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Este é o espaço em que,
habitualmente,
faço algumas incursões pelo mundo da História.
Recordo factos, revejo acontecimentos,
visito ou revisito lugares,
encontro ou reencontro personalidades.
Datas que são de boa recordação, umas;
outras, de má memória.
Mas é de todos estes eventos e personagens que a História é feita.
Aqui,
as datas são o pretexto para este mergulho no passado.
Que, por vezes,
ajudam a melhor entender o presente
e a prevenir o futuro.
Respondendo a uma interrogação,
continuo a dar relevo ao papado.
Pela importância que sempre teve para o nosso mundo ocidental.
E não só, nos últimos séculos.
Os papas sempre foram,
para muitos, figuras de referência,
e para a generalidade, figuras de relevo;
por vezes, e em diversas épocas, de decisiva importância.
Alguns
(muitos)
não pelas melhores razões.
Mas foram.
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O ano 2007 [MMVII] do calendário gregoriano corresponde ao: . ano 1428/1429 dH do calendário islâmico (Hégira) . ano 2760 Ab urbe condita (da fundação de Roma) . ano 4703/4704 do calendário chinês . ano 5767/5768 do calendário hebraico |
DE ACORDO COM A TRADIÇÃO, COM O CALENDÁRIO DA ONU OU COM A AGENDA DA UNESCO: |
2001/2010 - Década para Redução Gradual da Malária nos Países em Desenvolvimento, especialmente na África. 2001/2010 - Segunda Década Internacional para a Erradicação do Colonialismo. 2001/2010 - Década Internacional para a Cultura da Paz e não Violência para com as Crianças do Mundo. 2003/2012 - Década da Alfabetização: Educação para Todos. 2005/2014 - Década das Nações Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável. 2005/2015 - Década Internacional "Água para a Vida". |
2007 Ano Internacional da Heliofísica |
imagem Wikipédia
Tratado de Tordesilhas
Foi no DM 04MAI1460, completam-se hoje 547 anos: Diogo Gomes descobre o arquipélago de Cabo Verde.
Reinava D. Afonso V (12º). Decorria o curto pontificado de Pio II (210º).
Pouco se conhece da vida do explorador e navegador. Sabe-se que fora colector das alfândegas reais e juiz das cousas e feitorias contadas de Sintra. E a surpresa, para muitos, é que foi também escritor: “escreveu, especialmente para Martin Behaim, uma crónica em latim de grande valor, tratando da vida e das descobertas do infante D.
Martin Behaim, que também respondia por Martinho da Boémia
– já que casou e viveu alguns anos na ilha do Faial e morreu em Lisboa, em 1507 –,
nasceu em Nuremberga em 1459 e foi, além de explorador,
um conhecido cosmógrafo e astrónomo.
Claro que quando se diz que – neste caso – Diogo Gomes (ao serviço de Portugal), ou - noutros casos - Cristóvão Colombo (ao serviço dos reis católicos), Pedro Álvares Cabral (ao serviço da coroa portuguesa), descobriram, respectivamente Cabo Verde, a América ou o Brasil… Quando se afirma que outros navegadores e exploradores medievais, portugueses, holandeses, britânicos ou espanhóis descobriram continentes, ilhas, arquipélagos, percursos, territórios e comunidades… Efectivamente tudo isso estava mais que descoberto. Só que se desconhecia a sua existência, porque não havia registos de viagens, muito menos mapas; e atlas, então, menos ainda.
O que os navegadores europeus fizeram foi, de facto, “descobri-los” mas para o nosso mundo ocidental, ao serviço dos respectivos monarcas, que iniciaram a sua colonização nos moldes da nossa cultura.
(Em muitos casos – muitos? Só? – foi uma monstruosa vileza. Inqualificável violência. Mas sosseguemo-nos, com o habitual encolher d’ombros: costumes da época!...)
A América, por exemplo – todo o continente – havia sido descoberto, povoado e colonizado há cerca de 62 mil anos pelos ameríndios que, vindos da Ásia, pelo Norte do continente, numa altura em que o estreito de Bering (de
Nessa altura,
de estreito que era
– ligando dois oceanos, o Árctico e o Pacífico
(ou mares, respectivamente, Chukchi, no Norte, e Mar de Bering, a Sul), e separando duas massas de terra, Ásia e Américas –
passou a istmo,
separando, ao invés, aqueles dois corpos de água
e unindo os dois continentes.
