terça-feira, junho 21, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA



2005/2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
2005 - Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)
Início do Verão.
Dia do Relógio de Sol.

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Completam-se hoje 359 anos (1646), era uma QI: nasceu, em França, a princesa Maria Francisca Luísa Isabel de Sabóia, futura rainha de Portugal. Reinava, em Portugal, D. João IV (21º). Pontificava Inocêncio X (236º).

D. Maria Francisca de Sabóia, Mademoiselle d'Aumale, era filha de Carlos Amadeu, duque de Nemours, e de Isabel de Vendôme, e neta de Henrique IV.

Casou em 02.08.1666 com D. Afonso VI, 2º filho de D. João IV (o primogénito, D. Teodósio, morrera).

A mocinha "apaixonou-se porém pelo cunhado, D. Pedro, fugiu do marido para um convento, e intentou contra este um processo escandaloso" (Breve interpretação da História de Portugal, de António Sérgio, p 96).

"Não tardou que D. Pedro, à frente de uma conspiração, encarcerasse a D. Afonso num dos aposentos do palácio e assumisse a regência (23.11.1667)" - relata este último autor (id, id) que, quase de seguida, confirma: "A rainha, obtida pelo papa a anulação do matrimónio, graças a um processo escandalosíssimo, fundado em depoimentos de meretrizes, casou com o regente".

D. Afonso VI era um débil mental, segundo afirma José Hermano Saraiva - Breve História de Portugal, pg 86.

Frágil e inábil, sucede-lhe no trono [e já lhe sucedera na nupcial alcova] D. Pedro II, o referido regente e irmão do - por ele deposto, traído e exilado - Rei.

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Aconteceu há 344 anos (1661), era uma TR: assinatura do Tratado de Paz de Kardis entre a Rússia e a Suécia, terminando a guerra nórdica. Em Portugal decorria a regência de D. Luísa de Gusmão, viúva de D. João IV, por menoridade do (infeliz e duplamente traíd) príncipe D. Afonso VI. Pontificava Alexandre VII (237º).

Com a assinatura daquele tratado, a Rússia abandona as suas reivindicações sobre a Livónia (antiga região da Europa na costa leste do mar Báltico, compreendendo a maior parte dos territórios das actuais Letónia e Estónia).

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Foi há 217 anos (1788), era um SB: a Constituição norte-americana entra em vigor quando ratificada pelo 9.o estado, New Hampshire. Em Portugal reinava
D. Maria I (26º). No Vaticano pontificava Pio VI (250º).

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Foi há 192 anos (1813), era uma SG: o duque de Wellington vence as tropas napoleónicas em Vitória, obrigando José Bonaparte a fugir de Espanha para França. Em Portugal decorria a regência de D. João (VI), por incapacidade da mãe, D. Maria I (26º), que enlouquecera. Pontificava Pio VII (251º).

Derrota francesa durante a Guerra Peninsular (de 1807 a 1814, provocada pelas invasões napoleónicas de Portugal e Espanha), infligida pelo duque de Wellington, próximo de Vitória, no norte de Espanha.

José Bonaparte era um dos irmãos de Napoleão Bonaparte (o nome que o corso, de origem italiana, Andreas Capellanus [1769-1821], adoptou) que este tornou rei de Espanha, em 1808.

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Completam-se hoje 166 anos (1839), que foi numa SX: nasceu, no Rio de Janeiro, o escritor brasileiro Machado de Assis. Em Portugal reinava então, D. Maria II (30º). Gregório XVI (254º) era o pontífice reinante. No Brasil, decorria então um período de regência: D. Pedro I (D. Pedro IV, de Portugal) abdicara em 1831, sendo ainda menor o herdeiro, D. Pedro II, que atingiria a maioridade e a chefia do Estado no ano seguinte, em 1840.
Joaquim Maria Machado de Assis, de seu nome completo, foi um autodidacta, e começou por ter empregos menores, mas em 1860 foi nomeado redactor do Diário do Rio de Janeiro e, em 1867, director do Diário Oficial. Ocupou, depois, diversos cargos importantes na administração pública brasileira, entre 1873 e 1902. Foi co-fundador da Academia Brasileira de Letras e, desde 1897 até à data da sua morte, em 1908, seu primeiro presidente.

