Julgamento de Nuremberga
Em frente, de cima para baixo: Hermann Göring, Rudolf Heß, Joachim von Ribbentrop, Wilhelm Keitel.
Atrás, de cima para baixo: Karl Dönitz, Erich Raeder, Baldur von Schirach, Fritz Sauckel
(Copiado da Wikipédia, a enciclopédia livre, com a devida vénia)
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Este é o espaço em que,
habitualmente,
faço algumas incursões pelo mundo da História.
Recordo factos, revejo acontecimentos,
visito ou revisito lugares,
encontro ou reencontro personalidades.
Datas que são de boa recordação, umas;
outras, de má memória.
Mas é de todos estes eventos e personagens que a História é feita.
Aqui,
as datas são o pretexto para este mergulho no passado.
Que, por vezes,
ajudam a melhor entender o presente
e a prevenir o futuro.
Respondendo a uma interrogação,
continuo a dar relevo ao papado.
Pela importância que sempre teve para o nosso mundo ocidental.
E não só, nos últimos séculos.
Os papas sempre foram,
para muitos, figuras de referência,
e para a generalidade, figuras de relevo;
por vezes, e em diversas épocas, de decisiva importância.
Alguns
(muitos)
não pelas melhores razões.
Mas foram.
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O ano 2006 do calendário gregoriano corresponde ao:
ano 5767 do calendário judaico
ano 1427 dH do calendário islâmico (Hégira)
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DE ACORDO COM O CALENDÁRIO DA ONU:
1997/2006 - Década Internacional para a Erradicação da Pobreza.
2001/2010 - Década para Redução Gradual da Malária nos Países em Desenvolvimento, especialmente na África.
2001/2010 - Segunda Década Internacional para a Erradicação do Colonialismo.
2001/2010 - Década Internacional para a Cultura da Paz e não Violência para com as Crianças do Mundo.
2003/2012 - Década da Alfabetização: Educação para Todos.
2005/2014 - Década das Nações Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável.
2005/2015 - Década Internacional "Água para a Vida".
2006 Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação.
Dia da Industrialização da África.
Dia Universal da Criança (UNICEF).
Dia da Filosofia (UNESCO).
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Há 148 anos, no SB 20.11.1858, nasceu a escritora sueca, e Prémio Nobel, Selma Lagerlof.
Decorria o reinado de Óscar I (rei da Suécia e da Noruega) que terminaria no ano imediato. Em Portugal reinava D. Pedro V (31º), e o governo era dirigido pelo Duque de Loulé, pela 1ª de 3 vezes. Na chefia da igreja de Roma estava Pio IX (255º).
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Selma Ottiliana Lovisa Lagerlöf foi a primeira mulher a ser distinguida com o Prémio Nobel da Literatura. O que aconteceu em 1909.
Mas o gabarito de Lagerlof era uma evidência que se impunha.
Daí que tenha sido, também, Membro da Academia Sueca. E já antes a Universidade de Upsala a distinguira com o doutoramento honoris causa, em 1907.
E tudo isto numa época em que era quase impensável uma mulher destacar-se, sobretudo numa actividade intelectual.
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Foram os seus contos – “verdadeiras obras primas” – que a tornaram famosa.
Os seus temas preferidos eram os assuntos nórdicos, mas também abordava a temática cristã.
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O seu maior êxito editorial foi o fantástico livro para crianças «A viagem maravilhosa de Nils Holgerssn através da Suécia», (1906) traduzido em mais de 40 países. Vem, digamos, na sequência dos seus 10 anos de exercício da actividade de professora primária (do ensino básico, dir-se-á hoje).
Selma estreou-se em 1891 com o romance histórico romântico «A saga de Gösta Berling» (em 2 volumes), obra que foi publicada em mais de 20 países e que viria a ser adaptada ao cinema, por Mauritz Stiller, em 1924, filme protagonizado pela sua compatriota Greta Garbo. «A saga de Gösta Berling» foi mesmo considerada uma “obra-prima da literatura europeia”. Aliás, Selma Lagerlöf “encontra-se entre os mais dotados contistas modernos”
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Mas escreveu muito mais, Selma Lagerlöf, por exemplo: «Lendas de Jerusalém» (1902), «O foragido», a trilogia «O anel dos Löwensköld», «O tesouro» e «O Imperador de Portugal», «O livro das lendas», «Lendas de Cristo» (1904), e vários livros de memórias.
