quinta-feira, março 09, 2006

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA


Este é o espaço em que,

habitualmente,

faço algumas incursões pelo mundo da História.

Recordo factos, revejo acontecimentos,

visito ou revisito lugares,

encontro ou reencontro personalidades.

Datas que são de boa recordação, umas;

outras, de má memória.

Mas é de todos estes eventos e personagens que a História é feita.

Aqui,

as datas são o pretexto para este mergulho no passado.

Que, por vezes,

ajudam a melhor entender o presente

e a prevenir o futuro.

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Respondendo a uma interrogação,

continuo a dar relevo ao papado.

Pela importância que sempre teve para o nosso mundo ocidental.

Sobretudo, mas não só, nos últimos séculos.

Os papas sempre foram,

para muitos, figuras de referência,

e para a generalidade, figuras de relevo;

por vezes, e em diversas épocas, de decisiva importância.

Alguns

(vários)

não pelas melhores razões.

Mas foram.

DE ACORDO COM O CALENDÁRIO DA ONU:

1997/2006 - Década Internacional para a Erradicação da Pobreza.

2001/2010 - Década para Redução Gradual da Malária nos Países em Desenvolvimento, especialmente na África.

2001/2010 - Segunda Década Internacional para a Erradicação do Colonialismo.

2001/2010 - Década Internacional para a Cultura da Paz e não Violência para com as Crianças do Mundo.

2003/2012 - Década da Alfabetização: Educação para Todos.

2005/2014 - Década das Nações Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável.

2005/2015 - Década Internacional "Água para a Vida".

2006 Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação.

Dia Nacional da Nova Zelândia.

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Foi há 932 anos (09.03.1074), um DM: O papa Gregório VII (157º na sucessão a contar com S. Pedro), eleito em meados do ano anterior, excomungou todos os padres casados.

Gregório VII fora frade beneditino. Foi, por excelência, o representante das pretensões temporais do papado medieval. Deu os primeiros passos para a codificação da legislação eclesiástica e foi por insistência sua que o celibato dos padres se tornou costume (tão só) na Igreja católica.

Portugal, por essa época, ainda não existia. Cerca de onze anos depois, "por notável coincidência, no mesmo dia em que S. Gregório VII agonizava em Salerno, o rei Afonso VI de Leão conquistava aos mouros a cidade de Toledo (25.05.1085)" (Pe Miguel Oliveira, História Eclesiástica, pág 69).

Ora, Afonso VI era não só rei de Leão como também de Castela - daí o chamar-se-lhe Imperador - e foi o pai de D. Teresa (mãe de D. Afonso Henriques), logo, avô do nosso primeiro rei.

E, já agora, esse mesmo Afonso VI era neto de Afonso V, rei de Leão (m. 1027), porque filho de sua filha D. Sancha, que casou com Fernando de Castela (Fernando Magno – que morreu em 1065) e que levou como dote nupcial exactamente o reino de Leão.

Portanto, o nosso primeiro monarca, D. Afonso Henriques, era neto de Afonso VI e trineto de Afonso V. Explicando melhor, temos a seguinte ordem genealógica (mais próxima do início da nacionalidade portuguesa): Afonso V » D. Sancha » Afonso VI » D. Teresa » D. Afonso Henriques.

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Já decorreram 555 anos, foi a 9 de Março de 1451, uma TR: nasceu Américo Vespúcio, navegador italiano ao serviço da Espanha. Em Portugal reinava D. Afonso V (12º). Na cátedra de Pedro sentava-se Nicolau V (208º).

Américo Vespúcio nasceu no mesmo ano em que se crê que tenha nascido Cristóvão Colombo e um ano antes de ter nascido Leonardo da Vinci.

Seu nome foi dado ao novo continente descoberto por Cristóvão Colombo, a América.

Em 1505, o rei Fernando, o Católico, concedeu-lhe a cidadania castelhana.

Recapitulando a matéria – e porque vem a propósito: Cristóvão Colombo partiu do porto andaluz de Palos, a 3 de Agosto de 1492, com três pequenos navios, o Niña, o Pinta, e o navio almirante, por ele comandado, o Santa Maria, com a intenção de chegar à Índia (que ele pensava atingir rumando a Ocidente, atravessando o Atlântico). Mas a viagem terminaria na América… (A equipa de assessores de D. João II, nesta matéria, é que tinha razão).

«Ao cair a noite de 11 de Outubro

D. Cristóvão pensa ter visto ao longe uma luzinha.

Mas cala, ajoelha-se e reza.

Amanhã será o fim do prazo prometido.

Possa ele ser amparado pelo que seu Anjo da Guarda...

Às duas da madrugada de 12 de Outubro,

mas a lua a cintilar sobre as ondas, do alto da Pinta um gajeiro grita:

- Terra, aleluia, agora é terra, é mesmo terra!

