Procurei, no Dicionário de Campanha a Três Semanas do Fim, de José Pacheco Pereira, um esclarecimento para certas expressões.
Encontrei-o. E passo a transcrever:
“CARTAZES DO PSD - Contra o Bloco de Esquerda, contra as sondagens e de propaganda negativa, disparando para todo o lado, mostram a desorientação profunda de uma campanha que nem os bons profissionais brasileiros conseguem fazer descolar, quanto mais voar. O problema é sempre político, antes de ser de marketing.
DRAMATIZAÇÃO DA CAMPANHA - O PS precisava dela como de pão para a boca e nunca o tinha conseguido. Com a história das insinuações, o PSD ofereceu-lhe de bandeja o que precisava.
ELEITORADO DOS VALORES - Portas regressa à linguagem da arrogância moral.
MENINO-GUERREIRO - Ridículo até perder de vista é o hino escolhido pelo PSD. Quando é visto com o filme em fundo, então a pergunta é outra: como foi possível? Como é possível que os militantes de um grande partido nacional não se sintam diminuídos por uma piegas exacerbação de culto de personalidade, de mau gosto, acentuando a infelicidade de quem não tem o carinho que queria e para quem o mundo é mau. É aquela a mensagem para o país?
PROGRAMAS - Melhores que a utilização que é feita deles na campanha. O do PS é prolixo e conservador, o do PSD apressado e demasiado dependente das contradições quotidianas do primeiro-ministro e do Governo.
VOTO ÚTIL - O melhor exemplo da linha central da campanha do PP contra o PSD encontra-se nestas palavras. Vota "útil" para que o PP seja amanhã o que é hoje o PSD. Este é o sonho político de Portas.”
Bastante esclarecedor, diga-se.
Confrontado com outros dicionários de outros autores, as opiniões são muito convergentes, convenhamos.
Tudo isto tanto mais de sublinhar quanto é certo tratar-se – o autor deste dicionário – de uma grada figura da área da maioria actualmente ainda reinante.
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