Contudo, ainda lhe sobrou tempo para a militância em causas feministas e para actividades pacifistas.
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“Em 1930 os seus livros atingiam uma circulação de 2.000.000 exemplares apenas na Suécia”. E, para além do seu primeiro romance, outras obras suas foram adaptadas ao cinema, nos anos 90 da mesma centúria.
[Fonte: para além da Wikipédia e da BU, vários sites da Internet]
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Para satisfazer uma natural curiosidade: o romance “O Imperador de Portugal” não tem nada de histórico, é uma obra de pura ficção. Foi editado, entre nós, este ano, pela Ulisseia, com tradução de Esther de Lemos. A propósito, no site BBDE/ Bad Books Don't Exist pode ver-se a seguinte «Sinopse: “Quando a Imperatriz Clara de Portugal chegar aqui ao embarcadouro, com uma coroa de oiro na cabeça, veremos se te atreves a dizer-lhe na cara o que hoje me disseste a mim”. É desta forma que, no presente romance, um pobre camponês da Suécia, responde às insinuações sobre os verdadeiros motivos da ausência da filha. Depois da partida da jovem, para Estocolmo, a fim de ganhar o dinheiro necessário para o pagamento de uma dívida de família, o homem passou a aguardar quase diariamente, no embarcadouro, o regresso da filha. Acabando por enlouquecer, começa a passear-se pelas ruas da aldeia, envergando longas vestes e boné verde na cabeça: torna-se Johannes de Portugal. Inspirada em acontecimentos reais, esta obra-prima da literatura sueca (...), relata a dramática relação de amor de um pai por uma filha enquanto descreve o fim de um mundo assente nas tradições rurais e a emergência de um novo mundo, urbano e desapiedado, que, implacavelmente, o substitui.»
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Selma Lagerlof morreu aos 81 anos, na sua terra natal, Marbacka, aos 16.03.1940.
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Foi há 100 anos, na TR 20.11.1906: o deputado republicano Afonso Costa, discursando durante o debate sobre o problema dos adiantamentos feitos pelo ministério da Fazenda a membros da família real, afirma: «Por menos do que fez o Sr. D. Carlos, rolou no cadafalso a cabeça de Luís XVI».
Reinava o 33º e penúltimo rei, D. Carlos (Carlos Fernando Luis Vitor Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão de Bragança Saxe-Coburgo-Gotha) e o governo era dirigido por João Franco (
A igreja católica romana era dirigida pelo papa Pio X (257º)
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Trata-se, aqui, do discurso de Afonso Costa, deputado republicano, na Câmara dos Deputados em 20 de Novembro de 1906, onde pronunciou a célebre frase (autêntica premonição), no meio de enorme sussurro e agitação da assembleia e de repetidos pedidos do presidente para que Afonso Costa cessasse o seu discurso:
“Por muito menos crimes do que os cometidos por D. Carlos I, rolou no cadafalso, em Franca, a cabeça de Luís XVI!”
[In Oliveira Marques, A. H., Obras de Afonso Costa, Discursos Parlamentares, I: 1900-1910, Lisboa, Europa-América, 1973, págs. 158-183; apud O Portal da História - Discurso do mês; do site arqnet: o Portal da História]
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Na sequência deste incidente, os deputados republicanos foram expulsos da Câmara e suspensos por um mês.
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D. Carlos seria assassinado por republicanos em 1 de Fevereiro de 1908, ao regressar, de landó, com a família, de Vila Viçosa. Tal como o rei, também o seu filho primogénito, o príncipe herdeiro, sucumbiu no mesmo ataque.
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Afonso Costa, advogado e político, foi um dos principais obreiros da implantação da República.
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Faz o doutoramento em Direito, na U. de Coimbra, com a dissertação “A Igreja e a Questão Social”, obra em que ataca violentamente o papel do catolicismo social, com base na então recente encíclica, sobre a condição operária, Rerum Novarum, de 15.05.1891, do papa Leão XIII, que propunha como modelo de estrutura social e económica exactamente aquilo que depois se viria a chamar corporativismo.
