quarta-feira, julho 06, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA

2005/2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
2005 - Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)
Dia mundial da Cooperação.
Dia Nacional do Malawi.
Dia Nacional das Comores.

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Aconteceu há 816 anos (1189), era uma QI: Ricardo Coração de Leão, Ricardo I, sucedeu a seu pai, Henrique II, no trono britânico. Em Portugal reinava D. Sancho I (2º). O romano pontífice era Clemente III (174º).

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Aconteceu há 470 anos (1535), era uma TR: Thomas Morus é decapitado por traição, na Tower Hill, em Londres. Em Portugal decorria o reinado de D. João III (15º). Em Roma pontificava Paulo III (220º).
Tomás Morus, que foi escritor e político inglês, nasceu em 1478. Estudou grego, latim, francês, teologia e música em Oxford e direito no Lincoln's Inn, em Londres, sendo influenciado pelos humanistas John Colet e Erasmo, de quem se tornou amigo. Com assento no parlamento desde 1504, tornou-se protegido de Henrique VIII, a partir de 1509. Foi membro do conselho privado desde 1518 e presidente da Câmara dos Comuns em 1523. Armado cavaleiro em 1521, tornou-se ministro da justiça, a partir de 1529, com a queda do cardeal Wolsey, demitindo-se após o corte de relações de Henrique VIII com o papa. Em 1534 recusou-se a fazer o juramento de supremacia de Henrique VIII como chefe da Igreja e, após um ano de encarceramento na Torre de Londres, foi executado. Entre as obras de Tomás Morus contam-se Utopia (1516), um clássico indispensável, que o autor escreveu em latim, que esboça uma sociedade ideal e perfeita; Dialogue, em inglês, (1528), uma tese teológica contra o líder da Reforma, Tyndale; e História de Ricardo III. Foi também patrono de artistas entre os quais Holbein (que chegou a ser
pintor oficial da corte inglesa). Morus foi canonizado em 1935, por Pio XI (259º).

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Foi há 452 anos (1553), era uma QI: Maria I sobe ao trono, tornando-se a primeira rainha reinante de Inglaterra. Em Portugal reinava D. João III (15º). Na suprema direcção da Igreja estava Júlio III (221º).
Maria I, conhecida como Maria Tudor ou Bloody Mary (1516-1558), era a filha mais velha de Henrique VIII e Catarina de Aragão (que antes fora sua cunhada, viúva dum seu irmão). Maria I ocupou o trono após a morte de Eduardo VI, apesar da conspiração para colocar Lady Jane Grey no trono.

A história conta-se em breves palavras: Lady Jane Grey (1537-1554) era bisneta de Henrique VII e tinha forte apoio junto de Eduardo VI, neto do mesmo Henrique VII, e filho de Henrique VIII (e de sua 3ª mulher, Jane de Seymour). Eram, pois, parentes. Eduardo VI foi persuadido, portanto, por uma facção, a ignorar a pretensão ao trono de suas irmãs consanguíneas Maria (filha do 1º casamento de seu pai) e Isabel (I), (filha do 2º casamento do pai, com Ana Bolena). À morte de Eduardo, que ocorreu em 6 de Julho de 1553, Grey aceitou a coroa, sendo proclamada rainha quatro dias depois (foi rainha durante 9 dias – de 10 a 19JUL1553). Mas Maria, embora católica, contava com o apoio popular e acabou por subir ao trono a 19 de Julho, sendo então proclamada rainha. Lady Jane Grey acabaria por ser executada em Tower Green, no ano seguinte, em 1554.

Pelos vistos, na história de Inglaterra o episódico reinado de Lady Grey, não entra em linha de conta. Considerando-se a subida ao trono de Maria I nesta data de 06.07.1553, que foi quando seu meio-irmão (irmão consanguíneo) faleceu.

Maria I, como católica devota, obteve a restauração da supremacia papal e autorizou a perseguição dos protestantes. Em 1554 casou com Felipe II de Espanha (Filipe I de Portugal) o que provocou a supremacia da política espanhola face aos interesses ingleses. Sem descendentes, foi sucedida pela sua meia-irmã (irmã consanguínea, em bom rigor) Isabel I, filha do mesmo Henrique VIII e de sua 2ª mulher, Ana Bolena.

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Faz hoje 247 anos (1758), era uma QI: é eleito Clemente XIII (248º), que é entronizado em 16JUL seguinte. No trono de Portugal estava D. José (25º).

Clemente XIII sucede a Bento XIV, que morreu em 03.05 anterior.

O veneziano Carlos Rezzonico foi papa, com o nome de Clemente XIII, de 1758 a 1769 (pouco mais de 10 anos e meio). Ainda este papa não tinha subido ao trono e já se verificava a luta entre o conde de Oeiras (depois marquês de Pombal) e os jesuítas. E o clima chegou ao corte de relações diplomáticas entre o Governo de Portugal e a Santa Sé, desde 1760. Relações que só foram restabelecidas no pontificado de Clemente XIV.

