segunda-feira, junho 06, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA


2005/2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
2005 - Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)
Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressão
Dia Nacional da Suécia

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Completam-se hoje 503 anos (1502), era uma SG: nasce o príncipe D. João (futuro D. João III). Reinava D. Manuel (14º), seu pai. Pontificava Alexandre VI (214º).

D. João III, o Piedoso, foi o 15º rei de Portugal entre 1521 e 1557.

Natural de Lisboa, era filho de D. Manuel I e de D. Maria (filha dos Reis Católicos e segunda esposa de D. Manuel). Casou, em 1525, com D. Catarina da Áustria.

“Foi durante o seu reinado que Portugal viveu o período de maior projecção internacional, encontrando-se em pleno apogeu da expansão”.

Manteve grandes preocupações ao nível da cultura, promovendo bolsas de estudo no estrangeiro, fundando o Colégio das Artes e transferindo a universidade para Coimbra. Financiou, ainda, inúmeros colégios sob a orientação dos jesuítas. Instituiu em Portugal a inquisição como forma de salvaguardar a unidade da fé católica no reino de Portugal.

Não possuiu a clarividência e a flexibilidade políticas necessárias à manutenção do império que ajudou a criar, pelo que foi, ainda, durante o seu reinado, que se iniciou o período de declínio do domínio português sobre os territórios até aí descobertos”.

Morreu a 11.06.1557.

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Foi há 457 anos (1548), era uma QA: morre o cientista e vice-rei da Índia D. João de Castro. Reinava D. João III (15º). Pontificava Paulo III (220º).

“Estudou com o cosmógrafo e matemático Pedro Nunes, para partir novamente para a Índia, em 1538, na armada de seu cunhado, o vice-rei D. Garcia de Noronha. Foi da experiência desta viagem e das expedições portuguesas na costa oriental que resultaram os seus Roteiros (de Lisboa para Goa, da costa da Índia e da viagem ao mar Vermelho), de grande valor para o conhecimento geográfico da época.

Regressado a Portugal em 1542, foi nomeado governador da Índia em 1545, exercendo eficaz actuação no controlo militar da região, reconquistando a fortaleza de Diu (1546), e consolidando as posições portuguesas nas costas de Cambaia. Em 1548 recebeu o título de vice-rei, mas morreu poucas semanas depois, arruinado e debilitado pelas lutas travadas. Para além da sua actividade de militar e da elaboração dos Roteiros, D. João de Castro distinguiu-se pelos seus precursores estudos sobre o magnetismo terrestre”.

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Faz hoje 406 anos (1599), foi num DM: nasce o pintor espanhol Diego y Velázquez. Em Portugal reina Filipe II (19º) – que era em Espanha Felipe III. Pontificava Clemente VIII (231º).

Diego Rodríguez de Silva y Velázquez foi o pintor espanhol mais notável no século XVII.

“Em 1623, foi nomeado pintor da corte de Filipe IV, em Madrid, onde executou muitos retratos da família real, bem como quadros de temas religiosos e cenas do quotidiano. Entre os seus retratos mais conhecidos encontram-se Las Niñas (1656, Museu do Prado, Madrid) e Mulher Fritando Ovos (1618 National Gallery of Scotland, Edimburgo).

A fase inicial do seu trabalho, desenvolvido em Sevilha, revela um excepcional realismo e grande dignidade, com um rico colorido inspirado pelas obras de Ticiano (presentes na colecção real) e de Rubens, que conheceu em 1628. Esteve em Itália (1629-1631 e 1648-1651). Na segunda visita pintou o retrato do Papa Inocêncio X (1650, Galeria Doria, Roma).

A obra de Velázquez inclui ainda notáveis exemplos de pintura histórica, como A Rendição de Breda (1634-1635, Museu do Prado, Madrid), estudos do nu masculino e feminino, como A Vénus Rokeby (c. 1648, National Gallery, Londres)”.

Morreu em 1660.

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Completam-se hoje 399 anos (1606), era uma TR: nasceu, em Rouen, Pierre Corneille, dramaturgo francês. Em Portugal reinava Filipe II (19º). Pontificava Paulo V (233º).

