Mandou-me, hoje, um amigo, por mail.
Um pequeno filme. Já antigo. Do encontro ECO92, no Rio.
Só o endereço. Sem título.
Nem sei se o tem.
Pus-lhe, eu, um nome, nesta circunstância.
Vi. Ouvi.
Verdade que, no fim, ouvi palmas.
É da praxe.
Não sei é se foram palmas pela coragem da garota, se por ela se ir embora!
As imagens que iam alternando com a da miúda, que se confessava criança, não me convenceram muito, na generalidade, de que estivessem a levar "aquilo" a sério. Algumas, que vi ali, nem sei se estariam lá... Outras, por certo, estariam a magicar, lá por dentro: «"tretas"! "Conversa da treta"... Ignorantes! Retóricos absolutamente falhos de pragmatismo!... Etc....Etc....Etc......................»
E a miúda, que se confessa criança, atira p'r'a frente com a fome... Com a guerra... Com a destruição do planeta.
E os senhores dos cartéis e dos quartéis a fingir ouvir, lá algures, mas contorcendo-se de gozo interior: «Fome? Guerra? Depredação? Destruição do planeta? Ó cambada de vagabundos inúteis! Calem-se. Não m'atrapalhem o negócio! Quero lá bem saber disso!...»
E a adolescente - a miúda que se confessava criança - interiormente a responder-lhes no mesmo tom: «treta? "Conversa da treta"?... Ora "deixem-se de merdas"!»
(Ainda é um diálogo de surdos. Talvez um dia deixe de ser...)
VEJAM:
(Não. A imagem, já perto do final, em que se foca um velhote ao lado de um indivíduo mais novo... A atitude do velhote transmitiu-me seriedade. Atenção, mesmo. Reflexão...)
2 comentários:
É a esperança que nos resta:que nunca deixe de haver miudos que nos saibam pôr o dedo no nariz!
Bom video e bom poste.
Eu digo NÃO.
Quantas vezes forem precisas.
Caro José Luís,
demorei tempo mas aqui estou.
Agradecendo as palavras, as emoções, perante Fernando Capelo Gaivota naquele dia.
Quem compreende FCG só pode ser uma pessoa muito especial, já para não dizer que se é amigo do Zé Ribeiro, é com toda a certeza, uma pessoa especial.
Obrigada pelas suas palavra.
Fantástica a sua escrita.
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