Catedrático de Direito Penal na mesma Universidade, em 1896, veio a ser o primeiro director da Faculdade de Direito de Lisboa, em 1913.
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Para além de académico, depressa se notabilizou como grande tribuno, de enorme fluência, e foi eleito deputado pelos republicanos, em 1900.
A violência do seu discurso aliado à sua capacidade mobilizadora puseram-no à frente de campanhas de grande impacto, e a liderar a agitação que provocaria a queda da desgastada e desacreditada monarquia.
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Não era adversário fácil. De feitio truculento, uma vez, por exemplo, agride Sampaio Bruno em 1902 numa disputa célebre e, doutra vez, em Junho de 1914, desafia
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Integrou o Governo Provisório da República, na pasta da Justiça e Cultos.
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Foi, sem dúvida, um dos mais marcantes e dominantes políticos da I República.
Presidiu ao ministério por três vezes.
A primeira, de Janeiro de
Em 1922, podendo formar novo governo, sente que lhe falta apoio parlamentar, pelo que decide não assumir essa liderança. Mas no ano seguinte apoia a eleição de Manuel Teixeira Gomes para Presidente da República. Novamente por razões conjunturais apoia o governo de Álvaro de Castro, de Dezembro de
Dá-se o golpe de 28 de Maio de 1926, que estendeu o tapete vermelho ao avanço triunfante da ditadura do Estado Novo.
Afonso Costa exila-se em Paris, opondo-se ao novo “statu quo”, especialmente à ascensão galopante do ditador
Faleceu a 11 de Maio de 1937 em Lisboa.
[Fonte: adaptação conjugada da BU e da Wikipédia]
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Há 96 anos, no DM 20.11.1910, morreu, aos 82 anos, o escritor russo Leon Tolstoi.
Na Rússia reinava Nicolau II, o último dos czares.
Em Portugal, implantada a República no mês anterior, vigorava o respectivo Governo Provisório, de que era presidente Joaquim Teófilo Fernandes Braga.
Prosseguia o pontificado de Pio X.
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Liev Tolstói, mais conhecido por Leon Tolstoi, nascido de uma família nobre russa, em 09.09.1828, impôs-se no meio intelectual e político do país.
Estudou Direito e Literatura Oriental, mas abandonou essa licenciatura.
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Em 1850, iniciou a sua carreira literária, ao publicar a trilogia autobiográfica Childhood (1852), a primeira parte que foi concluída com Boyhood (1854) e Youth (1857).
Juntamente com Fiodor Dostoiévski foi um dos grandes nomes da literatura russa do séc. XIX.
As sua obras mais famosas foram “Guerra e Paz” e “Anna Karenina”.
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Foi combatente nas guerras do Cáucaso e da Crimeia, no séc XIX, o que o fez tornar-se pacifista, anarquista e um cristão libertário.
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Depois de viajar pela França, Suiça e Alemanha, em 1857, volta à sua terra natal, Yasnaja Polyana, onde funda uma escola para filhos de camponeses. A educação era a paixão e a magna preocupação de Tolstoi: nela residia, quanto a ele, o segredo para mudar o mundo. Mergulhado na análise da teoria e da prática da educação, publicou artigos e manuais sobre o tema.
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Embora profundamente religioso, já no ocaso da sua vida, ousou criticar as instituições eclesiásticas, em “Ressurreição” (1899), o que lhe valeu a excomunhão.
O seu ideário de anarquismo cristão tiveram uma grande influência
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Pretendendo fugir de casa, decidira fazer uma viagem sem rumo, de comboio, mas é acometido de uma pneumonia e morre na estação ferroviária de Astapovo.
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Aos 20.11.1936, uma SX, há 70 anos, foi executado por forças republicanas, na prisão de Alicante, aos 33 anos, o político espanhol
Em Espanha, em 1931 implantara-se a República. Mas com o regresso das facções de direita, em 1933, Francisco Franco volta às altas hierarquias castrenses e em Setembro de 1936 já está na liderança política e militar da guerra civil.
