sexta-feira, fevereiro 09, 2007

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA

Sumário:

- O Budismo celebra hoje o dia de Kuan Yin, a deusa protectora das mulheres.

E, a propósito, recorde-se Iemanjá.

- O fim do Sacro Império Romano-germânico, há 206 anos.

- Recordando Dostoievsky, que morreu há 126 anos

-Outros eventos revistos em síntese mais breve:

. Asmodeu? Que demónio era esse?

. A revolução do 07 de Fevereiro de 1927, tentativa de derrube da Ditadura...

. Recordando um episódio da reforma agrária

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Este é o espaço em que,

habitualmente,

faço algumas incursões pelo mundo da História.

Recordo factos, revejo acontecimentos,

visito ou revisito lugares,

encontro ou reencontro personalidades.

Datas que são de boa recordação, umas;

outras, de má memória.

Mas é de todos estes eventos e personagens que a História é feita.

Aqui,

as datas são o pretexto para este mergulho no passado.

Que, por vezes,

ajudam a melhor entender o presente

e a prevenir o futuro.

Respondendo a uma interrogação,

continuo a dar relevo ao papado.

Pela importância que sempre teve para o nosso mundo ocidental.

E não só, nos últimos séculos.

Os papas sempre foram,

para muitos, figuras de referência,

e para a generalidade, figuras de relevo;

por vezes, e em diversas épocas, de decisiva importância.

Alguns

(muitos)

não pelas melhores razões.

Mas foram.

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O ano 2007 [MMVII] do calendário gregoriano corresponde ao:

. ano 1428/1429 dH do calendário islâmico (Hégira)

. ano 2760 Ab urbe condita (da fundação de Roma)

. ano 4703/4704 do calendário chinês

. ano 5767/5768 do calendário hebraico

DE ACORDO COM A TRADIÇÃO, COM O CALENDÁRIO DA ONU OU COM A AGENDA DA UNESCO:

2001/2010 - Década para Redução Gradual da Malária nos Países em Desenvolvimento, especialmente na África.

2001/2010 - Segunda Década Internacional para a Erradicação do Colonialismo.

2001/2010 - Década Internacional para a Cultura da Paz e não Violência para com as Crianças do Mundo.

2003/2012 - Década da Alfabetização: Educação para Todos.

2005/2014 - Década das Nações Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável.

2005/2015 - Década Internacional "Água para a Vida".

2007 Ano Internacional da Heliofísica

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Kuan Yin




Celebra-se hoje o dia de Kuan Yin (ou Guan Yin), grande deusa do oriente, protectora das mulheres, segundo a mitologia chinesa.

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A divindade — deusa da compaixão e piedade — é venerada em diversos países da Ásia. No Budismo representa a suprema compaixão de todos os budas (seres iluminados). Na mitologia japonesa é representada pelo deus Kannon Bosatsu.

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E a propósito...

«“Ballet” das dançarinas surdas. O coreógrafo chinês Zhang Jigang criou uma apresentação para contemplar a "Deusa da Misericórdia com seus Mil Braços", ou "A Kwan Yin de Mil Braços", da mitologia budista. A dança foi apresentada por 21 bailarinas que se posicionavam numa longa fila, criando para os espectadores uma fabulosa ilusão de que era uma única deusa com múltiplos braços e pernas. A inesquecível apresentação de gala da Companhia de Arte Performática Chinesa de Deficientes Físicos foi apresentada ao vivo pelo canal de televisão China Central, em comemoração do Ano Novo Chinês. Impressionante é o facto de todas as integrantes desta companhia de dança serem surdas.» [Anotação do próprio vídeo, adaptada para português europeu].

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Veja o magnífico trabalho do coreógrafo e do seu singular grupo de bailado. AQUI.

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Diz uma lenda do séc XII que na sua encarnação como princesa Miao Shan, Kuan Yin teve um pai carrasco e incrédulo, que fez de tudo para que a filha deixasse de ter compaixão por tudo e por todos.

São muitas as histórias que se contam das suas crueldades para com a filha que o tentava converter para benefício de todo o seu reino.