Machado de Assis ficou para a história sobretudo pela sua actividade literária, iniciada em 1855 com a publicação do poema Ela.

A sua vasta obra, em poesia e prosa, inclui Crisálidas (1864), Contos Fluminenses, Ressurreição (1872), Histórias de Meia-Noite (1873), Helena (1876), Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Dom Casmurro (1899), Poesias Completas (1901, que inclui Ocidentais), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908).

“Machado de Assis percorreu vários estilos da história literária, do romantismo ao realismo ou ao parnasianismo, sem nunca se ater doutrinariamente a qualquer uma destas escolas. Magistral sobretudo na arte do conto e do romance, foi um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos, não só pelas características do seu estilo, mas também pela extraordinária capacidade de análise psicológica e pelo humor. Na sua relação com Portugal, destacam-se a influência recebida das obras de Almeida Garrett e a exercida sobre Eça de Queirós, de quem chegou a comentar algumas obras”.

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Completam-se hoje 161 anos (1844), era uma SX: nasceu, em Mirandela, o jornalista e político Luciano Cordeiro.
Luciano Baptista Cordeiro f
oi professor no Colégio Militar e director-geral da Instrução Pública. Grande defensor dos direitos de Portugal em África, fundou a Sociedade de Geografia (1875), da qual foi secretário perpétuo. Deixou uma obra vasta de que saliento Ciência e Consciência (1871), Viagens (1874 e 1875), Memórias do Ultramar (1888).

Morreu em Lisboa em 1900.

O seu nome faz parte da toponímia de Lisboa.

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Completam-se hoje 70 anos (1935), foi numa SX: nasceu a escritora francesa Françoise Sagan. Em Portugal começara pouco antes o 2º mandato, dos 4 sucessivos, de 7 anos cada (o último não completado por sua morte) do general Carmona. Pontificava Pio XI (259º).

Françoise Quoirez, era o seu verdadeiro nome. Foi um símbolo da contestação juvenil das gerações de 50 e 60.

Em 1954, publicou o seu primeiro romance Bonjour Tristesse/Bom dia, Tristeza, escrito com apenas 17 anos, vendendo milhões de exemplares. Apesar de ter sido bem aceite pela crítica e pelo público, a obra provocou alguma polémica. Foi buscar o pseudónimo ao seu autor preferido: Proust, depois dos pais a terem proibido de usar o nome Quoirez, após a sua estreia literária.

Em 1958 casou, publicou o seu segundo livro Un Certain Sourire e viu adaptado para o cinema o romance Bonjour Tristesse, por Otto Preminger.

Condenada em 1990 e em 1995, por uso e posse de cocaína, em 2002, é condenada a um ano de prisão por fraude fiscal.

Entre os seus romances encontram-se Aimez-vous Brahms? (1959), Le Garde du cœur (1968), Un peu de soleil dans l´eau froide (1969), Un profil perdu (1974), Réponses, Brigitte Bardot (1975), Avec mon meilleur souvenir (1984), Sarah Bernhardt ou le rire incassable (1987), Et toute ma sympathie (1993), Un chagrin de passage (1994), Le Miroir égaré (1996) e Derrière l'épaule (1998).

Entre as peças de teatro destacam-se Château en Suède (1959), Les Violons parfois (1961), La Robe mauve de Valentine (1963), Bonheur, impair et passe (1964), Le Cheval évanoui, Un piano dans l´herbe (1970) e L´Excès contraire (1987).