“Criador da tragédia política que se caracteriza pelo confronto entre o heroísmo e o Estado, pelo amor cavalheiresco e pelas responsabilidades político-sociais. O seu teatro revela um grande humanismo cristão onde ao homem é sempre deixada a liberdade de escolher o seu próprio caminho.

Foi nomeado dramaturgo oficial pelo cardeal Richelieu depois da representação em Paris (1630) da sua primeira peça, a farsa Mélite (1629). Uma discussão com o cardeal fez Corneille regressar à sua cidade natal, Rouen, onde escreveu a sua peça mais famosa Le Cid (1636). Esta peça foi representada no Teatro de Marais, tendo logo após a sua estreia rebentado a «querela do Cid» que porém não ensombrou o seu sucesso popular. Depois de várias trocas de insultos entre Corneille e os seus rivais, a polémica foi levada à Academia Francesa que deliberou o desrespeito do autor pelas três unidades (de acção, tempo e lugar), além de não possuir verosimilhança na construção dos carácteres das personagens e das situações”.

As suas tragédias sobre temas clássicos incluem Horace (1640), Cinna (1641), Polyeucte (1643), Rodogune (1645) e Édipo (1659). Das suas comédias destacam-se L'illusion comique (1636) e Le menteur (1643).

Foi eleito membro da Academia francesa (1647). Até à década de 1660, quando surgiu Racine, foi o dramaturgo mais popular em França.

Morreu em 1684.

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Completam-se hoje 291 anos (1714), era uma QA: nasceu, em Lisboa, D. José. Reinava seu pai, D. João V (24º). Pontificava Clemente XI (243º).

D. José foi rei de Portugal entre 1750 e 1777 e morreu neste último ano, aos 24FEV.

D. José, o Reformador, era filho de D. João V e de D. Maria Ana de Áustria, e casou com D. Mariana Vitória (filha de Filipe V) em 1729.

O reinado de D. José é marcado pelo predomínio político do primeiro-ministro por si nomeado e a quem concedeu plenos poderes. Sebastião José de Carvalho e Melo, membro da baixa aristocracia, que recebeu sucessivamente os títulos de conde de Oeiras (1759) e de marquês de Pombal (1770) passou a controlar os destinos da coroa. Tal manipulação dos poderes acentuou-se com o terramoto de 1755, que permitiu ao marquês de Pombal concentrar a gestão do reino, e iniciar um vasto programa de reformas económico-sociais e administrativas, sancionadas pelo monarca, deslumbrado com os benefícios futuros do poder organizador demonstrado pelo marquês.

Em 1758, o rei sofreu um atentado ao regressar da casa da marquesa de Távora, sua amante, facto que desencadeou um processo de punição dos alegados culpados, levando às câmaras de tortura membros da família dos Távoras e do duque de Aveiro, por ordem do marquês de Pombal. “A falta de documentação (suprimida por D. Maria I, sua filha, aquando da revisão dos processos dos Távoras para condenação do marquês), impediu a definição do grau de envolvimento de D. José na punição dos Távoras, que posteriormente seriam ilibados”.

“O reinado de D. José I, que reveladoramente ficou designado por época pombalina, surge profundamente marcado pela vontade do marquês e é um reflexo da organização reformista deste ministro, não sendo pois, muito legítimo o cognome de «o Reformador», quando aplicado ao rei. É conhecida a preferência deste por entretenimentos como a ópera, a caça e o seu museu conquiliológico, em detrimento dos assuntos do Estado, confiando, para esses, nas disposições do seu ministro”.

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Faz hoje 255 anos (1750), era um SB: nasceu, em Serpa, Abade Correia da Serra, cientista português. Reinava, ainda, D. João V (24º), que morreria no mês seguinte. Pontificava Bento XIV (247º).

José Francisco Correia da Serra

Pároco português, com formação académica feita em Nápoles e Roma. Criou, juntamente com D. João de Bragança (duque de Lafões), a Academia Real das Ciências, mais tarde Academia das Ciências de Lisboa.

Em 1795, abandonou Portugal, em consequência de ligações com os jacobinos; viveu em Londres, em Paris e nos Estados Unidos da América. De regresso a Portugal, em 1821, foi deputado às cortes.

