terça-feira, maio 17, 2005

SOLTAS

«A explicação [caso dos sobreiros de Benavente] só pode ser uma: sendo certa a mudança de governo, que seguramente manteria a recusa de luz verde para o projecto, do que se tratava era de aproveitar a disponibilidade de ministros "amigos dos negócios" para abrir a estrada real para a iniciativa.»
Vital Moreira (Público, TR 17 MAI 05)

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«O que mais choca no despacho triministerial [idem] é ele ter sido agenciado pelo próprio ministro do Ambiente, a quem cabe supostamente a defesa dos valores ecológicos, e assinado também pelo ministro da Agricultura, a quem devia caber a defesa das florestas protegidas.»
Id (id, id)

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«Como adaptar o modo de vida das suas sociedades a um mundo globalizado? Como integrar sociedades cada vez mais multiétnicas e multiculturais? Como influenciar as grandes questões mundiais a favor dos valores e dos interesses europeus? É fácil de perceber que a dimensão dos problemas dificilmente encontrará soluções fora do quadro europeu.»
Teresa de Sousa (id, id)

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«Que a França, esse país imprevisível onde a política salta rapidamente dos palácios para a rua, ameace votar contra a Constituição europeia ainda vá. Que os holandeses, tradicionalmente cotados no topo do ranking do europeísmo europeu, se preparem para fazer o mesmo é que as elites políticas europeias começam a achar verdadeiramente chocante.
O referendo holandês tem passado quase desapercebido, de tal modo a França concentra todas as atenções. Mas a verdade é que a paisagem não é mais animadora no país das túlipas, a avaliar pelas sondagens e pelas notícias que vão dando conta do estado de espírito dos holandeses.»

Id (id, id)

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«Na semana passada, a propósito do assassinato de uma menina de cinco anos, um padre católico decidiu defender, no púlpito da missa de sétimo dia da criança, a tese de que este crime seria menos violento e menos grave do que um aborto. Segundo o padre, neste último a vítima do crime seria um ente incapaz de se defender, enquanto uma criança de cinco anos "pode reagir, pode chorar, queixar-se".»
José Vitor Malheiros (id, id)

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«É admissível que um sacerdote ou a Igreja adopte uma posição fundamentalista (a expressão é aqui usada com absoluto rigor) sobre a defesa da vida humana e decida considerar que tudo aquilo que classifique como "vida humana" (mesmo que se trate de uma bolinha de células indiferenciadas) deve ser defendido a todo o transe. O que já não é admissível, nem para a Igreja nem para um sacerdote, é decidir que algo que considera como vida humana vale menos do que outra vida humana. (…)
Quando se diz que A é mais grave do que B, está-se forçosamente a dizer que B é menos grave que A.»

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«Antes de qualquer julgamento sobre as matérias mais delicadas que envolvem o ex-ministro Luís Nobre Guedes, há questões que perturbam. Eis algumas

Por que motivos um político toma decisões sobre assuntos delicados e que esperam por um despacho há anos quando há eleições à porta e sabe que vai perder? Haverá alguma real urgência impoluta em tais actos que não pudesse ser explicada ao seu sucessor e por ele entendida? Não seria isso o mais ético, para não dizer apenas a única solução séria?»
José Manuel Fernandes (id, id)

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«No interior do PSD, já suficientemente dividido após o último congresso, os apoiantes de Luís Filipe Menezes contam as espingardas e congeminam traições. São tropas mais aguerridas que as do novo líder, tropas especializadas na nobre arte do caciquismo político e despeitadas pelos vetos a Valentim Loureiro, Isaltino de Morais e Pedro Santana Lopes.»
Luís Osório (A Capital, TR 17 MAI 05)

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«As escolhas políticas para as próximas autárquicas são compreensíveis. Santana Lopes, Isaltino Morais e Valentim Loureiro não são de facto personagens credíveis para a opinião pública, apesar de os dois últimos lhe garantirem a vitória em Oeiras e Gondomar. Marques Mendes, ao resolver afastar estes homens, está a comprar uma guerra que pode perder, mas oferece ao país uma imagem de coragem e credibilidade.»
Id (id, id)

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«Num trono virtual, António Borges quer aproveitar o berreiro para poder disputar o lugar de primeiro-ministro. O drama é que ninguém sabe o que poderá valer. Esperemos que bastante mais do que o discurso redondo que mostrou no último Congresso.»
Id (id, id)

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«A grande maioria das pessoas desconhece e quer continuar a desconhecer tudo aquilo que se perfila em torno da Constituição Europeia. Ou seja, perceber as competências da União, os seus complexos processos de decisão, a sua cada vez mais delicada harmonização com a soberania dos seus estados-membros, as suas hesitações e avanços e recuos em termos de política externa e defesa. É demais. Ainda por cima para um Verão que se espera quente e desanimado.»
Miguel Romão (id, id)

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«Sobreiros erguem-se vozes a acusar o peso excessivo do Estado. Ficam os interesses privados e o funeral do bem comum. A hipocrisia dá uma mãozinha à justiça, não vá ela cegar e cumprir o seu dever»
Joana Amaral Dias (DN, TR 17 MAI 05)

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«Nada garante que terroristas não usem armas nucleares para atentados, com efeitos apocalípticos. Ou seja, o perigo atómico é mais real do que nunca, por muito que o confronto EUA-URSS tenha passado à história.»
Francisco Sarsfield Cabral (id, id)

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«O mundo olha para os EUA, a superpotência, para travar esta loucura. Mas Bush mandou estudar novas armas nucleares. E recusou-se a subscrever um acordo suspendendo experiências atómicas.»
Id (id, id)

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«Portugal está a começar a parecer-se com um velho leão que deixou de ter energia para rugir. O Estado não tem força nas pernas e a sociedade civil ainda parece continuar a viver na adolescência.»
Fernando Sobral (Jornal de Negócios on line, TR 17 MAI 05)

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«Quanto maior é a burocracia, maior é a corrupção. O caso do «despacho polémico» é mais um possível sintoma de um sistema que propicia a cunha, estimula o compadrio, pede notas numa mala preta, paga favores e cobra favores em troca de favores.

A relação está estudada, comprovada e vem nos livros de Economia: é nos países com maiores imposições de licenciamentos, de autorizações, de carimbos necessários que a economia paralela é maior.»
Pedro S. Guerreiro (id, id)

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