quarta-feira, junho 21, 2006

TOLERÂNCIA-II (REFLEXÃO)


Tolerância é a pedra de toque do democrata.

Tolerância no sentido de respeito pelo outro. Pelas opiniões divergentes.

Tolerância que se não confunda com sobranceria nem com frouxa aquiescência. Tolerância sem abdicação de personalidade.

Ou então, tolerância que se não confunda nem com qualquer espírito de superioridade nem com uma submissa conformação com o outro.

A maior deferência que certas pessoas nos merecem, a “cerimónia” que, por vezes, com outras nos condiciona, a “distância” que relativamente a outras sentimos (tão grandes as diferenças nos respectivos referenciais), podem levar-nos a uma certa retracção, a uma maior contenção. Mas não ao silêncio. Pelo menos de um simples “não acho” ou de um mais assertivo “discordo” não devemos abdicar. De contrário, essa tolerância será muito mal interpretada.

Claro que falo de tolerância como atitude positiva (embora cheia de conteúdos de valoração negativos…)

Falo de uma atitude de seriedade perante convicções igualmente sérias.

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Para se entender melhor o que pretendo dizer,

perante a insensata verborreia e boçal alarvidade de um AJJ,

não pode esperar-se,

muito menos exigir-se,

tolerância.

Nunca.

Aí estamos noutro plano:

no da sopina ignorância,

da vacuidade cerebral,

da opacidade intelectual,

da ridícula e permanente manifestação histriónica,

da mais triste, demente e desprezível charlatanice.

Aí não se pode pedir tolerância.

Talvez uma outra coisa que escasseia cada vez mais:

santa paciência.

Mas mesmo essa tem limites,

se existir...

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Sem tolerância não é possível uma recomendável sociabilidade.

Reconhecer e compreender a diferença, e respeitá-la, é imperioso. De contrário, é o retrocesso à barbárie ou ao autoritarismo. À ditadura.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Vou começar a preparar um papel para lhe poder passar um Certificado de Português Legítimo.
Atenção apenas a essa pequena "coisinha" da tolerância.Continua a haver limites para tudo.
Mas os nossos heróis de pacotilha lá ganharam e,como dizia o Vale Azevedo,até o trânsito flui mais rápido
Um abraço do RUI

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