Realmente a palidez de um areal.

Mais ao longe colinas e montes, sombreado.

Trinta e três dias de viagem. Chega a alvorada e desembarcam.

Ajoelham-se na praia. Benzem-se, oram, contrição.

Um povo desnudo e pacífico contempla-os. Os corpos cor do cobre, os olhos rasgados. Não será Cipângu. Não será Catai ainda.

Mas certamente a Ásia, certamente a Índia.

D. Cristóvão aponta, define: - Índios ! São índios !

O Anjo assopra-lhe que tem razão.

(…)

Primeira ilha da Ásia recém descoberta por Ocidente!

Como se chama ? O Anjo assopra e D. Cristóvão dá-lhe o nome de S. Salvador.

Está perto do continente [um novo continente que virá a ser chamado América, porque será Américo Vespúcio o primeiro a divulgar as aventuras que nele viveu – esclarece o autor], sabe disso. Irá pisá-lo mais tarde, numa próxima viagem».

(Excertos de Vidas Lusófonas, Online, de Fernando Correia da Silva)

Noutro lado recordo (e conto a história - de há, apenas [!!], 16 mil anos) que os primitivos povos da actual América foram os ameríndios.

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Foi há 506 anos (1500), uma SG: zarpa de Lisboa a armada de Pedro Álvares Cabral rumo ao Brasil. Decorria o reinado de D. Manuel I (14º na sucessão). Pontificava Alexandre VI (214º).

Pedro Álvares Cabral (chamado Pedro Álvares de Gouveia, na carta da capitania que levou quando foi enviado às Índias) em direcção a esse enorme gigante a que primeiro chamaram Vera Cruz, e mais tarde Brasil. Cabral, “seguindo o rumo sudoeste, chegou ao Brasil, julga-se que intencionalmente, embora durante muito tempo se reputasse de casual o descobrimento”. De facto, outros sustentam que Cabral rumava Calcutá, e que ocasionalmente terá descoberto o Brasil.

Parece, no entanto, mais consistente e reunir mais adeptos a tese que defende a intencionalidade de Álvares Cabral na descoberta do Brasil.

Deixo essa discussão para os historiólogos. E para os historiadores.

(Curiosamente – e como seria de esperar (?!) – o facto foi hoje trazido à memória por Cavaco Silva na sua tomada de posse…)

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Estão decorridos 493 anos (09.03.1513), foi numa QA: Giovanni di Lorenzo de Medici é eleito papa, escolhendo o nome de Leão X. Em Portugal reinava D. Manuel (14º).

Curiosamente, morreram em datas muito próximas: Leão X a 01.12.1521, D. Manuel, onze dias depois, a 12.12.

Leão X (217º), era filho de Lourenço de Medicis, o Magnífico. E como sabemos, Lourenço reúne na sua corte uma notável plêiade de artistas, filósofos, humanistas, homens de letras e de ciências, tornando-se o mais generoso dos mecenas.

Os Médicis deram à Igreja 3 papas: este, Giovanni L. de Medici, Leão X (217º), que foi papa de 1513 a 1521 – quando em Portugal reinava D. Manuel I; Júlio de Médicis, que adoptou Clemente VII (219º), contemporâneo do nosso rei D. João III, cujo pontificado decorreu de 1523 a 1534; por fim Leão XI (232º), cujo pontificado – no tempo em que reinava em Portugal Filipe II – apenas durou 26 dias, de 1 a 27 de Abril de 1605.

Mas recuemos um pouco: Médicis é o nome da mais célebre família ducal da república florentina. Foi principalmente Giovanni de Médicis (falecido em 1420) – o banqueiro mais rico da Itália - o iniciador da grandeza da família, que deixou aos seus dois filhos (Cósimo e Lourenço) uma herança de riqueza e honrarias nunca até então igualadas.

Com Cosme de Médicis (Cósimo de Medici: 1389-1464), a quem chamaram “Pai da Pátria”, começou a época gloriosa dos Médicis. E com o neto deste, Lourenço, o Magnífico (1449-1492), Florença atinge o apogeu, quer no poder político, como nas realizações artísticas, nas letras, nas artes plásticas.

Mas doutros ilustres Medicis, como duas rainhas de França (Catarina e Maria) falaremos a seu tempo.

No dia 21 do mês anterior (Fevereiro de 1513) finara-se o antecessor de Leão X, o papa Júlio II.

Leão X nasceu em Florença, em 11.12.1475. "Deram-lhe uma educação brilhante. Desde os sete anos recebera grandes benefícios eclesiásticos e aos 12 anos era cardeal." Por morte de Júlio II foi eleito papa, com apenas 37 anos de idade.

Tomou diversas providências em matéria religiosa.