É por demais evidente que o termo mais usual, índios, só pode resultar da confusão – da ignorância, melhor dito, perante os conhecimentos que já havia na época - de Cristóvão Colombo, que supunha ter chegado à Índia quando aportou às Américas.
(Acerca dos dados biobibliográficos – inclusive a referência a Martin Behaim – do navegador-escritor, a fonte foi a WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre)
Completam-se, hoje, 514 anos, já que o evento aconteceu no SB 04MAI1493: o Novo Mundo é dividido entre Portugal (D. João II) e Castela (Isabel, a católica), através da bula “Inter Caetera”, de Alexandre VI (214º).
O documento do valenciano Rodrigo Bórgia (o célebre e dissoluto pai dos não menos célebres e dissolutos e execrandos César e Lucrécia Bórgia) – a bula de Alexandre VI – dividiu o mundo a descobrir em dois hemisférios: o oriental [ou do nascente] para os portugueses e o ocidental [ou do poente] para os espanhóis [aliás, castelhanos]. Pelo Tratado de Tordesilhas [07.06.1494], ficou ajustado entre os dois países que
do Barlavento, Santo Antão (a 2ª maior ilha do arquipélago, sendo a maior a de Santiago, do Sotavento) do arquipélago de Cabo Verde – o actual meridiano 47º W Gr (cfr Padre Miguel de Oliveira, História Eclesiástica de Portugal, pg 200).
De notar que outras bulas – “bulas alexandrinas” – versaram esta matéria da divisão das possessões portuguesas e espanholas no mundo, como as bulas Eximiae Devotionis e Dudum Siquidem.
(DM 04MAI1561): um incêndio destrói a catedral de S. Paulo, em Londres.
(SB 04MAI1675): é criado o Observatório Real de Greenwich
Faz hoje 176 anos (1831), era uma QA: os liberais ocupam a ilha de S. Jorge. Reinava D. Miguel (29º). Pontificava Gregório XVI (254º).
Decorria a guerra civil entre miguelistas (absolutistas ou realistas do general Povoas) e liberais ou constitucionalistas, afectos a D. Pedro.
A ilha de S. Jorge iria juntar-se à Terceira no apoio da causa de D. Maria da Glória, filha de D. Pedro. Este, entretanto, abdicara novamente. Desta vez, a coroa do Brasil, em seu filho D. Pedro de Alcântara (1831), a fim de ir retomar o trono para sua filha, D. Maria II.
Não. Duas concepções políticas quase nos antípodas.
(D. Miguel que o diga)
Faz hoje 103 anos (1904), uma QA: início dos trabalhos no Canal do Panamá. Em Portugal reinava D. Carlos (33º). No Vaticano pontificava Pio X (257º).
Em bom rigor, foi em 1881 que Lesseps iniciou a construção do canal. Interrompidos os trabalhos, em 1888, foram depois retomados, nesta data que hoje se comemora, pelos EU. Concluído em 1914, foi alugado aos EU até 1999.
O canal atravessa o istmo do Panamá, tem pouco mais de
Não vem nada a propósito (???!!!), mas lembrei-me do “operário letrado” do Brecht...
Completam-se hoje 102 anos (1905) nasceu, em Mortágua,
Jurista, por formação académica, cedo se lançou no ofício da escrita. Fundou a revista literária Tríptico e foi director da Presença até 1930. Nesse mesmo ano (tinha 25 anos) fundou, com Miguel Torga, a revista Sinal. Foi poeta e romancista, mas é “no conto que melhor se realiza”. A crítica dá grande relevo à sua novela O Barão (1942), que alguns consideram “uma obra sem paralelo na literatura portuguesa”. Colaborou em várias publicações literárias e dirigiu os serviços de bibliotecas da Fundação Calouste Gulbenkian. Tem um livro de Poemas (1925). Entre outros são seus os contos Rio Turvo (1945) e Bandeira Preta (1958), e o romance Mar Santo (1952).
Ele há nomes que andam tão esquecidos!...
Completam-se hoje 78 anos (1929) nasceu, em Bruxelas, Audrey Hepburn, actriz americana.
