Recordo:
Este é o espaço em que,
habitualmente,
faço algumas incursões pelo mundo da História.
Recordo factos,
revejo acontecimentos,
visito ou revisito lugares,
encontro ou reencontro personalidades.
Relembro datas que são de boa recordação, umas;
outras, de má memória.
Mas é de todos estes eventos e personagens que a História é feita.
Aqui,
as datas são o pretexto para este mergulho no passado.
Que, por vezes,
ajudam a melhor entender o presente
e a prevenir o futuro.
ESTAMOS NO SÁBADO DIA 8 DE JANEIRO DE 2011 (MMXI) DO CALENDÁRIO GREGORIANO
Que corresponde ao
Ano de 2764 Ab Urbe Condita (da fundação de Roma)
Ano de 4707 e 4708 do calendário chinês
Ano de 5771 e 5772 do calendário hebraico
Ano de 1432 e 1433 do calendário islâmico
2011 é o ANO INTERNACIONAL DA QUÍMICA
Mais:
DE ACORDO COM A TRADIÇÃO, COM O CALENDÁRIO DA ONU OU COM A AGENDA DA UNESCO:
De 2003 a 2012 - Década da Alfabetização: Educação para Todos.
de 2005 a 2014 - Década das Nações Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável.
de 2005 a 2015 - Década Internacional "Água para a Vida".
Ano de 1432 e 1433 do calendário islâmico
2011 é o ANO INTERNACIONAL DA QUÍMICA
Mais:
DE ACORDO COM A TRADIÇÃO, COM O CALENDÁRIO DA ONU OU COM A AGENDA DA UNESCO:
De 2003 a 2012 - Década da Alfabetização: Educação para Todos.
de 2005 a 2014 - Década das Nações Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável.
de 2005 a 2015 - Década Internacional "Água para a Vida".
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e este é ainda o
- Dia Mundial da Alfabetização
- Dia Mundial da UNICEF
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Ora
- faz hoje 369 anos que morreu em Florença, numa Quarta, aos 77 anos Galileu Galilei (15.02.1564-08.01.1642), físico, matemático, astrónomo e filósofo, esse enorme génio da história da humanidade, espírito sobredotado e de perene memória como um Leonardo da Vinci, um Isaac Newton ou um Alberto Einstein.
Em Portugal reinava D. João IV (21º), enquanto no Vaticano pontificava Urbano VIII (235º).
Para um dos piores poderes políticos desde sempre exercido em toda a Humanidade – a Igreja da Inquisição – Galileu, já perto do fim dos seus dias, cometeu o crime de à luz da Ciência ter afirmado a verdade: A Terra gira em torno do Sol. Ou, noutra perspectiva, O Sol é o centro do universo conhecido, em torno do qual todas as estrelas e planetas se movem. Crente e temeroso, preso e ameaçado de tortura é apresentado ao tribunal da inquisição por tão ignominioso crime e nefanda heresia.
Mas para os sólidos e independentes critérios objectivos dos venerandos juízes, os cardeais, bispos e padres que exerciam esse poder em nome da Santa MADRE Igreja, o que contava eram as suas inseguras crenças, volúveis opiniões, infundadas certezas, indiscutíveis mas inexplicáveis princípios, verdades absolutas conquanto que sem absoluta comprovação. Imagine-se a leviandade e a leveza como estas criaturas discutiam a história do pensamento – alimentado, posto à discussão e à crítica por múltiplos e destacadíssimos cérebros!
Mas, temente a Deus, Galileu apressa-se a confessar o seu pecado, a esconjurar o seu passado, a retractar-se, a penitenciar-se e a redimir-se de forma humilhante: não, não é o Sol que é o centro do Universo conhecido (rectifica temeroso) mas a Terra (afinal a grande revolução científica do século XVII) - rematando, numa expressão consciente mas talvez não intencional, que, contudo, aos carrascos terá passado despercebida… "Eppure, si muove" ("no entanto, move-se").
E aqui cabe recordar que alguém referiu que a personalidade de Galileu tinha um lado sombrio: quando entrava em polémicas científicas, era sarcástico, brutal, de um orgulho desmedido.
Isto, não (ou não tanto), porém, nesta circunstância de idade e de temor reverencial para com os carrascos do Santo Ofício.
Galileu leccionou, sobretudo matemática, em Florença, em Pisa e em Pádua. Aqui viveu durante 18 anos (de 1592 a 1610) desenvolvendo as suas pesquisas na área da resistência dos materiais.
Como foi aí e em Florença que desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Tal como foi então que descobriu a lei dos corpos e ainda princípios, conceitos e ideias precursoras da mecânica newtoniana
Foi ainda por essa época que melhorou significativamente o telescópio refractor e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, a que chamou Io, Europa, Ganimedes e Calisto, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea.
