terça-feira, janeiro 03, 2006

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA

DE ACORDO COM O CALENDÁRIO DA ONU:

1997/2006 - Década Internacional para a Erradicação da Pobreza.

2001/2010 - Década para Redução Gradual da Malária nos Países em Desenvolvimento, especialmente na África.

2001/2010 - Segunda Década Internacional para a Erradicação do Colonialismo.

2001/2010 - Década Internacional para a Cultura da Paz e não Violência para com as Crianças do Mundo.

2003/2012 - Década da Alfabetização: Educação para Todos.

2005/2014 - Década das Nações Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável.

2005/2015 - Década Internacional "Água para a Vida".

2006 Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação.

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Foi há 2112 anos (106 a.C.): consta que nasceu Marco Túlio Cícero, político e orador romano.

Cícero terá nascido em Arpino (hoje, uma comuna ou concelho), no Lácio (região da Itália que tem por capital Roma) e foi filósofo, escritor, tribuno, político e o equivalente a advogado.

Cícero foi “entregue aos cuidados do célebre senador e jurista romano Múcio Cévola” e viveu num período particularmente conturbado da história de Roma.

Após o assassinato de Júlio César, enfrenta Marco António (figuras gradas da República Romana) e é degolado em Fórmia, Itália, ao que se crê, aos 7 de Dezembro de 43 a. C., quando tentava fugir para o Oriente.

“Cícero é, com Demóstenes (orador e político grego), o melhor expoente da oratória clássica. Pela sua voz, postura, génio, paixão e capacidade de improvisação está dotado para o exercício da eloquência. São famosos os seus discursos contra (…) Catilina, em favor de Milão e de Marcelo e contra Marco António. É autor de diversos tratados filosóficos sobre o Estado, o bem, o conhecimento, a velhice, o dever, a amizade, etc., que transmitem a tradição do pensamento grego. As suas próprias ideias sobre a arte da oratória, assim como uma história desta, expressam-se em tratados escritos de forma dialogada, como De Oratore, Brutus, etc. Até nós chegam quase um milhar de cartas de Cícero sobre temas variados que constituem um valioso conjunto documental. Cícero desenvolve a prosa latina até a levar à sua perfeição,

do mesmo modo que Virgílio - Publius Vergilius Maro (15 de Outubro de 70 a.C. - 19 a.C.) - autor da Eneida, e Horácio - Quintus Horatius Flaccus. (65 a.C., Venusia, Itália - 8 a.C., Roma), que nos legou, vg, 4 livros de Odes - o fazem com a poesia.” (Extractado de “Wikipédia, a enciclopédia livre”)

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Foi há 1770 anos (236), num DM: morreu o papa Antero. De Portugal só existia, em parte, um remoto projecto: a Lusitânia.

O papa Antero (19º) era siciliano, foi eleito em 21NOV235 e morreu em 03JAN236.

Foi o imperador Maximino (Caio Júlio Vero, conhecido por Trácio, por ter nascido na Trácia) que o condenou à morte, pela sua actuante acção apostólica. O seu grande carisma pessoal proporcionou-lhe “conversões aos milhares entre os romanos e gregos pagãos, e até entre a guarda pessoal do imperador romano. Enfrentou a inveja e a oposição de um sacerdote de nome Nereu de Chipre, que desejava sentar-se na Cátedra de Pedro, sem reunir, entretanto, adeptos em número suficiente para apoiar as suas pretensões”.

Antero sucedeu ao papa Ponciano (230-235), que consta ter introduzido a saudação “dominus vobiscum”.

E foi sucedido pelo 20º papa, Fabião (pontífice entre 236 e 250).

Acerca deste último, conta-nos Eusébio de Cesareia (bispo de Cesareia, referido como o pai da história da Igreja) que a eleição de Fabiano (ou Fabião) foi maravilhosa: voltava ele de fora de Roma, com alguns amigos, quando a assembleia dos cristãos deliberava sobre a sucessão do papa Antero. Divididos os votos, estava difícil o consenso. Foi quando, para surpresa de todos, uma pomba branca pousou sobre a capa de Fabião, que mais admirado ficou, quando, por unanimidade, os cristãos romanos o elegeram como novo pontífice.