Foi patrono das artes e das letras.

Em política, lutou pela independência da Itália do domínio estrangeiro.

Manteve relações amistosas com o nosso rei D. Manuel I, por mor dos empreendimentos missionários dos portugueses em África e na Ásia.

De início não se apercebeu de todo o perigo e toda a gravidade que envolvia o movimento de Martinho Lutero. Tentou, mesmo, o diálogo com ele, mas acabou por excomungá-lo, pedindo a Carlos V que o prendesse. Era mais um príncipe esclarecido e magnânimo, do que um homem de Igreja zeloso e ascético.

Foi a este papa que D. Manuel I enviou a célebre embaixada, em 1514, chefiada por Tristão da Cunha. E por esse motivo Leão X conferiu ao monarca português a Rosa de Ouro e um chapéu e uma espada benzidos por ele na noite de Natal.

Em 1514 criou o bispado do Funchal.

Em 15.04.1516, uma Terça, beatificou a Rainha Santa Isabel, mulher de D. Dinis, a instâncias de D. Manuel, por breve dessa data e “só para Coimbra e seu bispado”. (Isabel de Aragão seria canonizada em 25.05.1625, pelo papa Gregório XV (234º), no reinado de Filipe III)

Em 1517 elevou ao cardinalato o infante D. Afonso, que contava apenas 8 anos de idade.

Esmiuçando, porque curioso:

o Infante D. Afonso nasceu em 1509. Era filho de D. Manuel I,

que pretendera fazê-lo nomear cardeal aos 3 anos de idade.

Mas o pedido foi indeferido por inconstitucionalidade:

o concílio de Latrão estipulara que não podia ser “dada catedral a menores de 30 anos”.

D. Manuel I conseguiu, no entanto, que o Infante fosse investido no arcebispado de Braga, ainda criança.

E, pouco depois, tendo enviado ao Papa a famosa embaixada de Tristão da Cunha, em 1514,

com as primícias dos descobrimentos

(até um elefante, como nos recordamos todos, fazia parte dessa luxuriante embaixada)

e testemunho de obediência,

acabou por conseguir que o Papa Leão X elevasse a cardeal o Infante D. Afonso,

aos oito anos, em 1517.

Foi o 10º cardeal português.

Segunda Canaveira, para encher o Vaticano das obras de arte que tanto apreciava, abusou das indulgências e dividiu para sempre a "christianitas". Foi ele, e não o monge agostinho de Vitemberga (Martinho Lutero, que ele excomungou através da bula Exsurge, de 15.06.1520), o verdadeiro causador da Reforma protestante.

Diz-se que o qualificativo gótico/gótica, para designar o estilo ou a arte que nascera e se desenvolvera no Norte da França, teve origem numa comunicação de Rafael ao papa Leão X. Aí era referida a arte gótica num sentido pejorativo, onde gótica equivalia a bárbara - o que se compreende se nos lembrarmos que se vivia, então, o apogeu da Renascença clássica.

Sucede-lhe Adriano VI (218º)

Uma última nota:

“Leão X (1513-1521) [...] os registos de sua carreira resumem aquele tempo com todas as suas tendências. Ele tinha recebido o chapéu [cardinalício] do papa Inocêncio VIII, na idade de 13 anos – uma condição entre o papa e seu pai, Lourenço, o poderoso governante de Florença – até então contra os pontífices. Leão X, no seu 1° consistório, deu o chapéu a um neto de Inocêncio VIII, o qual era também seu próprio sobrinho, pois – segundo item do pacto – a irmã de João de Médice (Leão X) se tinha casado com o filho natural deste papa.”

(Fonte: HUGHES, Philip. História da Igreja Católica. Dominus Editora S.A. São Paulo, 1962)

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Faz hoje 185 anos (09.03.1821), era uma SX: foram aprovadas as bases da futura Constituição política Portuguesa, saída da Revolução de 1820. Reinava D. João VI (27º). Pontificava Pio VII (251º).

Rezava assim o artº 1º das Bases da Constituição aprovadas nesta data pelas Cortes Gerais Constituintes:

«A Constituição Política da Nação Portuguesa deve manter a liberdade, segurança e propriedade de todo o cidadão».

Havemos de voltar a este assunto.

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Foi há 175 anos (09.03.1831), numa QA: é fundada na Argélia a Legião Estrangeira. Em Portugal decorria o curto reinado de D. Miguel (29º). Em Roma, a Pio VIII sucedera, neste ano, Gregório XVI (254º) – o papa que determinou que era aos vinte e um anos que se atingia a maioridade. Como foi o que, neste mesmo ano, a 21SET, reconheceu o absolutista D. Miguel como rei de Portugal (a Igreja, nesse tempo estava desse lado… [Nesse tempo? Só?...] Bom…).

