terça-feira, janeiro 02, 2007

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA

Wikipédia

Reconquista Cristã: rendição de Granada

entrega das chaves da cidade

pelo próprio rei Boabdil à rainha Isabel I de

Castela.


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Sumário:

- O fim de oito séculos de domínio muçulmano na Península Ibérica.

- O “sabor” medieval de certa toponímia de Lisboa.

- A morte do príncipe D. João, filho de D. João III, e os sinais precursores da crise de 1580.

- Norton de Matos: o empreendedor e o político.

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Este é o espaço em que,

habitualmente,

faço algumas incursões pelo mundo da História.

Recordo factos, revejo acontecimentos,

visito ou revisito lugares,

encontro ou reencontro personalidades.

Datas que são de boa recordação, umas;

outras, de má memória.

Mas é de todos estes eventos e personagens que a História é feita.

Aqui,

as datas são o pretexto para este mergulho no passado.

Que, por vezes,

ajudam a melhor entender o presente

e a prevenir o futuro.

Respondendo a uma interrogação,

continuo a dar relevo ao papado.

Pela importância que sempre teve para o nosso mundo ocidental.

E não só, nos últimos séculos.

Os papas sempre foram,

para muitos, figuras de referência,

e para a generalidade, figuras de relevo;

por vezes, e em diversas épocas, de decisiva importância.

Alguns

(muitos)

não pelas melhores razões.

Mas foram.

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O ano 2007 [MMVII] do calendário gregoriano corresponde ao:

. ano 1428/1429 dH do calendário islâmico (Hégira)

. ano 2760 Ab urbe condita (da fundação de Roma)

. ano 4703/4704 do calendário chinês

. ano 5767/5768 do calendário hebraico

DE ACORDO COM A TRADIÇÃO, COM O CALENDÁRIO DA ONU OU COM A AGENDA DA UNESCO:

2001/2010 - Década para Redução Gradual da Malária nos Países em Desenvolvimento, especialmente na África.

2001/2010 - Segunda Década Internacional para a Erradicação do Colonialismo.

2001/2010 - Década Internacional para a Cultura da Paz e não Violência para com as Crianças do Mundo.

2003/2012 - Década da Alfabetização: Educação para Todos.

2005/2014 - Década das Nações Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável.

2005/2015 - Década Internacional "Água para a Vida".

2007 Ano Internacional da Heliofísica

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Foi há 515 anos, na SG 02.01.1492: com a queda de Granada a Reconquista chega a seu termo.

Decorria, na Espanha já unificada, o reinado dos reis católicos, Isabel e Fernando.

Em Portugal reinava D. João II (13º), da Casa de Avis. Rei da Inglaterra era Henrique VII, da dinastia Tudor. Em França reinava Carlos VIII, da dinastia de Valois.

Pontificava Inocêncio VIII (213º), que antecedeu Alexandre VI, o célebre Rodrigo Bórgia, eleito nesse ano.

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Reconquista cristã é a designação que os historiadores dão ao movimento iniciado no séc. VIII e que se propunha recuperar para os reinos cristãos dos visigodos as terras perdidas para os muçulmanos durante a invasão destes da Península ibérica no ano de 711, comandados por Tarik ibn-Ziyad.

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A Reconquista, que durou quase oito séculos, “não foi um movimento contínuo planeado, mas uma guerra lenta, feita de avanços e recuos, com métodos e objectivos que mudaram ao longo do tempo” – [BU].

Aliás, “nem sempre cristãos e muçulmanos foram inimigos declarados, tendo-se verificado alianças e intercâmbios entre as duas religiões. Entre o século XI e o XIV, porém, a progressão cristã tornou-se imparável e irreversível. Nesse período, a Reconquista tornou-se a chave que permite explicar o desenvolvimento e a configuração dos reinos de Portugal, Leão e Castela, e Aragão” – [BU].

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Ou seja, Granada, - fundada pelos muçulmanos no século VIII e capital de um reino independente entre 1236 e 1492 – foi o último bastião árabe a render-se aos reis cristãos da Península, neste caso aos reis católicos de Espanha.

Os visigodos, obrigados a recolher-se na Astúrias, no Norte da Península, reduto defensivo que era de muito difícil acesso aos islamitas, foram comandados por Pelágio, chefe dos visigodos, que em 718 iniciou o processo de reconquista dos territórios peninsulares que haviam caído sob o domínio dos muçulmanos.

De Pelágio pouco se conhece. Ao certo, apenas se sabe que foi quem iniciou a luta, de oito séculos, de sacudir o domínio árabe da Península.

