quinta-feira, junho 30, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA


2005/2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
2005 - Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)
Dia Nacional do Zaire.

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Foi há 932 anos (1073), era um DM: Gregório VII foi confirmado papa (157º). Portugal ainda não existia. Mesmo o Condado Portucalense só lá para finais desse século XI se constituiria.

S. Gregório VII (Hildebrando) nasceu de uma família plebeia toscana. Trata-se de um dos mais célebres pontífices. Foi, por excelência, o representante das pretensões temporais do papado medieval.

Quando ainda bispo, já a sua acção era preponderante e a sua influência decisiva.

Também passou uns maus bocados com as questões dos pretendentes ao trono imperial germânico. Viu treze cardeais abandonarem-no, Roma capitular perante o Alemão (Henrique) após um cerco de três anos, Gilberto de Ravena entronizado [o anti papa Clemente III (1084)] e Henrique coroado imperador pelo papa seu rival. Gregório refugiou-se no castelo de Sto Ângelo, e, quando estava prestes a cair nas mãos do inimigo, foi salvo por um nobre normando que entrara na cidade e libertara o papa, obrigando Henrique a retirar-se para a Alemanha. Pouco depois, obrigado a retirar-se para o Monte Cassino e depois para Salerno, aqui morreu em 1085.

Gregório VII deu os primeiros passos para a codificação da legislação eclesiástica. E foi por insistência sua que o celibato dos padres se tornou costume na Igreja católica. Também a ele se deve o esforço para substituir a liturgia hispano-gótica pela galo-romana, na Península Ibérica. Durou 12 anos o seu pontificado.

"Por notável coincidência, no mesmo dia em que S. Gregório VII agonizava em Salerno, o rei Afonso VI de Leão conquistava aos mouros a cidade de Toledo (25.05.1085)" (Padre Miguel de Oliveira, cit Hist Ecl, 69). Afonso VI era rei de Leão e de Castela. Foi o pai de D. Teresa (mãe de D. Afonso Henriques), logo, avô do nosso primeiro rei.

Sucedeu-lhe o itálico Dídaco, que foi eleito em 1086 (em Maio; logo, um ano depois do falecimento de Gregório VII) com o apoio da condessa Matilde, e adoptou o nome de Vítor III (158º).

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Faz hoje 536 anos (1469), terá sido numa SX: nasceu Carlos VIII, rei de França. Em Portugal reinava D. Afonso V (12º). Pontificava Paulo II (211º).
Carlos VIII, de cognome o Afável, era filho de Luís XI, a quem sucedeu no trono de França, em 1483. Como tinha apenas 14 anos, à morte de seu pai, foi sua irmã Ana que assumiu a regência.

Em 1494 tenta reclamar o trono de Nápoles, na sequência de um pedido de Ludovico, o Novo, duque de Milão, para o auxiliar contra Afonso, de Nápoles, cidade onde entra em Novembro de 1495 (tinha 26 anos), mas é obrigado a retroceder, vencido por uma coligação do sacro império, Milão, Veneza e Espanha. Mas, posteriormente, consegue recuperar Nápoles, para onde nomeia como governador Gilberto de Bourbon, conde de Montpensier.

Também por essa altura é coroado, pelo papa Alexandre VI (214º), como imperador de Constantinopla.

Faleceu, muito novo, em Amboise em 1498, com cerca de 29 anos.

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Foi há 518 anos (1487), era um SB: é impresso o primeiro livro em Portugal: O Pentateuco. Reinava D. João II (13º). Em Roma pontificava Inocêncio VIII (213º).

Pentateuco é a designação grega e também cristã para o conjunto dos primeiros cinco livros da Bíblia (do Antigo Testamento, no cristianismo), cuja autoria tem sido atribuída a Moisés, a que os judeus chamam Tora.

A Tora é, portanto, o nome que tem o conjunto dos cinco primeiros livros da bíblia hebraica que contém a história tradicional do mundo desde a criação até à morte de Moisés.

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Completam-se hoje 212 anos (1793), era um DM: inaugurado o Teatro Nacional de S. Carlos, em Lisboa. Ainda vivia D. Maria I (26º), mas, porque incapaz, governava o filho e sucessor da rainha D. João (futuro D. João VI). Pio VI (250º).