Clemente XIII morreu a 02FEV1769. Sucede-lhe Clemente XIV, o italiano Lourenço Ganganelli, papa de 1769 a (1774) (pouco mais de 5 anos). E avanço um pouco neste novo papado pelas ligações que tem com a nossa história.

Uma das primeiras preocupações de Clemente XIV, o novo papa, terá sido a de restabelecer as relações com o governo de Portugal. E, relativamente ao contencioso com os jesuítas, Clemente XIV (249º), em 21.07.1773 [QA], após 4 anos de luta, publicou o breve Dominus ac Redemptor mediante o qual dissolve a Companhia de Jesus. Sem, contudo, a condenar.

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Aconteceu há 209 anos (1796), que foi numa QA: nasceu Nicolau I, czar da Rússia. Em Portugal D. Maria I estava afastada da governação, por incapacidade. Até esse ano, seu filho D. João (VI) assumiu os negócios de Estado em representação da soberana, ainda viva. Mas a partir desse ano, assumiu mesmo a regência do reino, até ao passamento da rainha. Pontificava Pio VI (250º).

Nicolau I foi czar da Rússia a partir de 1825. Despótico e autoritário, reprimiu severamente a revolta das sociedades secretas em 1825, instituiu uma polícia política, proibiu a divulgação de ideias estrangeiras, controlou a imprensa e as universidades e publicou as «leis de ferro» que regulavam a censura. Desenvolveu a indústria e os caminhos-de-ferro. As suas ambições nos Balcãs conduziram à guerra com a Turquia (1827-1829), reprimiu a revolução polaca de 1830 e entrou na Guerra da Crimeia (1853-1856). Morreu, entretanto, no decurso dessa guerra, em 1855.

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Completam-se hoje 134 anos (1871), o que aconteceu numa QI: morreu, aos 24 anos, Castro Alves, escritor brasileiro. Em Portugal decorria o reinado de D. Luís (32º). E o pontificado de Pio IX (255º).

O poeta António Frederico de Castro Alves tinha um futuro promissor, mas morreu muito jovem. Nem por isso, porém, deixou de contar entre os nomes grandes da literatura do país irmão.

Estudante de Direito em Recife, o autor rapidamente se destacou como poeta, empolgado pelos ideais liberais e abolicionistas da mocidade académica daquela época. Depois de abandonar a capital pernambucana, juntamente com a actriz portuguesa Eugénia Câmara, por quem se apaixonara, tendo escrito, para ela representar, o drama Gonzaga ou a Revolução de Minas, publicado postumamente em 1875. Pouco depois, rompeu com a amante, mergulhando numa crise de melancolia.

Em fins de 1869, tratou da edição de Espumas Flutuantes (1870), ainda publicado em vida, já que no ano seguinte morria, vítima de tuberculose.

Castro Alves, o último grande poeta do Romantismo brasileiro, distinguiu-se pela sua vertente lírica, tanto amorosa como naturalista, representada nas obras Espumas Flutuantes (1870) e Hinos do Equador, publicados na edição das Obras Completas de Castro Alves (1921), organizada por Afrânio Peixoto, que contem traduções e paráfrases de grandes nomes da literatura mundial, bem como textos de carácter épico-social, muitas vezes marcados pelo abuso das antíteses e hipérboles, o que já não sucede nas suas composições de carácter autobiográfico, em que expõe os seus êxtases e desalentos amorosos.

O talento oratório deste poeta ficou registado, sobretudo, na sua poesia abolicionista, inspirada pela adesão a uma causa social e humanitária de candente actualidade.

Transformou o escravo numa figura romanticamente trágica, impondo-o assim à atenção de uma sociedade insensível para com os aspectos desumanos da escravidão, de que são exemplo as obras A Cachoeira de Paulo Afonso (1876), longo poema narrativo, em que o amor de dois escravos é ilustrado tragicamente, de modo a acentuar a iniquidade do regime, e Os escravos (1883).

Em 1863 – ano em que se apaixona por Eugénia Câmara – publica os seus primeiros versos abolicionistas, “A Canção do Africano”.

Em 1871 regressa a Salvador da Baía, apaixona-se pela cantora Agnese Trinci Murri, agrava-se a sua tuberculose e morre nesta data.

Dele diria Machado de Assis: “Achei uma vocação literária cheia de vida e robustez, deixando antever nas magnificências do presente as promessas do futuro”.

Também, em Lisboa, Eça de Queirós ao ler a um amigo o poema “Aves de Arribação”

« (...) Às vez quando o sol nas matas virgens
A fogueira das tardes acendia...
(...)»

Comentará: “Aí está, em dois versos, toda a poesia dos trópicos”.

Em Portugal (nesses idos de 1871) estávamos no ano das Conferências do Casino, e de nomes grandes da nossa literatura que as promoveram e/ou nelas participaram, como Adolfo Coelho, Antero de Quental, Augusto Soromenho, Augusto Fuschini, Eça de Queirós, Germano Vieira Meireles, Guilherme de Azevedo, Jaime Batalha Reis, Oliveira Martins, Manuel Arriaga, Salomão Sáraga, Teófilo Braga. E de outros mais, como, Júlio Dinis, Ramalho Ortigão e Rebelo da Silva.