Instado a obedecer, leigo que era, recebeu ordens sagradas e tornou-se sucessor de São Pedro.

Diz-se, ainda, que terá sido a partir daí que a pomba passou a simbolizar o Espírito Santo.

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Foi há 1070 anos (936), era um DM: é eleito o papa Leão VII. O Condado Portucalense só surgiria daí a mais de 150 anos, em 1095. E Portugal, quase dois séculos depois, em 1128.

Leão VII (126º) era romano de nascimento. Nesta época ainda o filho de Marosia (ou Marogia?), Alberico II, príncipe e senador de Roma, que teve influência decisiva na eleição de Leão VII, exercia o poder temporal, pelo que apenas no domínio do espiritual o poder dos papas era efectivo.

Este papa e os dois anteriores [Estêvão VII (124º) / João XI (125º)] exerceram o pontificado na época mais negra do papado, que estava sob o domínio de gente ambiciosa e turbulenta. Reformador da disciplina monástica dos beneditinos, foi também defensor do celibato dos padres.

“Estórias à margem da História”

As Imoralidades dos Papas...

«O testemunho da história não favorece a Igreja e muitos papas.

Devido à adopção do celibato, os escândalos sempre acompanharam o sistema religioso que criaram.

O período mais tenebroso do Papado, anos 904-963, ficou conhecido como "PORNOCRACIA OU DOMÍNIO DAS MERETRIZES."

Ainda hoje é um constante na imprensa secular os escândalos e deslizes morais entre eles.

O papa João XI era filho ilegítimo de Marózia, amante do papa Sérgio III, ano 941. O papa João XII, ano 955, violava virgens, viúvas e

conviveu com a amante de seu pai:

fez do palácio papal um bordel e foi morto num acto de adultério,

pelo marido da mulher que violava. (…)»

(Retirado de “Conv. De Mesa nr. DCCLXII e CHINIQUI, ex-padre”, in “Estado de São Paulo, 23.03.1983”)

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É só uma amostra do muito que se tem escrito sobre a matéria.

A seu tempo trarei mais.

Não esquecendo que certas coisas têm o valor que têm.

Que o têm, algum, por certo.

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Será tudo invencionice?

Será mesmo, e/ou só, uma cabala?

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Num contexto, oiço (na já proverbial desculpa esfarrapada – passe o plebeísmo): “somos todos imperfeitos. A carne é fraca.”

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Noutro registo, alguém dirá (rejeitando o, quanto a mim, irrejeitável):

“é com eles. Não tenho nada com isso!”

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Não estou com uns nem com outros.

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É deste celibato que falam sua santidades?

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É deste jaez a verticalidade, a seriedade, a coerência de quem defende princípios como os que a Igreja diz prosseguir?

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Para quando, dentro dela,

a discussão e a apresentação de soluções

para as magnas questões do seu tempo, em tempo?

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Faz hoje 716 anos (1290), foi numa TR: nasceu D. Constança de Portugal, infanta de Portugal e rainha de Castela. Reinava seu pai, D. Dinis (6º). Pontificava Nicolau IV (191º).

D. Constança foi a filha primogénita de D. Dinis – irmã de D. Afonso IV (7º) - e da Rainha Santa Isabel. Tornou-se rainha de Castela pelo seu casamento com o rei Fernando IV de Castela, em 1302, como forma de selar definitivamente a Paz de Alcanizes assinada cinco anos antes.

O “tratado de Alcanices” foi assinado entre os soberanos de Leão e Castela, Fernando IV (1295-1312) e de Portugal, seu sogro, D. Dinis (1279-1325), a 12 de Setembro de 1297, na povoação espanhola de Alcañices.

Por ele, se restabelecia a paz fixando-se os limites fronteiriços entre os dois reinos,

em fins do século XIII.

Do casamento de D. Constança com Fernando IV, nasceram três filhos: Leonor de Castela (1307-1359), casada com o rei Afonso IV de Aragão; Constança de Castela (1308-1310); Afonso XI de Castela (1311-1350)

D. Constança morreu aos 23 anos, a 18 de Novembro de 1313.

(Fonte: “Wikipédia, a enciclopédia livre”)

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Foi há 569 anos (1437), numa QI: morreu Catarina de Valois, princesa de França, rainha consorte de Inglaterra. Em Portugal reinava D. Duarte (11º). Pontificava Eugénio IV (207º).