Em finais do séc XVI foi, cada vez mais, ficando convencido do acerto das teorias de Copérnico sobre a movimentação dos astros (sistema heliocêntrico), mas nas suas aulas continuava a ensinar que a Terra era o centro do Universo e em torno dela giravam planetas e estrelas. “Não tinha medo da Inquisição, ainda, pois nessa época a própria Igreja não dava importância ao assunto. Conforme confessou numa carta escrita a Kepler, datada de 1597, temia o ridículo. E tinha razão. A imobilidade da Terra não era apenas uma teoria defendida pela tradição da escola de Aristóteles, mas sobretudo parecia perfeitamente de acordo com o senso comum. Logo, no entanto, Galileu recebeu o apoio entusiasmado de Johannes Kepler (1571-1630), então no auge do prestígio como matemático imperial na corte de Praga.”
Augurava, no fundo, e no entanto, o que, numa idade mais avançada lhe iria acontecer.
Em 1632, Galileu publicou os Diálogos sobre os dois maiores sistemas do mundo Ptolomeu e Copérnico. Sustentava, pois, a teoria heliocentrista do universo conhecido.
Na Quarta 22.06.1633 a inquisição obriga Galileu, que contava 69 anos, a negar as teorias resultantes do seu Dialogo Sopra i Due Massimi Sistemi del Mondo (1632) e é condenado. Reina em Portugal Filipe III (20º), que em Espanha era Felipe IV. Pontifica Urbano VIII (235º).
- Dia Mundial da UNICEF
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Ora
- faz hoje 369 anos que morreu em Florença, numa Quarta, aos 77 anos Galileu Galilei (15.02.1564-08.01.1642), físico, matemático, astrónomo e filósofo, esse enorme génio da história da humanidade, espírito sobredotado e de perene memória como um Leonardo da Vinci, um Isaac Newton ou um Alberto Einstein.
Em Portugal reinava D. João IV (21º), enquanto no Vaticano pontificava Urbano VIII (235º).
Para um dos piores poderes políticos desde sempre exercido em toda a Humanidade – a Igreja da Inquisição – Galileu, já perto do fim dos seus dias, cometeu o crime de à luz da Ciência ter afirmado a verdade: A Terra gira em torno do Sol. Ou, noutra perspectiva, O Sol é o centro do universo conhecido, em torno do qual todas as estrelas e planetas se movem. Crente e temeroso, preso e ameaçado de tortura é apresentado ao tribunal da inquisição por tão ignominioso crime e nefanda heresia.
Mas para os sólidos e independentes critérios objectivos dos venerandos juízes, os cardeais, bispos e padres que exerciam esse poder em nome da Santa MADRE Igreja, o que contava eram as suas inseguras crenças, volúveis opiniões, infundadas certezas, indiscutíveis mas inexplicáveis princípios, verdades absolutas conquanto que sem absoluta comprovação. Imagine-se a leviandade e a leveza como estas criaturas discutiam a história do pensamento – alimentado, posto à discussão e à crítica por múltiplos e destacadíssimos cérebros!
Mas, temente a Deus, Galileu apressa-se a confessar o seu pecado, a esconjurar o seu passado, a retractar-se, a penitenciar-se e a redimir-se de forma humilhante: não, não é o Sol que é o centro do Universo conhecido (rectifica temeroso) mas a Terra (afinal a grande revolução científica do século XVII) - rematando, numa expressão consciente mas talvez não intencional, que, contudo, aos carrascos terá passado despercebida… "Eppure, si muove" ("no entanto, move-se").
E aqui cabe recordar que alguém referiu que a personalidade de Galileu tinha um lado sombrio: quando entrava em polémicas científicas, era sarcástico, brutal, de um orgulho desmedido.
Isto, não (ou não tanto), porém, nesta circunstância de idade e de temor reverencial para com os carrascos do Santo Ofício.
Galileu leccionou, sobretudo matemática, em Florença, em Pisa e em Pádua. Aqui viveu durante 18 anos (de 1592 a 1610) desenvolvendo as suas pesquisas na área da resistência dos materiais.
Como foi aí e em Florença que desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Tal como foi então que descobriu a lei dos corpos e ainda princípios, conceitos e ideias precursoras da mecânica newtoniana
Foi ainda por essa época que melhorou significativamente o telescópio refractor e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, a que chamou Io, Europa, Ganimedes e Calisto, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea.
Em finais do séc XVI foi, cada vez mais, ficando convencido do acerto das teorias de Copérnico sobre a movimentação dos astros (sistema heliocêntrico), mas nas suas aulas continuava a ensinar que a Terra era o centro do Universo e em torno dela giravam planetas e estrelas. “Não tinha medo da Inquisição, ainda, pois nessa época a própria Igreja não dava importância ao assunto. Conforme confessou numa carta escrita a Kepler, datada de 1597, temia o ridículo. E tinha razão. A imobilidade da Terra não era apenas uma teoria defendida pela tradição da escola de Aristóteles, mas sobretudo parecia perfeitamente de acordo com o senso comum. Logo, no entanto, Galileu recebeu o apoio entusiasmado de Johannes Kepler (1571-1630), então no auge do prestígio como matemático imperial na corte de Praga.”
Augurava, no fundo, e no entanto, o que, numa idade mais avançada lhe iria acontecer.