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Muitos brasileiros (povo, em grande parte, muito dado a um fantasioso ecletismo esotérico) comparam Kuan Yin a Iemanjá, que controla a fertilidade e que também é considerada a rainha do Mar.

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Iemanjá

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Iemanjá: é um orixá africano, cujo nome significa “mãe cujos filhos são peixes”. Na Mitologia Yoruba, Olorun é o Deus supremo do povo Yoruba (Nigéria e Daomé, actual Benin), que criou as divindades chamadas Orixá para representar todos os seus domínios da terra, mas que não são considerados deuses.

Iemanjá é considerada a Mãe de quase todos os Orixás. [WIKIPÉDIA]

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São um espectáculo digno de se ver e de ser registado, as homenagens que dezenas de “crentes”, todos de vestes brancas, prestam nas praias (de Copacabana, vg), noite dentro ou de madrugada, a Iemanjá e aos deuses do mar: são centenas de velas acesas espalhadas pelo areal imenso!

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Cantaram estas “divindades” poetas como Vinicius de Moraes e romancistas como Jorge Amado.

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O Sacro Império Romano(-Germânico) em 1512

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Há 206 anos, na SG 09.02.1801 deu-se o fim do Sacro Império Romano-Germânico com a assinatura do tratado de paz de Luneville entre a Áustria e a França. Terminava o I Reich.

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O mundo vivia em plena época de Guerras Napoleónicas: série de conflitos armados, de 1799 a 1815, em que a França enfrenta várias alianças de potências europeias.

Dá-se então uma profunda reviravolta na estratégia dos franceses: o móbil das campanhas francesas, após 1789, era a defesa e a difusão dos ideais da Revolução. Com a ascensão de Napoleão, a meta passou a ser a expansão territorial da França e da sua influência.

Napoleão vence os austríacos na batalha de Marengo, em 14.06.1800, obrigando-os a assinar o tratado de Luneville, aos 09.02.1801. Uma das consequências do tratado foi a cedência, pela Áustria, da margem esquerda do Reno.

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Sacro Império Romano-Germânico: há quem o entenda como o Império de Carlos Magno e seus sucessores, assim como o império germânico (962-1806), ambos considerados como o renascimento cristão do império romano. No seu auge incluía a maior parte da Europa ocidental e central. [BU/Biblioteca Universal]

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Porém, para outros, o Império resulta, exactamente, do desmoronamento do Império Carolíngio (924). Surge com a coroação de Otão I, da Germânia, em 02.02.0962.

Mas é o filho deste, Otão II, que, vinte anos depois toma o título de Imperator Romanorum (Imperador dos Romanos). Tal como Henrique II virá a ser sagrado Rex Romanorum (Rei dos Romanos) em 1014.

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Henrique II, contudo, registara no seu selo Renovatio Regni Francorum (Renovação do Reino dos Francos), quando o império, no seu todo, é chamado Imperium Teutonicorum (Império Teutônico).

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No século XII fala-se do Sacro Império, que se torna em 1254 Sacro-Império Romano, para terminar na sua forma definitiva no final do século XV: Sacro Império Romano-Germânico. Embora, em parte, tivesse perdurado, por algum tempo, a designação anterior, como se constata, acima, com o MAPA DOS DOMÍNIOS IMPERIAIS DO SACRO IMPÉRIO ROMANO (c.1512).

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Foi com Frederico Barbaruiva - imperador do Sacro Império de 1152 a 1190 - que, em 1157 surgiu o adjectivo sacro.

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No seu apogeu, o império era constituído por grande parte dos territórios que são hoje a Alemanha, Áustria, Suíça, Liechtenstein, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, República Checa, Eslovénia, bem como a região leste da França, o norte da Itália e o oeste da Polónia.

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Mas se um Estado soberano é configurado pela máxima “um governo, um povo, um território”, o Sacro Império não correspondia a essa realidade. Não passava, quando muito, de uma mera confederação.

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Foi a esse reagrupamento político de nações e territórios da Europa ocidental e central na Idade Média, que o despotismo napoleónico atacou na transição do séc XVIII para o XIX, pôs fim com o aludido tratado de Luneville de 1801 e dissolveu, definitivamente, em 1806.