A rainha enlouquecera (para o que terão, talvez, contribuído os sucessivos desgostos, em poucos anos, da morte da mãe – D. Mariana Victória -, do marido – D. Pedro III -, e do filho mais velho – D. José, herdeiro do trono).

Até 1796, o segundo filho de D. Maria, o, agora, príncipe herdeiro, D. João, governava em nome da rainha, passando, nessa data a assumir, definitivamente, a regência do reino.

O teatro foi construído sob o risco do Arqº José da Costa e Silva.

Duas notas de curiosidade: em 1799 é levantada a interdição às mulheres de pisarem o palco.

Em 1815 estreia-se Rossini com a ópera Tancredi.

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Completam-se hoje 200 anos (1805), que foi num DM: morreu, com cerca de 72 anos, Pina Manique, fundador da Casa Pia de Lisboa e intendente da polícia. Decorria a regência do príncipe herdeiro de D. Maria, D. João, futuro D. João VI (27º), falecido que era seu irmão mais velho, o príncipe D. José. No Vaticano pontificava Pio VII (251º).
Diogo Inácio de Pina Manique nascera, em Lisboa, em 1733.

Ao serviço do marquês de Pombal, executou missões pouco escrupulosas, como, por exemplo, o incêndio da Trafaria (local onde estavam então concentrados indivíduos desertores). Criou os serviços aduaneiros que estiveram na origem da direcção-geral das alfândegas.

Demonstrando um interesse efectivo sobre as necessidades das classes populares em situação de miséria, concebeu planos de fomento industrial, no sentido de criar oportunidades de trabalho. Desenvolveu vastos esforços para eliminar a mendicidade e convenceu a rainha D. Maria I a ordenar a instituição da Casa Pia de Lisboa (1780), destinada ao acolhimento de órfãos e mendigos, dando-lhes condições para aprenderem um ofício. Actualmente, esta organização é uma instituição oficial de assistência à segunda infância, que apoia os casos de orfandade ou de abandono no distrito de Lisboa.

E não é pelas melhores razões que esta instituição secular hoje aparece com frequência na ribalta dos media!!!.

Pina Manique foi intendente da polícia, como atrás se diz. Tal função era, nessa altura, a de magistrado superior da polícia.

Em 1803 foi nomeado chanceler-mor do reino, isto é, o chanceler principal que antigamente correspondia ao actual chefe de governo e a quem competia examinar, antes de lhes apor o selo [chancela, recordo], as cartas expedidas pelo rei.

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Foi há 171 anos (1834), era uma SG: um diploma legal declarou que o dec. de 30.05.834, pelo qual se extinguiram os conventos religiosos, compreendia também as ordens militares e lhes era aplicável em todas as suas disposições. Após a derrota e o exílio de D. Miguel, decorria a regência de seu irmão, D. Pedro IV, enquanto D. Maria II (30ª) não atingia a maioridade. Pontificava, no Vaticano, Gregório XVI (254º).

Recuando um pouco (quase três séculos), em 18AGO1570 é publicada a Bula Ad Regiae Majestatis, através da qual o Papa Pio V (225º), regulando certos assuntos relacionados com a Ordem de Cristo, assim como com as ordens de Santiago e de Avis, aboliu e revogou todos e quaisquer privilégios, dispensas e isenções concedidos àquelas ordens, dando ao rei, como seu mestre, e a todos os seus sucessores, faculdade para relaxar, moderar e acrescentar tudo o que fosse a bem delas.

Entretanto (respiguei da GEPB, 19, 571), "os privilégios das ordens começaram a ser notavelmente cerceados durante o séc. XVIII, obra que foi prosseguida pelos revolucionários de 1820 e contra a qual reagiu em vão a contra-revolução da vilafrancada (1823). Restabelecido o constitucionalismo, um diploma de 30.06.834 [este, a que respeita esta “memória…”] declarou que o dec. de 30.05.834, pelo qual se extinguiram os conventos religiosos, compreendia também as ordens militares e lhes era aplicável em todas as suas disposições."

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Completam-se hoje 134 anos (1871), que foi numa SX: nasceu o industrial Alfredo da Silva. Reinava D. Luís (32º). Pontificava Pio IX (255º).

Alfredo da Silva foi um grande empresário, fundador, nomeadamente, da CUF.

