sábado, fevereiro 12, 2005

JOSÉ GIL

Anteontem Prado Coelho apanhou-me com a boca na botija: li-a «PORTUGAL, HOJE – O MEDO DE EXISTIR», de José Gil.

Esse “pensador difícil e denso, altamente criativo” tem páginas e trechos que não são nada de fácil digestão: tem que ser tudo mastigado muito devagar. Cria, não apenas, os seus inovadores conceitos, como, quantas vezes, inventa a palavra.

No meio da densa floresta (não caótica nem desorganizada) da sua palavra, surge, por vezes, uma clareira que, sem resguardos nem cautelas, atira sem ambiguidades e sem contemplações, como esta: «a resignação leva à impotência, a passividade à inércia e ao imobilismo: o governo de Guterres caiu porque não governou, ponto final. O de Durão Barroso não terminou, por razões de conveniência pessoal do primeiro-ministro. O governo de Santana Lopes vive só de pequenos (ou grandes) gozos que a governação propicia».

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