Tem sido objecto de muitas citações. Como tem sido transcrito em muitos posts e mails.
É, de facto, um texto paradigmático quanto a um sentir, na época que vivemos.
Daí o merecer integrar o APOSTILA.
É um artigo de António Barreto, na sua coluna periódica do Público, em matéria de opinião, “Retrato da Semana”, na edição de 27 de Maio do ano que corre, intitulado Enfim, só!
É uma análise serena, tão mordaz como impiedosa e tão impiedosa como merecida.
É o indivíduo e o político por uma pena. Um retrato soberbo pela grande qualidade do observador-autor.
A objectiva foca o engº Pinto de Sousa, que o vulgo conhece por José Sócrates.
Não sabemos ao certo é se a imagem respeita a um objecto ou à sua sombra.
Serão uma realidade o engº, o Pinto de Sousa, o José?
Sócrates, não é.
O engº, será, parece, uma excrescência, um arremedo, uma pluma inventada. Uma ênfase imaginada.
Pinto de Sousa, este, creio tratar-se de um mito, a representação tardia de algo que se pretende esquecer.
José?
Josés são tantos como as Marias: comuns. São tão reais como banais. De entre eles, só alguns são eleitos pelo vulgo, porque, este, a memória lhes quer perpetuar.
Não é o caso do presente… Que o povo quer esquecer.
De Cavaco adquiriu a maneira autoritária e o espírito distante. A indiferença e a “soberana” superioridade relativamente aos partidos. Começando por aquele que o acolheu e alcandorou.
De Guterres copiou o jeito de um “socialista” bem heterodoxo.
De Soares, a empáfia, o discurso fácil adequado à circunstância e ao opositor.
De Salazar herdou o militante desprezo pela democracia, o modo de pactuar com a delação, o autismo perante o país real, a postura do político para quem, quem não é por ele, é antipatriota, herege, “comunista”, objecto de perseguição, merecedor de todos os anátemas.
Leia, no APOSTILA, Enfim, só!
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