segunda-feira, junho 27, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA



2005/2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
2005 - Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)

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Foi há 543 anos (1462), era um DM: nasceu Luís XII, rei de França. Em Portugal reinava D. Afonso V (12º). Pontificava Pio II (210º).

Rei de França a partir de 1499. Foi duque de Orleães até suceder no trono ao seu primo Carlos VIII, a quem se opôs na chamada «Guerra Louca». O seu reinado foi dedicado às guerras de Itália. Repudiou a sua esposa Joana, filha de Luís XI, para casar com Ana da Bretanha, viúva de Carlos VIII, o que lhe assegurou a posse da Bretanha. Muito prestigiado pelos seus súbditos, foi apelidado de «pai do povo».

Morreu em 1515. (Biblioteca Universal, da Texto Editores)

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Foi há 173 anos (1832), era uma QA: partida da expedição liberal de S. Miguel para o continente. Decorria o breve e tumultuoso reinado do, visceralmente anti democrata, D. Miguel (29º). Pontificava Gregório XVI (254º).

Decorria a guerra civil portuguesa, entre 1828 e 1834, em que se opunham os liberais (constitucionalistas), apoiantes de D. Pedro, já, então, imperador do Brasil, e a facção absolutista, que apoiava D. Miguel. O conflito, que levou à guerra, iniciou-se após a morte do rei D. João VI (1826), que jurara a constituição de 1822, resultado da revolução liberal de 1820. Por determinação do falecido monarca, D. Pedro deveria ocupar o trono português. Mas D. Pedro abdicou a favor da filha, D. Maria da Glória, que deveria casar com o tio, D. Miguel, tendo este de jurar a Carta Constitucional de 1826.

O eclodir da guerra fora precedido de revoltas como a Vilafrancada (1823) e a Abrilada (1824).

Então D. Pedro veio em auxílio da filha e lutar pelos direitos dela ao trono português. Constituiu então a regência da Terceira e liderou os exilados: formou-se um exército liberal de cerca de 7500 homens que, partido da ilha de S. Miguel, como acima se assinala, desembarcou no Porto em 1832 (desembarque do Mindelo), ocupando a cidade. A este seguiu-se um outro, em 1833, em Tavira. As forças miguelistas, embora em maior número e mais bem equipadas, cederam perante o exército liberal, liderado pelos duques da Terceira e de Saldanha, que ocupou Lisboa.

Os miguelistas, vencidos, retiraram para o Alentejo e viram-se forçados, nesse mesmo ano, a assinar a Convenção de Évora Monte que, pondo fim à guerra e obrigando D. Miguel a partir para o exílio, não evitou tentativas de sublevação absolutista posteriores.

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Foi há 155 anos (1850), era uma QI: fundado o jornal O Eco dos Operários por Sousa Brandão, Lopes de Mendonça e Vieira da Silva. Reinava D. Maria II (30º). Pontificava Pio IX (255º).

Francisco Maria de Sousa Brandão (1818-1892) frequentou a Academia Politécnica do Porto e a Escola do Exército. Estudou em Paris, diplomando-se em engenharia civil. Foi responsável por vários projectos ligados aos caminhos-de-ferro. Ocupou o cargo de deputado em 1865, destacando-se na defesa do operariado. Concorreu com a sua pena e com a sua palavra para a criação das primeiras associações operárias em Lisboa e no Porto. Com Lopes de Mendonça e Vieira da Silva fundou o jornal O Eco dos Operários. Defensor dos princípios da economia socialista (patentes na sua obra Economia Social — primeira parte: o Trabalho), ocupou lugares de destaque no Partido Republicano, para onde entrou em 1875, na altura da sua formação, onde passou a ser considerado um dos seus membros mais destacados, quer pelo seu exemplo, quer pela firmeza das suas convicções. Em 1890 foi promovido a general.

António Pedro Lopes de Mendonça (1826-1865) estreou-se nas letras, aos 14 anos de idade com a tradução do romance Isabel da Baviera de Alexandre Dumas.

Ingressou no jornalismo aos 20 anos, como folhetinista da Revolução de Setembro, a convite de José Estêvão.

Quando se fundou o Curso Superior de Letras, por iniciativa de D. Pedro V, foi nomeado por concurso para reger a cadeira de Literatura Moderna, rejeitada por António Feliciano de Castilho, que o soberano havia convidado.