«Agripino Grieco, brasileiro, crítico de língua afiada. Sobre o que viu e ouviu [acerca de Castro Alves] tem, obviamente, uma opinião. Definitiva, como são todas as suas:

- Castro Alves não foi um homem, foi uma convulsão da natureza.»

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Completam-se hoje 112 anos (1893), era uma QI: morreu o escritor francês Guy de Maupassant, com cerca de 43 anos. Em Portugal reinava D. Carlos (33º). Dirigia os destinos da Igreja Leão XIII (256º).

Maupassant nasceu na Normandia, em 1850.

Representante do Naturalismo, é considerado como o maior contista francês. Após o sucesso alcançado com Boule de Suif, a colaboração do autor na imprensa começou a ser muito requisitada. Assim, deixa o seu trabalho no ministério e passa dois anos a escrever artigos para dois jornais: Le Gaulois e Gil Blas.

Gustave Flaubert foi o seu mentor. Acompanhou-o, encorajou-o a desenvolver o seu trabalho e foi graças a ele que Maupassant se tornou um grande escritor.

“A sua forma de escrever, dramática e concentrada, a sua clareza, talvez ilusória, o seu gosto pela concisão, o seu interesse pela realidade simples asseguraram a sua presença e a sua familiaridade”.

Foi aos trinta anos, em 1880, que nasceu para a escrita. Em dez anos publicou poesia, peças, mais de 300 contos, romances, cerca de 200 crónicas. Esta produção supõe que Maupassant tenha escrito no mínimo duas páginas por dia durante dez anos. Mas as viagens, os amores, as doenças não permitiram esta regularidade: a lição de Flaubert Travailler, Travailler, o sentido de organização da sua carreira e principalmente a escolha dos géneros breves, explicam parcialmente o seu percurso.

De entre a sua vasta obra, refiram-se alguns títulos:

La Main d'écorché (1875), L'Histoire du vieux temps (1879), Le Papa de Simon (1879), Une fille (1880), Mademoiselle Fifi (1882), Une vie (1883), Clair de lune (1883), Au soleil (1884), Miss Harriet (1884), Les Sœurs Rondoli (1884), Bel-Ami (1885), Contes du jour et de la nuit (1885), Mont-Oriol (1887), Le Horla (1887), Pierre et Jean (1888), La Main gauche (1889), La Vie errante (1890), L'Inutile Beauté (1890), Notre cœur (1890), Musotte (1891). (BU).

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Aconteceu há 103 anos (1902), foi num: nasceu, em Braga, o escritor Tomás de Figueiredo. Reinava o nosso penúltimo rei D. Carlos (33º). No Vaticano pontificava Leão XIII (256º).

Licenciado em Direito, a partir de 1960, dedicou-se exclusivamente à actividade literária. A sua obra, dispersa pela poesia, romance e peças de teatro, foi várias vezes premiada. Tomaz de Figueiredo tem como obras mais importantes A Toca do Lobo (1947), Nó Cego (1950), Uma Noite na Toca do Lobo (1952), A Procissão dos Defuntos (1954), Guitarra (1956), Conversa com o Silêncio (1960), A Gata Borralheira (1961), Dom Tanas de Barbatanas (1962), Vida de Cão (1963), Tiros de Espingarda (1966) e Viagens no Meu Reino (1968). Na opinião de António José Saraiva e Óscar Lopes, Tomaz de Figueiredo foi um dos melhores ficcionistas portugueses.

Morreu, com cerca de 68 anos, em 1970. (BU).

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Terá acontecido há 77 anos (1928), era uma SX: o primeiro filme sonoro, Lights of New York, é apresentado no Strand Theatre na cidade de Nova Iorque. Em Portugal, a esse tempo, já era PR o general Carmona, desta vez eleito em 28.03 último. A eleição era, por esses tempos, uma insignificante e irrelevante formalidade (a estrutura cimeira da ditadura é que ditava nestas matérias). Dentro em pouco, seria, decidida e decisivamente Salazar quem punha e dispunha em matéria de organização cimeira do Estado. Carmona era, por isso, o “vitalício” Presidente da República, para o que tinha dado e continuava a dar sobejas provas.

Mas era de cinema que falávamos. E não dum “filme”.

Passemos, pois, em revista um pouco da história do cinema. Neste caso, indo aos “fenícios”, e ficando por lá. Nas raízes.

Os primeiros filmes animados foram exibidos em 1890. Thomas A. Edison convenceu James J. Corbett (1866-1933), campeão mundial de boxe entre 1892 e 1897, a reproduzir um combate de boxe frente à câmara. Os irmãos Lumière, na França, Latham, nos EUA, e R. W. Paul (1869-1943), em Inglaterra, entre outros, começaram por fazer pequenos documentários sobre assuntos quotidianos: por exemplo, a entrada de um comboio numa estação ou pessoas à saída de uma fábrica, como La Sortie des Usines de Lyon (1896), mostrado pela primeira vez em Lyon. Em 1902, Georges Méliès, realizador francês, assinou a mais antiga história de fantasia - A Trip to the Moon - e, em 1903, Edwin Porter realizou para a produtora de Thomas Edison The Great Train Robbery, uma história de recorte dramático orçada em 100 dólares e cuja apresentação internacional iria render mais de 20 mil dólares. (BU).

