quinta-feira, janeiro 27, 2011

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA

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Recordo:

Este é o espaço em que,
habitualmente,
faço algumas incursões pelo mundo da História.
Recordo factos,
revejo acontecimentos,
visito ou revisito lugares,
encontro ou reencontro personalidades.
Relembro datas que são de boa recordação, umas;
outras, de má memória.
Mas é de todos estes eventos e personagens que a História é feita.
Aqui,
as datas são o pretexto para este mergulho no passado.
Que, por vezes,
ajudam a melhor entender o presente
e a prevenir o futuro.
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ESTAMOS NA QUINTA-FEIRA DIA 27 DE JANEIRO DE 2011 (MMXI) DO CALENDÁRIO GREGORIANO

Que corresponde ao
Ano de 2764 Ab Urbe Condita (da fundação de Roma)
Ano de 4707/8 do calendário chinês
Ano de 5771/2 do calendário hebraico
Ano 1432-1433 do calendário islâmico

2011 é o ANO INTERNACIONAL DA QUÍMICA


Mais:
DE ACORDO COM A TRADIÇÃO, COM O CALENDÁRIO DA ONU OU COM A AGENDA DA UNESCO:
De 2003 a 2012 - Década da Alfabetização: Educação para Todos.
de 2005 a 2014 - Década das Nações Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável.
de 2005 a 2015 - Década Internacional "Água para a Vida".
Como
- hoje é Dia do Holocausto
e
- Dia Mundial dos leprosos
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Algumas efemérides desta data:
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- foi num SB, no ano de 98 d.C., faz hoje 1913 anos, que morreu o imperador romano Nerva.
Marco Coceio Nerva (ou Marcus Cocceius Nerva) nasceu a 8 de Novembro de 30 e foi imperador romano desde 96 d.C. até à sua morte em 98. “Reputado senador esteve ao serviço do Império durante os reinados de Nero, Vespasiano, Tito e Domiciano. Foi recompensado com dois consulados, com Vespasiano em 71 e com Domiciano em 90.”

“Durante o Império Romano, o consulado, despido de poderes verdadeiros, tornou-se uma magistratura puramente honorífica
que exigia do respectivo titular gastos enormes na realização de jogos,
mas ainda abria caminho para alguns cargos efectivos”

Sendo Domiciano assassinado a 18 de Setembro de 96, o senado, no dia seguinte elegeu e aclamou um de seus membros, Nerva, imperador. Embora se desconheça grande parte da sua vida, Nerva é considerado pelos historiadores antigos como um imperador sábio e moderado, interessado no bem-estar económico (…). Esta opinião foi confirmada pelos historiadores modernos, um dos quais, Edward Gibbon, chama a Nerva e aos seus quatro sucessores, os "cinco bons imperadores".

O período da história de Roma compreendido entre os anos 96 e 180
é conhecido como a era dos Cinco Bons Imperadores.
Durante as administrações imperiais de Nerva (96 a 98), Trajano (98 a 117), Adriano (117 a 138), Antonino Pio (138 a 161) e Marco Aurélio (161 a 180),
Roma desfrutou de relativa paz e prosperidade política, militar e económica,
tendo, então, atingido o seu auge.

A adopção de Trajano como herdeiro, por parte de Nerva, pôs termo à tradição dos anteriores imperadores de nomearem algum dos seus parentes como filho adoptivo, caso não lhes sucedessem os seus próprios filhos. Como novo monarca, Nerva jurou restaurar os direitos que foram abolidos ou simplesmente desprezados durante o reinado de Domiciano. Contudo, a sua administração enfrentou problemas financeiros e foi caracterizada pela sua falta de habilidade para tratar com a classe militar. Daí uma rebelião da guarda pretoriana em 97 que quase o forçou a adoptar o popular Trajano como herdeiro e sucessor, mas acabou por falecer de morte natural a 27 de Janeiro de 98. À sua morte foi sucedido pelo seu filho adoptivo, Trajano.

Marco Úlpio Nerva Trajano (ou Marcus Ulpius Traianus) (53-117)
nasceu em Itálica (actual Santiponce), na Bética, no sul da Hispânia,
perto de Híspalis (hoje Sevilha) em 53 d.C.
Foi imperador romano de 98 a 117.

