sábado, março 12, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA

Foi há 1401 anos (604), uma QI: morreu São Gregório, papa, a quem sucedeu o italiano Sabiniano (65º). Gregório I (64º) (S. Gregório Magno) era romano e bisneto do Papa S. Félix III (48º). (O romano S. Félix III foi pai de dois filhos – já que tinha sido casado antes de tomar ordens) “Poucos pontífices igualaram Gregório como administrador dos vastos interesses da Igreja.” Contemporâneo de S. Gregório Magno é Maomé (571-632). É durante este pontificado que nasce, no Oriente, o Islamismo, essa "força ameaçadora para a Cristandade", e "que constituirá, durante séculos, uma das mais graves preocupações da Igreja, não como potência religiosa, mas pela violência das suas armas" – História Eclesiástica de Portugal, Pe Miguel de Oliveira, pág 34.

Portugal nem como projecto existia – era, então, ainda, um longínquo “nascituro”.

Foi há 498 anos (1507), uma SX: morreu César Bórgia, eclesiástico e político italiano. Era filho do cardeal Rodrigo Bórgia, que foi papa de 1492 a 1503, com o nome de Alexandre VI (214º). Rodrigo Bórgia era espanhol, de Xátiva (Valência). A mãe de Rodrigo era Isabel de Bórgia, irmã do papa Calisto III. E foi este papa, seu tio, mas quando ainda era cardeal, que o levou para Roma, para estudar. Alexandre VI fez do filho César cardeal e comandante dos exércitos pontifícios [!!!], depois da morte do seu irmão mais velho. César era ainda irmão da não menos celebrada Lucrécia Bórgia, que, apesar dos seus crimes e depravações, parece ter sido um mero instrumento da política do pontífice, seu pai, e do cardeal, seu irmão. Em Portugal reinava D. Manuel I (14º). Pontificava o dinâmico Júlio II (216º), de quem se escreveu: "Ocupando-se menos dos negócios espirituais do que competia à sua missão, teve este Papa as qualidades de um grande político e general, e foi também um patrono esclarecido das artes que liberalmente ajudou.” Registe-se, ainda, que ele concedeu a nosso D. Manuel a “Rosa de Ouro”, uma condecoração do Estado do Vaticano.

Foi há 75 anos (1930), uma QA: Mahatma Gandhi, líder nacional indiano, inicia a sua marcha conhecida por Marcha pelo Sal, como protesto contra os impostos do governo britânico sobre o sal e contra o monopólio de comércio deste produto na Índia. Em Portugal já decorria o longo mandato de Carmona. Pontificava em Roma Pio XI (259º).

Foi há 67 anos (1938), um SB: anexação da Áustria à Alemanha sob o nome de Ostmark. Em Portugal prosseguia o mandato de Carmona. E em Roma o pontificado de Pio XI, já perto do seu termo.

Foi há 65 anos (1940), uma TR: fim da guerra entre a Rússia e a Finlândia com a assinatura da Paz de Moscovo; a Finlândia teve porém de ceder uma parte oriental do seu território à URSS. Em Portugal ainda decorria o interminável mandato de Carmona. Na cadeira de Pedro tínhamos, agora, Pio XII (260º).

Foi há 59 anos (1946), uma TR: nasceu Liza Minelli, a tão conhecida actriz e cantora norte-americana. Em Portugal mantinha-se Carmona como PR. No Vaticano prosseguia o pontificado de Pio XII.

Foi há 49 anos (1956), uma SG: o governo reforça a capacidade repressiva da PIDE, ampliando o âmbito de intervenção das “medidas provisórias de segurança”, com a possibilidade de alargar até três anos, sempre prorrogáveis, a prisão dos detidos. Era PR o general Craveiro Lopes. Continuava o pontificado de Pio XII.

Foi há 43 anos (1962), uma SG: a Rádio Nacional Livre, da responsabilidade da FPLN (Frente Patriótica de Libertação Nacional), inicia as suas emissões a partir de Argel. Em Portugal decorria o mandato de Américo Tomás. No Vaticano pontificava o “bom papa João”, João XXIII (261º).

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