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Completam-se hoje 70 anos (1935), foi num SB: nasceu, duma família de camponeses pobres, no Tibete, Tenzin Gyatso, 14º Dalai Lama, líder espiritual tibetano. Em Portugal cumpria o general Carmona, desde recentemente, o 2º dos seus 4 mandatos sucessivos (o último dos quais só não cumprido porque morreu). Na suprema direcção da igreja romana estava Pio XI (259º).
O Dalai Lama é um monge budista e o líder espiritual tibetano. Foi, ainda, dirigente político do Tibete desde 1940 até 1959.

O budismo tibetano crê que cada Dalai Lama é uma reencarnação do seu predecessor e também de Avalokitesvara (bodhisatva).

Avalokitesvara, no budismo Mahayana,
é um dos mais importantes bodhisatvas,
considerado a personificação da compaixão.
É, também, um dos companheiros do Buda Amida.
Na China e no Japão, a versão feminina deste avatar
(designação genérica das encarnações divinas na teologia birmânica)
é mais popular, sendo conhecida, respectivamente, por Kuan Yin e Kwannon.

Bodisatva
no budismo Maayana, é alguém que busca a iluminação,
com o objectivo de ajudar todos os seres vivos.
Um bodisatva pode aceder ao nirvana.
No entanto, ele opta voluntariamente por renascer,
até que todos os seres vivos tenham alcançado aquele estado.
Os bodisatvas são considerados intercessores, a quem os crentes oram para alcançar a redenção.

Iluminação
, neste contexto (no budismo) é o termo usado para traduzir o sânscrito bodhi,
percepção da realidade do mundo, ou da não realidade do eu,
e a consequente libertação do sofrimento (sânscrito duhkha).
É a porta para o nirvana. Filosoficamente, o termo designa o conhecimento intelectual da verdade.
Tal contemplação da verdade radica nas teses platónicas,
designadamente apresentadas nas obras Carta 7ª e Républica.

Nirvana
, segundo o budismo,
é o estado de perfeita serenidade alcançado através da erradicação de todos os desejos.
Para alguns budistas, isto significa uma completa aniquilação,
enquanto para outros representa a dissolução do eu no infinito.

No século XV, quando o cargo foi criado, o Dalai Lama era um título puramente religioso. O 5.o Dalai Lama (1617-1682) unificou politicamente o Tibete, e assumiu os poderes tanto temporais como espirituais.

O termo Dalai Lama é um título que significa «oceano de sabedoria». Foi atribuído pelo imperador mongol Altan Khan em 1578 ao terceiro Dalai-Lama, Sonam Gyatso (os seus dois predecessores receberam este título postumamente).

Dalai Lama é também o título do segundo posto na hierarquia da ordem do mosteiro de Gelugpa. Tenzin Gyatso foi escolhido para ser o 14.o Dalai Lama, em 1937, com 2 anos de idade.

O Dalai Lama é a mais alta autoridade espiritual de todas as escolas tibetanas, que é o único movimento budista assim hierarquizado. Ocupa, simultaneamente, uma função política: chefe do governo tibetano. A sua residência, o Potala, foi também, o centro administrativo do país até 1959, data em deixou o país devido à ocupação chinesa.

Tenzin Gyatso em Fevereiro de 1940 foi entronizado em Lhasa, onde recebera uma formação religiosa e espiritual completa. Refugiou-se temporariamente no estrangeiro, entre 1950 e 1951, quando os chineses invadiram o Tibete e, em Março de 1959, quando uma revolta local contra a ocupação chinesa foi esmagada, empreendeu uma dramática fuga de Lhasa para a Índia, instalando-se, desde então, em Dharmsala, no Punjab. No exílio, continuou a campanha para a autonomia política do seu país.

Os chineses prometeram retirar-lhe a proibição de viver no Tibete na condição de cessar os seus apelos à independência. O seu representante, o Panchen Lama, colaborou com os chineses, mas não conseguiu obter a protecção dos monges. Na verdade, o Dalai Lama limita-se a reivindicar a autonomia política interna e a cessação da penetração chinesa forçada no Tibete, preocupando-se, sobretudo, com o bem-estar dos muitos tibetanos que com ele fugiram para o exílio.

Em 1963, o Dalai Lama apresentou «um projecto de constituição democrática pelo seu país e, em 1992, comprometeu-se a renunciar a qualquer autoridade política e histórica na condição de o “Tibete restituir a independência do Tibete”» [Sic!, no original].

Em 1989, recebeu o Prémio Nobel da Paz, pela sua acção não violenta face à ocupação chinesa.

Em 1999, foi lançado Um Guia para a Vida da autoria do Dalai Lama juntamente com Howard C. Cutler.