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Completam-se hoje 52 anos (1953), era um DM: nasceu Benazir Bhutto, dirigente política paquistanesa. Em Portugal era, então, PR o general Craveiro Lopes (seu único mandato – o que então não era normal – por razões que já antes referi: o seu perfil não era do agrado de Salazar, logo, do partido único, da União Nacional). Pontificava Pio XII (260º)

Líder do Partido Popular do Paquistão (PPP) desde 1984 (então com 31 anos) - no exílio até 1986 -, foi primeira-ministra do Paquistão de 1988 a 1990 e de 1993 a 1996.

Benazir Bhutto estudou nas universidades de Harvard e Oxford. Regressada ao Paquistão em 1977, foi colocada sob prisão domiciliária depois de o general Zia ul-Haq ter tomado o poder ao seu pai, o primeiro-ministro Zulfikar Ali Bhutto. Quando foi libertada, partiu para o Reino Unido e tornou-se, juntamente com a sua mãe, Nusrat, líder no exílio do PPP, o partido da oposição.

Quando a lei marcial foi levantada, regressou ao Paquistão em Abril de 1986 e lançou uma campanha para eleições livres. Em Novembro de 1988, tornou-se a primeira mulher a chefiar um estado muçulmano.

Em 1989, reintegrou o seu país na Commonwealth.

Em Agosto de 1990, foi afastada do cargo por decreto presidencial e, juntamente com o marido, foi acusada de corrupção e de abuso de poder e o seu partido foi derrotado nas eleições gerais subsequentes.

Benazir Bhutto fortaleceu a sua posição política durante 1993: em Outubro tomou, pela segunda vez, posse como primeira-ministra, na sequência do êxito do seu partido nas eleições parlamentares. Em Novembro de 1996, foi afastada do cargo. O seu partido foi derrotado nas eleições de 1997, mas ela manteve o seu mandato como deputada. Após a prisão do seu marido, Benazir Bhutto foi formalmente acusada de práticas de corrupção.

Acossada por essa acusação, a política vive exilada no Dubai e em Londres e tem evitado o regresso ao país para fugir a um julgamento.

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Completam-se hoje 42 anos (1963), aconteceu numa SX: eleição do papa Paulo VI (262º). Em Portugal decorria o mandato presidencial de Américo Tomás (o primeiro de dois. Mas o segundo interrompido pelo 25 de Abril).

O italiano, de Brescia, Giovanni Battista Montini, subiu ao trono de Pedro aos 65 anos, sucedendo ao “Bom papa João”, João XXIII, falecido, com 81 anos a 03 desse mês.

Paulo VI continuou a obra do seu antecessor iniciando a segunda etapa do Concílio do Vaticano II, a 04DEZ1963, concílio que teve o seu termo em finais de 1965.

Esteve em Portugal, em Fátima, a 13MAI1967, nas comemorações do quinquagésimo aniversário da primeira aparição.

Também visitou a sede da ONU, em 04OUT1965, de cuja tribuna lançou um vigoroso apelo à paz mundial.

Morreu em Castelgandolfo, aos 80 anos, em 06AGO1978.

Sucedeu-lhe a 26.08 o cardeal Albino Luciani, com 65 anos. João Paulo I foi o nome que adoptou, em homenagem aos seus imediatos antecessores. O seu pontificado só duraria 33 dias, tendo-lhe sucedido, em 16.10 do mesmo ano, o cardeal polaco Karol Josef Wojtyla, aos 58 anos, que adoptou o nome João Paulo II (264º), falecido recentemente, em 02.04 do corrente ano.

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Foi há 12 anos (1993), era uma SG: Basílio I, metropolita da Igreja Ortodoxa da Polónia, condecora o presidente Mário Soares com o grau da Grã-Cruz da Ordem de Santa Maria Madalena. Pontífice romano era, na altura, João Paulo II (264º).

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Foi há 11 anos (1994), o que ocorreu a uma TR: Vergílio Ferreira recebe, pela sua obra Na Tua Face, o Grande Prémio de Romance da Associação Portuguesa de Escritores. Na chefia do Estado estava, então, o Dr Mário Soares (seu 2º mandato). Na direcção suprema da Igreja continuava João Paulo II.

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