I. UM REGRESSO ESPERADO
Mais de dois anos após a última, regresso ao formato inicial das postagens deste blogue, do n&r. Durante estes dois anos não o abandonei; fiz, antes, algumas (poucas) incursões neste sítio, embora não respeitando o molde inicial – repito.
E voltei para o retomar com alguma assiduidade. E essa assiduidade terá a ver com várias questões, entre elas a importância que dou a certos eventos e o tempo necessário para, sobre eles, fazer uma pesquisa mais ou menos aturada, e para lhe dar forma. Tal assiduidade não deve ser entendida como qualquer periodicidade fixa. Porque não é essa a minha intenção. É uma participação ao sabor dos temas e do tempo de os poder tratar. Assim, tanto posso postar, aqui, uns tantos dias seguidos como com alguns (espero que não muito longos) espaços.
Espero conseguir fazer reviver este projecto que, curiosamente, teve algum êxito. Como espero que ele continue a ter a relativa procura que nunca deixou de ter, e a agradar como suponho que agrada a alguns visitantes assíduos.
Até sempre.
.
.
II. MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA
Recordo:
Este é o espaço em que,
habitualmente,
faço algumas incursões pelo mundo da História.
Recordo factos,
revejo acontecimentos,
visito ou revisito lugares,
encontro ou reencontro personalidades.
Relembro datas que são de boa recordação, umas;
outras, de má memória.
Mas é de todos estes eventos e personagens que a História é feita.
Aqui,
as datas são o pretexto para este mergulho no passado.
Que, por vezes,
ajudam a melhor entender o presente
e a prevenir o futuro.
Estamos na QI 09DEZ10 do calendário gregoriano
QUE, DE ACORDO COM O CALENDÁRIO DA ONU SE SITUA NA:
- Década para Redução Gradual da Malária nos Países em Desenvolvimento, especialmente na África (ano 2001 a 2010).
- Segunda Década Internacional para a Erradicação do Colonialismo (ano de 2001 a 2010).
- Década Internacional para a Cultura da Paz e não Violência para com as Crianças do Mundo (ano de 2001 a 2010).
- Década da Alfabetização: Educação para Todos (ano de 2003 a 2012).
- Década das Nações Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável (ano de 2005 a 2014).
- Década Internacional "Água para a Vida" (ano de 2005 a 2015).
Além de que hoje se comemora o
. Dia Internacional Contra a Corrupção
E o
. Dia Nacional da Tanzânia.
.
.
Nesta dia,
há 445 anos, em 1565 : morreu o papa Pio IV (224º). Em Portugal decorria a regência do Cardeal D. Henrique (até que o seu sobrinho neto, “o reizito” (António Sérgio) D. Sebastião, neto de seu irmão, D. João III, atingisse a maioridade – que era, neste caso, aos 14 anos, o que viria a acontecer daí a 2 anos)
há 402 anos, em1608 nasceu John Milton, poeta inglês. Reinava em Portugal Filipe II (19º) e pontificava Paulo V (233º)
há 369 anos, em1641 morreu Anthony Van Dyck, pintor flamengo. Reinava em Portugal D. João IV (21º) e na Igreja de Roma pontificava Urbano VIII (235º)
há 304 anos, em 1706 morreu D. Pedro II (23º) que reinou de 1683 a 1706 e a quem sucede o filho D. João V. Pontificava Clemente XI (243º)
há 156 anos, em 1854 : morreu o escritor Almeida Garrett. Regência de D. Fernando II, até que seu filho D. Pedro V (31º) atinja a maioridade. Pontificava Pio IX (255º).
há 109 anos, em 1901 : nasceu o escritor José Rodrigues Miguéis. Reinava D. Carlos (33º). No Vaticano pontificava Leão XIII (256º).
há 101 anos, em 1909 nasceu António Pedro, escritor e artista plástico português. Decorria o curto reinado de D. Manuel II (34º) e a Igreja de Roma era dirigida por Pio X (257º) – ver desenvolvimento, mais adiante.
há 93 anos, em 1917, as forças britânicas tomaram Jerusalém aos turcos, durante a I Guerra Mundial. Presidente da República portuguesa era Bernardino Machado (3º) e Presidente do Ministério era (pela 2ª vez) Afonso Costa, agora pela União Sagrada. Aos destinos da Igreja romana presidia Bento XV (258º). Presidente dos EUA era Woodrow Wilson (28), do Partido Democrata. Reinava o 63º rei do Reino Unido, Jorge V, avô de Isabel II e o governo britânico era chefiado por David Lloyd George, do P Liberal.