Dado o “seu aspecto de rapariga sensível e selvagem” foi escolhida por Colette para interpretar Gigi, na Broadway. No cinema revelou-se
Audrey Hepburn morreu aos 63 anos, na Suiça, a 20.01.1993
Não desfazendo, lembro-me melhor das Jolie e das Britney do meu tempo...
Faz hoje 62 anos (1945), foi uma SX: o governo (de Salazar) decreta luto oficial de três dias pela morte de Hitler, chefe do Partido Nacional Socialista e do III Reich Alemão. Em Portugal continuava o mandato do general Carmona. No Vaticano pontificava Pio XII (260º).
Hitler suicidara-se a 30 ABR 1945, que foi uma SG.
Os geniais-gémeos terse-ão encontrado além túmulo?
Que festa terá sido!!!
Faz hoje 33 anos (1974), era um SB: com aprovação da assembleia de docentes,
Estes foram alguns dos “desprestigiados” e “perigosíssimos” professores afastados do ensino pela ditadura... Obviamente que por crime grave: porque a ela se opunham...
Margaret Hilda Roberts Thatcher liderou o governo britânico de 04MAI1979 a 22NOV1990, promovendo a “revolução conservadora” ou “neoliberal” que caracterizou o seu consulado.
«Margaret Thatcher deixou o poder há 15 anos, vai fazer 80 e, dizem amigos, está enfraquecida e alheada da política. Mas a sua sombra paira sobe a campanha. Multiplicam-se as comparações entre Thatcher e Blair. Gordon Brown elogia a Dama de Ferro para atacar os conservadores. Os neoliberais acusam Blair e Brown de dissiparem o seu legado» - artigo de Jorge Almeida Fernandes no Público de TR 04 MAI 2005.
O mesmo jornalista conclui: «Thatcher é o estilo. O seu (crítico) biógrafo Hugo Young sublinha o carisma, a determinação e a convicção absoluta nas próprias ideias, até à brutalidade e ao desprezo dos outros. Mas, sobretudo, o ódio ao consenso. Só há um consenso bom: "Quanto ao que eu quero fazer." Confundiu muitas vezes liderança com a satisfação da sua vontade. Foi o primeiro-ministro britânico que mais poderes concentrou fora de períodos de guerra.
Era uma máquina de ganhar eleições, mas "nunca foi indulgente com o povo", frisa Young. "Suspeito que nenhum outro líder do nosso tempo será capaz de manifestar tanta vontade de resistir ao desejo de agradar."»
«Só há um consenso bom: "Quanto ao que eu quero fazer"» - onde é que eu já vi isto?
Faz hoje 13 anos (1994), era uma QA: Israel e a OLP assinam um acordo que dá independência governativa aos palestinianos na Faixa de Gaza e Jericó. Em Portugal prosseguia o último mandato de Mário Soares. Continuava o pontificado de João Paulo II.
O nome da Palestina sofreu diversas modificações, desde há milénios: Terra de Canaã, no Génesis; país dos Filisteus, no êxodo; Terra Prometida, Terra Santa, reinos de Israel e de Judá; Palestinea-Syria para os gregos; Palestina para os romanos; Filastin para os Árabes e para Israel.
Aquele acordo mais não é que um protocolo de relações económicas, além de acordos quer sobre as modalidades da autonomia em Jericó e na Faixa de Gaza, quer acerca da transferência dos poderes civis para os palestinianos nos territórios ocupados.
Ratificado em 1995, o Acordo de Taba (Egipto) ou de Oslo II (*), que alarga a autoridade palestiniana a toda a Cisjordânia, prevê a retirada do exército israelita dessa parte do território e ainda a realização de eleições para o Conselho Interino da Autoridade Palestiniana e respectivo presidente.
(*) O Acordo de Oslo I, ou Acordo de Washington,
foi ratificado oficialmente nesta última cidade em 1993,
entrando imediatamente em vigor:
trata-se, afinal, da
“Declaração de Princípios sobre a Autonomia Palestiniana”,
que veio na sequência da proclamação de um “Estado” palestiniano,
reconhecida por 90 países.
Ai! Os tratadistas (tratantes?) são uns “tratados”...!
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