Dedicou-se a estudos de botânica, detendo grande prestígio intelectual e convivendo com alguns dos maiores cientistas da época.

Morreu em 1820.

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Completam-se hoje 245 anos (1760), foi numa SX: casaram D. Maria I e seu tio D. Pedro. Reinava seu pai, D. José (25º). Pontificava Clemente XIII (248º).

A princesa D. Maria, de seu nome completo Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana (futura D. Maria I) e o infante D. Pedro, seu tio (irmão de seu pai, D. José), mais velho que ela 17 anos, casaram em 06.06.1760. Ela com 25 anos e meio; ele a um mês de fazer os 43.

D. Maria e D. Pedro tiveram seis filhos: 1- D. José (morreu com 27 anos); 2- D. João, que morreu criança; 3- D. João, que lhe sucedeu (D. João VI); 4- D. Mariana que casou com um infante de Espanha, mas morreu antes de fazer os 20 anos; 5- D. Clementina e 6- D. Isabel, que morreram crianças.

D. Maria sucedeu a seu pai, D. José, que morreu aos 24.02.1777.

A título excepcional, D. Maria autorizou que o marido usasse D. Pedro III, embora príncipe consorte.

D. Maria nasceu em Lisboa a 17.12.1734 e morreu no Rio de Janeiro em 20.03.1816

D. Pedro nasceu a 05.07.1717 e morreu a 25.05.1786 (reinava sua mulher), muito perto de completar os 69 anos. Tinha a rainha cerca de 52 anos.

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Foi há 230 anos (1775), era uma TR: inauguração em Lisboa, no Terreiro do Paço, da estátua equestre de D. José. Reinava D. José (25º). Pontificava Pio VI (250º).

A estátua, da autoria do escultor Machado de Castro, foi inaugurada no dia em que o monarca fazia 61 anos.

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Foi há 161 anos (1844), era uma QI: na Grã-Bretanha, a Lei das Fábricas restringe o trabalho feminino a 12 horas diárias e o trabalho infantil (crianças entre os 8 e 13 anos) a seis horas e meia por dia. Em Portugal reinava D. Maria II (30º). Pontificava, em Roma, Gregório XVI (254º).

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Completam-se hoje 157 anos (1848), foi numa TR: nasce, em Lisboa, o poeta António Gomes Leal. Reinava D. Maria II (30º). Pontificava Pio IX (255º).

Frequentou brevemente o curso superior de letras, empregando-se depois como escrevente de um notário lisboeta.

Esteve ligado à literatura panfletária e folhetinesca da época. Foi co-fundador, em 1872, do jornal satírico O Espectro e, em 1881, de O Século. Entretanto, em 1875, publicava o seu primeiro livro de poemas - Claridades do Sul. Em 1881, “a publicação de A Traição e O Herege provocou um escândalo político e literário que tornou o seu nome célebre, ao atacar a coroa, a igreja e a sociedade burguesa numa manifestação de incentivo à revolução social, apanágio de muitos escritores do período realista. Esta poesia de combate, que persistiu em Anticristo (1884), não impediu a manifestação simultânea de uma problemática religiosa e humana, que procurava a redenção das questões misteriosas da vida do homem, por exemplo, no ocultismo, ou, após a morte da mãe (1910), na sua conversão ao catolicismo. Esta morte veio também colocar-lhe sérios problemas económicos; recolhido por caridade, vivendo em casa de várias pessoas que dele se apiedavam ou mesmo nos jardins públicos, criando uma imagem de loucura vagabunda, inofensiva, foi-lhe atribuída, por intervenção de um grupo de escritores, uma pensão do estado que lhe permitiu, a custo, sobreviver”.

“A obra de Gomes Leal resulta da confluência de uma série de tendências: para além da poesia combativa do realismo, também o parnasianismo, o romantismo, o simbolismo e mesmo um certo satanismo, a que se associaram os episódios dramáticos da sua vida de boémio. Todos estes elementos contribuíram para uma poesia visionária, torrencial e desigual, que fez dele um dos poetas mais singulares da moderna literatura portuguesa”.