Catarina de Valois (27 de Outubro 1401 - 3 de Janeiro 1437) foi princesa de França, filha do rei Carlos VI, o Louco, e rainha consorte de Henrique V, de Inglaterra.

Catarina nasceu em Paris numa época conturbada da história de França. A guerra dos cem anos atingiu o apogeu durante a sua adolescência. Catarina casou com Henrique V a 2 de Junho de 1420. O casal regressou então a Inglaterra, onde nasceu seu único filho, o futuro Henrique VI.

Catarina ficou viúva inesperadamente em 1422 e a partir de então a sua importância na corte inglesa decresceu drasticamente. Além disso, a sua nacionalidade francesa alimentava as suspeitas dos nobres ingleses, que conspiraram para a afastar do seu filho Henrique VI. Afastada da corte, Catarina encontrou conforto em Owen Tudor, um nobre galês. Apesar de ser por lei proibida de voltar a casar, Catarina iniciou uma ligação com Tudor e teve dele mais quatro filhos.

Catarina morreu a 3 de Janeiro de 1437, no parto da sua filha, que não sobreviveu muito mais. Como rainha consorte, foi sepultada na abadia de Westminster, em Londres. Estes seus últimos 4 filhos (em princípio ilegítimos, porque se Catarina casou com Owen foi em segredo) foram reconhecidos pelo irmão Henrique VI e adquiriram títulos de nobreza.

(Fonte: “Wikipédia, a enciclopédia livre”)

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Foi há 485 anos (1521), numa QI: o papa Leão X (217º) excomungou Martinho Lutero. Em Portugal reinava D. Manuel (14º).

Martinho Lutero (inicialmente Martin Luder), (Eisleben, 10 de Novembro de 1483 - Eisleben, 18 de Fevereiro de 1546), foi teólogo alemão. É o pai espiritual da Reforma Protestante (outro reformador foi João Calvino). Como monge agostinho tornou-se teólogo e queria alcançar reformas, vistas como necessárias, sem inicialmente pretender dividir a igreja.

Foi o autor de uma das primeiras traduções da bíblia para o alemão, algo que na altura era considerado pelo Vaticano como uma heresia. Lutero não foi o primeiro tradutor da Bíblia para o alemão. Já havia traduções mais antigas. A tradução de Lutero, contudo, suplantou as anteriores. Além da qualidade da tradução, foi amplamente divulgada em decorrência da sua difusão por meio da imprensa, desenvolvida por Gutenberg em 1453. O latim, a língua do extinto Império Romano, permanecia a língua franca europeia, imediatamente conotada com o passado romano glorioso, uma era de ciência, de progresso económico e civilizacional, sendo também a língua dos textos sagrados tal como estes foram transmitidos às províncias do império romano, por mais longínquas que fossem, nos menos de 100 anos que separam a oficialização da religião cristã pelo Imperador Romano Teodósio I em 380 d.C. e a deposição do último imperador de Roma pelo Germânico Odoacro em 476 d.C., data avançada por Edward Gibbon e convencionalmente aceite como ano da queda de Roma (Império Ocidental). O fim da perseguição da religião cristã pelo império romano tinha-se dado em 313 d.C.

O domínio do latim era, no séc. XVI, no fim da Idade Média e princípio da chamada idade moderna, apenas o privilégio de uma percentagem ínfima de população instruída, entre os quais os elementos da própria igreja. A tradução de Lutero para o alemão foi simultaneamente um acto de heresia e um pilar da sistematização do que viria a ser a língua alemã, até aí vista como uma língua inferior, dos ignorantes, plebeus. A sua tradução das Escrituras marca a emergência do idioma alemão moderno. [É preciso esclarecer que Lutero não se opôs ao latim, e ele mesmo publicou uma edição revista da tradução latina da Bíblia (Vulgata). Lutero escrevia tanto em latim como em alemão. A tradução da Bíblia para o alemão não significou, portanto, rejeição do latim como língua académica.]

