terça-feira, março 15, 2005

OS MEUS DESTAQUES



«Pedro Santana Lopes deveria ter concretizado ontem, sem drama nem tabu político, uma de três opções: reassumir, suspender ou renunciar ao cargo de presidente da Câmara de Lisboa. A lei é clara mas Santana Lopes não conseguiu evitar a emoção, o suspense, o prolongado silêncio sobre um futuro que podia estar para lá do regresso ao município. À sua maneira...»

Eduardo Dâmaso (Público, 15 MAR 05)


«
O patético silêncio de Santana Lopes foi um acto de irresponsabilidade que o deixa numa situação indefensável. Mesmo que viesse argumentar com a necessidade de clarificar a questão da câmara no plano partidário, ou seja, assumir se é ou não candidato nas próximas autárquicas ou passa o testemunho e, por isso, precisar de mais tempo, nunca seria razoável tal opção. Isso significaria meter as conveniências partidárias à frente das suas obrigações enquanto presidente do município lisboeta, ou seja, subverter por completo o compromisso que assumiu com os eleitores que lhe deram o mandato autárquico.»
Id (id, id)

«O mínimo que se esperaria numa pessoa consciente dos seus deveres enquanto homem com responsabilidades públicas era que tivesse esclarecido imediatamente, logo após a posse do novo Governo no sábado, que reassumia o lugar e que segunda-feira se apresentaria ao trabalho.»
Id (id, id)

«A atitude de Santana Lopes fala por si própria, se ainda faltassem provas, quanto à preparação que não tem para exercer cargos públicos. Falta-lhe preparação e uma condição basilar em democracia: respeito pelos eleitores.»
Id (id, id)

«Se há uma revolução a fazer em Portugal, ela consiste em fazer prevalecer o interesse geral contra os interesses sectoriais e corporativos. E são muitos, estes, desde as associações empresariais aos sindicatos, passando pelos grupos profissionais de elite (ordens profissionais em especial), desde a Igreja Católica e a Opus Dei à maçonaria, desde os magistrados aos militares, desde as universidades às câmaras municipais.»
Vital Moreira (id, id)

«A campanha de Sócrates confirmou o que dizem as sondagens. Guterres ainda não "passa". Cada vez entusiasma menos as bases do PS e isto acentua-se em relação aos simples apoiantes.»
Eduardo Prado Coelho (id, id)

«O direito "a não ser torturado" foi defendido ontem em Genebra pela alta-comissária das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, a canadiana Louise Arbour. No seguimento dos escândalos de abuso de prisioneiros durante a campanha anti-terrorismo liderada pelos Estados Unidos, este direito deverá ser objecto de uma resolução a apresentar pela União Europeia»
Público (id)

«Os dirigentes do PS conotados com a ala esquerda criticam a composição do novo Governo de José Sócrates, por este não reflectir todas as correntes de opinião existentes no partido. Pedro Adão e Silva, ex-membro do Secretariado Nacional, diz que a «grande surpresa» no Governo é a ausência de um «equilíbrio» que reflicta as várias tendências do partido. «José Sócrates, ao formar Governo, apropriou-se de uma autonomia que os resultados eleitorais não lhe deram e que não reflectiu as várias tendências do PS», afirma Pedro Adão e Silva.»
Ana Clara (id, id)

«Dirigentes do PS avisam que vão estar atentos ao Executivo e exigem que José Sócrates concretize as políticas sociais.»
Id (id, id)

«O fenómeno José Mourinho, que considero o treinador mais extraordinário dos últimos trinta anos do futebol mundial, é o típico exemplo de alguém cujas mais-valias se alicerçam naquilo que é mais negativo e perverso no ser humano. Considera o futebol uma guerra onde tudo deve ser feito, inclusive o vender a alma a qualquer diabo visível ou invisível, em função da concretização do objectivo. Ganhar é a sua única essência, mesmo que seja a qualquer preço.»
Luís Osório (A Capital, 15 MAR 05)

«O Inimigo Público, excepcional suplemento do diário Público, trouxe para a imprensa em Portugal a virtude de nos colocar a todos desafios no sentido de melhorar a criatividade nos jornais. Muitas vezes, tornamo--nos escravos das agendas noticiosas e esquecemo-nos de que os jornais são, também, espaços de vida e bandeiras de causas.»
Id (id, id)

«Lembrei-me do país e dos seus políticos. Apesar de o país ser muito pequenino e o número dos seus habitantes reduzido, os dois (os políticos e o país) andam tão devagar que há muitos anos não se cruzam.»
Gonçalo M Tavares

«Lentamente, o grau de exigência dos consumidores aumentou, o conhecimento de facto dos seus direitos cresceu, e há pelo menos uma base de cultura de cidadania que força as empresas prestadoras de serviços a garantir padrões de qualidade razoáveis.»
Pedro Rolo Duarte (DN, 15 MAR 05)

«Na pré-história daquilo a que se chamou "revolução conservadora", nos Estados Unidos, o senador Barry Goldwater, candidato do Partido Republicano à Presidência, contra o democrata Lyndon Johnson (estamos em 1964), tinha um slogan In your heart you know he's right. A campanha do Partido Democrático fez colar em cima dos cartazes e outdoors do candidato republicano uma faixa que dizia, simplesmente, Yes, extreme right. Não se sabe em que medida esta brilhante ideia contribuiu para o resultado, mas o senador do Arizona sofreu uma das maiores derrotas de todos os tempos na história das presidenciais americanas.»
Miguel Freitas da Costa (id, id)


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