Para além das obras referidas escreveu ainda A Mulher de Luto (publicada em 1902), História de Jesus (1883), uma compilação da sua poesia de intervenção, Fim de Um Mundo (1899), A Senhora da Melancolia (1910), e uma série de quadros satíricos da vida das grandes cidades.

Morreu em 1921.

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Foi há 134 anos (1871), era uma TR: do ciclo de conferências do Casino, realizou-se, nesta data, a de Augusto Soromenho sobre “A Literatura Portuguesa”. Reinava D. Luís (32º). Pontificava Pio IX (255º).

Conferências do Casino: ciclo de conferências, designadas por Conferências Democráticas, promovido pelo grupo cultural do Cenáculo, liderado por Antero de Quental. Realizaram-se em Lisboa de 22MAI1871 a 19JUN1871.

Assinaram o manifesto de 16MAI: Adolfo Coelho, Antero de Quental, Augusto Soromenho, Augusto Fuschini, Eça de Queirós, Germano Vieira Meireles, Guilherme de Azevedo, Jaime Batalha Reis, Oliveira Martins, Manuel Arriaga, Salomão Sáraga, Teófilo Braga.

Outras conferências realizadas:

Antero: O Espírito das Conferências (22MAI);

Antero: Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos Últimos Três Séculos (27MAI);

Eça de Queirós: A Nova Literatura (O Realismo como Nova Expressão de Arte) (12JUN);

Adolfo Coelho: A Questão do Ensino (mais tarde publicado pelo A.) (19JUN).

Portaria proibindo a continuação das conferências, por exporem "doutrinas e proposições que atacam a Religião e as instituições políticas do Estado" (26JUN).

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Faz hoje 130 anos (1875), era um DM: nasceu o escritor (romancista) e crítico alemão Thomas Mann. Reinava D. Luís (32º). Pontificava Pio IX (255º).

Thomas Mann ocupava-se com o tema da relação do artista com a sociedade. O seu primeiro romance foi Buddenbrooks (1900) que, seguido de Der Tod in Venedig/Morte em Veneza (1912) e de Der Zauberberg/A Montanha Mágica (1924) lhe valeram o prémio Nobel da literatura em 1929. Notável entre as suas obras de ficção curta é Der Tod in Venedig/Morte em Veneza, posteriormente adaptado ao cinema.

A sua oposição ao regime nazi forçou-o a deixar a Alemanha e, em 1940, tornou-se cidadão dos Estados Unidos da América. Entre as suas obras incluem-se a tetralogia bíblica que tem como tema José e os seus irmãos (1933-44); Doutor Fausto (1947); Die Bekenntnisse des Hochstaplers Felix Krull/As Confissões de Felix Krull (1954); e uma série de contos, incluindo Tonio Kröger (1903). Mann foi o maior romancista alemão do século XX. Nos últimos anos da sua vida, porém, a sua fama ultrapassou fronteiras e a sua obra adquiriu o estatuto de «clássica», mesmo fora do seu país natal.

Morreu em 1955.

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Foi há 71 anos (1934), era uma QA: nasceu, em Bruxelas, Alberto II, rei de Bélgica. Em Portugal era PR o general Carmona, então no 1º dos seus três mandatos sucessivos. Pontificava Pio XI (259º).

A Bégica é, desde a sua fundação, em 1831, uma monarquia constitucional hereditária.

A Constituição coloca o rei acima quer de considerações ideológicas e religiosas, quer de opiniões e debates políticos, quer ainda de interesses económicos. O rei é o árbitro e o gaurdião da unidade e da independência do país.

O rei Alberto II é filho de Leopoldo III e neto de Alberto I. Sucedeu no trono a seu irmão o rei Balduíno, falecido em 1993.

Alberto II, 16º rei dos belgas, prestou juramento a 09.08.1993.

Casou com D. Paola Ruffo di Calabria, tem três filhos e, por ora, oito netos.

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Foi há (1944), era uma TR: é o célebre dia D: invasão da Normandia pelas forças aliadas, assinalando o início da libertação da Europa ocupada pelos alemães. Em Portugal decorria o 3º mandato presidencial consecutivo do general Carmona. Pontificava Pio XII (260º).

