírito cultivado que deixou algumas obras e exerceu sobre o escritor poderosa influência. Voltaire permaneceu alguns anos na Prússia e mais tarde retirou-se para o Castelo de Ferney, perto da Suíça, onde passou 23 anos da sua vida, talvez o período de mais intenso labor. Foi admitido como membro da Academia Francesa em 1746”

“De entre os numerosos títulos da sua obra citam-se os seguintes: as tragédias Oedipe (1718), Zaire (1732), Mérope (1743) e uma epopeia, La Henriade (1728). Mas é sobretudo no romance e no conto de essência filosófica, de forma alegórica e tom satírico, que se distingue. São deste tipo: Micromégas (1747), Zadig (1748) e Candide (1759). Além das Lettres anglaises, citemos ainda o seu Essai sur lês moeurs (1756) e o Dictionnaire philosophique (1764).” (Fontes: várias enciclopédias).

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Faz hoje 186 anos (1819), era uma SG: nasceu a rainha Vitória, do Reino Unido. Em Portugal reinava D. João VI (27º). O romano pontífice era Pio VII (251º).

A rainha Vitória era filha do duque de Kent e de Luísa Vitória de Saxe-Coburgo Subiu ao trono de Inglaterra apenas com 18 anos, sucedendo a Guilherme IV, seu tio.

Durante os sessenta e quatro anos do seu reinado, a rainha Vitória tornar-se-ia o símbolo do poder e da solidez do Império, e simultaneamente a figura principal de uma época pudibunda e austera, que foi denominada, ao longo dos tempos como «a era Vitoriana». Em 1840, Vitória desposou o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, seu primo, que, até 1861, data da sua morte, seria o seu fiel conselheiro. Desta união nasceram nove filhos e os numerosos netos da rainha contraíram tantos casamentos principescos que Vitória poderia ser chamada «a avó da Europa». Pouco experiente nos negócios do governo, viúva inconsolável que viveu os últimos quarenta anos do seu reinado no pequeno círculo da corte, Vitória manteve-se fiel à tradição parlamentar e soube escolher excelentes ministros como Meibourne, Peei, Palmerston, o liberal Gladstone e principalmente Disraeli, seu grande amigo. Apoiou sobretudo os conservadores, a política imperial e a Igreja anglicana: os católicos irlandeses nada podiam esperar da rainha da Grã-Bretanha e Irlanda. Em política externa, e impelida pelo marido, favoreceu a aproximação franco-inglesa. Levou a Inglaterra a entrar na Guerra da Crimeia (1854). Em 1876, Vitória foi proclamada rainha das Índias. Quando morreu, depois de ter desviado Eduardo VII, seu filho, dos negócios do reino, a velha Inglaterra sentiu que o acontecimento marcava o fim de uma época.

Morreu em Osborne, na ilha de Wight, em 1901 – das enciclopédias.

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Foi há 143 anos (1862), era um SB: em Londres, inauguração da ponte de Westminster sobre o rio Tamisa. Em Portugal reinava D. Luís (32º). Soberano pontífice era Pio IX (255º).

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Completam-se hoje 107 anos (1898), era uma TR: nasceu, em Oliveira de Azeméis, o jornalista e escritor Ferreira de Castro. Reinava D. Carlos (33º). Pontificava Leão XIII (256º).

Órfão de pai, José Maria Ferreira de Castro cedo emigrou para o Brasil, com apenas 12 anos. Foi aí que recolheu excelente material humano para a generalidade dos seus romances, sobretudo A Selva (1930), a sua obra prima. Este terá sido, mesmo, o livro português mais editado, ou um dos mais editados, em todo o mundo, com edições em muitas línguas. Pelo menos em 14.

Geralmente merece destaque, nesta matéria de traduções da sua obra, a de Blaise Cendrars, Forêt Vierge, surgida logo em 1938.

Obra sua de muito interesse foi, também, As Maravilhas Artísticas do Mundo, primeiro editada em fascículos e posteriormente publicada em dois volumes monumentais, em grande formato, de rica encardenação, obra profusa e ricamente ilustrada, com réplicas de variadíssimas obras de arte espalhadas pelo mundo, editada, o 1º volume, em 1959, e o 2º em 1963, ambos pela Empresa Nacional de Publicidade. Este foi, porém, precedido por A volta ao Mundo, também em edição monumental (1944).

Ainda no Brasil e depois de várias experiências nessa área, fundou aí um jornal que intitulou Portugal. Este periódico teve bastante sucesso.

Nos finais dos anos dez, começos dos anos vinte da centúria passada, veio a Portugal. Com intenção de voltar ao Brasil. Porém, se veio porque se encontrava, então, economicamente desafogado, aqui, e entretanto, surgiram novas dificuldades. E por cá ficou, em Lisboa, fazendo jornalismo. Fundou então a revista A Hora, e, sempre atraído pelas letras, publicou, em 1922, o livro Mas..., que foi a sua primeira obra dada a lume em Portugal, e, seguidamente, o drama O Mais Forte, que não chegou a ser representado.

Repartindo-se entre o jornalista e o escritor, foi escrevendo sempre. Claro que tema que lhe era caro era o dos emigrantes, daí que em 1928 tenha publicado o romance Emigrantes, que foi a sua definitiva consagração. Mas outros se sucederam, como, Eternidade (1933), Terra Fria (1934), A Tempestade (1940), A Lã e a Neve (1947), A Curva da Estrada (1950), A Missão (1954). Estes, apenas alguns dos títulos da sua muito extensa bibliografia.

