sexta-feira, março 18, 2005

OS MEUS DESTAQUES

«Sábado passado, no Palácio da Ajuda, a televisão proporcionou-nos uma daquelas imagens que valem por mil palavras. José Sócrates discursava, depois de empossado como primeiro-ministro, tendo ao seu lado o Presidente da República, ambos de pé. Sentada à sua frente, uma restrita plateia, que incluía os membros do novo Governo, os cessantes e as figuras institucionais do Estado. Sócrates falava da magna questão do défice externo e das escassas soluções para o enfrentar. De repente, a câmara dá-nos um plano do primeiro-ministro cessante, sentado na primeira fila: Pedro Santana Lopes bocejava perdidamente. Eram cinco da tarde de sábado, o assunto era certamente penoso e, a partir daquele momento, já não havia mais necessidade de manter poses de estadista.»
Miguel Sousa Tavares (Público, 18 MAR 05)

«Mais do que esperança, o que os portugueses sentem, desde 20 de Fevereiro, é uma sensação de alívio.»
Id (id, id)

«Sócrates pode governar bem ou mal, mas ninguém espera dele uma atitude de leviandade, enquadrada por uma constante e primária cobertura de propaganda e promoção da imagem.»
Id (id, id)

«As diferenças são, à partida, abissais: Sócrates não é Santana, e esse é o ponto essencial.»
Id (id, id)

«As tentativas de encontrar, desde já, terreno para atacar o Governo de Sócrates, de tão esforçadas, tornam-se ridículas.»
Id (id, id)

«A tradição do Dia do Pai confunde-se-me, em percurso autobiográfico, com a mudança do Dia da Mãe para data móvel, tão móvel que me aconteceu mesmo esquecê-la.»
João Bénard da Costa (id, id)

«Apesar de certeira, a análise de José Gil não é estimulante: vira-nos para dentro, para o nosso umbigo, puxa-nos para baixo, incentiva a autoflagelação tão ao gosto nacional.»
Esther Mucznik (id, id)

«No mundo actual, todas as sociedades são, por excelência, sociedades da não-inscrição: a urbanização, o desenraizamento, a destruição de laços ancestrais, de autoridades e valores tidos como imutáveis, conjugados com a voragem da vida quotidiana e o império absoluto da actualidade são, entre outros, alguns elementos decisivos dessa não-inscrição.»
Id (id, id)

«Há como que um consenso na sociedade portuguesa de que "isto" tem de mudar e é esse, em minha opinião, o sentido da maior afluência às urnas nas últimas eleições.»
Id (id, id)

«Sinceramente, não creio que as jovens gerações se reconheçam no retrato que José Gil faz dos portugueses.
Provavelmente, Portugal está a mudar e nós não sabemos...»

Id (id, id)

«Em França, o antiamericanismo e, subsidiariamente, o ódio à Inglaterra continuam a ser o fundamento da ortodoxia de Estado. Uma ortodoxia que, de resto, a França comunicou à "Europa" (ou, no mínimo, à "velha Europa", que não sofreu o comunismo) e que ameaça hoje dividir o Ocidente.»
Vasco Pulido Valente (id, id)

«Sócrates deixa uma mensagem positiva: aquilo que afirmou durante a campanha era mesmo o contrato e o projecto que tinha para Portugal.
Como é evidente, esse contrato provoca múltiplas dúvidas. Interrogações que só começarão a ser desfeitas quando o executivo propuser medidas políticas concretas. Até lá, a oposição tem-se limitado a esperar para ver e, quando fala, como ontem o porta-voz do PP numa declaração extemporânea, é mais para marcar terreno junto dos microfones do que para afirmar algo de substancial.»

Luís Osório (A Capital, 18 MAR 05)

«No estertor da derrota, mas antes da sua substituição legal, legalmente, diga-se, amoralmente, constate-se, os que partem conseguem colocação definitiva em quadro ( do motorista ao director) dos seus apaniguados que estavam em condição precária.»
Rogério Rodrigues (id, id)

«Mesmo que não esteja, Santana está. E está, mesmo não estando. Estando, não está. É uma criatura adejante, um um ser volátil, alado, um ectoplasma que nos persegue, uma alma penada, desabrida e sem paz.»
Baptista Bastos (Jornal de Negócios on line, 18 MAR 05)

«Este FC Porto é uma fotocópia mal feita do que foi nos últimos anos. Uma imagem desfocada da equipa que parecia invencível e que agora treme cada vez que alguém sopra. Este ano o FC Porto não é um dragão. É um extintor do seu passado vencedor.»
Fernando Sobral (id, id)


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