Em 1632, Galileu publicou os Diálogos sobre os dois maiores sistemas do mundo Ptolomeu e Copérnico. Sustentava, pois, a teoria heliocentrista do universo conhecido.
Na Quarta 22.06.1633 a inquisição obriga Galileu, que contava 69 anos, a negar as teorias resultantes do seu Dialogo Sopra i Due Massimi Sistemi del Mondo (1632) e é condenado. Reina em Portugal Filipe III (20º), que em Espanha era Felipe IV. Pontifica Urbano VIII (235º).
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Galileu nasceu no mesmo ano que William Shakespeare (1564- 1616) e no ano em que morreram Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (1475- 1564) e o cardeal-estadista Richelieu; e morreu no ano anterior àquele em que nasceu Isaac Newton (1643-1727).
Foi, aliás, no ano da morte de Galileu (1642) que Rembrandt pintou A Ronda da Noite, talvez o mais representativo dos seus retratos de grupo, quadro de grandes dimensões exposto no Rijksmuseum, em Amesterdão.
Galileu nasceu no mesmo ano que William Shakespeare (1564- 1616) e no ano em que morreram Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (1475- 1564) e o cardeal-estadista Richelieu; e morreu no ano anterior àquele em que nasceu Isaac Newton (1643-1727).
Foi, aliás, no ano da morte de Galileu (1642) que Rembrandt pintou A Ronda da Noite, talvez o mais representativo dos seus retratos de grupo, quadro de grandes dimensões exposto no Rijksmuseum, em Amesterdão.
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Já agora não esqueçamos que existe dedicado a este “monstro” da Cultura, e em português, um Poema para Galileu, da autoria de Rómulo de Carvalho (aliás António Gedeão), declamado por esse grande diseur que foi Mário Viegas. E recordo tanto mais este poema e essa voz quanto mais essa interpretação do poema foi considerada fabulosa – uma peça onde o Jovem Mário «conseguia transmitir, de forma contagiante, toda a ideia da intolerância e do obscurantismo de que os homens (“a quem Deus dispensou de procurar a verdade”) podem ser capazes»
Fabuloso.
Fabuloso.
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- Completam-se hoje 93 anos que o presidente dos EU, Woodrow Wilson, apresentou 14 medidas para a paz mundial (guerra 14/18), entre as quais a criação da Sociedade das Nações.
O Presidente americano Woodrow Wilson apresentou os seus Catorze Pontos, propondo a auto determinação dos diversos povos europeus, a redução dos armamentos e a criação da Liga das Nações.
Os 14 pontos foram apresentados na TR 8 de Janeiro de 1918 ao Congresso dos EUA. Na Inglaterra reinava Jorge V, avô de Isabel II; e primeiro-ministro era David Lloyd George, do partido Liberal. Em França decorria o mandato do Presidente Raymond Poincaré e o de Primeiro-Ministro de Georges Clemenceau; na Alemanha imperial reinava o Kaiser Guilherme II e era chanceler o Conde Georg von Hertling. Em Portugal estava na chefia do Estado Bernardino Machado. No Vaticano pontificava Bento XV (258º pontífice romano; a título de referência Bento XVI é o 265º).
Thomas Woodrow Wilson (1856-1924), foi eleito presidente dos Estados Unidos da América por duas vezes seguidas, ficando no cargo de 1912 a 1921. Era membro do Partido Democrata, tendo também sido reitor da Universidade de Princeton e laureado com o Prémio Nobel da Paz em 1919. Gozou até o fim de sua vida da fama de excelente professor.
Conseguiu manter os Estados Unidos afastados da I Guerra Mundial. Em Janeiro de 1918 apresentou ao público os seus «Catorze Pontos», que visavam o justo acordo de paz para todas as partes envolvidas. Na Conferência de Paz de Paris, assegurou a participação da Sociedade das Nações (SDN) nos tratados de paz individualmente acordados, os quais não foram ratificados pelo Congresso, ao que acresceu o facto de os Estados Unidos não aderirem àquela organização.
Natural do estado da Virginia, Wilson assumiu em 1902 o lugar de presidente da Universidade de Princeton e, em 1910, o de governador do estado de Nova Jersey. Em 1912, foi eleito presidente dos Estados Unidos, concorrendo a par com Theodore Roosevelt e William Taft. E foi como tal que pôs em prática a legislação anti-trust e assegurou importantes reformas sociais, facultadas pelo seu programa progressista «Nova Liberdade». Apesar do seu esforço em favor da neutralidade americana durante a primeira Grande Guerra, a campanha alemã dos U-boat (submarinos alemães) obrigou-o, em 1917, a participar na guerra.
Em 1919, vítima de um acidente cardiovascular do qual nunca viria a recuperar, foi obrigado a abandonar a vida pública.
Wilson evitou o quanto pôde a entrada dos EUA no conflito, condenando a Alemanha por este tipo de guerra em 1916.