Em 1970, no II Festival Internacional do Livro efectuado em Nice, foi-lhe conferido o Prémio Águia de Ouro. No ano seguinte, no Centro Cultural Português de Paris, a Fundação Calouste Gulbenkian atribuiu-lhe o Prémio Gulbenkian da Latinidade.

A 0l.07.1979 foi pré-inaugurada a Casa-Museu Ferreira de Castro (doada à Câmara Municipal de Sintra), facto que coincidiu com uma romagem ao local onde se encontram os restos mortais do escritor (numa vereda junto ao castelo dos mouros, por sua expressa vontade). Nesta casa-museu, sita na Rua Consiglieri Pedroso, em Sintra, onde se encontram diversos livros, manuscritos, fotografias e cartas, tentou-se reconstruir peça por peça o escritório de Ferreira de Castro.

Morreu no Porto em 29.06.1974.

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Faz hoje 66 anos (1939), uma QA: nasceu o escritor Mário Ventura. Era PR o general Carmona. Pontificava Pio XII (260º).

Mário Ventura Henriques nasceu, acidentalmente, em Lisboa. Apesar disso, e de a sua família ser de Santarém, considera-se um «alentejano por afeição». Vive actualmente entre Setúbal e Montemor-o-Novo, onde tem casa.
Tem desenvolvido uma intensa actividade, como jornalista, por exemplo (Diário Popular; Seara Nova, na década de 60; Diário de Notícias) e como correspondente da imprensa espanhola em Portugal durante cerca de vinte anos. Além disso dirigiu a edição portuguesa da revista Cambio 16; foi correspondente do Diário de Notícias em Espanha, de 1993 a 2000; gestor de uma empresa de publicações (1972-73). E fez, ainda, parte da Direcção Sindicato Nacional dos Jornalistas, na década de 60.

Foi candidato pela CDE, em 1969, por Évora e presidente da Assembleia Municipal da Amadora, 1994-97.
Foi, ainda, presidente da Associação Portuguesa de Escritores, 1990-92. Como foi também fundador e actual Director do Festival Internacional de Cinema de Tróia (já na sua 20ª edição).
Recebeu o Prémio de Ficção Pen Club e o Prémio Cidade de Lisboa (Vida e morte dos Santiagos, 1986) e novamente o Prémio de Ficção Pen Club, em 1991, com o livro Évora e os Dias da Guerra.

Em 2003 comemorou os 40 anos de carreira literária, e numa entrevista diria, acerca de si e do seu sonho: “Em mim, a brotoeja literária começou muito cedo, aos 12 anos já escrevia histórias. Já tinha a ambição de ser escritor”.

Ao saudar o aparecimento do seu segundo romance, A Sombra das Árvores Mortas (1966), Mário Sacramento (in Diário de Lisboa, 7/7/66) definia-o como "um romance da juventude pequeno-burguesa urbana", que, sendo "uma obra neo-realista na intenção", assumia no entanto "uma expressão que é de realismo crítico". Autor de volumosa e dispersa obra jornalística e literária, refiro, por exemplo: Alentejo Desencantado, 1969; Outro Tempo Outra Cidade, 1979; Morrer em Portugal, também de 1979; A Revolta dos Herdeiros, 1997 e, por fim, O Reino Encantado, já deste ano de 2005.

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Faz hoje 64 anos (1941), foi num SB: nasceu, no Minnesota, Bob Dylan compositor e cantor norte-americano. Em Portugal continuava o mandato de Carmona. Pontificava, na Igreja romana, Pio XII.

Bob Dylan revelou-se em 1962 ao retomar as tradicionais melodias folk, transformando-as de modo a servirem de arma de «protesto» social. Entre as mais importantes devem destacar-se, ate pela qualidade poética, Blowin' in the wind e The times they are a' changing e Mr.Tamhouríne Man. “Clamando contra as injustiças sociais, exerceu influência sensível em figuras como os Beatles ou Jimmy Hendrix, entre outras”. Posteriormente as suas canções começaram a ter um tom mais pessoal e melancólico e a sua poesia ficou mais liberta, assim como a sua música mais complexa, embora mantendo as inseparáveis viola e harmónica.

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Foi há 31 anos (1974), era uma SX: em Portugal, fundação do Partido Popular Monárquico (PPM), como consequência da convergência monárquica. O PR era o general Spínola. Pontificava Paulo VI (262º).

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Foi nesta mesma data que morreu, Nova Iorque, com cerca de 75 anos, Duke Ellington, músico e compositor de jazz norte-americano.

O seu verdadeiro nome era Edward Kennedy.

Duke Ellington começou por ser pianista de ragtime nos cafés, por volta de 1916, e fundou a sua primeira orquestra em 1918. Imediatamente se tornou célebre, obtendo um êxito enorme nos anos de 1927-1932, quando trabalhava no Cotton Club, de Nova Iorque. E tornou-se num dos maiores compositores da história do jazz.

Grandes nomes do jazz, como Barney Bigart (clarinete), Johnny Hodges (saxofone), Rex Stuart, Cootie Williams (trompete), trabalharam longo tempo ao lado de Duke Eilington.

Os seus arranjos são de grande originalidade.

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Foi há 13 anos (1992), era um DM: em Lisboa, assinatura do acordo de redução de armas nucleares estratégicas. Já decorria o segundo mandato presidencial do Dr Mário Soares. Pontífice romano era o papa João Paulo II (264º).

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Faz hoje dez anos (1995), era uma QA: no Auditório Carlos Alberto, no Porto, dá-se o início do Festival de Jazz Europeu. Decorria o último ano do segundo mandato do Dr Mário Soares. Prosseguia o pontificado de João Paulo II.

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