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De sublinhar que os historiadores acrescentaram a qualificação "Germânico" ao título e ao império, atendendo ao carácter eminentemente alemão da entidade política e do território que esta controlava.

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O imperador era designado por um grupo de príncipes dos vários domínios, posteriormente conhecidos como eleitores, e era, depois, coroado pelo Papa em Roma, obrigação esta, da coroação pelo papa, dispensada a partir de 1508.

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O Sacro Império e a Igreja de Roma disputaram arduamente, durante séculos, a supremacia dos respectivos poderes (temporal e espiritual – talvez antes: “espiritual”). A célebre Questão das Investiduras foi o ponto culminante do conflito que envolveu a Igreja e o Sacro Império Romano-Germânico durante os séculos XI e XII acerca da referida supremacia.

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«O poder do Império era enorme na Cristandade, depondo e escolhendo papas da sua confiança, até que um deles, Nicolau II, transfere para o colégio de cardeais o poder exclusivo de eleição papal, agitando ainda mais o conflito entre o poder espiritual (Roma) e o temporal (Império)» [INFOPÉDIA, Porto Editora].

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«No auge da Idade Média, em 1122, foi assinada a Concordata de Worms, que pôs fim a Questão das investiduras, marcando o início da sobreposição da autoridade papal sobre a imperial. A luta entre poder político versus o religioso se estenderia até o século XIII, auge das Cruzadas, do ponto de vista comercial» - [WIKIPÉDIA]. Em melhor rigor, «a Concordata de Worms, por vezes chamada de Pactum Calixtinum por historiadores papais, foi um tratado entre o Papa Calisto II e o Sacro Imperador Henrique V, celebrado em 23 de Setembro de 1122, perto de Worms [uma cidade do sudoeste da Alemanha]. Encerrou a primeira fase da Questão das Investiduras entre o Papado e o Sacro Império Romano. Reconheceu ao Imperador o direito de investir bispos com a autoridade secular ("pela lança") nos territórios que estes governassem, mas não com a autoridade sagrada ("pelo anel e báculo"). A concordata foi confirmada pelo Primeiro Concílio de Latrão, em 1123» [Id].

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A Paz de Luneville entre a França e a Áustria, que hoje se comemora, teve ainda outros importantes reflexos. «A partir de então, os britânicos voltam a ficar isolados no plano continental, embora continuem a obter importantes ganhos no ultramar, nomeadamente quando atacam Alexandria e obrigam à retirada dos franceses do Egipto. Também nas índias Ocidentais fazem cair uma série de domínios franceses, holandeses, dinamarqueses e suecos, enquanto no Indostão continuam a devorar antigas possessões francesas.» [Fonte: CENTRO DE ESTUDOS DO PENSAMENTO POLÍTICO/CEPP, Director: José Adelino Maltez].

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Guerra das Laranjas. A Espanha, governada por Manuel Godoy, sob Carlos IV, na sequência da Paz de Luneville, promoveu uma série de tratados com Napoleão; em 29 de Janeiro de 1801 era assinada o tratado secreto de Fontainebleau entre a França e a Espanha prevendo a partilha de Portugal. Em 19 de Agosto de 1796 é assinado o Tratado de S. Ildefonso entre a França e a Espanha Em Setembro de 1799 era assinado um pacto de amizade entre Portugal e a Rússia que, nessa altura, estava em guerra com a Espanha. Em 29 de Janeiro de 1801 a Espanha e a França lançam um ultimato a Portugal. Em 27 de Fevereiro de 1801, Carlos IV declara guerra a Portugal. Entre 20 e 30 de Maio desenrola-se a Guerra das Laranjas, quando Portugal perde Olivença. Em 6 de Junho era assinado o Tratado de Badajós e Portugal ficava obrigado a aderir ao Bloqueio Continental. No armistício entre a França e a Inglaterra de 1 de Outubro de 1801, em artigo secreto, os ingleses confirmavam a ocupação de Olivença e da parte brasileira da Guiana; estas disposições mantiveram-se na Paz de Amiens de 25 de Março de 1802, confirmando-se a indiferença britânica perante os interesses portugueses; aliás, em Setembro de 1799, os ingleses chegaram a ocupar Goa. [Site do ISCSP]