há 23 anos, em 1987, os primeiros mártires da Intifada surgem quando, na Faixa de Gaza, as patrulhas israelitas atacam os campos de refugiados em Jabaliya. Os EUA tinham na Presidência Ronald Reagan (40º) do P Republicano. No Reino Unido reinava Isabel II (66º) e o governo de S. Majestade era dirigido pela Dama de Ferro, Margaret Thatcher do P Conservador. Portugal tinha na Presidência da República Mário Soares (4º), do PS, e na chefia do Governo Aníbal Cavaco Silva, do Partido Social-Democrata. Pontificava João Paulo II (264º).
há 18 anos, em 1992 O quadro de Goya, A Tourada, foi comprado por 12,2 milhões de marcos pelo Getty Museum da Califórnia. Portugal tinha na Presidência da República Mário Soares (4º), do PS, e na chefia do Governo Aníbal Cavaco Silva, do Partido Social-Democrata. Pontificava João Paulo II (264º). Nos EUA era Presidente (41º) George H. W. Bush, do P Republicano.
há 16 anos, em 1994 Em Maputo, Mário Soares, na qualidade de Presidente da República, assistiu à tomada de posse de Joaquim Chissano como presidente de Moçambique. Na chefia do Governo estava Aníbal Cavaco Silva, do Partido Social-Democrata. Pontificava João Paulo II (264º)
há 8 anos, em 2002 Jimmy Carter recebe o Prémio Nobel da Paz. Presidia à República portuguesa Jorge Sampaio (5º), à igreja de Roma, João Paulo II (264º), e era Presidente dos EUA (43º) George W. Bush pelo P Republicano
.
.
ANTÓNIO PEDRO
.
.
.
NOTA BIOBIBLIOGRÁFICA
O meio familiar, que foi seu berço, viu-o nascer na Cidade da Praia, há 101 anos, em 09.12.1909, e viu-o crescer em Caminha, frequentando, então, um colégio jesuíta na Galiza. Seguiu-se o liceu em Coimbra e, de novo, em Cabo Verde, para depois experimentar as faculdades de Letras e de Direito, em Lisboa. Mas, insatisfeito, o seu espírito subversivo fê-lo rumar a Paris aos 25 anos (1934), onde chegou a estudar no Instituto de Arte e Arqueologia da Universidade de Sorbonne.
Com forte ligação ao teatro, foi director do Teatro Apolo (Lisboa) em 1949 e director, figurinista e encenador do Teatro Experimental do Porto entre 1953 e 1961.
Envolvido com surrealistas, assinou com Kandinsky, Picabia e Duchamp o Manifesto Dimensionista e uma década depois expunha com Max Ernst, Miró e Picasso na Surrealist Diversity, em Londres. Foi o seu pendor surrealista que o trouxe de Inglaterra, onde fora, ao lado de Fernando Pessa, uma voz portuguesa na BBC, na II Grande Guerra, entre 1944 e 1945, onde foi crítico de arte e cronista, e de regresso a Lisboa, participa na 1.ª Exposição Surrealista da capital, com Mário Cesariny e outros.
Incansável e irrequieto espírito, António Pedro só viria a parar por curto espaço de 8 anos (1953-1961) no Porto, onde dirigiu o Teatro Experimental (TEP), desenvolvendo uma nova experiência de teatro no nosso País.
Nos anos 60 regressou definitivamente à sua casa de família e à sua oficina de cerâmica de Moledo, onde morreria a 17.08.1966.
Grande parte da sua obra como pintor perdeu-se aquando dum incêndio no seu atelier.
Artista plástico, ceramista, escritor, dramaturgo, encenador, crítico, cronista, “surrealista e tudo”, poeta e teatrólogo, ficcionista, ensaísta, novelista, romancista, escultor, fundador da primeira galeria de arte moderna em Portugal, director de uma revista de vanguarda: Variante; cenógrafo, figurinista, teorizador, pedagogo, tradutor, director artístico, desenhista, caricaturista, jornalista (imprensa, rádio e televisão), António Pedro foi ainda editor e organizador de cortejos históricos.