No último dos seus famosos "Catorze Pontos", Wilson advogava uma "paz justa" e defendia o estabelecimento de novos Estados baseados no direito dos povos à liberdade e à democracia
O presidente americano Woodrow Wilson enviou ao Congresso de seu país, ainda durante a guerra, os "14 pontos" em que propunha medidas para a busca de paz. Na Conferência de Paris, reuniram-se representantes de vários países, a fim de discutir os acordos do pós-guerra; mas as principais decisões foram tomadas por Wilson (Estados Unidos), Lloyd George (Inglaterra) e Clemenceau (França). A Assembleia se iniciou em Janeiro e terminou em Abril de 1918. Apesar das divergências, o acordo foi imposto à Alemanha. No dia 28 de Junho de 1919, na sala de Espelhos do Palácio de Versalhes, o governo alemão assinou o tratado de paz.
Acerca do idealismo americano, veja-se esta reflexão de Vasco Pulido Valente, no Público de 23.01.2005, intitulada «O Homem É Perigoso»: «Em 1917, Wilson também entrou na guerra com a ideia heróica de "tornar o mundo seguro para a democracia". E, sem consultar a Inglaterra e a França, produziu os "catorze pontos" que iam impor esse prodígio. "A Deus bastaram dez", preveniu um cínico. De facto os "catorze pontos" criaram o caos na maior parte da Europa, contribuíram largamente para a emergência do comunismo russo, do nazismo e do fascismo, tornaram inevitável a II Guerra e ainda hoje exigem uma "força de paz" na Bósnia.O idealismo americano trouxe invariavelmente consigo a pior miséria e a pior violência. E atenção: Lincoln, Roosevelt e Truman não pertencem à escola. Para lá da retórica, tinham objectivos limitados. Lincoln manter a União; Roosevelt liquidar Hitler e o império japonês; e Truman não permitir a expansão do comunismo. Wilson, Kennedy e Bush, pelo contrário, partilham a paixão moral e a arrogância do poder, que, em nome da liberdade, sempre destruiu a liberdade. O programa de Bush, agora reiterado na sua definitiva forma, não promete nada de bom. Já o levou ao Iraque, um sarilho sem fim, e não tardará que o leve ao Irão e à Coreia do Norte. O homem passou o limite do senso, da responsabilidade e do realismo. O homem é perigoso.» (Recordo de novo que o controverso e mal-humorado colunista escreveu esta peça em Janeiro de 2005)
O Presidente americano Woodrow Wilson apresentou os seus Catorze Pontos, propondo a auto determinação dos diversos povos europeus, a redução dos armamentos e a criação da Liga das Nações.
Os 14 pontos foram apresentados na TR 8 de Janeiro de 1918 ao Congresso dos EUA. Na Inglaterra reinava Jorge V, avô de Isabel II; e primeiro-ministro era David Lloyd George, do partido Liberal. Em França decorria o mandato do Presidente Raymond Poincaré e o de Primeiro-Ministro de Georges Clemenceau; na Alemanha imperial reinava o Kaiser Guilherme II e era chanceler o Conde Georg von Hertling. Em Portugal estava na chefia do Estado Bernardino Machado. No Vaticano pontificava Bento XV (258º pontífice romano; a título de referência Bento XVI é o 265º).
Thomas Woodrow Wilson (1856-1924), foi eleito presidente dos Estados Unidos da América por duas vezes seguidas, ficando no cargo de 1912 a 1921. Era membro do Partido Democrata, tendo também sido reitor da Universidade de Princeton e laureado com o Prémio Nobel da Paz em 1919. Gozou até o fim de sua vida da fama de excelente professor.
Conseguiu manter os Estados Unidos afastados da I Guerra Mundial. Em Janeiro de 1918 apresentou ao público os seus «Catorze Pontos», que visavam o justo acordo de paz para todas as partes envolvidas. Na Conferência de Paz de Paris, assegurou a participação da Sociedade das Nações (SDN) nos tratados de paz individualmente acordados, os quais não foram ratificados pelo Congresso, ao que acresceu o facto de os Estados Unidos não aderirem àquela organização.
Natural do estado da Virginia, Wilson assumiu em 1902 o lugar de presidente da Universidade de Princeton e, em 1910, o de governador do estado de Nova Jersey. Em 1912, foi eleito presidente dos Estados Unidos, concorrendo a par com Theodore Roosevelt e William Taft. E foi como tal que pôs em prática a legislação anti-trust e assegurou importantes reformas sociais, facultadas pelo seu programa progressista «Nova Liberdade». Apesar do seu esforço em favor da neutralidade americana durante a primeira Grande Guerra, a campanha alemã dos U-boat (submarinos alemães) obrigou-o, em 1917, a participar na guerra.
Em 1919, vítima de um acidente cardiovascular do qual nunca viria a recuperar, foi obrigado a abandonar a vida pública.
Wilson evitou o quanto pôde a entrada dos EUA no conflito, condenando a Alemanha por este tipo de guerra em 1916.
