«O "ayatollah" Daniel Oliveira escreve no Expresso e faz pregação no Bloco de Esquerda - onde estão os evangelistas da política portuguesa. No sábado passado, ele acusou-me de homofobia e propôs-me para fundador de um "Dia do Orgulho Grunho"».
Miguel Sousa Tavares (Público, SX 13 MAI 05)
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«Com esta, é a terceira vez que vejo alguém ligado ao Bloco de Esquerda deturpar deliberadamente posições minhas, em matérias de que se julgam os guardiões da fé. Já são coincidências a mais. Suficientes para começar a achar que esta gente não é séria.»
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«Segundo as sondagens, o país reconciliou-se com os seus dirigentes.(…)
A imagem de frieza que José Sócrates tem vindo a imprimir beneficia de uma atenção ao quotidiano que é manifestamente reconhecida. Apesar de uma ou outra derrapagem (mas qual é o Governo que as não tem?), os ministros têm sido equilibrados e comedidos.»
Eduardo Prado Coelho (id, id)
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«O CDS tentava recuperar com o homem que desceu de pára-quedas a meio da noite: Ribeiro e Castro. Este tinha feito umas afirmações mais belicosas (e infelizes) em relação a Manuel Carrilho e Sá Fernandes. Mas a credibilidade do CDS sai seriamente afectada pelo caso administrativo-financeiro que implica o projecto de Benavente.»
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«Quanto ao PCP, Jerónimo de Sousa perdeu a sua generosidade eleitoral e voltou aos velhos temas e às constantes do seu discurso.»
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«No PSD, Marques Mendes revela sentido da ética em política, mas não parece ter o que permitiria impor-se aos olhos dos portugueses. Há um retraimento em que se sente por vezes ele recuar para posições que são corajosas mas desequilibradas: escaparam à sua recusa pessoas como Isabel Damasceno, e Alberto João Jardim não pode ser posto na ordem.»
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«Nas hesitações quanto ao casamento entre pessoas do mesmo sexo pressente-se a síndrome de Viseu: o casamento torna evidente, demasiado evidente, a sexualidade entre pessoas do mesmo sexo; legitima-a, no quadro actual de referências culturais, e relativiza a heterossexualidade, que de normativa passa a ser uma entre outras.
Parecendo "conservadora", a reivindicação é verdadeiramente "revolucionária".»
Miguel Vale de Almeida (Público, SB 14 MAI 05)
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«Quando uma universidade filandesa interrompeu, em Fevereiro deste ano, o protocolo de intercâmbio de alunos com a Universidade do Porto com base no argumento de que um aluno da universidade portuguesa levara cábulas para um exame em Helsínquia, a reacção em Portugal foi de estupefacção por tal inflexibilidade.»
Helena Matos (id, id)
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«Tivesse o caso ocorrido entre universidades portuguesas e o desfecho seria claramente outro, com o "aluno-vítima" mais "o professor que não quer ser intolerante", sem esquecer os "colegas naturalmente solidários", todos a concluírem que tudo não passara dum equívoco.»
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Esta história [caso Benevente], que envolve sobreiros, especulação imobiliária, campos de golfe, Grupo Espírito Santo, paisagem protegida, espécies protegidas, financiamento partidário, intermediação na compra de material militar, parece-se cada vez mais com a ponta de um icebergue imenso que se dirige para a costa portuguesa, apesar de as correntes que nos banham não serem muito propícias a estes encontros com blocos de gelo. Esperemos que não seja desta vez que o nosso Titanic vai ao fundo. Mas que a história é muito estranha, lá isso é.
Paulo Cunha e Silva (DN, SB 14 MAI 05)
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«Uma vitória presidencial de Cavaco Silva poderá desencadear um significativo momento de viragem nos quadros de referência da política portuguesa, com inevitáveis reflexos no futuro da paisagem partidária.»
Vicente Jorge Silva (id, id)
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«Ciclicamente o país vive à beira do abismo da suspeita. Mas o seu grande problema é que nunca resolve essas feridas que abre e que raramente consegue cicatrizar de forma eficaz.»
Fernando Sobral (Jornal de Negócios on line, SB 14 MAI 05)
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«Sou avesso às grandes classificações; mas a ascensão de Cavaco Silva ao poder serviu de sincronia para definir um sistema e as estruturas de um pensamento sufocante, com infelizes tradições na nossa história.»
Baptista Bastos (id, id)
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