(Em parte transcrito, em parte adaptado da Wikipédia)
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- Foi há 255 anos (numa TR, em 1756): nasceu, em Salzburgo, Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), compositor clássico austríaco.
Mozart é unanimemente considerado um dos mais brilhantes compositores de todos os tempos, tendo criado dezenas de peças entre sinfonias, sonatas e óperas nos seus, apenas, 35 anos de vida.
O compositor revelou “uma extraordinária precocidade enquanto criança e um notável virtuosismo e genialidade enquanto adulto”.
Realmente, ensinado pelo pai, Leopold Mozart (1719-1787), aos três anos já tocava cravo e começou a compor aos cinco anos uma grande quantidade de obras, totalizando 27 concertos para piano, 23 quartetos de cordas, 35 sonatas para violino e 41 sinfonias de que se salientam as três últimas, compostas em 1788: Sinfonias n.º 39, n.º 40 e n.º 41 ("Jupiter").
Das suas óperas destacam-se Idomeneo (1780), O Rapto no Serralho (1782), As Bodas de Fígaro (1786), Don Giovanni (1787), Così Fan Tutte (1790) e A Flauta Mágica (1791).
“Tal como a música de Haydn, a de Mozart assinala o ponto alto do período clássico na pureza da melodia e da forma”.
A carreira de Mozart começou quando foi levado com a sua irmã, Maria Anna , numa série de tournées entre 1762-79, pela Áustria, Holanda, França, Inglaterra e Itália. Já então tinha começado a compor. Entre 1772 e 1781 foi mestre da orquestra da corte do arcebispo de Salzburgo, e a partir de 1782 radicou-se em Viena, onde se entregou a “uma penosa carreira de pianista de concerto, compositor e professor por conta própria que lhe trouxeram uma fama duradoura mas uma grande precariedade financeira”.
“O seu Requiem, que ele deixou inacabado, foi completado por um aluno”.

cartaz do filme Amadeus, de Milos Forman, da autoria de Peter Sís
“Sobre Mozart escreveram-se centenas de livros, todos unânimes sobre o seu génio incomparável. É hoje, sem margem para dúvidas o compositor mais popular da história da música. Prova disso foi o sucesso do filme Amadeus (1984), de Milos Forman. Sobre a sua vida têm-se feito as mais diversas teorias, em especial sobre a sua ligação à maçonaria e sobre as circunstâncias da sua morte, mas todas inconclusivas”.
(Texto transcrito ou adaptado da “Biblioteca Universal”, da “Texto Editores”).
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- Faz hoje 248 anos (foi igualmente numa QI, em 1763) que a capital do Brasil foi transferida de S. Salvador da Baía para Rio de Janeiro.
Salvador (fundada como São Salvador da Bahia de Todos os Santos) é a capital do estado da Baía e primeira capital do Brasil. Os habitantes são chamados de soteropolitanos, gentílico criado a partir da tradução do nome da cidade para o grego: Soterópolis, ou seja, "cidade do Salvador".

imagem de satélite da NASA de Salvador e da Baía de Todos os Santos
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Salvador é uma metrópole nacional com mais de 2,6 milhões de habitantes, sendo a cidade mais populosa do Nordeste e a terceira mais populosa do Brasil. Mas a sua região metropolitana ("Grande Salvador"), tem 3.574.804 habitantes.

Em 1536, chegou à região o primeiro donatário, Francisco Pereira Coutinho, que recebeu a capitania hereditária de El-Rei Dom João III.

Em 29 de Março de 1549 chegam, pela Ponta do Padrão, Tomé de Sousa, primeiro governador-geral do Brasil, e comitiva, em seis embarcações: três naus, duas caravelas e um bergantim, com ordens do rei de Portugal de fundar uma cidade-fortaleza chamada de São Salvador: nascendo assim a cidade de Salvador, capital da colónia. Com o governador vieram nas embarcações mais de mil pessoas. Trezentas e vinte nomeadas e recebendo salários, entre eles o primeiro médico nomeado para o Brasil por um prazo de três anos, Dr. Jorge Valadares, e o farmacêutico Diogo de Castro, seiscentos militares, degredados, e fidalgos, além dos primeiros padres jesuítas no Brasil, como Manuel de Nóbrega.