O Dalai Lama vive, actualmente, em Dharamsala, uma cidade do norte da Índia. O Dalai Lama é considerado em todo o mundo um exemplo de paz.

Para o Dalai Lama, o budismo não é um dogma nem uma religião, mas sim um modo de vida dentro da paz, da alegria e da sabedoria. Dá especial importância à responsabilidade universal e à interdependência dos indivíduos e das nações na realização da bondade essencial da natureza humana. Desde há muitos anos que o Dalai Lama viaja incansavelmente, para ensinar a paz a sabedoria e a alegria.

Em Novembro de 2001, o Dalai Lama fez uma visita a Portugal de carácter particular. O líder espiritual do budismo tibetano recebeu o grau de doutor «honoris causa» pela Universidade Lusíada do Porto, apadrinhado pelo antigo Presidente da República, Mário Soares. A atribuição desta distinção deveu-se ao seu papel como paladino do ecumenismo e da aproximação das diversas religiões, manifestando um profundo respeito pelas diferentes formas de expressão de fé. (BU-Texto Editores. Diversas entradas).

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Completam-se hoje 68 anos (1937), era uma TR: na sala dos Passos Perdidos do Palácio de S. Bento, o presidente do Conselho, Salazar, responde à homenagem que lhe é prestada por 1 500 oficiais das Forças Armadas. O presidente “vitalício” general Carmona cumpria o 2º dos seus 4 mandatos presidenciais sucessivos, de que só não cumpriria o 4º por ter falecido. Pontificava Pio XI (259º).

As cúpulas do edifício da ditadura não se cansavam de louvar o chefe e de lhe manifestar a sua gratidão “por ter salvo a Pátria”. Eram muito vulgares tais homenagens. Como aconteciam com frequência as manifestações “espontâneas” ao carismático e “providencial” líder… Manifestações minuciosamente organizadas (!!) com transportes colectivos pagos – para as “grandes massas”, entenda-se – a partir de variadíssimos pontos do país.

Tais cúpulas – obviamente agradecidas – precisavam tanto de endeusar o Chefe como tinham necessidade de respirar.

As ditas manifestações eram utilizadas e divulgadas internamente e no exterior, pela máquina propagandística do regime, escamoteando, claro, a cuidadosa organização da sua “espontaneidade” (!?), apresentando-as, antes, ao mundo como se espontâneas fossem na realidade.

O regime vivia dessas ilusões, dessas manifestações, dessas homenagens. Eram a necessária encenação de uma realidade que lhe escapava, mas que persistia em ver assim, como sonhada.

O Chefe sentia nelas (nas tais cúpulas) a gratidão, a reverência, o tributo das “massas” desse “enorme País que ia do Minho a Timor”.

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Faz hoje 59 anos (1946), foi num SB: nasceu, em New Haven, Connecticut, EUA, George W. Bush, presidente dos EUA. Nesse tempo, em Portugal tínhamos ainda na chefia do Estado o “vitalício” PR general Carmona. A igreja romana tinha à sua frente o papa Pio XII (260º).

O polémico e controverso político republicano, 43.º e 44.º presidente dos Estados Unidos da América, filho do ex-presidente George Herbert Walker Bush, apesar de nunca ter tido um bom aproveitamento escolar, candidatou-se à Universidade do Texas e à famosa Universidade de Yale. A Universidade do Texas recusou a sua candidatura mas os conhecimentos do pai, bem como o facto de tanto ele como o avô a terem frequentado, abriram-lhe as portas desta universidade. Apesar de não ter sido um bom aluno, acabou por se licenciar em Direito em 1968. Regressou depois ao Texas, ingressando na Guarda Aérea do Texas, como piloto de aviões, o que o protegeu da ida para o Vietname. Em 1972, pediu transferência para a Guarda Aérea do Alabama, mas antes de completar os anos de serviço pediu autorização para abandonar a Guarda, de forma a poder ingressar na Harvard Business School, onde ingressou em 1973. Dois anos depois, obteve o MBA (Master od Business Administration) em Harvard.

Em 1978, seguindo as pisadas do pai, George W. Bush dedicou-se à prospecção de petróleo e criou uma empresa petrolífera, um desaire em termos económicos, só atenuado pela sua absorção num processo de fusão com outra empresa. Bush foi então escolhido para a presidência da nova empresa que, quatro anos depois, já lidava com sérias dificuldades financeiras.

Assim, de insucesso em insucesso, desiste de lides mais exigentes para se dedicar ao negócio desportivo.

Pelos vistos, não é só neste canto “à beira mar plantado” que o desporto e a política vivem em promíscuas relações.

Para o agora presidente Bush poder concretizar o seu sonho – a presidência da Federação de Basebol, o desporto rei nas terras do tio Sam – foi-lhe sugerido que se tornasse, primeiro, governador do Texas.

Certo que já antes, em 1978, sofrera um desaire na candidatura a um cargo político, mas homem decidido que é (sobretudo para o erro e para o fracasso) avançou mesmo com a candidatura, e desta vez tornou-se governador do Texas, em 1994, cargo para o qual foi reeleito em Novembro de 1998 (um feito inédito). O sucesso de Bush no Texas impressionou o Partido Republicano, que logo decidiu que seria ele o seu candidato presidencial para 2000.