No último dos seus famosos "Catorze Pontos", Wilson advogava uma "paz justa" e defendia o estabelecimento de novos Estados baseados no direito dos povos à liberdade e à democracia
O presidente americano Woodrow Wilson enviou ao Congresso de seu país, ainda durante a guerra, os "14 pontos" em que propunha medidas para a busca de paz. Na Conferência de Paris, reuniram-se representantes de vários países, a fim de discutir os acordos do pós-guerra; mas as principais decisões foram tomadas por Wilson (Estados Unidos), Lloyd George (Inglaterra) e Clemenceau (França). A Assembleia se iniciou em Janeiro e terminou em Abril de 1918. Apesar das divergências, o acordo foi imposto à Alemanha. No dia 28 de Junho de 1919, na sala de Espelhos do Palácio de Versalhes, o governo alemão assinou o tratado de paz.
Acerca do idealismo americano, veja-se esta reflexão de Vasco Pulido Valente, no Público de 23.01.2005, intitulada «O Homem É Perigoso»: «Em 1917, Wilson também entrou na guerra com a ideia heróica de "tornar o mundo seguro para a democracia". E, sem consultar a Inglaterra e a França, produziu os "catorze pontos" que iam impor esse prodígio. "A Deus bastaram dez", preveniu um cínico. De facto os "catorze pontos" criaram o caos na maior parte da Europa, contribuíram largamente para a emergência do comunismo russo, do nazismo e do fascismo, tornaram inevitável a II Guerra e ainda hoje exigem uma "força de paz" na Bósnia.O idealismo americano trouxe invariavelmente consigo a pior miséria e a pior violência. E atenção: Lincoln, Roosevelt e Truman não pertencem à escola. Para lá da retórica, tinham objectivos limitados. Lincoln manter a União; Roosevelt liquidar Hitler e o império japonês; e Truman não permitir a expansão do comunismo. Wilson, Kennedy e Bush, pelo contrário, partilham a paixão moral e a arrogância do poder, que, em nome da liberdade, sempre destruiu a liberdade. O programa de Bush, agora reiterado na sua definitiva forma, não promete nada de bom. Já o levou ao Iraque, um sarilho sem fim, e não tardará que o leve ao Irão e à Coreia do Norte. O homem passou o limite do senso, da responsabilidade e do realismo. O homem é perigoso.» (Recordo de novo que o controverso e mal-humorado colunista escreveu esta peça em Janeiro de 2005)
Relativamente a esse ano de 1918 é de assinalar, também:
. em 30MAR: a nova lei eleitoral portuguesa em que é decretado o sufrágio universal;
. em 09ABR: as tropas portuguesas sofrem uma pesada derrota na guerra 14/18, na batalha de La Lys;
. em 29ABR: morre Guilherme Santa-Rita, introdutor e principal dinamizador do movimento futurista entre nós;
. em 02MAI: morre Amadeo de Souza Cardoso, importante representante da geração modernista da pintura no nosso país;
. em 09MAI uma revolta militar coloca Sidónio Pais na Presidência da República;
. em 14JUL: nasce o cineasta sueco Ingmar Bergman;
. em 17JUL: um decreto-lei autoriza as mulheres a exercerem advocacia;
. em 25AGO: nasceu o maestro e compositor norte-americano Leonard Bernstein;
. em 16NOV a Hungria é proclamada uma república, ao tornar-se independente do Império Austro-húngaro;
. em 14DEZ: Sidónio Pais é morto num atentado, na estação do Rossio, em Lisboa.
. em 16DEZ: o almirante João do Canto e Castro, aos 56 anos, é eleito presidente da República pelas duas câmaras do Parlamento, e entrega a chefia do governo ao general Tamagnini de Abreu.
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- Aconteceu há 52 anos, na QI 08.01.1959: Fidel Castro (1926-) entra vitorioso em Havana.
Desmoronado o regime ditatorial de Fulgêncio Baptista, concretizada com a sua fuga em 1 de Janeiro de 1959, Fidel convocou os generais para consolidar a vitória da Revolução e marchou até Havana, onde entrou em 8 de Janeiro. O Governo revolucionário instaurado designou-o primeiramente Comandante em Chefe de todas as forças armadas, terrestres, aéreas e marítimas e depois, em 16 de Fevereiro, Presidente.
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Outras efemérides, em duas linhas, relativamente ao mesmo ano:
. na mesma data o general Charles de Gaule é eleito Presidente da (Quinta) República
. em 19FEV: é garantida a independência de Chipre em acordo assinado pela Grã-Bretanha, Grécia e Turquia.
. em 11MAR: é descoberto o projecto de golpe militar conhecido por “Golpe da Sé”.
. em 28ABR: D. António Ferreira Gomes é condenado ao exílio.
. em 17MAI: é inaugurado, em Almada, o monumento a Cristo—Rei.
. em MAIO: nova tentativa de conspiração militar contra o regime.
. em 13AGO: um incêndio destrói o interior da Igreja de S. Domingos, em Lisboa
. em 29AGO: são promulgadas alterações à Constituição de 1933. Como, entre outras: o presidente da República passa a ser eleito por um colégio eleitoral restrito, onde dominam Salazar e a UN. Na base da mudança, o apoio popular a Humberto Delgado, nas presidenciais do ano anterior, em que apenas a fraude eleitoral garantiu a eleição de Américo Tomás.