Dia D: o dia em que os Aliados, comandados pelo general Eisenhower, invadiram a Normandia, dando início à operação Overlord, que tinha como objectivo libertar a Europa Ocidental do jugo alemão. A frota anglo-americana desembarcou nas praias da Normandia, na zona costeira situada entre o rio Orne e St. Marcouf. Após terem vencido uma feroz resistência, as forças aliadas romperam as linhas de defesa alemãs, tendo Paris sido libertada a 25 de Agosto e Bruxelas a 2 de Setembro. A expressão Dia-D em linguagem militar é sinónimo do dia para o qual estão planeadas operações especiais. D+1 é indicativo do dia após o início da operação.

O desembarque foi precedido de um mês de intensos bombardeamentos, cujo objectivo era o corte de todas as comunicações inimigas, evitando assim quaisquer movimentações de reforços para a área ameaçada. Foram também lançados pára-quedistas para resguardar os flancos e destruir pontes e posições armadas inimigas consideradas vitais. Os desembarques tiveram o seu inicio às 6.30 horas, e por volta da meia-noite já haviam desembarcado 57 000 tropas americanas e 75 000 inglesas e canadianas com os respectivos equipamentos. A resposta alemã aos desembarques foi limitada, devido aos estragos que os aliados haviam provocado nas comunicações, por uma estrutura de comando demasiado rígida que exigia que qualquer decisão a tomar tivesse de ter a aprovação de Hitler, e porque os alemães se convenceram de que o desembarque dos aliados não passava de uma manobra de diversão com o objectivo de desviar a atenção do maior ataque, que seria desenvolvido a partir da região de Pas de Calais.

Embora a operação aliada tenha sido um sucesso, as baixas foram pesadas, tendo morrido 2500 homens e 8500 ficado feridos, além de que se perdeu um total de 127 aviões.

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Faz hoje 52 anos (1953), era um SB: nasceu Tony Blair, político britânico. Em Portugal decorria o mandato presidencial do general Craveiro Lopes. No Vaticano pontificava Pio XII (260º).

Anthony Charles Lynton Blair, é líder do Partido Trabalhista desde 1994 e primeiro-ministro desde 1997. Centrista à maneira do seu antecessor, John Smith, tornou-se o mais jovem líder do Partido Trabalhista por uma vasta maioria nas primeiras eleições verdadeiramente democráticas para o cargo, realizadas em Julho de 1994.

Tony Blair estudou no prestigiado Fettes College, de 1966 a 1971, antes de ir para o St. John's College da Universidade de Oxford em 1972, onde tirou o curso de Direito, que concluiu em 1975. Em Oxford, teve a oportunidade de enveredar por duas das suas actividades preferidas: actor e músico. Ao mesmo tempo desenvolveu um grande interesse em política interna.

Em 1976, entrou para o Partido Trabalhista, mas ficou desiludido com algumas das principais causas defendidas pelo partido, principalmente nas questões da nacionalização da indústria e aumento do poder dos sindicatos comerciais, bem como com a própria liderança trabalhista, nomeadamente do Primeiro-Ministro James Callaghan. Após uma série de greves de trabalhadores nos últimos meses de 1978, um período conhecido na Grã-Bretanha como o Inverno do Descontentamento, o Partido Trabalhista era definido como um partido controlado pelos sindicatos nacionais.

Em 1980, casou-se com Cherie Booth, colega de advocacia que conheceu durante o período de estágios.

Em 1983, entrou para a Câmara dos Comuns e, como deputado do círculo eleitoral de Sedgfield, em Durham. Foi eleito para o Governo sombra do Partido Trabalhista em 1988, tendo-lhe sido atribuída a pasta da Energia; foi ministro do Emprego do governo sombra em 1991 e dos assuntos internos em 1992. Tal como John Smith, não se aliou a nenhuma facção em particular e, ao efectuar uma distinção entre «socialismo académico e ético», conseguiu conquistar a maior parte das secções do partido, com excepção da extrema esquerda.