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Ainda na sequência do mesmo tratado de Luneville, «Portugal, que se via pressionado pela Espanha para aceitar as velhas exigências da França de abandonar a aliança inglesa, foi recusando de facto a realização de qualquer tipo de negociação, durante todo o ano de 1800. E preparava-se para a guerra, ao regulamentar o recrutamento e a utilização dos regimentos de milícias, considerados essenciais para o reforço do exército de campanha, e que irão ter na guerra futura uma participação assinalável. A guerra acabou por chegar por via de um ultimato conjunto francês e espanhol entregue em 6 de Fevereiro de 1801, que tendo sido recusado provocou a saída de Lisboa em 19 de Fevereiro dos dois embaixadores, sendo a declaração de guerra assinada em 27 e proclamada em 2 de Março. Começou então uma corrida febril para pôr o exército em estado de entrar em campanha criando-se as companhias de artilharia a cavalo, levantando-se um novo regimento de infantaria, o 24.º e que se denominará "de Lisboa", nomeando-se o intendente-geral dos Transportes, e mandando criar-se corpos de voluntários de ordenanças que serão organizados tanto em Trás-os-Montes, sob a direcção do coronel Pamplona, e que serão dirigidos pelo futuro conde de Amarante, assim como na Beira, sob a direcção do marquês de Alorna, e que são criadas para actuarem como corpos de infantaria ligeira. [Fonte: site “O Portal da História!”].

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Dostoevsky

De acordo com o nosso actual calendário, há 126 anos, na QA 09.02.1881 morreu, em São Petersburgo, aos 59 anos, Fyodor Mikhailovich Dostoievsky, escritor russo, um dos clássicos desse país.

(Certo que na Rússia decorria ainda o dia 29.01.1881, já que o calendário gregoriano só aí foi adoptado em 1919).

Na Rússia decorria o reinado de Alexandre II, avô do último czar da Rússia, Nicolau II.

Em Portugal, curiosa e paralelamente, reinava D. Luís (32º), avô do nosso último monarca.

No Vaticano pontificava Leão XIII (256º).

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Dostoievski é tido como o fundador do existencialismo, mais frequentemente em razão da sua obra “A Voz Subterrânea” (1864), o qual é descrito por Walter Kaufmann como "melhor proposta para existencialismo já escrita". Este foi o primeiro dos seus romances "metafísicos", onde o autor criou o "anti-herói", um tipo de personagem muito explorado pela literatura do século XX. Entre suas obras de maior importância destacam-se os romances O Idiota (1868; no qual o herói é um epiléptico como ele próprio), Crime e Castigo (1866), “de inspiração cristã, [que] aborda a problemática da culpa e da redenção” Os Possessos (1872) e Os Irmãos Karamazov (1880).

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Dostoievski nasceu em Moscovo em 11.11.1821.

A sua primeira novela, Gente Pobre, surgiu em 1846, sendo considerado o primeiro romance social russo. Em 1849, durante um período de intensa censura czarista, foi preso por ser membro de um círculo literário de livres-pensadores e condenado à morte. Esta pena foi, no entanto, comutada para quatro anos de trabalhos forçados na Sibéria, na colónia penal de Omsk, seguidos de serviço no exército.

«Preso e deportado para a Sibéria, essa difícil experiência permite-lhe aprofundar as suas reflexões espirituais, cristalizadas na figura de Cristo, e nos seus companheiros de infortúnio descobre a grandeza da "alma russa"» - [INFOPÉDIA]

Recordação da Casa dos Mortos (1861) relembra essa experiência do autor no degredo. Como também Humilhados e Ofendidos (1862) se baseia nas suas vivências como deportado.

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Note-se: ele, que fora oficial do exército por um lapso de tempo.

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Mas a sua obra-prima foi Os Irmãos Karamazov (1880), onde “opõe a natureza e a civilização e aborda os grandes problemas metafísicos: Deus, o bem e o mal, a liberdade humana”.