E seguiram-se importantes batalhas e prolongadas guerras civis. A constituição de reinos cristãos e a reconquista desenrolaram-se de Norte para Sul.

Primeiro constituiu-se o reino das Astúrias, por Pelágio; a que se seguiram os de Leão e de Navarra.

A guerra tinha um objectivo: reapoderarem-se das terras e de tudo o que nelas existia. A reocupação das terras conquistadas obedecia a um cerimonial: cum cornu et albende de rege, isto é, com o toque das trombetas e a bandeira desfraldada.

A Galiza foi uma das zonas onde a luta das populações hispano-góticas, ao lado dos asturianos, foi mais renhida e arrasadora contra os mouros.

Afonso VI de Castela tornou-se rei de Leão, de Castela e da Galiza – com o Condado Portucalense já autonomizado. Depois, desagregado o califado de Córdova (1031), prossegue a guerra contra o sarraceno infiel e conquista Toledo, onde instala a capital.

Entretanto, os árabes recuaram, por motivos, nomeadamente, de lutas internas. E então, a Península tinha duas zonas cuja fronteira era uma linha que passava por Coimbra, Toledo e Pamplona.

Rezam os cronicões que “foi Afonso I (um chefe asturiano) quem reconquistou uma enorme região, que incluía toda a Galiza, o Minho, o Douro e parte da actual Beira Alta, passando os mouros a fio de espada e levando consigo, para as Astúrias, todos os cristãos que encontrou no território”.

“A uma série de incursões de pilhagem a sul do Douro e do Tejo nos séculos IX e X, respondeu o califado de Córdova com ataques devastadores, fixando-se a fronteira no Douro em finais do século X” – [BU] .

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“É essa a origem da teoria do ermamento (de ermo; despovoamento): se todos os mouros foram mortos e todos os cristãos levados, a terra transformou-se num grande deserto, onde a vida social parou e só veio a renascer a partir da sua incorporação nos novos reinos cristãos”.

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Ora bom: bem vistas as coisas – e tirando as tecnologias e os meios poderosíssimos de que hoje dispõem – era uma acção idêntica à actual do Islão... Em que grandes “carnificinas” (equivaliam) equivalem a grandes conquistas etéreas.

Mas que Deus, que Alá pode comprazer-se com tais feitos?

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Em dificuldades, os árabes pedem auxílio aos almorávidas (Mauritânia). E estes tentam logo subjugá-los. O que facilita a acção de Afonso VI para alargar as reconquistas até ao Tejo, conquistando Santarém, Lisboa e Sintra (1093), que voltariam, por algum tempo, ao domínio dos mouros.

É por esta altura que Afonso VI de Leão e Castela, dá sua filha, Teresa, em casamento ao conde D. Henrique, doando-lhe o Condado Portucalense. O filho destes, Afonso Henriques, alargou a base territorial do condado e transformou-o em reino independente.

É assim que, no séc. XI, desencadeado o movimento cruzadístico, Portugal beneficia militarmente, não só com os cruzados em trânsito para a Terra Santa, como com as ordens militares, em especial a Ordem dos Templários, para reconquistar várias cidades e reforçar a política de expansão e domínio dos seus primeiros líderes da nascente monarquia.

Em Portugal, a Reconquista terminou com a conquista definitiva de Silves pelas forças de D. Afonso III, em 1253.

Em 1469 Isabel I de Castela casa com Fernando II de Aragão: com a unificação das duas coroas, unifica-se a Espanha. Estrategicamente, os reis católicos, Isabel e Fernando, aproveitam a vantagem sobre os últimos governadores muçulmanos da Espanha e completam, assim, a Reconquista, com a tomada de Granada (na data que hoje se comemora), já nos alvores da expansão marítima dos ibéricos.

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“A Reconquista consistiu no povoamento sistemático do território e na organização das actividades económicas num contexto de expansão demográfica” – [BU] .

[Fonte: as enciclopédias: principalmente a Wiki, e, quando referida, a BU/Texto Editores]

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Há 242 anos, na QA 02.01.1765, é publicado o Alvará que manda concretizar o plano que cria o Terreiro Público (área para abastecimento da população na Ribeira de Lisboa).

Reinava D. José (25º), que tinha o Marquês de Pombal como Secretário de Estado (primeiro-ministro). Em Roma pontificava Clemente XIII (248º).

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Terreiro não era mais que um espaço de terra plano e amplo, onde se aprovisionavam e vendiam à população toda a sorte de géneros e de bens transaccionáveis que ela procurava. Depois, outros Terreiros (praças, largos) ficaram célebres na toponímia da cidade. Como o Terreiro Paço.