A expansão da CUF deu-se em 1898, a partir da fusão com a Aliança Fabril, sua concorrente, operada por Alfredo da Silva, que se tornou presidente do Conselho de Administração da CUF com apenas 19 anos. No seu movimento expansivo, estendeu a sua actividade, para além dos adubos, a diversos ramos: produtos químicos, adubos e pesticidas, metais não ferrosos, química orgânica, têxtil e metalomecânica, empregando um contingente de vários milhares de trabalhadores.

A CUF, a menina dos olhos de Alfredo da Silva, atingiu elevado índice económico devido à utilização de matérias-primas nacionais, libertando o país de importações a esse nível, e devido, também, ao volume de exportações para os EUA e a Europa.

Após o 25 de Abril de 1974, foi nacionalizada, designando-se, a partir daí, por QUIMIGAL.

A empresa pública Quimigal — Química de Portugal, foi criada em 1977 por fusão das empresas Amoníaco Português, Nitratos de Portugal e CUF, que haviam sido nacionalizadas em 1975, tornando-se numa das maiores empresas portuguesas. Hoje extinta, depois de a partir dela se terem constituído diversos negócios autónomos.

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Completam-se hoje 91 anos (1914), era uma QA: nasceu, em Chaves, o general Francisco da Costa Gomes, que foi Presidente da República entre 1974 e 1976. Era PR Manuel de Arriaga. Pontificava Pio X (257º), que morreria em AGO seguinte.

Formou-se em Matemática na Universidade do Porto (1944). Ingressou no corpo do Estado-Maior do Exército, tendo sido designado para missões em diversos organismos da NATO. Desempenhou funções de subsecretário de Estado do Exército entre 1958 e 1961 e ascendeu a general em 1968. Teve uma acção de relevância na África portuguesa, onde exerceu cargos de segundo-comandante e comandante militar de Moçambique (1965-1969) e comandante-chefe das forças armadas em Angola (1970-1972).

Foi nomeado chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, em 1972, vindo a ser exonerado, em Março de 1974, por motivos políticos associados à publicação do livro de António de Spínola, Portugal e o Futuro, que criticava a política ultramarina do governo.

Costa Gomes ao dar um parecer positivo em relação à publicação do livro inibiu a censura de o proibir, o que permitiu a sua ampla divulgação em todo o país.

Foi um dos sete militares que compuseram a Junta de Salvação Nacional, que governou o país logo após a revolução de 25 de Abril de 1974. Primeira escolha para presidente da República do novo regime, devido à sua posição na hierarquia militar, recusou o cargo em favor de Spínola, que considerava reunir melhores condições para o seu exercício.

Voltou, então, a exerceu as funções de Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, entre Abril e Setembro de 1974. Nessa altura, foi obrigado a assumir o cargo de presidente da República, após a demissão de Spínola, num período conturbado da vida política portuguesa.

É hoje reconhecido o seu papel fundamental no equilíbrio entre forças político-militares opostas, que pelo seu radicalismo quase levaram o país à guerra civil. Em 1976, abandonou o cargo, após as primeiras eleições presidenciais do pós-25 de Abril que colocaram o general Ramalho Eanes na presidência. Em 1980, foi distinguido com o título de marechal. Personalidade controversa, foi sendo acusado por políticos de cores opostas, das mais diversas intenções. No anterior regime foi um dos militares portugueses de confiança dos EUA, partilhando segredos da NATO a que poucos mais tinham acesso. Isso levou-o a ser associado aos interesses dos EUA.

Após abandonar a Presidência da República, foi membro da Comissão Mundial para a Paz e Cooperação, organização estreitamente ligada à União Soviética e ao esforço de propaganda comunista nos países do bloco ocidental. Foi então acusado de se deixar instrumentalizar pela URSS, num momento culminante da Guerra Fria. Passado o tempo das polémicas foi, frequentemente requisitado para revisitar os anos da História de que tinha sido um dos protagonistas.

Morreu em Julho de 2001. (Fonte: BU).

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Foi há 71 anos (1934), era um SB: Kurt von Schleicher, Ernst Roehm e outros líderes do partido nazi são sumariamente executados na Alemanha, acusados de conspiração contra Hitler. Em Portugal era PR o general Carmona (1º de 4 mandatos de 7 anos). Em Roma pontificava Pio XI (259º).

