Gazing intently: by Katosu
“Portugal é um país maioritariamente católico” – rezam as crónicas.
Mas, claro que é um rumor.
Segundo o censo de 2001, na verdade, 84% da população total “inscreve-se numa tradição católica”. Porém, segundo um estudo da própria Igreja Católica (também de 2001) são católicos praticantes apenas 1.933.677 portugueses (18.7% da população total), sendo que o número de mais efectivos participantes (“comungantes”) é de 1.065.036 (10.3% da população total).
(Fonte: wikipédia)
A realidade é diferente do rumor.
Mas aceitemos os números como verdadeiros.
Sempre nos poderemos questionar acerca do seguinte: pegando nas palavras, de hoje (*), de Frei Bento Domingues, quantos se sentirão atraídos e constituindo um reino de Deus, “onde não há separação entre judeu e grego, escravo e livre, homem e mulher”? Mais: quem se sentirá imerso n’”o movimento de Jesus” (que ) só conhece uma categoria de seres humanos: a categoria de irmão, que inclui os próprios inimigos”? – para utilizar ainda as prudentes palavras do dominicano.
Não aponto para o julgamento de ninguém. Tão, apenas, para uma reflexão de todos. E quanto a uma maneira de estar, sendo-se crente ou não crente. Constituindo o “reino de Deus” uma realidade como tal, para os crentes, ou uma miragem, um mundo virtual de paz e justiça, um mundo ideal, (talvez) relizável (mas por que valerá a pena lutar), para os mais.
Porque, quanto ao resto – guerra de religiões –, o próprio frade nos recorda a velha anedota: “Qual a diferença entre um liturgista e um terrorista? Com um terrorista, é possível negociar...”
(*) DM 01.07.07, PÚBLICO/OPINIÃO/PRECISAMOS DE CONVERSAR (III)
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