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“A história do imóvel onde, actualmente, se situa o Arquivo Contemporâneo do Ministério das Finanças está directamente relacionada com o edifício que foi, em tempos recuados, o Celeiro Público.” [site da Secretaria Geral do Ministério das Finanças e da Administração pública].

Ora esse Arquivo Contemporâneo do Ministério das Finanças (ACMF) foi, de facto, instalado, após obras de recuperação e adaptação, no edifício do antigo Celeiro das Farinhas, anexo do edifício do Terreiro Público (hoje, ocupado pela Direcção-Geral das Alfândegas), nos finais do século XVIII.

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Um ano depois, “em 1766 foi edificado o novo Terreiro do Pão, conforme a inscrição que se encontra por cima da sua porta principal, sendo os serviços respectivos separados do Senado da Câmara em 1777, data em que se nomeou o primeiro Inspector Geral do Terreiro, o doutor Luís de Vasconcelos e Sousa (Carta régia de 6 de Novembro) seguindo-se-lhe, em Fevereiro de 1779 o Conde de Valadares.

D. Maria I, «tendo em consideração ao muito que será util ao Publico o estabelecimento de uma Administração fixa, e permanente para o seu bom governo e economia do Terreiro da Cidade de Lisboa, que suposto tivesse o seu principio ha mais de tres seculos, se acha contudo hoje inteiramente mudado, tanto na forma do seu edificio, como no methodo com que é governado», deu-lhe novo Regimento em 1779.

Este regimento sofreu depois várias alterações (alvarás de 12 de Março de 1781, 24 de Novembro de 1795, 29 de Junho de 1797, 9 de Maio de 1798, decretos de 18 de Abril de 1821, e de 30 de Dezembro de 1823, alvarás de 13 de Novembro de 1806, de 15 de Outubro de 1824 e de 18 de Maio de 1825, carta de lei de 29 de Julho de 1839.

Funcionava o Terreiro como alfândega e mercado de cereais, com quarenta lugares de venda, e tinha também por fim assegurar o regular abastecimento do País. A quarta parte do seu rendimento foi aplicado ao Hospital de S. José por decreto de 15 de Abril de 1782, e, em 1840, pagava o Terreiro, pelo cofre da vendagem, à Comissão Administrativa do Real Hospital de S. José a quantia de quinhentos mil reis semanais, além de outras importâncias que entregava à Casa Pia para manutenção de surdos mudos, ao Hospital de S. Lázaro, à Santa Casa da Misericórdia, etc.

Os serviços do Terreiro foram reorganizados em 12 de Julho de 1838, sendo promulgados novos regulamentos em 16 de Novembro de 1844 e em 30 de Agosto de 1851.

Em 1852, por decreto de 11 de Setembro, foi o Terreiro agregado à Alfândega das Sete Casas formando a Alfândega Municipal. Esta, reformada em 1852 e 1864, foi incorporada na Alfândega de Lisboa em 1868, separada em 18 de Março de 1875 constituindo a Alfândega de Consumo, que, por sua vez foi extinta em 1887 passando os seus serviços para a Alfândega de Lisboa” NOTAS HISTÓRICAS.

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Entretanto, leia-se a interessante síntese da história do Terreiro do Trigo, na Gazeta da respectiva freguesia, de Santo Estêvão.

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Há 453 anos, em 02.01.1554, uma TR, morreu o príncipe João, com 17 anos incompletos, filho de D. João III e de D. Catarina.

Reinava, exactamente, D. João III (15º). O pontífice romano reinante era Júlio III (221º)

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Nas relações deste pontífice com Portugal há a anotar que foi ele que conferiu ao cardeal D. Henrique a dignidade de legado a latere (legado ou convidado pessoal do Papa), a pedido de D. João III. Por sua morte, D. João ainda tentou desenvolver esforços para que o seu irmão, o cardeal D. Henrique, subisse ao trono pontifício. [Ver Fortunato de Almeida, História da Igreja em Portugal, cit por Francisco Câncio, Ribatejo Histórico e Monumental, 1939, p 224 (vol III)]

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O príncipe nasceu em Évora no DM 03.06.1537. Foi o 5º de seis filhos varões de D. João III e de D. Catarina, que tiveram também três filhas. Isto é, foi o 8º dos nove filhos de D. João III, o “frouxo” e “irresoluto” rei – assim avaliado pelo seu povo – [Apud D. Sebastião, de Maria Augusta Lima Cruz, Círculo Leitores, 2006, pg 34]. Tornou-se o príncipe herdeiro da coroa portuguesa em 1539 por, embora sendo também de saúde frágil, ser o único sobrevivente dos seus quatro irmãos mais velhos que morreram na infância.

