sexta-feira, março 04, 2005

LIDO E ANOTADO


«Para eles [jornalistas], o normal é que se façam governos à soleira da porta, com um esfalfante jogo das cadeiras.»
Eduardo Prado Coelho (Público, 04 MAR 05)

«O grande mérito de Sócrates foi ter estabelecido uma linha de rumo, com enorme e surpreendente determinação, em que nenhuma informação indevida é dada a conhecer. Um autêntico buraco negro que frustra os jornalistas, mas dignifica a política.»
Id (id, id)

«Os próprios jornalistas, porventura os mais prejudicados, reconhecem sensatez na atitude tomada por José Sócrates - não às fugas de informação, o Governo deve ser formado em segredo. António Vitorino já tinha dado o mote: não será pela Comunicação Social que se vai conhecer o Governo e não será a Comunicação Social a formar o Governo. Se Sócrates, o filósofo, dizia «só sei que nada sei», já Sócrates, o político, reclama: «só sei que nada digo». O país não está inquieto, mas mantém-se na expectativa entre saber se a montanha pariu um rato ou o Rato pariu uma montanha.»
Rogério Rodrigues (A Capital, 04 MAR 05)

«Com este gesto, mais do que o benefício da dúvida, Sócrates ganhou o benefício da respeitabilidade.»
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«Enquanto a oposição mais à direita se desnuda e dilacera na praça pública, atordoada na discussão de nomes, mas esquecida da reflexão política, a esquerda, a começar pelo PS, goza de alguma serenidade, sabendo que o futuro é crítico, mas não irremediável.»
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«Queremos que a RTP seja a informação de referência»
Luís Marinho | Director de Informação da RTP/ Entrevista de Ana Garcia Martins (A Capital, 04 MAR 05)

«A colaboração do professor Marcelo Rebelo de Sousa é extremamente importante para qualquer órgão de comunicação. Saber que ele está aqui para nós é uma grande satisfação. Ele fará parte de todo este projecto. Uma televisão pública tem o dever de levar as pessoas a pensar e a serem estimuladas com intervenções que podem ser mais ou menos polémicas. E o professor Marcelo tem esses ingredientes todos.»
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«Estamos a conversar com o professor António Barreto e a tentar construir um pequeno espaço que não será igual ao do professor Marcelo. E estamos a falar com outras pessoas para terem espaços independentes, eventualmente a seguir ao Telejornal. Estamos a tentar construir uma linha de comentários que seja completamente diferente.»
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As eleições são, em democracia, o – decisivo – ciclo curto, a governação o – consequencial – ciclo longo, não o contrário.
Volvida a campanha, é chegado o tempo da festa do fazer.

Rui Teixeira Mota (Diário Económico, 04 MAR 05)

Sem abrir a boca está a formar um Governo que tanto pode entrar mudo como pode sair aos gritos. Mas, para já, Sócrates conseguiu tornar um partido que gostava de balancear a cabeça ao som do «heavy-metal» num grupo de admiradores de concertos de música clássica.
O PSD, pelo contrário, defronta um dilema. Menezes fala. Marques Mendes discursa na coluna oposta. Ninguém se ouve. Enquanto isso Ferreira Leite e Cavaco Silva refugiam-se no silêncio. Já perceberam que é isso que hoje ganha eleições neste país.

Fernando Sobral (Jornal de Negócios on line, 04 MAR 05)

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