Em 1997 venceu as legislativas, tendo-se tornado o primeiro chefe de Governo inglês trabalhista desde 1979. O seu sucesso na promoção de uma resolução para o conflito na Irlanda do Norte, assim como os esforços diplomáticos para uma maior integração da Grã-Bretanha no continente Europeu, fizeram de Blair um dos mais populares primeiros-ministros da história do país. A sua posição agressiva contra o Presidente da Jugoslávia, Slobodan Milosevic, e contra os militares Sérvios durante o conflito étnico do Kosovo em 1999, fizeram de Blair umas das forças propulsoras da ofensiva aérea da NATO, garantindo-lhe mais apoio entre o público Britânico.

Em Junho de 2001, pela primeira vez em cem anos de história, o Partido Trabalhista e Tony Blair conseguiram um segundo mandato, mantendo uma maioria absoluta folgada na Câmara dos Comuns (413 deputados eleitos numa assembleia com 659 assentos).

“Em Maio de 2005, e apesar de todas as polémicas geradas em torno da participação britânica na Guerra do Iraque, Tony Blair voltou a reconduzir os trabalhistas ao poder com uma nova vitória nas eleições legislativas. Blair conquistou uma nova maioria absoluta, embora com menos deputados, consequência do descontentamento de muitos eleitores britânicos em relação à política externa conduzida pelo Executivo”.

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Completam-se hoje 47 anos (1958), foi numa SX: nasceu, na Covilhã, a cantora Eugénia Melo e Castro. Era PR, ainda, o general Craveiro Lopes. Estava no fim o pontificado de Pio XII (260º).

Maria Eugénia Menéres de Melo e Castro era o seu nome completo. O seu avô Ernesto era maestro, compositor e violonista por isso não foi de estranhar que aos três anos já tivesse aulas de piano.

Estudou ainda artes gráficas e canto. Estudou Cinema e Fotografia em Londres. Compõe e canta com a participação de compositores e músicos Portugueses e Brasileiros.

No desejo de unir quem fala a mesma língua, a artista empenha-se em tornar realidade a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

A CPLP é o sonho de juntar tudo isso num mesmo espaço. Já José Saramago tinha imaginado na alegoria geográfica “Jangada de Pedra” que Brasil e Portugal se uniriam à África.

Eugénia Mello e Castro, que participou da criação da CPLP e sempre cantou as influências herdadas por esse mapa, dispõe-se a traçar um mundo novo.

Eugénia lembra que o português é nosso e não se limita só a Brasil e Portugal. É que esses ritmos lusitanos, africanos, asiáticos são também a nossa língua e a nossa maior riqueza.

No verão de 1979 grava, com a colaboração de Júlio Pereira e Jaime Queimado, uma maqueta de quatro originais que se destinavam ao seu primeiro álbum ("Recomeço" foi editado em 2001, mas a maqueta incluía os temas "Instrumental" e "Recomeço" - gravados como "Beco do Tiso" e "Começo de Mar" - e mais quatro inéditos).

Antes de lançar o seu primeiro disco, já tinha participado como cantora em discos de Sérgio Godinho, Júlio Pereira, José Afonso e Fausto. Foi também uma das fundadoras da cooperativa de música "Era Nova" com nomes como Sérgio Godinho ou Fausto.

Em 1981 desloca-se ao Brasil («eu defino este meu trabalho entre Brasil e Portugal como uma ponte feliz») onde trava conhecimento com Wagner Tiso. O seu primeiro disco, "Terra de Mel", com a participação de músicos portugueses e brasileiros é editado no início de 1982.

"Águas de Todos Ano", gravado no Brasil, foi editado em 1983 . O maior sucesso deste disco foi o tema "A Dança da Lua" com a participação de Ney Matogrosso.

Em 1985 participa no tema "Emissário de um Rei Desconhecido" do disco "Música em Pessoa". Uma música composta por Milton Nascimento sobre um poema de Fernando Pessoa, gravada com a participação especial de Toninho Horta no violão.

O disco "Eugénia Melo e Castro III", gravado no Rio de Janeiro, em 1986, inclui temas produzidos por Wagner Tiso, Guto Graça Mello, Toninho Horta e Tulio Mourão.