D. João casou em 07.12.1552, aos 15 anos, com a princesa Joana, infanta de Espanha, filha do rei Carlos I de Espanha, que era simultaneamente o imperador Carlos V, da Alemanha, mais precisamente do Sacro Império Romano Germânico, e de D. Isabel, filha de D. Manuel I.

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Temos, assim, nova ligação da Casa de Avis à dos Habsburgos, ou “Áustrias”, uma das mais poderosas famílias da Europa.

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A primeira união das duas Casas remonta ao séc. XV, quando D. Leonor, neta de D. João I (filha de D. Duarte) casa com o “Áustria” Frederico III, imperador da Alemanha.

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Ora D. Catarina, mãe do falecido príncipe, era irmã de Carlos V. Assim, a princesa Joana, que casou com o herdeiro do trono de Portugal, D. João, era nora de D. João III assim como de D. Catarina, de quem era, também, sobrinha. Logo, D. João e D. Joana eram primos direitos entre si e foram os pais de D. Sebastião, nascido a 20.01.1554, 18 dias após o passamento de seu pai.

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D. João sempre terá mostrado grande pendor pelas letras, sendo que o renascentista António Ferreira evoca esse seu amor “numa elegia que ficou célebre” – [BU]

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João morreu do que as fontes designam de consumpção, ou seja, definhamento lento e progressivo; segundo uns tuberculose, segundo outros, diabetes.

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Esta morte tão prematura era, já, o prenúncio da grave crise dinástica com que Portugal se iria defrontar, anos depois, e que culminaria com a sua perda da independência a favor da Espanha, em 1580.

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Estranheza causará, a muitos, o facto de a princesa D. Joana se ter visto forçada a regressar ao seu país e a separar-se de D. Sebastião, quando ele tinha, tão só, menos de quatro meses.

Mas o regresso de D. Joana a Espanha estava previsto nas cláusulas do seu contrato de casamento.

“Logo após a morte do príncipe D. João e ainda antes do nascimento de D. Sebastião, já o embaixador castelhano escrevia a Carlos V, aconselhando-o a solicitar o regresso de D. Joana a Espanha para aí substituir, na regência, o seu irmão Filipe, que, em 12 de Janeiro do mesmo ano, firmara contrato de casamento com Maria Tudor, rainha de Inglaterra” – id, 25/26.

O nascimento de D. Sebastião, pouco depois ocorrido, não comoveria e muito menos demoveria o embaixador espanhol nem, nem o avô do novel príncipe, Carlos V. Manteve-se a decisão de fazer D. Joana regressar a Castela, mas nessa “decisão, não estaria com toda a probabilidade a necessidade instante de ser D. Joana a ocupar-se da regência de Espanha, mas antes a conveniência de não dividir a estratégia de actuação política pró-castelhana em Portugal, que tinha na rainha D. Catarina o principal agente” id. Era de clara evidência, como se sabe, o pendor pró-Castela da rainha D. Catarina, como era conhecido o desajustamento e a clara oposição de pontos de vista entre D. Joana, mãe de D. Sebastião e sua sogra (e tia), D. Catarina, nesta melindrosa matéria política.

“No relacionamento de Portugal com Castela durante a menoridade de D. Sebastião, D. Joana desempenhará, como sintetiza M. Rosário Azevedo Cruz, não tanto o papel de cooperadora da política espanhola em Portugal, mas antes o de uma interlocutora da política portuguesa em Espanha” - id.

Certo que, em última instância, e nos termos das “capitulações matrimoniais” (contrato nupcial), a última palavra caberia sempre à princesa. Porém, Carlos V, estava habituado a que os filhos lhe obedecessem, donde que nem suspeitasse ou admitisse que a filha levantasse problemas.

E assim aconteceu: Carlos V, de “Bruxelas, onde se encontrava, outorgou-lhe, logo a 31 de Março, o título de governadora de Castela. E D. Joana, certamente inconsolável por ter de abandonar o filho em tão tenra idade, acatou a decisão do pai - id.

D. Joana abalou de Lisboa a 15 de Maio e despede-se de seu filho, D. Sebastião, que ainda não completara os quatro meses de vida, “deixando-o entregue aos cuidados dos avós. Nunca mais o veria” - .