Em Portugal já decorria a Ditadura do Estado Novo, com os, não eternos, mas vitalícios líderes da cúpula do aparelho, Salazar e Carmona, dominando as operações, os acontecimentos e as pessoas, só não logrando, como sonhava, controlar o pensamento e a consciência dos cidadãos.
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José Antonio Primo de Rivera y Sáenz de Heredia, o filho mais velho do ditador Miguel Primo de Rivera, nasceu em Madrid aos 24.04.1903. Político espanhol, fundou a Falange Espanhola (mais tarde Falange Espanhola y de las JONS - Juntas de Ofensiva Nacional-Sindicalista).
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Falange, originariamente, era um corpo de infantaria na antiga Grécia; por extensão passou a designar um corpo de tropas, uma legião (dos dicionários).
Inspirado nas falanges gregas, foi a designação escolhida por Franco para o seu exército.
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Mas a Falange Espanhola criada por J. Primo de Rivera, em 1933, é algo de diferente: é o Partido Fascista Espanhol, criado à imagem e semelhança dos partidos fascista italiano e nazi.
«El movimiento falangista nace en la mente de PRIMO DE RIVERA como superador tanto del marxismo como del capitalismo. Su propuesta es la de una economía mixta en donde coexistan las formas privadas y socializadas de los medios de producción. Dice así el fundador de Falange Española: "...en esta concepción político-histórico-moral con que nosotros contemplamos el mundo, tenemos implícita la solución económica; desmontaremos el aparato económico de la propiedad capitalista que absorbe todos los beneficios, para sustituirlo por la propiedad individual, por la propiedad familiar, por la propiedad comunal y por la propiedad sindical".
Específicamente sobre el tema sindical, PRIMO DE RIVERA pretende "un sindicalismo unitario, basado en el principio de la superación del dualismo "trabajador-empresario", a través de su síntesis en la nueva noción de "productor", que abarcaba tanto a los trabajadores como a los jefes de empresa. El empresario capitalista que hace suya la plusvalía del trabajo desaparece en el esquema ideológico nacionalsindicalista; pero tal plusvalía no se atribuye –como en los sistemas socialistas- al Estado, sino a los propios productores".» [Revista Telemática de Filosofía del Derecho - José Antonio Primo de Rivera: una aproximación a su pensamiento político, por Ángel Luis Sánchez Marín]
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Em 1937, Já Franco dominava por completo o aparelho da ditadura espanhola, o caudilho assume a liderança do partido, declarando-o partido único e alterando o seu nome para Falange Espanhola Tradicionalista. [Para além da específicamente aludida e das costuradas súmulas adaptadas da BU e da Wikipédia, socorri-me de fontes diversas]
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Naquela TR 20.11.1945, há 61 anos, começou no Tribunal de Nuremberga, Alemanha, o julgamento de 24 dirigentes nazis, acusados de conspirar para a realização guerras de agressão, de crimes contra a paz, de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade.
Depois que Hitler se suicidou (30.04.1945), fazendo Goebbels o mesmo no dia seguinte, Dönitz tornou-se o último líder da Alemanha de então, até à sua prisão por tropas britânicas em 23 de Maio,
Depois de Dönitz há quase um vazio de poder. Aliás, “os alemães referem-se com frequência a 1945 como a Stunde Null (a hora zero), para descrever o quase-total colapso do país. Na Conferência de Potsdam [perto de Berlim, entre 17 de Julho e 2 de Agosto de 1945], a Alemanha foi dividida pelos Aliados em quatro zonas de ocupação militar; as três zonas a oeste viriam a formar a República Federal da Alemanha (conhecida como Alemanha Ocidental), enquanto que a área ocupada pela União Soviética se tornaria a República Democrática da Alemanha (conhecida como Alemanha Oriental), ambas fundadas em
Em Portugal continuava vogando a todo o pano a nau da ditadura, sob o comando, ainda, e por muitos anos, de Salazar e de Carmona – até que a morte os levasse.