Enquanto padre na Universidade de Wittenberg, escreveu textos críticos sobre a venda de indulgências (remissão do castigo pelos pecados cometidos). O imperador romano Carlos V intimou-o a comparecer na Dieta (assembleia dos dignitários do império romano) de Vorms/Vórmia, na Alemanha, em 1521, onde ele recusou retractar-se. Assumindo-se originariamente como um reformista, o seu protesto conduziu ao cisma, na sequência da confissão de Augsburgo.

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A confissão de Augsburgo,

elaborada por Philip Melanchthon, consiste na afirmação da fé protestante tal como é sustentada pelos reformistas alemães.

Em 1530, foi apresentada ao imperador católico-romano Carlos V,

na conferência conhecida como congresso de Augsburgo.

A confissão de Augsburgo consiste no credo da Igreja luterana moderna.

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Lutero é considerado o instigador da revolução protestante, sendo agora o luteranismo a religião predominante em muitos países do norte da Europa, incluindo a Alemanha, Suécia e Dinamarca.

No dia 31 de Outubro de 1517, Lutero afixou na porta da igreja de Wittenberg a declaração das 95 teses respeitantes às indulgências, e, no ano seguinte, foi intimado por Roma a justificar esse acto. Como resposta, lançou um ataque ainda mais forte ao papado e, em 1520, queimou publicamente, em Wittenberg, a bula papal (édito) que tinha sido emitida contra ele. Quando regressava a casa, vindo da Dieta imperial de Vorms, foi levado pelo príncipe eleitor da Saxónia em regime de «prisão preventiva», para o castelo de Wartburg. Mais tarde, desentendeu-se com o teólogo holandês Erasmo, que o tinha apoiado nos ataques lançados contra a autoridade papal, e envolveu-se em controvérsias com os seus opositores religiosos e políticos. Após a confissão de Augsburgo, em 1530, Lutero retirou-se gradualmente da liderança protestante.

(Fonte: as enciclopédias, mormente, Wikipédia e BU)

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Aconteceu há 219 anos (1787), numa QA: é inaugurado o Observatório Astronómico da Academia de Ciências de Lisboa, instalado no Castelo de São Jorge. Reinava D. Maria I (26º). No Vaticano pontificava Pio VI (250º).

Em 1779, tinha sido instalado no Castelo de S. Jorge o primeiro ponto de observação astronómico de Lisboa - a Torre do Observatório.

E poucos anos depois, surge o Observatório Astronómico da Escola Politécnica, fundado em 1875, mas cujo edifício principal teve posteriormente de ser demolido por motivos de estabilidade, sendo o imóvel hoje existente, já integrado no Museu de Ciência, sido inaugurado em 1898. Porém, o seu interior encontra-se bastante degradado.

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Decorreram 211 anos (1795), foi num SB: Rússia e Áustria fazem acordo para repartir a Polónia. Em Portugal ainda vivia D. Maria I mas já não reinava, porque incapacitada, decorrendo, pois, a regência de D. João, futuro D. João VI (27º) e chefiava o governo Luís Pinto de Sousa Coutinho, Visconde de Balsemão. Em Roma pontificava Pio VI (250º).
Recuando uns séculos, e em síntese, n
o século X, as tribos polacas foram unidas pela primeira vez sob a égide de Mieczyslaw, um governante cristão. Os mongóis devastaram o país em 1241, e, depois disso, os refugiados alemães e judeus foram encorajados a fixar-se por entre a população eslava. O primeiro parlamento reuniu em 1331, e Casimiro, o Grande, (1333-1370) conduziu o país a um elevado nível de prosperidade. Sob a dinastia Jagielloniana (1386-1572), a Polónia transformou-se numa grande potência, a maior da Europa, enquanto se manteve unida à Lituânia (1569-1776). Depois da morte do último Jagiello, seguiram-se vários reis eleitos, tendo a nobreza reaccionária tomado conta do poder, com o poderio da Polónia a decair. Stephen Báthory derrotou Ivan, o Terrível, da Rússia, em 1581, e, em 1683, João III de Sobieski forçou os turcos a levantarem o cerco a Viena. A guerra com a Rússia, Suécia e Brandenburgo terminou em meados do século XVII com a derrota completa da Polónia, que nunca mais recuperou. As guerras com o império otomano, as desavenças entre os nobres, as querelas pela eleição de cada novo rei, a manutenção da servidão e a perseguição feita aos protestantes e aos cristãos ortodoxos gregos levaram o país a sofrer as ingerências da Áustria, Rússia e Prússia, que culminaram numa partilha em 1772, e, de novo, em 1793, quando a Prússia e a Rússia ocuparam outras regiões. A revolta patriótica liderada por Tadeusz Kosciusko foi derrotada, tendo a Rússia, a Áustria e a Prússia ocupado o resto do país em 1795. O Congresso de Viena reordenou a divisão de 1815 e reconstituiu a parte russa como um reino sob a tutela do czar. (Transcrição da BU)