«Com uma imagem francamente negativa perante os americanos, Bush alterou a sua conduta tanto profissional como pessoal, abandonando o álcool completamente, pouco tempo depois do seu 40.º aniversário. Tornou-se mais religioso direccionando-se para a fé metodista. Tornou-se igualmente mais sério profissionalmente, uma mudança provocada pela decisão do seu pai em concorrer às eleições presidenciais de 1988».

A 7 Novembro de 2000, os americanos foram a votos, não conseguindo decidir em 24 horas o próximo presidente dos Estados Unidos. Ao longo de toda a campanha, Al Gore e George W. Bush estiveram separados por uma diferença mínima. As sondagens mostraram os candidatos numa situação de empate técnico, em termos absolutos, a maioria das sondagens dava vantagem a Bush, mas, em alguns Estados, Gore poderia vencer por uma pequena margem. No Estado da Florida, a disputa foi mais renhida, uma vez que este Estado elege só por si 25% dos votos dos 270 dos grandes eleitores. Na noite das eleições, Al Gore foi dado como vencedor no Estado da Florida, para poucas horas mais tarde George W. Bush ser anunciado como vencedor do mesmo Estado. A vantagem de Gore no Colégio Eleitoral era de 267 votos, contra 246 de Bush. A margem era tão estreita que a lei da Florida exigiu a recontagem automática. George W. Bush interpôs um processo judicial para bloquear o pedido de Gore de recontagens manuais. O tribunal rejeitou este pedido e Katherine Harris (secretária de Estado da Florida, republicana) afirmou que a lei do Estado da Florida exigia que os resultados fossem entregues até às 17h do dia seguinte (14 de Dezembro) e que todas as recontagens manuais apresentadas posteriormente seriam rejeitadas.

Gore recorreu para o Supremo Tribunal da Florida, deferindo o seu pedido e dando início às recontagens manuais. O Supremo Tribunal da Florida proibiu Harris de certificar os resultados e o tribunal federal de apelação recusou impedir as recontagens.

Depois de cinco semanas de complicadas batalhas jurídicas, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos declarou Bush o vencedor do Estado da Florida por uma margem de 537 votos.

Vitória discutível, todo o mundo comentou. Mas em casa deles (e não só?!), os americanos é que mandam.

Depois, claro que se seguiram outros sucessos, como o Iraque.
Mas, por ora, vamos ficar por aqui na novela. Pela génese do brilhante político.

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Completam-se hoje 43 anos (1962), era uma SX: morreu William Faulkner, escritor norte-americano, com cerca de 65 anos. Em Portugal decorria o primeiro dos 3 mandatos sucessivos, de 7 anos cada, de Américo Tomás – que não completaria o 3º porque foi deposto pelo 25 de Abril. No Vaticano reinava João XXIII (261º).
William Faulkner, alias, William Cuthbert Falkner (ainda sem o u que depois iria acrescentar ao seu apelido) nasceu em New Albany, no Mississipi, em 1897.

Faulkner inscreveu-se, como voluntário, na Força Aérea do Canadá, mas a I Guerra Mundial terminou sem que fosse chamado a combater. Manteve o gosto pela aviação e chegou a comprar um avião. O seu primeiro romance, Soldier's Pay (1926), tem como tema o regresso à Geórgia de um aviador, veterano de guerra, fatalmente ferido. O seu segundo romance Mosquitoes (1927) é uma corrosiva sátira ao círculo literário de Nova Orleães.

Em 1925, publicou o seu primeiro livro, um volume de versos intitulado The Marble Faun. No ano seguinte, antes de partir para uma viagem à Europa, conheceu, em Nova Orleães, o ficcionista Sherwood Anderson, cuja influência terá sido determinante para o convencer a escrever sobre a realidade que lhe estava mais próxima e que melhor conhecia: a sociedade do Sul dos EUA.

Depois da guerra, regressou a Oxford, no Mississipi, que lhe serviu de modelo para a cidade de Jefferson, no condado de Yoknapatawpha, onde decorre a acção dos seus mais importantes romances.

O terceiro e mais célebre romance deste autor, The Sound and The Fury/O Som e a Fúria (1929), tem como tema o declínio de uma família sulista, contada através de quatro narradores, e que começa com uma narrativa particularmente complexa em monólogo interior. Só foi reconhecido como um dos mais importantes escritores dos Estados Unidos da América após a II Guerra Mundial, sendo-lhe atribuído o Prémio Nobel da Literatura em 1950.

Entre as obras posteriores deste autor, que utilizam estruturas extremamente complexas, incluem-se As I Lay Dying/Na Minha Morte (1930), Light in August/Luz de Agosto (1932) e Absalom, Absalom!/Absalão, Absalão! (1936). A estes romances seguiu-se a trilogia menos experimental, The Hamlet (1940), The Town (1957) e The Mansion (1959), que percorre a ascensão da materialista família Snopse.