. em OUT: Aquilino Ribeiro é processado judicialmente pela publicação do romance Quando os Lobos Uivam.
. em 20NOV: Portugal, Reino Unido, Áustria, Suiça, Dinamarca, Suécia e Noruega constituem a EFTA.
. em 30DEZ: é assinado, em Lisboa, o acto de adesão de Portugal à EFTA (Associação Económica de Comércio Livre).
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Outras efemérides, em duas linhas, relativamente ao mesmo ano:
. na mesma data o general Charles de Gaule é eleito Presidente da (Quinta) República
. em 19FEV: é garantida a independência de Chipre em acordo assinado pela Grã-Bretanha, Grécia e Turquia.
. em 11MAR: é descoberto o projecto de golpe militar conhecido por “Golpe da Sé”.
. em 28ABR: D. António Ferreira Gomes é condenado ao exílio.
. em 17MAI: é inaugurado, em Almada, o monumento a Cristo—Rei.
. em MAIO: nova tentativa de conspiração militar contra o regime.
. em 13AGO: um incêndio destrói o interior da Igreja de S. Domingos, em Lisboa
. em 29AGO: são promulgadas alterações à Constituição de 1933. Como, entre outras: o presidente da República passa a ser eleito por um colégio eleitoral restrito, onde dominam Salazar e a UN. Na base da mudança, o apoio popular a Humberto Delgado, nas presidenciais do ano anterior, em que apenas a fraude eleitoral garantiu a eleição de Américo Tomás.
. em OUT: Aquilino Ribeiro é processado judicialmente pela publicação do romance Quando os Lobos Uivam.
. em 20NOV: Portugal, Reino Unido, Áustria, Suiça, Dinamarca, Suécia e Noruega constituem a EFTA.
. em 30DEZ: é assinado, em Lisboa, o acto de adesão de Portugal à EFTA (Associação Económica de Comércio Livre).
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- Passam hoje 42 anos que nessa QA 08.01.1969 Marcelo Caetano se apresentou perante as câmaras da RTP para nos oferecer a primeira das suas Conversas em Família.
As Conversas em Família foram o pretexto que Marcelo Caetano, a conselho do seu homem forte na televisão (que na altura se confinava à RTP), Ramiro Valadão, encontrou para dar uma ideia de modernidade e de abertura do regime, aproximando-se do povo, imageticamente.
Não se tratava do anúncio de qualquer primavera política, como chegou a sonhar-se, mais que a confirmar-se, pois que Marcelo Caetano não tinha qualquer cariz de democrata, como ele próprio, mais tarde no exílio, não se cansou de sublinhar em testemunhos de vária ordem.
A primeira Conversa em Família aconteceu naquela já muito distante QA (Quarta-feira) 08.01.1969. O que significa que foi poucos meses depois de indigitado e empossado Chefe do Governo (muito contra-vontade do Presidente Américo Tomás, fanática e fervorosamente devoto de Salazar que, incapacitado, mas ainda vivo, o Presidente se viu dolorosamente obrigado a demitir e substituir – conquanto o velho ditador se imaginasse ainda detentor das rédeas do poder).
Foi pois ainda em vida de Salazar e sob a sua sombra tutelar que pairava sempre entre os artífices e os próceres do regime, que essa Conversa de Marcelo se iniciava assim: “(…) Nem sempre as circunstâncias proporcionam ao chefe do Governo oportunidade para, num discurso, esclarecer o seu pensamento ou elucidar o público sobre problemas correntes”.
“Esclarecer o seu pensamento ou elucidar o público sobre problemas correntes” – não eram, por certo as "ciclópicas tarefas" que Marcelo dramaticamente se referia ter de enfrentar. Mas outras, que ele próprio e a direita mais radical impunha, como a de fazer perdurar uma situação que não era sustentável num país, desenganado e esgotado, que politicamente se esboroava e desfazia ameaçando um colapso eminente. No fundo, a sua incapacidade para “encontrar solução para uma equação política que deveria passar por uma saída para a Guerra Colonial e adopção de um sistema pluripartidário”.
Num estilo que flutuava entre o professoral e o coloquial Marcelo lá ia doutrinando o povo – que, esse, sim, era o seu objectivo com tais conversas.
As Conversas em Família, tanto quanto me recordo, não eram de regular periodicidade.
Aconteciam umas três vezes por ano. Assim, a primeira ocorreu a 08.01.1969 e a última (a 16ª), na QI 28.03.1974. Esta “surgiu num tom amargo como que a adivinhar o fim próximo, falando do triste episódio da sublevação militar das Caldas da Rainha [16 de Março] e do mundo selvagem em que se vivia” – claro que numa linguagem sensibilizadora de um povo sempre cordato e submisso, mas deixando transparecer, inequivocamente a fragilidade do regime e as graves dificuldades que o mesmo enfrentava. 28 dias depois o poder caiu de podre e deu-se o 25 de Abril.