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Completam-se hoje 131 anos (1875), foi num DM: morreu Pierre Larousse, enciclopedista e editor francês. Em França já vigorava o regime republicano. Em Portugal reinava D. Luís (32º) e decorria o 1º governo de António Maria de Fontes Pereira de Melo, do Partido Regenerador. No Vaticano pontificava Pio IX (255º).

Pierre Athanase Larousse (Toucy, 23 de Outubro, 1817-3 de Janeiro, 1875) foi um gramático, filólogo e lexicógrafo francês conhecido pelo dicionário enciclopédico que editou e que ficou conhecido pelo seu nome. Com maior rigor trata-se do Grand Dictionnaire Universel du XIXème Siècle (1865-76), que continua a ser um valioso instrumento de consulta e de pesquisa.

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Foi há 105 anos (1901), era uma QI: nasceu Ngo Dinh Diem, ditador do Vietname entre 1954 e 1963. Em Portugal reinava D. Carlos (33º) e chefiava o governo, pela 2ª vez, Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro, do Partido Regenerador. Em Roma pontificava Leão XIII (256º).

Trata-se do Vietname do Sul, pró-ocidental, com capital em Saigão.

Ngo Dinh Diem descendia de uma família de ricos mandarins da Corte imperial de Hue. Foi adversário da invasão japonesa da Indochina durante a Segunda Guerra Mundial, inimigo do Vietname do Norte, comunista (Hanói), de Ho Chi Minh e, também, do colonialismo francês.

«Entrementes no Sul, assumia a administração em nome do imperador, Ngo Dinh Diem, um líder católico, que em pouco tempo tornou-se o ditador do Vietname do Sul. Ao invés de realizar as eleições em 1956, como previa o acordo de Genebra, Diem proclamou a independência do Sul e cancelou a votação. Os americanos apoiaram Diem porque sabiam que as eleições seriam vencidas pelos nacionalistas e pelos comunistas de Ho Chi Minh. Em 1954, o Gen. Eisenhower, presidente dos Estados Unidos, explicou a posição americana na região pela defesa da Teoria de Dominó: "Se vocês puserem uma série de peças de dominó em fila e empurrarem a primeira, logo acabará caindo até a última... se permitirmos que os comunistas conquistem o Vietname corre-se o risco de se provocar uma reacção em cadeia e todo os estados da Ásia Oriental tornar-se-ão comunistas um após o outro."
A partir de então Diem conquistou a colaboração aberta dos EUA, primeiro em armas e dinheiro e depois em instrutores militares. Diem reprimiu as seitas sul-vietnamitas, indispôs-se com os budistas e perseguiu violentamente os nacionalistas e comunistas, além de conviver, como bom déspota oriental, com uma administração extremamente nepótica e corrupta. Em 1956, para solidificar ainda mais o projecto de contenção ao comunismo, especialmente contra a China, o secretário John Foster Dulles criou, em Manilla, a OTASE (Organização do Tratado do Sudeste Asiático), para servir de suporte ao Vietname do Sul.»

Em 01NOV1963 Ngo Dinh Diem é deposto, e cai o seu regime.