Eleito deputado, falhou como orador, no primeiro discurso que quis proferir na Câmara, e nunca mais subiu à tribuna. Todavia, foi eloquente e brilhante no discurso que pronunciou, ao apresentar, numa reunião democrática, o jovem tipógrafo Vieira da Silva, como candidato a deputado. Com este jovem tipógrafo e com Sousa Brandão, fundou o

Eco dos Operários, já antes referido.

Francisco Vieira da Silva (1825-1868) foi tipógrafo e jornalista.

Por falta de recursos, escolheu a profissão de tipógrafo. No espírito do jovem aprendiz, contudo, floresciam as ideias liberais, consubstanciadas em anseios de fraternidade e de associação.

Filiado no Partido Setembrista, era ainda um modesto jornalista que havia dado a sua colaboração a jornais literários de somenos importância sobretudo sobre o tema da reforma social. A sua oportunidade surgiu contudo com a repercussão que teve um artigo seu na Revolução de Setembro em defesa da entrada dos operários na Liga dos Interesses Materiais do País, prestes a ser fundada. Intensificou-se, então, a sua actividade jornalística, passando a colaborar em diversas publicações, designadamente no Eco dos Operários, que, juntamente com Lopes de Mendonça e Sousa Brandão, fundou. A sua verdadeira popularidade nasceu com o vigoroso discurso que proferiu, a quando das eleições de deputados, em 1851, a favor de uma candidatura operária.

Fundou, em 1854 a Tribuna do Operário, que se publicou até 1856.

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Completam-se hoje 125 anos (1880), foi num DM: nasceu, no Estado do Alabama, Helen Keller, professora e escritora norte-americana. Em Portugal reinava D. Luís (32º). No Vaticano, o soberano pontífice era Leão XIII (256º).
Helen Adams Keller empenhou-se na campanha em defesa dos direitos dos cegos. Cega e surda após uma doença que teve quando tinha apenas 19 meses de idade, aprendeu a falar devido ao apoio que lhe foi dado por Anne Sullivan, companheira de toda a sua vida. Keller formou-se com distinção pela Universidade Radcliffe em 1904, publicou diversos livros, incluindo The Story of My Life (1902), e percorreu o mundo, fazendo conferências para angariar dinheiro para os cegos.

Morreu em 1968

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Faz hoje 117 anos (1888), era uma QA: nasceu, no Porto, Guilhermina Suggia, violoncelista portuguesa.

Guilhermina Augusta Xavier de Medim Suggia, de origem italiana, era filha de Augusto Suggia, professor de música no Conservatório de Lisboa. Apresentou-se pela primeira vez em público em 1892, com sete anos de idade, na Assembleia de Matosinhos, acompanhada ao piano pela irmã. Em 1895, tocou um trecho de Offenbach no Grémio de Matosinhos. O êxito das suas prestações públicas possibilitou-lhe uma bolsa de estudos no estrangeiro, concedida pela rainha D. Amélia, tendo partido para a Alemanha em 1901.

O seu nome foi-se tornando conhecido em toda a Europa.

Foi casada com o famoso violoncelista Pablo Casals, de quem se separou por alturas da I Grande Guerra. A partir daí, dedicou-se intensamente à carreira de concertista, afirmando-se como uma intérprete de reputação internacional em múltiplos concertos na Europa inteira, como solista e com orquestras e maestros prestigiados. Vários compositores dedicaram-lhe obras, incluindo-se entre eles o inglês Elgar, nas muitas estadas de Guilhermina em Londres.

O último êxito da sua longa carreira artística teve lugar em Agosto de 1949, numa actuação no célebre Festival da BBC; encontrava-se já doente, vindo a falecer um ano mais tarde.

Foi a mais reputada executante portuguesa de violoncelo, distinguindo-se pelo seu estilo simultaneamente exaltado e sensível. Possuía um violoncelo Stradivarius de 1717 (que está actualmente em Londres) e um Montagnana de 1700, para além de um terceiro, um Lockey Hill, de fabrico inglês do século XVIII. A venda dos instrumentos promoveu a instituição de prémios anuais a serem atribuídos aos melhores intérpretes de violoncelo na Royal Academy of Music e nos Conservatórios de Lisboa e do Porto. Durante as suas demoradas permanências em Londres, o pintor Augustus John, em 1923, fez o seu retrato a óleo, obra que actualmente se encontra na Tate Gallery, na capital inglesa.

Morreu em 1950, com cerca de 62 anos. (Cfr Biblioteca Universal, Texto Editores).