Duarte da Costa foi o governador-geral que se seguiu a Tomé de Sousa, chegando a 13 de Julho de 1553 e trazendo 260 pessoas, entre elas o filho Álvaro, jesuítas como José de Anchieta, e dezenas de órfãs para servirem de esposas para os colonos.

Mem de Sá foi o terceiro governador-geral, que governou até 1572.
E outros se seguiram, aí, enquanto a Cidade de São Salvador da Bahia de Todos os Santos foi a capital e sede da administração colonial do Brasil até 1763.
Museu da Cidade e Casa de Jorge Amado no Centro Histórico de Salvador
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Um dos locais mais importantes, histórica e turisticamente, de Salvador é o Pelourinho, que fica no centro histórico da cidade.
Ora Pelourinho, como sabemos, em sentido amplo, corresponde a uma coluna de pedra localizada normalmente no centro de uma praça, onde eram expostos e castigados os criminosos. No Brasil, e em especial o pelourinho de Salvador, era o local onde se castigavam escravos à chicotada, durante o período colonial. Mas tempos depois, e terminada a escravidão no Brasil, este local da cidade passou a atrair intelectuais e artistas de todos os géneros: cinema, música, pintura, etc., tornando o Pelourinho num centro cultural, chamado, aliás, Centro Cultural do Mundo pela UNESCO que certificou igualmente esse local histórico como Património da Humanidade.

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(fonte: wikipédia)
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- A 27 de Janeiro de 1944, há 67 anos (igualmente a uma QI), terminou o cerco das forças nazis a Leninegrado com um saldo de um milhão de mortos.
«Após 872 dias de bloqueio, os habitantes Leninegrado (hoje São Petersburgo) começaram a sair dos abrigos, no primeiro dia de silêncio desde o Verão de 1941. Os alemães retiravam-se após a ofensiva final das tropas russas do general Leonid Govorov: “a cidade de Leninegrado foi totalmente liberta do bloqueio inimigo e do bárbaro bombardeamento de artilharia a que foi submetida.” Inúmeros edifícios tinham sido destruídos pela aviação e canhões de longo alcance. A população foi o grande alvo. Em vez de tentarem entrar na cidade, os alemães resolveram fazê-la render-se pela fome e pelo fogo. Terão morrido entre 700 mil e um milhão de civis e 150 mil soldados russos, na maioria devido à fome e à doença. Os habitantes comeram pão de serradura de madeira e, até, cadáveres. Leninegrado era a frente Norte da Operação barbarossa, nome de código da invasão da União Soviética pela Alemanha de Hitler, em 22 de Junho de 1941. Da Crimeia a Leninegrado, esta foi a principal frente estratégica da II Guerra Mundial. Começou por ser um êxito táctico e acabou por se tornar na sepultura do III Reich, que na Frente Leste perdeu mais de seis milhões de soldados. O cerco de Leninegrado foi tema de numerosos filmes, livros e da 7ª Sinfonia de Dmitri Shostakovitch, que foi lá composta, no início do bloqueio, em 1941.» (in Público.pt, “No passado dia 27 de Janeiro de 1944”)
Leninegrado sob fogo das tropas de Hitler
homenagem aos soldados que tombaram no cerco à cidade
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A 7ª sinfonia de Shostakovich recorda e louva “os sacrifícios feitos durante a Grande e Patriótica Guerra, como os sobreviventes do Cerco de Leninegrado descrevem a primeira execução desta grande sinfonia” que tem ao piano, nesta apresentação, o próprio compositor.

Quem dirige esta execução daquela sinfonia é o maestro russo (moscovita) Valery Gergiev (1953)
(director da companhia de ópera,
director geral e director artístico do Teatro Mariinsky,
principal maestro da Orquestra Sinfónica de Londres,
principal maestro do Metropolitan Opera
e também director artístico do Festival Noites Brancas em São Petesburgo).

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