Entre 1954 e 1975 decorreu a guerra do Vietname, entre o Vietname do Norte, de regime comunista, e o Vietname do Sul, apoiado pelos EUA. “Nesta guerra morreram 200 000 soldados do Vietname do Sul, 1 milhão de soldados do Vietname do Norte e 500 000 civis. Entre 1961 e 1975 morreram 56 555 soldados americanos. A guerra destruiu 50% da floresta do país e 20% das terras agrícolas. O Camboja, um país vizinho que tinha assumido uma posição neutral no conflito, foi bombardeado pelos americanos entre 1969 e 1975, tendo sofrido cerca de um milhão de mortos e feridos.

Os americanos gastaram 141 mil milhões de dólares em ajuda ao governo do Vietname do Sul, mas os 3250 milhões de dólares que, em 1973, o presidente americano Richard Nixon prometeu ao Governo vietnamita como reparação pelos estragos de guerra, nunca foram pagos.” (BU)

Em 02 de Julho de 1976 a unificação nacional é oficializada com o nome de República Socialista do Vietname.

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Foi há 89 anos (1917), era uma QA: o Corpo Expedicionário Português (CEP) parte para a Flandres. Decorria a Grande Guerra de 14-18 e, em Portugal, o mandato presidencial de Bernardino Machado, do Partido democrático, enquanto o evolucionista António José de Almeida liderava um governo de “União Sagrada”. Pontificava Bento XV (258º).

Assinada uma Convenção com a Grã-bretanha para regulamentação da nossa participação na frente europeia, durante a Primeira Guerra Mundial, o CEP ficou subordinado ao BEF (British Expeditionary Force).

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Aconteceu há 64 anos (1942), e foi num SB: Chiang Kai-Chek é nomeado comandante e chefe de todas as forças aliadas na China. Em Portugal já há muito que era PR o vitalício presidente general Carmona. O governo era chefiado pelo igualmente vitalício Salazar (corria a primeira das quase cinco décadas do seu consulado). Em Roma pontificava Pio XII (260º).

Decorria a guerra sino-japonesa.
«Após a morte de Sun Yat-sen (1925), o KMT passou a ser liderado pelo traiçoeiro e inescrupuloso Chiang Kai-chek. Este homem ambicioso e sem escrúpulos, que não hesitou em vender-se ao imperialismo, ordenou o Massacre de Xangai (1927), no qual milhares de comunistas foram trucidados pelos soldados do KMT. A partir daí, começava a gerra civil entre o PCC e o KMT.»

“Em 1911, os nacionalistas chineses, liderados por Sun Yat-sen, chefiaram uma revolta que proclamou a república. Este homem fundou o Kuomintang (KMT), partido nacionalista que propunha criar um Estado moderno, dinamizador do capitalismo.”

«A Segunda Guerra chegou mais cedo à China: em 1937 o Japão declarou-lhe guerra total, com o objectivo de dominá-la completamente.
Para enfrentar os invasores japoneses, o PCC e o KMT estabeleceram uma trégua. Entretanto, enquanto o KMT, dominado pela corrupção, pouco fazia contra os violentos ocupantes estrangeiros, o PCC mostrava ao povo que era o mais dedicado, vigoroso e leal combatente do imperialismo. Na luta contra os japoneses foi criado o Exército Vermelho.

Os japoneses agiram com selvajaria, matando e destruindo o que viam pelo caminho. Os latifundiários, para não perderem suas riquezas, colaboravam com os invasores e exploravam mais ainda os camponeses.»

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Aconteceu há 50 anos (1956), foi numa TR: a linha de caminho de ferro entre Pequim e Moscovo é inaugurada. Nikita Khrushchev era o dirigente da União Soviética. Mao Tse-tung (ou Mao Zedong) era o líder da República Popular da China. Em Portugal, uma vez que Carmona morrera em 1951, era agora PR o general Craveiro Lopes, que não era das simpatias do líder do regime, Salazar, e por isso só exerceu esse mandato. Este PR não era tão submisso quanto o, ainda, Presidente do Conselho, exigia. Pio XII (260º) era, então, o papa reinante.
O projecto é ir de
Moscovo
até Pequim de comboio. (Os 7 855 km que separam estas cidades equivalem quatro vezes à distância entre Lisboa e Paris)