Em 1962, publicou a sua última obra, The Reivers/Os Ratoneiros. Faleceu no dia 6 de Julho desse ano, em consequência de uma queda de cavalo.

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Foi há 40 anos (1965), era uma TR: o filme dos Beatles A Hard Day’s Night estreia em Londres, com presença real. Isto, quando, em Portugal, a chefia do Estado cabia ao almirante Américo Tomás. E quando, em Roma, pontificava Paulo VI (262º).
“The Beatles”, assim se chamava o grupo inglês que mais revolucionou a música pop (1960-70). Os elementos da banda, todos nascidos em Liverpool, eram John Lennon (1940-1980, guitarra-ritmo e vozes), Paul McCartney (1942-, baixo e vozes), George Harrison (1943-2001, guitarra-solo e vozes), e Ringo Starr (Richard Starkey, de seu verdadeiro nome, 1940-, bateria). Através de canções escritas na sua grande maioria por Lennon e McCartney, os Beatles dominaram a música rock e a cultura pop nos anos 60.

Nos primeiros tempos, os Beatles foram tocando em Liverpool e em Hamburgo, Alemanha. Atingiram o top 30 com o primeiro disco que lançaram Love Me Do (1962); o seguinte, Please Please Me foi número dois. A partir daí, até 1967, todos os singles e álbuns editados chegaram ao número um das tabelas britânicas.

No auge da chamada «beatlemania», foram protagonistas em dois filmes, A Hard Day's Night (1964) – a que se refere esta memória - e Help! (1965), e compuseram a banda sonora do filme de animação Yellow Submarine (1968). Desde o seu lançamento, em 1965, até 1975, a balada Yesterday foi regravada por 1186 músicos ou grupos diferentes. Quando gravaram Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967), utilizando dois gravadores de quatro pistas, os Beatles estavam a antecipar desenvolvimentos tecnológicos posteriores.

Os Beatles foram o primeiro grupo britânico a desafiar o domínio dos norte-americanos sobre o rock and roll, continuando a influenciar a música pop muito para além da sua separação em 1970. Das trinta canções mais frequentemente passadas nas estações de rádio dos Estados Unidos entre 1955 e 1991, treze foram assinadas por elementos dos Beatles que, após a separação, prosseguiram carreiras a solo com diferente sucesso. (Excertos da BU).

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Completam-se hoje 34 anos (1971), foi numa TR: morreu Louis Armstrong, trompetista e cantor norte-americano de jazz. Em Portugal, o Estado Novo estava prestes a desmoronar-se. Ainda era PR o almirante de verbo fluente e palavra fácil, Américo Tomás, de seu nome, autor de notáveis discursos (cujos excertos, de muitos deles, eram transcritos nos “factos e documentos” da Seara Nova, onde se coligia o melhor anedotário político nacional dessa época).

No Vaticano pontificava Paulo VI (262º).
Mas era de Louis Armstrong que nos ocupávamos.

Armstrong morreu dois dias depois de ter feito 71 anos. Assim, basta ver a “memória…” do dia 04.07 para recordar o que de mais importante há a reter desse monstro do Jazz.

Neste momento basta recordar, em síntese que «“Satchmo” (uma alcunha do jazzista) foi o primeiro mais importante solista no Jazz, e um dos que por isso mesmo mais influenciou músicos à sua volta, mas não só. Foi, e é intemporal: apesar de falecido em 1971, a sua influência ainda hoje persiste em muitos músicos de jazz da actualidade, em particular dos trompetistas».

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Foi há 32 anos (1973), era uma SX: morreu Otto Klemperer, maestro alemão, com cerca de 88 anos. Em Portugal, a ditadura e os seus mais altos expoentes, Américo Tomás e, na altura, Marcelo Caetano (Salazar morrera três anos antes, depois de afastado do poder nos dois últimos anos da sua vida, mas morreu convencido de que ainda era o chefe do governo!), o regime, dizia eu, já não duraria um ano.
Otto Klemperer, que nasceu em 1885, tornou-se famoso pelas suas interpretações da música clássica e contemporânea (especialmente de Beethoven e Brahms). Foi Mahler quem o incentivou a seguir a regência. Dirigiu a orquestra de Los Angeles entre 1933 e 1939, e a Orquestra Filarmónica de Londres, a partir de 1959.

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Aconteceu há 26 anos (1979), foi numa SX: a Société d' Encouragement au Progrès distingue o escritor Fernando Namora com a Medalha de Ouro 1979 e os escritores Sophia de Mello Breyner Andresen e Jacinto do Prado Coelho com a Medalha de Vermeil 1979. Na altura era presidente da República o general Ramalho Eanes (1º mandato). E no Vaticano pontificava João Paulo II (264º).
Fernando Namora (1919-1989), natural de Condeixa-a-Nova, formou-se em Medicina, que ainda exerceu alguns anos. Mas a sua grande vocação era a escrita.

