A aposta em Freitas do Amaral (FA) parece não ter gerado grandes consensos. Não despertou grandes entusiasmos à esquerda, e menos ainda à direita. (Claro que não refiro o gesto agarotado – nele tão peculiar, pese embora a sua “aparente” “pose de Estado – da entrega, por parte de Paulo Portas, dos retratos de FA no Largo do Rato).
Terá, ao menos, agradado ao centro?
Para já, mesmo aí, adensam-se as nuvens da dúvida.
O que suscita mais reparos é o seu dito anti-americanismo…. Mas é certo que estamos, como sempre, a confundir as coisas (hábitos que José Gil classifica na perfeição): o fervoroso anti-bushismo de FA não deve confundir-se com anti-americanismo..
Contudo… É certo que quem agora governa os EUA é Bush (em jornalês: George W Bush… - como se no W é que estivesse a diferença…). E isso tem de merecer alguma reflexão relativamente a um chefe da diplomacia!
Outra, e diferente, questão é a relacionada com as migrações ideológicas. O que pode acontecer em todo o universo de cidadãos que têm licença para ser pensantes.
Mas, então, porque não admitir uma migração dessas da direita a caminho da esquerda (primeiro escrevi “para a esquerda”. Diferente, claro).
Na realidade, FA é um peso pesado (um dinossauro – usa-se muito agora) da política.
E deixou de ser um mito para a direita. E um papão para a esquerda.
Tinha já pronto a publicar este post quando, de raspão, vi que o Prof Prado Coelho, hoje, no Público e na sua habitual coluna “O fio do horizonte”, diz algo de semelhante.
Vou ler. A ser assim, será mera coincidência.
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