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Completam-se hoje 65 anos (1940), era um DM: nasceu, em Serpa, Nicolau Breyner, actor e produtor. Iniciara-se pouco antes o 3º dos quatro mandatos presidenciais (de 7 anos cada) sucessivos do general Carmona. Pontificava, em Roma, Pio XII (260º).

Nicolau Breyner frequentou o Conservatório Nacional de Lisboa. Começou a representar no início dos anos 60, estreando-se no espectáculo Leonor Teles, de A. Lopes Ribeiro. Seguiram-se peças, como: O Tinteiro (1961), A Idiota (1964) e O Comprador de Horas (1965), reveladoras da veia cómica, que viria a tornar-se a sua imagem de marca. Mais tarde, enveredou pelo teatro de revista, tendo participado em inúmeros êxitos, neste género. Estreou-se na televisão em 1975 com Sr. Feliz e Sr. Contente, onde apresentou aos portugueses aquele que viria a ser um dos mais importantes humoristas do país, Herman José [hoje decadente, segundo a minha e várias outras opiniões]. Mas foi a partir dos anos 80 que começou a trabalhar mais amiúde em televisão, como actor, director e produtor de telenovelas, sitcoms e programas de humor, muitas vezes da sua autoria, como, por exemplo, Vila Faia (1982), Passerelle (1984), Nico D'Obra (1993), Cinzas (1993), Reformado e Mal Pago (1996) ou Vidas de Sal (1996), entre outras produções televisivas. Em 1992, Nicolau Breyner fundou a NBP (Nicolau Breyner Produções), uma produtora que, em poucos anos, se assumiu no mercado nacional como uma das mais prolíferas em matéria de produção televisiva em português.

No cinema, refiro as suas interpretações nos filmes: Crónica dos Bons Malandros (1984), de Fernando Lopes, O Barão de Altamira (1986), de Artur Semedo, Adeus Princesa (1994), de Jorge Paixão da Costa, Afirma Pereira (1996), de Roberto Faenza, Jaime (1999), de António Pedro Vasconcelos, Inferno (1999), de Joaquim Leitão, Os Imortais (2003), de António Pedro Vasconcelos, O Milagre Segundo Salomé (2004), de Mário Barroso, e Kiss Me (2004), de António da Cunha Telles.

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Na mesma data, um cortejo histórico que recorda oito séculos da história portuguesa desfila pela Avenida da Índia e Praça do Império.
O regime do Estado Novo estava no seu apogeu.

As manifestações de pompa e circunstância, como esta, repetiam-se com frequência.

A máquina propagandística da ditadura estava bem oleada.

Entretanto, com a emigração, em massa, de cidadãos portugueses, para o resto do mundo, à procura de melhor sorte para a sobrevivência, uns, ou exilando-se, deliberada ou forçadamente, do pulso de ferro e da cegueira do regime, outros; e com o cada vez maior isolamento internacional a que o país era votado… O regime foi-se deteriorando. E caiu de podre em 1974.

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Foi há 39 anos (1966), era uma QI: nasceu, em Brooklyn, Mike Tyson, pugilista norte-americano. Em Portugal era PR o almirante Américo Tomás (2º mandato). Pontificava Paulo VI (262º).

“Mike Tyson, antigo campeão do Mundo de pesos pesados e personagem controversa pelos seus desaires dentro e fora do ringue, com algumas prisões à mistura e a delapidação de uma verdadeira fortuna” tentou, no dia 11 do corrente mês, aos 38 anos, a disputa do título mundial da categoria.

Mas foi batido, ao 6º round, pelo irlandês Kevin McBride, de 32 anos.

Aí, o antigo campeão, que diz não saber ainda quem é, desistiu da carreira.

Nascido num bairro problemático, teve uma juventude ainda mais problemática, cedo “atirado” para uma casa de correcção.

Mas toda a sua vida foi problemática e complicada. Sem qualquer ética, dentro ou fora do ringue, foi sempre um marginal, acusado de violação e assassínio.

Memorável, e talvez o mais célebre, foi aquele combate com Evander Holyfield, em Junho de 1997, ao qual arrancou uma boa porção de uma orelha à dentada…

O “Iron Mike Tyson”, como era conhecido nos anos da efémera glória, pendurou as luvas.