Entretanto grava o disco "Coração Imprevisto" no qual é acompanhada pelo piano de Wagner Tiso. No disco, editado em Fevereiro de 1988, participam também os brasileiros Caetano Veloso e Zeca Assumpção e os portugueses Carlos Zíngaro e Pedro Caldeira Cabral.

Em 1989 é editada a dupla colectânea "Canções e Momentos" com uma selecção de temas dos discos "Terra de Mel", "Águas de Todo o Ano" e "Eugénia Melo e Castro III", dois temas novos ("Todo o Sentimento" e "Canções e Momentos") e uma nova versão de "Terra de Mel" com arranjos de Mário Laginha.

Em Setembro de 1989 realiza seis espectáculos, com lotação esgotada, no Teatro Ipanema, no Rio de Janeiro. No Brasil recebe três prémios: o da crítica, o da imprensa brasileira e internacional e o da "mulher do ano" atribuído pela revista "AZ" de São Paulo.

Colabora no disco "Cais" de Ronaldo Bastos onde interpreta, em dueto com Ney Matogrosso, o tema "A Luz do Meu Caminho".

O disco "Amor é Cego e Vê", de 1990, inclui versões de temas portugueses do princípio do século alguns dos quais recolhidos no arquivo da RDP. Participam neste disco nomes como Milton Nascimento, Gal Costa, Chico Buarque, Caetano Veloso e Ney Matogrosso. O espectáculo gravado pela TV Cultura no Memorial da América Latina, em S. Paulo, foi considerado um dos dez melhores do ano pela critica brasileira.

É apenas em 1990 que se estreia ao vivo em Portugal. Um dos concertos foi no Teatro S. Luiz. Os espectáculos contaram com a direcção musical do músico Mário Laginha.

Em 1993 é editado "Lisboa Dentro de Mim - O Sentimento De Um Ocidental". O disco é apresentado ao vivo no Centro Cultural de Belém.

Em 1994 é editado o disco "Eugénia Melo e Castro Canta Vinicíus de Moraes". No ano seguinte colabora em "Amarga Vinha" de Carlos Lyra.

No disco "Ao Vivo Em São Paulo", gravado em São Paulo, em Novembro de 1995, interpreta criações de Tom Jobim e Vinicíus de Moraes" e versões de "Fado Tropical", "Argonautas" e "Fado Lisboa".

Participa, como actriz, no filme "Bocage, o Triunfo do Amor" de Djalma Limonge Batista. No filme interpreta o tema "Liberdade", poema de Bocage musicado por Livio Tragtemberg.

Colabora com Fábio Tagliaferri no tema "Pela Manhã".

Em Novembro de 2000 são editados em Portugal os discos "A Luz do meu Caminho" e "Canta Vinicius de Moraes".

Em 2001, a cantora lança no Brasil a compilação "Eugénia Melo e Castro.com" e reedita os álbuns "Eugénia Melo e Castro canta Vinicius de Moraes", "Vaga Azul" (lançado originalmente como "EMC III") e "Eu Não Sei Dançar" ("Lisboa Dentro de Mim" aquando da 1ª edição em 1993).

"Motor da Luz", gravado ao vivo, em Junho de 2000, é editado em Novembro de 2001. O disco que se esteve para chamar "Surpresas - 20 anos de Brasil" inclui o tema "Surpresas", um inédito de Gonzaguinha com letra da cantora.

Em 2002 passa a assinar como Eugénia MC e é editado o CD "Paz". A cantora assina todas as letras e co-assina as músicas com o produtor do disco, Eduardo Queiróz. Recupera ainda o tema "Dentro" escrito em parceria com Pilar.

Grava "Paz ao Vivo" com edição prevista para o Natal de 2003. Grava em S. Paulo um show especial para a Sony Music Entertainment Television, para exibição nesse canal de televisão e edição em DVD.

O álbum "Des construção" é dedicado a Chico Buarque, o qual colabora nos temas "Olé olá", "Injuriado" e "Bom conselho".

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Foi há 44 anos (1961), era uma TR: morreu, em Küssnacht, na Suiça, Carl Gustav Jung, psicanalista suíço. Em Portugal era PR o almirante Américo Tomás. Pontificava o papa João XXIII (261º).

