quarta-feira, junho 08, 2005

SOLTAS


«Enquanto a rotunda, onde todos os carros "são", é herdeira de Parménides, o stop, onde uns carros "são" à custa do "não ser" de outros, é inspirado em Heraclito, filósofo grego suficientemente genial para descobrir que, numa ladeira, o caminho que sobe é o mesmo que desce. Pensamento que está na base da nossa cultura ocidental. Não estou a brincar.»
José Ricardo Costa (Jornal Torrejano On Line, SX 03JUN05)

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«O disco da Mísia [Drama Box] suscitará provavelmente as reservas que em Portugal ela tem encontrado: perspectiva demasiado cerebral e fria, snobismo intelectual, excentricidade premeditada, falta de calor humano. Mas no estrangeiro o sucesso será com certeza esmagador.»
Eduardo Prado Coelho (Público, QA 08JUN05)

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«Como habitualmente, o êxito de Mísia vem de fora para dentro, e não de dentro para fora.»
Id (id, id)

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«Marques Mendes e António Vitorino acusam o Governo de falar a duas vozes sobre o referendo europeu e de prejudicar a imagem do país.»
Helena Pereira (id, id)

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«O ministro dos Negócios Estrangeiros transformou-se ontem no alvo das críticas dos principais partidos da oposição por ter manifestado uma posição pessoal sobre o referendo europeu, contrária à posição oficial do Governo.»
Id (id, id)

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«Enquanto Carmona escolheu a Alfama da sardinha, Carrilho optou pela alfazema do Centro Cultural de Belém. São dois estilos nesta descida à cidade e ao contacto, selectivo, com as suas gentes. Carrilho teve com ele o Poder. Carmona tem poder. Lisboa vale bem uma missa e mais mil promessas.»
Rogério Rodrigues (A Capital, id)

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«Aí [na formação das listas] jogam-se interesses vários onde a parte do betão é leonina, e a tentação de alterações a qualquer PDM, sedutora.»
Id (id, id)

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«Santana Lopes – esse cometa fugaz remetido ao silêncio»
Id (id, id)

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«Quem não quer governar Lisboa, não só pelo poder mas porque quer deixar a sua marca? Que o diga Santana Lopes, que deixou buracos sobre buracos, nos sentidos real e metafórico, do túnel do Marquês ao Parque Mayer. Não parece hoje muito dignificante para Santana Lopes que agora o seu vice venha limpar o pó da seca do seu casaco como se não tivesse responsabilidades algumas no grande desastre em que Lisboa se transformou. Lisboa merece mais.»
Id (id, id)

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«Em Lisboa, a vitória de M.M. Carrilho é crucial, pelo que significa de corte com uma política de cidade sem rumo e sem rigor; e no Porto, Assis terá de saber gerir bem o descontentamento à volta de Rui Rio: são duas vitórias essenciais para minorar possíveis desgastes relacionados com a governação, com possível impacto noutras cidades.»
Daniel Sampaio (id, id)

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«Faltam as presidenciais e, feito o balanço, resta Alegre. Um bom candidato, se houver, desde o início, a ideia de que pode unir toda a esquerda, rodeando-se de gente nova que amplie a sua base de apoio.»
Id (id, id)

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«A atitude condiz com o personagem Diogo Freitas do Amaral destoa, desde o primeiro momento, num Governo em que o colectivo prevalece e se desconhecem, por enquanto, estados de alma.»
Miguel Coutinho (Diário de Notícias, id)

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«Neste Governo, há os outros e há Freitas do Amaral. Há os que aceitaram incondicionalmente ser ministros e há o ministro que só o fez depois de saber o nome dos outros membros do Governo.»
Id (id, id)

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«Há os ministros que aceitaram o silêncio imposto pelo primeiro-ministro e há o ministro que tornou público, através de um artigo publicado na imprensa, as regras da sua aceitação do cargo.
E aí bate o ponto as regras não são, desde o início, iguais para todos.»

Id (id, id)

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«Como é que alguém que aufere, após apenas seis anos de trabalho, uma reforma elevada, se sente capaz de propor que os funcionários públicos só se possam aposentar, por vezes com pensões modestas, aos 65 anos?»
José de Matos Correia (id, id)

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«Como é que esse alguém considera ter condições para propor o final das subvenções vitalícias, por exemplo, dos deputados, que, se estiverem 12 anos como representantes eleitos do povo (e não como meros funcionários, como sucedeu com ele próprio), poderão levar para casa pouco mais de 200 contos por mês?»
Id (id, id)

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«'Post scriptum' para que não fiquem dúvidas acerca das razões da minha crítica ao ministro das Finanças, recordo que sou deputado à Assembleia da República e que nada tenho contra a eliminação da subvenção vitalícia. O ponto não é, porém, esse. É saber se o ministro das Finanças tem autoridade para propor essa eliminação. E, obviamente, não tem.»
Id (id, id)

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«O problema das autonomias regionais permanece agudo em Espanha, sobretudo no País Basco, com o terrorismo da ETA. A democracia ainda não foi capaz de resolver um problema que a ditadura de Franco reprimiu pela força.»
Francisco Sarsfield Cabral (id, id)

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«Em contrapartida, os espanhóis conseguiram, em democracia, pôr ordem nas finanças do Estado e ter uma economia com grande dinamismo.»
Id (id, id)

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«A economia portuguesa estaria hoje ainda pior se a economia do nosso principal parceiro comercial, a Espanha, não estivesse a crescer como está.»
Id (id, id)

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«Se o Governo do PS faz o papel de “polícia mau” em relação à maioria da população - aumentando os impostos e os preços, cortando na saúde, pregando a “contenção” dos salários, decretando o congelamento das promoções e das reformas -, o que há é que, como nos filmes, encontrar quem desempenhe o papel do “polícia bom”.»
João Paulo Guerra (Diário Económico, id)

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«Como é difícil ser governo e governar! Aliás, se governar fosse fácil, como dizia Bertolt Brecht, não havia necessidade de espíritos tão esclarecidos que, chegando ao poder, fazem exactamente o que mais criticavam quando eram oposição.»
Id (id, id)

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«Jorge Coelho é a lebre do PS. Diz o que o Governo quer testar para ver se funciona. Sussurra o que o partido deseja do executivo. Em termos virtuais é o correio azul entre o PS profundo e o Governo. Na realidade é o super-ministro de Sócrates.»
Fernando Sobral (Jornal de Negócios on line, id)

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«Os ministros só tutelam o seu pelouro. Coelho é a ceifeira-debulhadora do PS. Ceifa, empacota e despacha. Há que lhe dar justiça: ele manda. Os outros comandam.»
Id (id, id)

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«Freitas do Amaral é a tartaruga do Governo. A semana passada, na RTP, engraxou tanto o seu ego que ficou tão reluzente como o ouro falsificado. A entrevista deveria ser editada em DVD como lição para qualquer político saber o que não deve fazer.»
Id (id, id)

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«[Freitas do Amaral] deveria pagar IVA pelos sinais exteriores de elogio com que se referiu a si próprio. Agora emitiu opiniões como ministro sobre a Constituição europeia. Mas não se coibiu de dizer a sua. Será ministro ou um emplastro? Coitada da lebre que tem de viver com estas tartarugas.»
Id (id, id)

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