O papa reinante era Pio XII (260º). Não obstante na noite de Natal de 1942 ter condenado a perseguição judia e de, igualmente, em 1943 ter pronunciado um discurso aos cardeais, condenando a política alemã, a verdade é que a acção do papa Pacelli, durante a Segunda Guerra Mundial, e a sua falta de firmeza perante as ditaduras, tem sido alvo de debate e polémica. Era a igreja dos compromissos, das negociações, da falta de coragem para afrontar os execráveis e criminosos poderes civis que se instalavam na Europa. Foi, na perspectiva de muitos, uma igreja cúmplice.
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Não se podia ter escolhido melhor símbolo para instalar o Tribunal Militar Internacional do que Nuremberga, uma cidade industrial da Baviera, Alemanha, cerca de
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Na data que ora se comemora, iniciou o tribunal as suas funções: julgar os crimes de guerra, contra a paz e contra a humanidade, praticados pelos principais dirigentes do III Reich, muitos dos quais foram condenados à morte. De entre os mais destacados, alguns deles autopuniram-se ou, cobardemente, puseram termo à vida, evitando enfrentar a Justiça.
Aliás, uma outra razão esteve na base da escolha de Nuremberga para aí instalar o tribunal: Nessa cidade foram promulgadas as primeiras leis racistas do período nazi, dentre as quais as leis de "pureza" do sangue ariano. Conhecidas como leis de Nuremberga. Trata-se de duas leis anti-judaicas decretadas em Setembro de 1935: "Lei da Cidadania", recusando aos judeus a cidadania alemã; e a "Lei da Protecção da Honra e Sangue Alemão", que “proibia os casamentos dos Judeus com não Judeus, proibia o emprego de Judeus na Alemanha e proibia os Judeus de exibirem a bandeira Alemã, entre outras medidas”.
Ou seja, foi desse congresso de 1935 que saiu a lei que dividiu a população da Alemanha em três grandes grupos: os arianos, os judeus de primeira e os judeus de segunda.
“Muitas outras medidas foram tomadas com o mesmo objectivo de afastar os Judeus de todas as classes sociais da política, da vida social vida económica alemã. As leis de Nuremberga estabeleceram cuidadosamente definições sobre quem era ou não judeu através das linhas de sangue. Deste modo muitos Alemães "misturados" eram considerados "Mischlinge", sofrendo também da discriminação do anti-semitismo se tinham os avós Judeus” - [Transcrito de um «pequeno glossário» encontrado na net].
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Nesse Tribunal pela primeira vez foi criada a categoria jurídica de "Crimes contra a Humanidade" para designar o crimes de genocídio contra os judeus, ciganos e outras minorias.
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Os réus não tinham responsabilidades iguais. “Uns, como Hermann Goering, faziam parte do círculo mais próximo de Hitler. Outros, como Heinrich Himmler, um dos mais poderosos homens da Alemanha nazi, dirigente das SS e da Gestapo, tinham tido um papel chave na organização do Holocausto. Outros, ainda, como Joseph Goebbels, responsável pela propaganda do partido, não estavam fisicamente presentes por se terem suicidado antes de capturados.”
Das conclusões desse julgamento veja-se esta síntese que, com o devido respeito, transcrevo da BU/Biblioteca Universal da Texto Editores (http://www.universal.pt/):
«Dos acusados, Krupp estava demasiado doente para ser julgado; Ley (1890-1945) suicidou-se durante o julgamento; e Bormann, que tinha fugido, foi condenado à morte à revelia. Fritsche (1899-1953), Schacht (1877-1970), e Papen foram absolvidos. Os outros 18 foram considerados culpados: Hess, Walther Funk (1890-1960), e Raeder foram condenados a prisão perpétua; Shirach (1907-1974) e Speer (1905-1981) a 20 anos de prisão; Neurath (1873-1956) a 15 anos; e Doenitz (1891-1980) a 10 anos. Os restantes 11 homens, condenados à morte por enforcamento, foram Hans Frank (1900-1946), Wilhelm Frick (1877-1946), Goering que se suicidou antes de ser executado, Jodl, Kaltenbrunner, Keitel, Ribbentrop, Rosenberg, Fritz Sauckel (1894-1946), Arthur Seyss-Inquart (1892-1946), e Julius Streicher (1885-1946). As SS e a Gestapo foram consideradas organizações criminosas.»
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1 comentário:
Jose Antonio Primo de Rivera....¡Presente!
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