Nasceu em Kesswill, na Suiça, aos 26.07.1875

Psiquiatra suíço que colaborou com Sigmund Freud (1856-1939) desde 1907 até 1913, altura em que passaram a discordar sobre a importância da sexualidade como causa de problemas psicológicos.

Jung nasceu em 1875 e doutorou-se em medicina em 1900. Nesse mesmo ano começou a trabalhar na clínica de psiquiatria de Burghölzli da universidade de Zurique. Em 1907 conheceu Freud e tornou-se o seu discípulo principal, sendo nomeado presidente da Associação Internacional de Psicanálise aquando da sua fundação em 1910. Após a publicação da sua obra Metamorfose e Símbolos da Líbido (1912), surgem as primeiras divergências com o seu mestre, nomeadamente em relação à natureza da líbido que, segundo Jung, é a expressão psíquica de uma «energia vital» que não tem só origem sexual. Em 1913 demitiu-se da associação e estabeleceu-se por sua conta em Zurique. Após a ruptura com S. Freud, desenvolveu um método que denominou por «psicologia analítica»; nesta, em vez de considerar o inconsciente individual e de dar tanta importância à sexualidade infantil, introduziu a ideia de um inconsciente colectivo (representa a acumulação de experiências milenares que se exprimem através dos arquétipos). Jung também estudou o mito, a religião e o simbolismo do sonho. Considerou a consciência como fonte de introspecção espiritual e distinguiu introversão de extroversão, em Psychologische Typen (Tipos Psicológicos, 1920). Este trabalho apresenta a ideia de que a mente tem quatro funções básicas: o pensamento, o sentimento, a sensação e a intuição. Qualquer particularidade de uma personalidade pode ser devida à predominância de uma destas funções.

No início do século XX aplicou o teste de associação de palavras como técnica de acesso ao inconsciente de um sujeito (método da associação). Outras obras de referência são: Psicologia Analítica (1928), Integração da Personalidade (1939), Psicologia e Alquimia (1944) e O Eu Inconsciente (1959).

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Foi há 37 anos (1968), era uma QI: é assassinado, em Los Angeles, Estados Unidos, o político norte-americano Robert Kennedy. Em Portugal decorria o segundo dos três mandatos presidenciais consecutivos do almirante Américo Tomás (e só, porque foi deposto em 25ABR1974). Pontificava Paulo VI (262º).

Robert Kennedy era irmão do ex-presidente John Fitzgerald Kennedy, 35º presidente dos EUA, assassinado em Dallas em 1963, e de cujo governo fora o titular da pasta da justiça.

Robert Kennedy foi assassinado à saída de um edifício que fora um hospital e que se converteu num hotel (de 5 estrelas - pelo menos até há uns anos atrás).

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Foi há 16 anos (1989), era TR: morreu Janos Kadar, líder comunista húngaro. Em Portugal era PR o Dr Mário Soares. João Paulo II (264º).

Líder comunista húngaro, no poder entre 1956 e 1988, depois da repressão do levantamento nacional. Kadar era mecânico antes de se associar ao Partido Comunista e trabalhar na clandestinidade como organizador da resistência durante a II Guerra Mundial. Depois da guerra foi eleito para a Assembleia Nacional, tendo sido ministro dos assuntos internos (1948-1950) e tendo-se tornado um membro proeminente do Partido dos Trabalhadores Húngaros (HSP). Preso entre 1951 e 1953 por se ter afastado do modelo estalinista, Kadar foi reabilitado em 1955, tornando-se líder do partido em Budapeste e, em Novembro de 1956, durante o ponto alto do levantamento húngaro, foi nomeado chefe do novo Partido dos Trabalhadores Socialistas Húngaros (HSWP). Como primeiro-ministro (1956-1958 e 1961-1965), Kadar introduziu uma série de reformas económicas de mercado, ao mesmo tempo que mantinha cordiais relações políticas com a URSS. Foi afastado do cargo de secretário-geral do partido em Maio de 1988 e forçado a reformar-se em Maio de 1989.

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