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Foi no DM 02.01.1955, há 52 anos: morreu Norton de Matos, aos 87 anos, destacada figura republicana de contestação ao regime da ditadura e do Estado Novo.

Na presidência da República estava o general Craveiro Lopes, por vontade e determinação do todo poderoso Oliveira Salazar, que presidia ao governo e aos destinos do país como líder máximo do regime. Porém, Craveiro Lopes, embora conservador, não era aquela figura meramente decorativa e submissa idealizada e exigida pelo ditador – daí que fosse preterida a sua candidatura em 1958 em favor do – esse sim – dócil e “invertebrado” Américo Tomás. Pio XII (260º) era o pontífice romano de então.

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Norton de Matos morreu no ano em que também morreu o financeiro arménio, naturalizado inglês, mas residente em Portugal, Calouste Sarkis Gulbenkian (20JUL); e em que morreu (13DEZ) Egas Moniz, médico neurologista e neurocirurgião.

Como foi o ano em que Portugal foi admitido como membro da ONU (14DEZ1955); e em que morreu, ainda, o escultor Francisco Franco.

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José Maria Mendes Ribeiro Norton de Matos nasceu em 1867, em Ponte de Lima. Formado em Matemática pela Universidade de Coimbra, fez o curso da Escola do Exército e iniciou a carreira militar ocupando vários postos de relevo e responsabilidade na Índia e no Oriente, nomeadamente em missão diplomática por Macau e pela China.

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O general foi governador de Angola, na 1ª República, entre 1912 e 1915, onde fundou a cidade de Nova Lisboa (hoje, Huambo) e “impulsionou fortemente o seu desenvolvimento, protegendo-a, de certa forma, da ameaça contínua que pairava sobre o domínio colonial português, por parte de potências como a Inglaterra, a Alemanha e a Itália” - [Infopédia].

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O golpe revolucionário de Sidónio Pais em Dezembro de 1917, com a demissão do governo e a prisão de Afonso Costa, leva Norton de Matos ao exílio em Londres. Mas volta às funções oficiais em 1919, como delegado português à Conferência da Paz, e a partir de Junho de 1924 é embaixador de Portugal em Londres, cargo de que é afastado com a instauração da Ditadura, em 1926.

Em 1929 é grão-mestre da Maçonaria Portuguesa - que incluiu outras figuras de vulto como Almeida Garrett, Gomes Freire de Andrade, Manuel Fernandes Tomás, Saldanha, o próprio D. Pedro IV, Costa Cabral, António Augusto de Aguiar, Elias Garcia, Bernardino Machado e António José de Almeida.

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“O general Norton de Matos apresentou-se oficialmente às eleições para a Presidência da República, em Julho de 1948, após algumas hesitações, já que a sua candidatura demorou a criar consenso. António Sérgio apostava no general Costa Ferreira, que tinha sido ministro da Instrução de Setembro a Dezembro de 1929, e outros preferiam Mário de Azevedo Gomes, um dos patriarcas da oposição ao salazarismo e membro do directório Democrato Social. Manuel Serras e a antiga estrutura do Partido Republicano Português eram da opinião que a Oposição não devia apresentar um candidato às eleições. A campanha eleitoral começou a 3 de Janeiro de 1949, e as eleições realizaram-se em 13 de Fevereiro, tendo o general Carmona sido reeleito e Norton de Matos desistido no dia anterior” – [Cfr “Portal da História”].

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5 comentários:

Anónimo disse...

Gracias a que los portugueses, a mediados del Siglo XV llegan al Golfo de Guinea, se crean nuevas rutas para el oro y la plata. El reino moro de Granada deja de contribuir a los Reyes Cristianos. Los Reyes Católicos deciden acabar la Reconquista. Durante el asedio de Granada, los defensores sarracenos practicaron el canibalismo con 260 prisioneros cristianos, al haberse acabado los víveres. Relato de los hechos los hizo el canóngio William Wydmondham, que asistió a ceremonia de accion de gracias en la Catedral de San Pablo de Londres, por gran victoria de la cristiandad. Investigación histórica del profesor doctor don José Gómez Soliño.

Anónimo disse...

Pois é.......

Anónimo disse...

Don Pelayo era nieto de Vitulo Fernández, Capitán del Ejército Protospatario de Galicia (según refiere el Obispo de Orense, Don Servando, en relato de Pedro Seguino)

Anónimo disse...

El Rey Católico de Portugal suministró, para la empresa, pólvora a los Reyes Católicos de España.......

Anónimo disse...

¡viva noruega!

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