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Faz hoje 46 anos (1960), o que aconteceu a um DM: Álvaro Cunhal, com outros nove prisioneiros, consegue efectuar a célebre fuga do Forte de Peniche, tendo sido auxiliado por alguns pescadores. Era, então, PR essa brilhante figura, essa fulgurante inteligência, esse orador insigne que a História e a Academia registam com o nome de Américo Tomás – mas sempre fiel servidor do grande chefe. (A Seara Nova registou muitas passagens dos seus aplaudidíssimos discursos; como, por exemplo: “depois da última vez que aqui estive, esta é a primeira vez que cá venho” – e o “pessoal” da UN, da LP, da MP, da PIDE, e da cor, explodia em aplausos vibrantes e em delírio). Salazar – o grande chefe - continuava firme no seu posto. Pontificava João XXIII (261º).

Biografia de Álvaro Cunhal, com referência e descrição da fuga e uma amostra dos seus desenhos.

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Na mesma data morreu, num acidente de viação, em Sem, França, Albert Camus, escritor e filósofo.

Camus nasceu na Argélia, em Modovi, aos 07.11.1913

É considerado um expoente da literatura francesa, juntamente com Jean Paul Sartre.

Para uma rápida nota bio-bibliográfica.

Para uma informação um pouco mais completa.

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Foi há 29 anos (1977), numa SG: tomam posse os primeiros autarcas eleitos em Portugal desde o final da I República, em 1926. Era PR o general Ramalho Eanes. Estava em funções o I Governo Constitucional liderado por Mário Soares. Paulo VI (262º) era o líder da igreja romana.

As eleições realizaram-se em 12DEZ1976.

A distribuição dos votos pelos maiores partidos foi a seguinte:

PS – 33,24%

PPD/PSD – 24,27%

FEPU * - 17,69%

CDS – 16,61%

A FEPU, Frente Eleitoral Povo Unido, era constituída pelo PCP, o MDP e a FSP.

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Aconteceu há 26 anos (1980), foi numa QI: o presidente da República, general Ramalho Eanes, empossa o VI Governo Constitucional, presidido por Sá Carneiro. Já pontificava João Paulo II (264º).

Seja, dá-se a substituição de Maria de Lourdes Pintasilgo, que liderara o V Governo Constitucional.

Em 06MAI1974, restaurada a democracia, no mês anterior, Francisco Sá Carneiro, juntamente Francisco Pinto Balsemão e José Magalhães Mota (que tinham feito parte da “ala liberal” da Assembleia Nacional do regime anterior), fundou o Partido Popular Democrata (PPD), entretanto alterado e renomeado Partido Social-Democrata (PSD). E Sá Carneiro torna-se o primeiro presidente do novo partido.

Em finais de 1979, criou a Aliança Democrática, uma coligação entre o seu PPD/PSD, o Centro Democrático Social/Partido Popular de Diogo Freitas do Amaral, o Partido Popular Monárquico de Gonçalo Ribeiro-Telles, e alguns independentes). A coligação vence as eleições legislativas desse ano com maioria absoluta. Dispondo de uma ampla maioria a apoiá-lo (a maior coligação governamental até então desde o 25 de Abril), foi chamado pelo Presidente da República Ramalho Eanes para liderar o novo executivo, tendo sido designado como primeiro-ministro em 3 de Janeiro de 1980, sucedendo assim a Maria de Lourdes Pintasilgo.

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Aconteceu há 7 anos (1999), num DM: lançamento, pela NASA, da sonda norte-americana Mars Polar Lander. Em Portugal continuava Jorge Sampaio na PR, mas o executivo, agora, o XIII Governo Constitucional, era liderado por António Guterres. O papa era ainda João Paulo II.

O objectivo da sonda era analisar o solo, o subsolo e o clima do planeta Marte, antes de mais nas proximidades da “aterragem”da sonda.

Esta missão seguiu-se a uma outra, a Mars Pathfinder, em 1997.

O foguetão, Delta II, lançado nesta data chegaria a Marte onze meses depois, em 03DEZ.

O foguetão, no fundo, transportava três sondas: a sonda principal, Mars Polar Lander, e duas micro-sondas do programa Deep Space 2 que fazia parte de um projecto com que se visava desenvolver novas tecnologias com o intuito de melhor realizar as pesquisas, suplantando as várias adversidades que acompanham a exploração espacial.

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