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Completam-se hoje 97 anos (1908), era um SB: nasceu, em Cordisburgo (Minas Gerais), o escritor brasileiro João Guimarães Rosa.
Guimarães Rosa f
ormou-se em medicina em Belo Horizonte. Após uma breve carreira como médico na zona rural de Minas Gerais, ingressou na carreira diplomática (1934), chegando a ser embaixador.

Na literatura, estreou-se com Sagorana (1946), livro de contos de grande sucesso e que desde logo chamou a atenção pelo seu estilo inconfundível de recriação da linguagem. Em 1956, foi publicado Corpo de Baile e, no mesmo ano, Grande Sertão: Veredas, romance que constituiu um marco na literatura brasileira e que definitivamente consagrou o seu nome. “Nesses livros ampliou os seus esforços no sentido de criar uma nova linguagem — uma linguagem que não fosse apenas instrumento narrativo, mas a própria expressão de um mundo e de uma mentalidade”.

“Escritor regionalista, pelo peso que nos seus livros têm as gentes sertanejas e os seus dramas, a sua obra, mais do que isso, reflecte uma cosmovisão peculiar, procurando Guimarães Rosa representar, pela escrita, um mundo que concebe como sendo mágico”.

Na verdade, “grande criador de tipos, fundindo a geografia dos cerrados e campinas do Centro do Brasil a todos os matizes da inquietação moral e metafísica, a sua obra, construída numa prosa ampla, situa-se entre as grandes experiências literárias modernas”.

“A sua fabulação parte de um conhecimento profundo das tradições, linguagem e psicologia dos habitantes do planalto mineiro, que retoma, recriando-os”.

Para além das obras referidas, é autor de Primeiras Estórias (1962), Tutaméia (1967), Estas Estórias (1969) e Ave, Palavra (1970, obra que reúne os poemas que publicara na imprensa), as duas últimas publicadas postumamente.

As suas obras tornaram-no um dos escritores brasileiros mais conhecido dentro e fora do país.

Faleceu, no Rio de Janeiro, em 19.11.1967, com 58 anos.

Carlos Drummond de Andrade, em “um chamado João, escrevia, a seu respeito:

João era fabulista
fabuloso
fábula?
..............................................
Ficamos sem saber o que era João
e se João existiu
de se pegar.”

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Completam-se hoje 72 anos (1933), era uma TR: nasceu, em Caala, Angola, José Fonseca e Costa, cineasta português.

Aos 11 anos, veio para Lisboa, onde terminou o liceu. Mais tarde ingressou na Faculdade de Direito, não tendo chegado a concluir o curso. Começou a interessar-se pelo cinema desde jovem e fez-se sócio do Cineclube Imagem. Nos finais da década de 50 desenvolveu actividade política clandestina, tendo sido preso pela PIDE em 1957.

Tentou entrar para a RTP, mas por razões políticas o cargo de assistente de realização foi-lhe recusado. Começou a fazer estadas em Paris, onde frequentou a Cinemateca, travando conhecimento com alguns críticos dos Cahiers du Cinéma: Kast, Doniol-Valcroze, Chabrol, entre outros.

Em 1959, tentou em vão, pôr de pé um filme adaptado do livro Um Anjo Ancorado, de José Cardoso Pires. Em 1961, partiu para Itália, estagiando com Antonioni, na rodagem de O Eclipse. De regresso a Portugal, começou a realizar pequenos filmes publicitários e documentários: Era o Vento...e o Mar (1966), Regresso à Terra do Sol (1967) e a Cidade (1968), entre tantos outros.

Em 1967, fundou a Unifilme, onde trabalhará até 1973. Crítico de cinema, colaborou em publicações como a Imagem e Seara Nova. Mas foi como realizador de longas-metragens que Fonseca e Costa se consagrou como figura de proa do panorama cinematográfico português. A sua filmografia inclui: O Recado (1971), Os Demónios de Alcácer-Quibir (1975), Kilas, o Mau da Fita (1980), Sem Sombra de Pecado (1982), A Balada da Praia dos Cães (1986), A Mulher do Próximo (1988), Os Cornos de Cronos (1990) e Cinco Dias, Cinco Noites (1996). (Cfr Biblioteca Universal, Texto Editores)

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Faz hoje 65 anos (1940), era uma QI: invasão russa da Roménia quando o rei Carol II recusa ceder a Bessarábia e a Bucovina. Em Portugal estava o general Carmona, o “vitalício” PR, da total confiança do poderoso Salazar, cumprindo o 2º dos seus 4 mandatos sucessivos, de 7 anos cada – u último, interrompido pela sua morte. Sumo Pontífice romano era Pio XII (260º).