As Conversas em Família foram o pretexto que Marcelo Caetano, a conselho do seu homem forte na televisão (que na altura se confinava à RTP), Ramiro Valadão, encontrou para dar uma ideia de modernidade e de abertura do regime, aproximando-se do povo, imageticamente.
Não se tratava do anúncio de qualquer primavera política, como chegou a sonhar-se, mais que a confirmar-se, pois que Marcelo Caetano não tinha qualquer cariz de democrata, como ele próprio, mais tarde no exílio, não se cansou de sublinhar em testemunhos de vária ordem.
A primeira Conversa em Família aconteceu naquela já muito distante QA (Quarta-feira) 08.01.1969. O que significa que foi poucos meses depois de indigitado e empossado Chefe do Governo (muito contra-vontade do Presidente Américo Tomás, fanática e fervorosamente devoto de Salazar que, incapacitado, mas ainda vivo, o Presidente se viu dolorosamente obrigado a demitir e substituir – conquanto o velho ditador se imaginasse ainda detentor das rédeas do poder).
Foi pois ainda em vida de Salazar e sob a sua sombra tutelar que pairava sempre entre os artífices e os próceres do regime, que essa Conversa de Marcelo se iniciava assim: “(…) Nem sempre as circunstâncias proporcionam ao chefe do Governo oportunidade para, num discurso, esclarecer o seu pensamento ou elucidar o público sobre problemas correntes”.
“Esclarecer o seu pensamento ou elucidar o público sobre problemas correntes” – não eram, por certo as "ciclópicas tarefas" que Marcelo dramaticamente se referia ter de enfrentar. Mas outras, que ele próprio e a direita mais radical impunha, como a de fazer perdurar uma situação que não era sustentável num país, desenganado e esgotado, que politicamente se esboroava e desfazia ameaçando um colapso eminente. No fundo, a sua incapacidade para “encontrar solução para uma equação política que deveria passar por uma saída para a Guerra Colonial e adopção de um sistema pluripartidário”.
Num estilo que flutuava entre o professoral e o coloquial Marcelo lá ia doutrinando o povo – que, esse, sim, era o seu objectivo com tais conversas.
As Conversas em Família, tanto quanto me recordo, não eram de regular periodicidade.
Aconteciam umas três vezes por ano. Assim, a primeira ocorreu a 08.01.1969 e a última (a 16ª), na QI 28.03.1974. Esta “surgiu num tom amargo como que a adivinhar o fim próximo, falando do triste episódio da sublevação militar das Caldas da Rainha [16 de Março] e do mundo selvagem em que se vivia” – claro que numa linguagem sensibilizadora de um povo sempre cordato e submisso, mas deixando transparecer, inequivocamente a fragilidade do regime e as graves dificuldades que o mesmo enfrentava. 28 dias depois o poder caiu de podre e deu-se o 25 de Abril.
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Mas, desse ano de 1969 estão ainda entre as brumas da memória outros eventos. Que destaco resumidamente:
. em 24JAN: morre em Lisboa António Sérgio, ex-oficial da Marinha, pedagogo e ensaísta, fundador da revista Seara Nova;
. em JAN: o PCP cria a ARA (Acção Revolucionária Armada);
. em 03FEV: eleição de Yasser Arafat como líder da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), durante o Congresso Nacional Palestiniano, no Cairo;
. em 05FEV: Eduardo Mondlane, líder da FRELIMO, é assassinado pela PIDE. Foi vítima de uma bomba colocada numa encomenda postal. No ano seguinte sucede-lhe Samora Machel;
. em 10FEV: inicia-se a publicação dos Cadernos GEDOC (Grupo de Estudos e Documentação), pelos padres José Felicidade Alves e Abílio Cardoso, e pelo arquitecto Nuno Teotónio Pereira, abordando criticamente questões ligadas à hierarquia católica.
No ano seguinte serão detidos pela PIDE.
. em 17ABR: Alberto Martins, presidente da Associação Académica de Coimbra, é preso pela PIDE;
. em ABR-MAI, ainda na sequência dos recentes acontecimentos estudantis, o ministro da Educação Nacional, José Hermano Saraiva, manda encerrar temporariamente a Universidade de Coimbra;
. em 15MAI: inauguração, em Lisboa, das novas instalações da Biblioteca Nacional, no Campo Grande.
. ainda 15MAI: inicia-se, em Aveiro, o II Congresso Republicano.
. em SET: trabalhadores da CUF aprovam um documento onde exigem o fim da guerra colonial e a amnistia para os presos políticos.
. em OUT: eleições legislativas. Concorreram algumas personalidades liberais (Sá Carneiro, Pinto Balsemão e Miller Guerra) nas listas da UN. Pela oposição concorreram a CDE (Comissão Democrática Eleitoral) e a CEUD (Comissão Eleitoral de Unidade Democrática), mas a campanha decorreu no habitual clima de repressão, mantendo-se muito incompletos os cadernos eleitorais, e mantiveram-se as fraudes e a falta de fiscalização.