Estreou-se com Relevos (1938), livro de poesia ligado ainda às tendências do grupo da Presença. Três anos mais tarde, Terra (também poesia) dava início à publicação do Novo Cancioneiro, órgão do Neo-Realismo, que então começava a afirmar-se. Entretanto, publicara, também em 1938, o romance As Sete Partidas do Mundo (Prémio Almeida Garrett), que marcava já a viragem ao encontro do Neo-Realismo.

Dotado de uma profunda capacidade de análise psicológica, a que se aliou uma linguagem de grande carga poética, foi dos escritores portugueses internacionalmente mais divulgados.

De entre a sua vasta obra destaco quatro títulos: A Noite e a Madrugada (1950), Domingo à Tarde (1961, Prémio José Lins do Rego), Diálogo em Setembro (1966) e Resposta a Matilde (1980).

Para além disso, a sua experiência como médico deu azo a uma obra de grande sucesso - Retalhos da Vida de um Médico (de que saiu um primeiro volume em 1949 e outro, que apresentava já quadros citadinos, em 1963), e que foi adaptada ao cinema, por Jorge Brum do Canto, e, posteriormente, à televisão.

A sua produção poética foi reunida, em 1967, no volume As Frias Madrugadas.

Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) era natural do Porto. Frequentou o curso de Clássicas na Faculdade de Letras de Lisboa, “não tendo chegado a concluí-lo, talvez por a sua força poética não caber nos cânones universitários”.

Teve uma intervenção política empenhada (ao lado do seu marido, o advogado Francisco Sousa Tavares), opondo-se ao regime salazarista e também, após o 25 de Abril de 1974, como deputada.

O ambiente da sua infância reflecte-se em imagens e ambientes presentes na sua obra, sobretudo nos livros para crianças.

A sua actividade literária (e política) pautou-se sempre pelas ideias de justiça, liberdade e integridade moral.

Conviveu com nomes da literatura e cultura portuguesas, como Miguel Torga, Ruy Cinatti, Jorge de Sena e Vieira da Silva.

Na lírica, estreou-se com Poesia (1944), a que se seguiram, entre muitos outros, Dia do Mar (1947), O Cristo Cigano (1961), Livro Sexto (1962, Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores) e O Nome das Coisas (1977, Prémio Teixeira de Pascoaes).

Em 1968, foi publicada uma Antologia e, entre 1990 e 1992, surgiram três volumes da sua Obra Poética. Colaborou ainda com Júlio Resende na organização de um livro para a infância e juventude, intitulado Primeiro Livro de Poesia (1993).

Para além do prémio a que se refere esta “memória”, muitos outros recebeu Sophia, nome grande das nossas letras do séc. XX.

Era mãe de Miguel Sousa Tavares, jurista, jornalista e escritor.

Jacinto do Prado Coelho (1920-1984), natural de Lisboa, foi professor universitário e ensaísta.

Desempenhou vários cargos no mundo da cultura.

Tem sido considerado um dos mais completos e versáteis investigadores literários contemporâneos, a ele se devendo numerosas obras de análise, quer de movimentos estéticos, quer de autores, e ainda ensaios sobre teoria literária. Destaca-se também a sua direcção do Dicionário das Literaturas Portuguesa, Galega e Brasileira (1960).

Escreveu, entre outras obras, A Poesia Ultra-Romântica (1944), Diversidade e Unidade em Fernando Pessoa (1949), e, o seu último livro, Camões e Pessoa, Poetas da Utopia (1984).

A Associação Internacional da Língua Portuguesa instituiu um prémio com o seu nome.

Foi pai de Eduardo do Prado Coelho, igualmente natural de Lisboa, onde nasceu em 1944, doutorado em Românicas, professor universitário, Crítico literário e de cinema, e ensaísta.

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Foi há 13 anos (1992), era uma SG: em Londres, encontro entre os políticos da Irlanda do Norte e da República da Irlanda, pela primeira vez desde 1921, com o objectivo de estabelecer a autonomia administrativa na província britânica. Nessa altura, em Portugal a chefia do Estado cabia ao Dr Mário Soares (já então no seu 2º mandato). O soberano pontífice era João Paulo II.
A Irlanda é uma ilha que está situada a Oeste da Grã-Bretanha, e está dividida em República da Irlanda (que ocupa o sul, centro e noroeste da ilha, com capital em Dublin) e Irlanda do Norte (que ocupa o nordeste e faz parte do Reino Unido, com capital em Belfast).

Entre 1918 e 1921 existiu uma constante guerrilha contra o exército britânico, em particular por parte do Exército Republicano Irlandês (IRA), fundado por Michael Collins em 1919. Este facto conduziu a uma divisão dentro das forças rebeldes mas, em 1921, o tratado anglo-irlandês resultou na partilha e criação do Estado Livre Irlandês no sul da Irlanda.

Foi há 7 anos (1998), era uma SG: abre o aeroporto de Chek Lap Kok, em Hong-Kong, considerado um dos maiores e mais modernos de todo o mundo. Em Portugal decorria o 1º mandato presidencial do Dr Jorge Sampaio. Pontificava ainda o papa João Paulo II.

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