“Na obra de Dostoievski, encontram-se presentes, dir-se-ia profeticamente, os problemas que vão ocupar a literatura e a filosofia de todo o século XX” – [conclui a INFOPÉDIA/Porto Editora]

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[Para além da citada INFOPÉDIA/Porto Editora, foram ainda fontes desta entrada, designadamente, outras enciclopédias: a WIKIPÉDIA e a BU/Biblioteca Universal/Texto Editores]

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EM MAIS LIGEIRA SÍNTESE – aguardando futuros desenvolvimentos:

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Asmodeu, 04.10.1856, p. 4

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Aconteceu há 151 anos, no SB 09.02.1856: é lançado o ASMODEU, primeiro periódico humorístico português.

Reinava D. Pedro V (31º) e era Presidente do Conselho de Ministros o Duque de Saldanha, do Partido Regenerador, pela 3ª vez não consecutiva.

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Em 1875, no «Asmodeu», surge uma caricatura anónima («Receios ephemeros dos accionistas d' um caminho de ferro»), onde um «pré-zé-povinho» dorme na linha, no qual aparecem já vários elemento fisionómicos que o caracterizarão.

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Isto retirei eu do blog Humorgrafe, de Osvaldo Macedo de Sousa, que nada nos diz sobre a sua fonte.

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Há 80 anos, QA 09.02.1927, terminava a Revolução do 7 de Fevereiro, movimento republicano liderado pelo general Sousa Dias, desde o dia 3 anterior.

Nesta altura, Carmona era simultaneamente Chefe de Estado e Chefe do governo.

Porém, de 03 a 07 de Fevereiro, consta como Presidente do Ministério (Primeiro-ministro) Jaime Cortesão.

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Veja, para já, os seguintes dois trabalhos do blog Almanaque Republicano:

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«Sousa Dias: "O resistente que fez tremer a ditadura"»

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«A Revolução de Fevereiro de 1927 contra a ditadura: oitenta anos depois»

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DM 09.02.1975: Reforma agrária: conferência dos Trabalhadores Agrícolas do Sul, em Évora, que reclama a “liquidação dos latifúndios” e a entrega da “terra a quem a trabalha”

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Decorria o III governo provisório, presidido por Vasco Gonçalves.

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Durante a vigência do II e III Governo Provisório reaparece o Ministério da Economia com uma Secretaria de Estado da Agricultura e outra das Pescas - Decs. Lei nºs 338/74 e 539/74, respectivamente de 18 de Julho e 12 de Outubro.

Ministro da Economia era Emílio Rui Vilar; Secretário de Estado da Agricultura era Alfredo Esteves Belo.

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«A Reforma Agrária foi, sem dúvida, a tentativa de transformação das estruturas produtivas que mais marcou as rupturas revolucionárias que atravessaram a construção da democracia portuguesa após a recuperação da liberdade em 25 de Abril de 1974.

Não falta bibliografia sobre a Reforma Agrária. Contudo nenhuma abarca o período e as vicissitudes do seu desaparecimento e são raras as que foram escritas por aqueles que a viveram e dela tiveram experiência directa. O testemunho que o autor deixa neste livro ajuda a compreender não só os fundamentos e o processo da própria Reforma Agrária como todo o longo período da sua destruição e a saga dos trabalhadores na defesa do que constituiu uma tentativa séria de transformar os campos agrícolas do Sul numa perspectiva de progresso, justiça social e factor de desenvolvimento.»

Informação da editora

Campo das Letras

acerca da obra, por ela editada em 2004, do deputado do PCP Lino de Carvalho (1946-2004), Reforma Agrária – da Utopia à Realidade.

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NOTA: Lino de Carvalho, no ano anterior ao seu passamento, foi eleito pela Associação de Jornalistas Parlamentares como o melhor deputado.

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2 comentários:

Jorge P. Guedes disse...

Todos estes assuntos são muito interessantes, e saliento o Asmodeu, mas demasiado extensos para serem lidos de uma golfada com a concentração que merecem.
Não me leve a mal esta observação, mas é o que sinto como seu leitor e amigo.

Um grande abraço e SAÚDE!
Jorge G

Anónimo disse...

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