A Legião Estrangeira, que, desde 1962, tem sede em França, era um corpo militar composto por voluntários estrangeiros. Teve actuações de relevo nas guerras da Indochina (1945-1954) e da Argélia (1955-1956).

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Foi há 92 anos (09.03.1914), uma SG: morre, na Anadia, José Luciano de Castro (de seu nome completo José Luciano de Castro Pereira Corte Real), advogado, estadista, historiador e jornalista. Foi chefe do Partido Progressista, deputado, ministro, conselheiro de Estado e, por diversas vezes, primeiro-ministro. Desempenhou, ainda, outros elevados cargos, como o de governador da Companhia Geral do Crédito Predial Português. Aquando do seu passamento, decorria o mandato do presidente Manuel de Arriaga. Pontificava S Pio X (257º), acerca de quem se escreveu: "notabilizaram-se a sua piedade, caridade, profunda humildade, simplicidade, zelo pastoral, combinados com grande encanto de maneiras". Dele se disse, também, que um dos seus últimos actos foi recusar ao imperador da Áustria o pedido que este lhe fizera de abençoar a sua causa. E que, em resposta, terá dito: "não abençoo a guerra; só abençoo a paz".

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Foi há 90 anos (09.03.1916), uma QI: a Alemanha declara guerra a Portugal que entra, assim, oficialmente, na I Guerra Mundial. Estávamos com Bernardino Machado na presidência da República. E era papa Bento XV (258º).

Tal acontece na sequência do aprisionamento, por Portugal, na QA 23 do mês anterior, dos navios alemães que se encontravam nos portos portugueses para “serem colocados ao serviço da causa luso-britânica”.

Como seria de calcular, a reacção da Alemanha não se fez esperar.

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Foi há 89 anos (09.03.1917), numa SX: manifestação operária em São Petersburgo, facto que antecedeu a revolução russa.

Para a próxima vez, aprofundarei um pouquinho mais este assunto.

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Foi há 88 anos (09.03.1918), um SB: transferência da capital da Rússia de Petrogrado (São Petersburgo) para Moscovo. Depois, portanto, de ter rebentado a Revolução de Outubro, no ano anterior, o que aconteceu com um sinal disparado pelo cruzador Aurora, ainda hoje estacionado na margem direita do Neva, bem perto do forte Pedro e Paulo, dentro do qual se encontra a catedral de S. Pedro e S. Paulo, onde repousam os Romanov. Em Portugal estava a chegar ao fim a presidência de Bernardino Machado. Em Roma prosseguia o pontificado de Bento XV (258º).

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Foi há 83 anos (09.03.1923), uma SX: Lenine retira-se enquanto líder soviético após adoecer gravemente, vindo a falecer no ano seguinte. Isto, quando em Portugal decorria o mandato de Manuel Teixeira Gomes e em Roma prosseguia o pontificado de Pio XI (259º).

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Foi há 72 anos (09.03.1934), uma SX: nasceu o oficial russo Yuri Gagarin, astronauta soviético e o primeiro homem no espaço. Decorria, em Portugal, o mandato do general Carmona. No Vaticano pontificava Pio XI (259º).

O seu voo realizou-se na QA 12.04.1961, há 44 anos, tinha ele 27. Percorreu a sua órbita à velocidade de 28 000 Km/h, durante 1 hora e 48 min, aterrando a 10 Km do ponto previsto. Morreu aos 34 anos, em 1968, aos comandos de um avião, durante um voo de treino.

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Aconteceu há 22 (09.031984), que foi numa SX: a ONU aprova uma convenção internacional contra a tortura.

Noutra ocasião voltarei a esta matéria.

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Foi há 20 anos (09.03.1986), um DM: Mário Soares (aliás, Mário Alberto Nobre Lopes Soares) é investido no cargo de presidente da República — 1.o mandato. Sucede ao general Ramalho Eanes. O papa era, então, João Paulo II (264º).

Mais tarde voltaremos a este tema.

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Foi há 12 anos (09.03.1994), era uma QA: a Comissão de Direitos Humanos da ONU condena pela primeira vez formalmente o anti-semitismo e a xenofobia.

Voltaremos a este assunto, futuramente.

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Foi há 10 anos (09.03.1996), num SB: Jorge Sampaio toma posse como Presidente da República (1º mandato). Foi seu antecessor o Dr Mário Soares. Decorria o longo pontificado de João Paulo II.

Cessou o seu segundo mandato hoje.

Ver apontamento, de hoje, mais acima: “a ponte”

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Ocorreu há 5 anos (09.03.2001), numa SX: a milícia taliban do Afeganistão explode a cabeça da maior estátua de Buda do mundo, na província de Bamiyan.

Entre os inconsequentes e os fundamentalistas… É assim: “bem prega frei Tomás…”

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