A Bessarábia é uma região no sudeste da Europa, dividida entre a Moldávia e a Ucrânia.

Foi anexada pela Rússia, em 1812, mas separou-se durante a revolução russa para se juntar à Roménia. A cedência foi confirmada pelos aliados, mas não pela Rússia, no tratado de Paris de 1920; a URSS voltou a ocupá-la, em 1940 (provavelmente nesta data), e dividiu-a entre as repúblicas da Moldávia e da Ucrânia (hoje em dia as independentes Moldávia e Ucrânia). A Roménia reconheceu a posição num tratado de paz assinado em 1947.

Em 1940, o rei foi forçado a entregar a Bessarábia e o norte da Bucovina à URSS, o norte da Transilvânia à Hungria e o sul de Dobruja à Bulgária, tendo abdicado do trono.

Nesta altura, a Roménia apelou, em vão, para a ajuda alemã.

Depois da independência, em 1877, o país entrou na I Guerra Mundial em 1916, do lado dos Aliados, tendo sido ocupado pelos alemães, entre 1917 e 1918, e recebido a Bessarábia da Rússia e a Bucovina e a Transsilvânia do desmembrado Império dos Habsburgos, de acordo com o plano de paz celebrado em 1918, emergindo assim como o maior Estado dos Balcãs, denominado Estado Unitário Romeno.

Nos finais da década de 30, para contrariar a crescente popularidade do movimento fascista Guarda de Ferro, Carol II aboliu a Constituição democrática de 1923 e estabeleceu a sua própria ditadura.

Carol II (1893-1953) foi rei da Roménia entre 1930 e 1940. Filho do rei Ferdinando, desposou a princesa Helena da Grécia. Em 1926, renunciou ao trono devido ao seu caso amoroso com Elena Lupescu. O seu filho, Michael subiu ao trono em 1927, mas, em 1930, Carol regressou à Roménia e foi proclamado rei. Em 1938 introduziu uma nova constituição sob a qual se tornou praticamente um monarca absoluto. Protector das artes e das letras não soube lidar com os partidos políticos. Em Setembro de 1940 foi forçado a abdicar pela Guarda de Ferro pró-nazi e a exilar-se no Brasil e depois em Portugal. Em 1947, casa com Elena Lupescu.

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Foi há 52 anos (1953), era um SB: são criadas as Províncias Ultramarinas, em substituição do extinto Império Colonial Português, que era constituído pela Metrópole e pelas Colónias. Craveiro Lopes era um PR a prazo, cuja reeleição viria a ser negada pelo chefe do regime, Salazar. Pontificava Pio XII (260º).

Tratou-se de uma alteração de fachada. Mudou-se o nome de uma realidade, que – é óbvio - persistia para além dessa única alteração. Ou seja, em lugar de às colónias – que o eram e continuariam a ser – se chamar colónias, adoçou-se a pílula e passou a chamar-se-lhes províncias…

O regime, por força da cada vez maior ressonância que iam tendo as doutrinas que se opunham á sua cada vez mais notoriamente anquilosada estrutura, ia fazendo umas operações de cosmética. Não alterava nada: só mudava os nomes. Como diria o outro… Só as moscas mudavam!....

Tudo era uma farsa. Era tudo um jogo do “faz de conta”… As únicas alterações que, interna como internacionalmente, eram exigidas (o fim da ditadura, o regresso à democracia, com as inevitáveis consequências a todos os níveis), essas, o regime na sua tacanhez de princípios ultrapassados, na sua cegueira política, não as ouvia, não as atendia. Pelo contrário, perseguia, numa sanha feroz, os seus defensores, amordaçava-os, condenava-os à prisão e ao degredo, quando não, mesmo, à morte. Isto, internamente, é claro – onde “a máquina” funcionava. Porque internacionalmente… Ninguém ouvia os escassos protestos da ditadura. Ninguém dava importância alguma ou qualquer crédito aos seus mentores ou sequazes.

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Foi há 30 (1975), era uma SX: é criada a missão permanente de Portugal junto da UNESCO. PR era o general Costa Gomes. Romano pontífice era Paulo VI (262º).

UNESCO é o acrónimo de United Nations Educational, Scientific, and Cultural Organization, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. Agência da ONU, fundada em 1946, com sede em Paris.