. em 17NOV: Marcelo Caetano extingue a PIDE e cria, em seu lugar, a DGS (Direcção Geral de Segurança).
.em 29NOV: morre o escritor António Alves Redol.
. em DEZ: a oposição constitui a CNSPP (Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos).
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. em 24JAN: morre em Lisboa António Sérgio, ex-oficial da Marinha, pedagogo e ensaísta, fundador da revista Seara Nova;
. em JAN: o PCP cria a ARA (Acção Revolucionária Armada);
. em 03FEV: eleição de Yasser Arafat como líder da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), durante o Congresso Nacional Palestiniano, no Cairo;
. em 05FEV: Eduardo Mondlane, líder da FRELIMO, é assassinado pela PIDE. Foi vítima de uma bomba colocada numa encomenda postal. No ano seguinte sucede-lhe Samora Machel;
. em 10FEV: inicia-se a publicação dos Cadernos GEDOC (Grupo de Estudos e Documentação), pelos padres José Felicidade Alves e Abílio Cardoso, e pelo arquitecto Nuno Teotónio Pereira, abordando criticamente questões ligadas à hierarquia católica.
No ano seguinte serão detidos pela PIDE.
. em 17ABR: Alberto Martins, presidente da Associação Académica de Coimbra, é preso pela PIDE;
. em ABR-MAI, ainda na sequência dos recentes acontecimentos estudantis, o ministro da Educação Nacional, José Hermano Saraiva, manda encerrar temporariamente a Universidade de Coimbra;
. em 15MAI: inauguração, em Lisboa, das novas instalações da Biblioteca Nacional, no Campo Grande.
. ainda 15MAI: inicia-se, em Aveiro, o II Congresso Republicano.
. em SET: trabalhadores da CUF aprovam um documento onde exigem o fim da guerra colonial e a amnistia para os presos políticos.
. em OUT: eleições legislativas. Concorreram algumas personalidades liberais (Sá Carneiro, Pinto Balsemão e Miller Guerra) nas listas da UN. Pela oposição concorreram a CDE (Comissão Democrática Eleitoral) e a CEUD (Comissão Eleitoral de Unidade Democrática), mas a campanha decorreu no habitual clima de repressão, mantendo-se muito incompletos os cadernos eleitorais, e mantiveram-se as fraudes e a falta de fiscalização.
. em 17NOV: Marcelo Caetano extingue a PIDE e cria, em seu lugar, a DGS (Direcção Geral de Segurança).
.em 29NOV: morre o escritor António Alves Redol.
. em DEZ: a oposição constitui a CNSPP (Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos).
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- Faz hoje 15 anos – foi na SG 08.01.1996: morreu o antigo presidente francês François Miterrand, aos 79 anos.
François Maurice Adrien Marie Mitterrand (1916-1996) detém actualmente o recorde de longevidade (14 anos) na presidência da República Francesa. Foi o primeiro e (até hoje) único presidente da república oriundo do partido Socialista. Foi sob sua presidência que foi abolida a pena de morte na França, em 1981. O seu mandato decorreu de 21.05.81 a 17.5.95. Em Portugal estava a esgotar-se o 2º mandato de “son ami” Mário Soares (a eleição para o primeiro mandato de Jorge Sampaio no mesmo cargo aconteceria 6 dias depois, a 14JAN) e decorria o governo de António Guterres.
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Numa breve resenha é de recordar mais alguns acontecimentos de 1996:
. em 14JAN: 1ª eleição de Jorge Sampaio como Presidente da República;
. em 01MAR: o parlamento aprova a amnistia das FP25 (Forças Populares do 25 de Abril) quanto ao crime de “associação criminosa”;
. ainda em 01MAR: morre o escritor Vergílio Ferreira.
. em 09MAR: Jorge Sampaio toma posse como Presidente da República;
. em 18MAR: morre, em Lisboa, o professor universitário e historiador Jorge Borges de Macedo, com 75 anos;
. em 31MAR: no Congresso do PSD Marcelo Rebelo de Sousa é eleito líder do partido;
. em 01ABR: morre, em Lisboa, o actor e poeta Mário Viegas, com 47 anos;
. em 16JUN: aos 69 anos morre o escritor e professor universitário David Mourão-Ferreira;
. em 17JUL: é instituída, em Lisboa, com a presença do presidente da República Jorge Sampaio, a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), constituída por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe;
. em 13AGO: morre, aos 86 anos, o marechal António de Spínola, autor de “Portugal e o Futuro”, que foi o primeiro presidente da República após o 25 de Abril e que tinha sido comandante-chefe e governador da Guiné-Bissau, e também vice-chefe do Estado Maior General das Forças Armadas;
. em 11OUT: o bispo D. Ximenes Belo e Ramos Horta recebem o Prémio Nobel da Paz;
. em 07NOV: declara-se um grande incêndio no edifício-sede da Câmara Municipal de Lisboa;
. em 05DEZ: o centro histórico do Porto é classificado como Património da Humanidade, pela UNESCO.
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