quarta-feira, fevereiro 16, 2005

SOLTAS

“Portas ganhou uma dimensão de Estado, mas nele predomina a hipocrisia (debaixo daquela capa está um anarquismo irreverente de direita pura e dura), Santana Lopes é o lado emocional e confuso, Sócrates é uma mecânica fria, eficiente e sem alma, Louçã é um argumentador moralista, com traços de homem de Igreja, e Jerónimo de Sousa, a grande revelação, é o que é: quando se esperava um discurso de faca nos dentes, temos uma pessoa elegante, bem preparada, próxima dos outros, afável e com um ar autêntico. Com um isto faz-se uma paisagem mediática e trata-se apenas de a confirmar.”
Eduardo Prado Coelho (Público, 16 FEV 05)

“Gerir os dinheiros públicos é uma tarefa nobre. Escolher quem gere os dinheiros públicos e exigir responsabilidades é outra tarefa muito nobre. O país chegou a um ponto muito sensível e decisivo. Do resultado das próximas eleições dependerá o nosso futuro. Não só a composição do próximo governo como a escolha das figuras que vão liderar a oposição.”
Luís Osório (A Capital, 16 FEV 05)

“A importância actual dos pequenos partidos decorre de dois factores: boa capacidade de penetração no espaço mediático e possibilidade de, à esquerda, serem decisivos para estabilizar o governo, no caso do PS não conseguir a maioria absoluta.”
Daniel Sampaio (id, id)

“Os candidatos a primeiro-ministro, Santana Lopes e José Sócrates, depois da ofensiva para conquistar os eleitores que decidem sistematicamente as eleições, chegaram à zona minada. Agora cada passo mal dado pode marcar o seu destino. Eles sabem que a política é cruel. Aos vencedores coloca-se a coroa de louros. Aos vencidos mostra-se o caminho para a guilhotina.”Fernando Sobral (Jornal de Negócios, 16 FEV 05)

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