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Completam-se hoje 29 anos (1976), era um DM: eleições presidenciais, ganhas pelo general Ramalho Eanes. Era ainda PR o general Costa Gomes. Pontificava Paulo VI (262º).

Decorrem as primeiras eleições presidenciais do último meio século! Eleições presidenciais a que concorrem 4 candidatos: general Ramalho Eanes, líder do 25NOV1975; brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho, estratega do 25ABR1974 e ex-comandante do COPCON; almirante Pinheiro de Azevedo, ex-membro da Junta de Salvação Nacional e Primeiro-ministro do VI Governo Provisório; Octávio Pato, do Comité Central do PCP. Eleições ganhas, logo à primeira volta, por Ramalho Eanes, que toma posse em 14JUL seguinte.

O ano de 76 foi o ano da legitimização popular, digamos, do regime saído do 25ABR: eleita a Assembleia Constituinte em 25ABR75, a Constituição daí saída é promulgada em 02ABR de 1976.

Em 25ABR1976 realizam-se as primeiras eleições para a Assembleia da República, cujo primeiro presidente, Vasco da Gama Fernandes, é eleito, pelos deputados, em 27JUL seguinte. O partido mais votado nas recentes eleições legislativas foi o PS, daí que em 16JUL Ramalho Eanes nomeie Mário Soares, secretário-geral do partido, como primeiro-ministro.

E o ano da “civilização” do regime, quando foi?

Porque o termo pode parecer dúbio e equívoco, esclareço: com “civilizção” quero significar, aqui, o “regresso” do regime ao poder civil.

E então, temos: em 15JUL82 a Assembleia da República extingue o Conselho da Revolução.

Em 16FEV86 Mário Soares é eleito presidente da República, à 2ª volta, derrotando Freitas do Amaral. Na 1ª volta também concorreram Salgado Zenha e Maria de Lurdes Pintasilgo. Ou seja, passámos a ter um Presidente da Repúblia civil

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Foi há 25 anos (1980), era uma SX: morreu Mohammed Reza Pahlavi, xá da Pérsia (hoje, Irão). Em Portugal era PR o general Ramalho Eanes (1º mandato). Pontificava João Paulo II (264º).
Mohamed Reza Xá Pahlavi ocupou o cargo de Xá da Pérsia (hoje, Irão) em 1956 com o apoio dos EUA, sendo deposto posteriormente pela revolução islâmica de 1979.

A dinastia persa (iraniana) foi fundada por Reza Khan (1877-1944), um oficial do exército que obteve o controlo do governo em 1921 e foi proclamado xá em 1925. As suas simpatias para com a Alemanha, durante a segunda guerra mundial, levaram a Grã-Bretanha e a URSS a ocupar o Irão em 1941-1946. Estas potências compeliram-no a abdicar em 1941 a favor do seu filho, Mohamed, acima citado.

Com a queda do Xá, o Ayatollah Komeini fudou a Republica Islâmica do Irão.

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Completam-se hoje 12 anos (1993), era um DM: morreu o escritor Luís de Sttau Monteiro.

Sttau Monteiro, dramaturgo e ficcionista nasceu em 1926, em Lisboa. Licenciado em Direito, teve uma breve passagem pela advocacia, acabando por dedicar-se ao Jornalismo. A sua estadia em Inglaterra, durante a juventude, quando seu pai, o Prof Armindo Monteiro foi embaixador em Londres, de 1936 a 1943, pô-lo em contacto com alguns movimentos de vanguarda da literatura anglo-saxónica. A sua obra narrativa retrata ironicamente certos estratos da burguesia lisboeta e aspectos da sociedade portuguesa sua contemporânea. Estreou-se com Um Homem não Chora (1960), a que se seguiu Angústia para o Jantar (1961), “obra reveladora da influência exercida pela geração americana dos angry young men e que o consagrou como escritor. Destacou-se, sobretudo, como dramaturgo, nomeadamente em Felizmente há Luar! (1961), peça sob influência brechtiana do teatro que recupera acontecimentos da história portuguesa, contextualizados na época na ditadura. Há uma clara denúncia à situação política e social que se vivia na época e faz parte do rol das peças proibidas pelo regime de Salazar. Destacam-se ainda as obras: Todos os Anos pela Primavera (1963), O Barão (1965), adaptação teatral da novela de Branquinho da Fonseca, A Guerra Santa (1967) e Crónica Aventurosa do Esperançoso Fagundes (1979).

Morreu com cerca de 67 anos.

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