Vive, triste e abandonado, na miséria, com a actual namorada e a filha.

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Foi há 17 anos (1988), era uma QI: aprovação, na Assembleia da República Portuguesa, da Lei de Bases da Reforma Agrária, proposta pelo governo. Mário Soares cumpre o seu 1º mandato presidencial. Pontifica João Paulo II (264º).

Em 17AGO1987 tomara posse o XI Governo Constitucional, liderado por Cavaco Silva, que se manteve até 31OUT1991.

A reforma agrária era matéria recorrente em todos os governos que se sucederam ao 25 de Abril. As primeiras experiências foram, creio, a de Lopes Cardoso, ministro da Agricultura no VI Governo Provisório, e outra a do I Governo Constitucional, com António Barreto – a chamada Lei Barreto, de 1977.

“A Reforma Agrária foi, sem dúvida, a tentativa de transformação das estruturas produtivas que mais marcou as rupturas revolucionárias que atravessaram a construção da democracia portuguesa após a recuperação da liberdade em 25 de Abril de 1974.”

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Completam-se hoje 10 anos (1995), foi numa SX: morreu, aos 55 anos, Jorge Peixinho, compositor e pianista. Estava quase no seu termo o 2º mandato presidencial do Dr Mário Soares. Decorria o longo pontificado de João Paulo II (264º).

Jorge Peixinho nasceu no Montijo em 1940. Formou-se em composição e piano no Conservatório Nacional de Lisboa. Esteve, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, na Itália, Suíça, Países Baixos e Alemanha. Em Roma frequentou a Academia de Santa Cecília. Trabalhou com compositores como Luigi Nono, Pierre Boulez e Karlheinz Stockhausen. Leccionou composição e análise no Conservatório e na Escola de Música do Porto. Participou em numerosos festivais e concursos de música contemporânea, tendo alcançado grande projecção internacional como compositor.

Considerado um dos músicos portugueses fundamentais da segunda metade do século XX, é talvez o único compositor nacional que fielmente representa a corrente modernista da música europeia, cultivando na sua obra um vanguardismo mais ou menos pronunciado. Entre outras obras destacam-se Diafonia (1963-65), Morfocronia (1963-68), Música em Água e Mármore (1977), Canto para Anna Livia (1981), Concerto de Outono (1983), Ouçam a Soma dos Sons que Soam (1986), Canto Germinal (1989), Passage Intérieur (1989) e Nocturno no Cabo do Mundo (1993). (Fonte: BU)

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Foi há 8 anos (1997), era uma SG: a Inglaterra devolve Hong Kong à China. Em Portugal tinha começado, no ano anterior, o primeiro mandato presidencial do Dr Jorge Sampaio. João Paulo II (264º).

Efectivamente, a cerimónia do dia seguinte, 01.07, é que culminaria esse processo do regresso (contratual) de Hong Kong à China.

Durante a primeira das guerras do ópio, em 1841, a ilha de Hong Kong foi ocupada pelos britânicos. Em 1842, a China assinou o tratado de Nanquim, no qual cedia a posse da ilha de Hong Kong à Inglaterra.

As guerras do ópio opuseram duas vezes a Grã-Bretanha à China. Em causa esteve a abertura dos portos chineses ao comércio do ópio. A primeira guerra eclodiu entre 1839 e 1842 e a segunda entre 1856 e 1860. O ópio proveniente da Índia britânica pagava os produtos importados da China, tais como a porcelana, a seda, e sobretudo o chá.

A Convenção de Pequim de 1860 conferiu-lhe a posse de Kowloon. Os Novos Territórios foram cedidos por contrato à Inglaterra e a sua posse foi-lhe conferida entre 1898 e 1997.

A colónia foi um importante centro de comércio sino-britânico, entre o século XIX e o século XX. Entre 1941 e 1945 foi ocupada pelo Japão. Um ano mais tarde, os britânicos recuperam o seu domínio. A revolução comunista chinesa de 1949 provocou o acolhimento em Hong Kong de 1 milhão de refugiados chineses (predominantemente cantoneses).

Hong Kong registou um enorme desenvolvimento e é considerado um dos mais prósperos centros financeiros, comerciais e industriais da Ásia.

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