“Espírito multifacetado e aberto a quase todas as experiências da criação artística, distinguiu-se sobretudo nos campos da pintura e do teatro (como dramaturgo e como encenador, nomeadamente no Teatro Experimental do Porto, cuja sala tem hoje o seu nome). A sua actividade literária alargou-se ao comentário radiofónico, que praticou na B.B.C. durante a 2ª Guerra Mundial. “Fortemente marcado por uma adesão extremamente inteligente ao Surrealismo, de que foi um dos introdutores em Portugal e um dos principais expoentes, António Pedro fez parte do Grupo Surrealista de Lisboa (1947). Foi director da revista "Variante", colaborador de inúmeras revistas e jornais, organizou o 1º salão de Independentes de Lisboa (em colaboração com Diogo de Macedo) em 1930, e participou em variadas exposições em Lisboa, Paris, Londres, e no Brasil. Como ceramista, desenvolveu apreciável actividade em Moledo e Viana do Castelo.” (Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, 20 vols., secretariado por MAGALHÃES, António Pereira Dias; OLIVEIRA, Manuel Alves, 1ª ed., Lisboa, editorial Verbo, vol.14, 1973, pp.1588-1589)
“Em Paris, entre 1934 e 1935, evoluiu, no domínio da poesia, de uma estética próxima do decadentismo, para uma expressão poética que recupera a vertente vanguardista do modernismo e que se aproxima do dimensionismo, (…) e redige a sua primeira peça teatral, Comédie en un Acte , texto de nítida influência pirandelliana. Ligando-se a meios artísticos e intelectuais de vanguarda, assinou, juntamente com artistas ligados aos movimentos surrealista e dada europeus, como M. Duchamp, Kadinsky, Delaunay, Picabia, Miró, entre outros, o Manifeste Dimensioniste. Apenas uma Narrativa, de 1942, é considerada uma das primeiras manifestações do surrealismo em Portugal.”
“Em Londres, entre 1944 e 1945, como correspondente português na BBC, participou nas actividades do grupo surrealista de Londres.”
De regresso a Portugal, integrou o Grupo Surrealista de Lisboa, publicando, no segundo número dos Cadernos Surrealistas , o Proto-Poema da Serra de Agra.”
A partir dos fins dos anos 40, dedicou-se quase exclusivamente à actividade teatral, desempenhando um papel fundamental na renovação do teatro português. Depois de uma experiência frustrada com o grupo Companheiros do Pátio das Comédias, fundou e dirigiu, entre 1953 e 1962, o Teatro Experimental do Porto, construindo espectáculos que contribuíram para a divulgação de grandes nomes da dramaturgia contemporânea, portugueses e estrangeiros, como Miller, Ionesco, Bernardo Santareno. Os textos dramáticos que escreveu, destinados às companhias que dirigiu, incluem a referida Comédia em um Acto , em duas versões, portuguesa e francesa; um exercício coral adaptado do romance tradicional português Reginaldo ; uma farsa para fantoches, O Lorpa ; e três grandes peças: Desimaginação, Antígona e Andam Ladrões Cá em Casa , a todas sendo comum "um agudo sentido da convenção teatral, deliberadamente assumida como tal e levada às últimas consequências, muito característico [...] do teatro pós-pirandelliano e da nossa dramaturgia experimental dos anos 40." (Luís Francisco Rebello, - pref. a Teatro Completo de António Pedro, Lisboa, 1981, p. 19).
“Deixou o seu nome ligado ao movimento surrealista português, assinando, logo em 1930, o Manifesto do I Salão dos Independentes. Fundou a 1ª galeria de arte moderna em Lisboa (Galeria UP, 1932), fez parte do Grupo Surrealista fundado em 1947 e colaborou na 1ª Exposição Surrealista em Lisboa (1949). Viveu em Paris, no Brasil e em Londres, fixando-se definitivamente em Moledo do Minho em 1951. Dirigiu o Teatro Experimental do Porto desde 1953 e realizou para a RTP, nos últimos anos de vida, vários programas.” (Nota bibliográfica da Biblioteca Nacional)
Juntamente com Almada Negreiros (1893-1970) foram os mais multifacetados criadores portugueses do século XX, embora a multidisciplinaridade de Almada fosse menos extensa, conquanto mais polémica, mais exuberante e, geralmente, mais aplaudida.
Autor de um “romance” (Apenas uma Narrativa), que provocou uma ruptura na literatura portuguesa, o único português a assinar o “Manifesto Dimensionista” (Paris, 1936) principal introdutor do surrealismo em Portugal, voz da liberdade para Portugal, através da BBC, na II Guerra Mundial, artista gráfico, polemista e cidadão, António Pedro foi sobretudo o homem do teatro, encontrando teatralidade em todas as outras vertentes em que interveio.
.
Intervenção artística em Caminha
Criação de Painel de Azulejos, decoração da fachada e de interiores para o BAR DO JOÃO, uma intervenção artística de pendor cultural
O meio familiar, que foi seu berço, viu-o nascer na Cidade da Praia, há 101 anos, em 09.12.1909, e viu-o crescer em Caminha, frequentando, então, um colégio jesuíta na Galiza. Seguiu-se o liceu em Coimbra e, de novo, em Cabo Verde, para depois experimentar as faculdades de Letras e de Direito, em Lisboa. Mas, insatisfeito, o seu espírito subversivo fê-lo rumar a Paris aos 25 anos (1934), onde chegou a estudar no Instituto de Arte e Arqueologia da Universidade de Sorbonne.
Com forte ligação ao teatro, foi director do Teatro Apolo (Lisboa) em 1949 e director, figurinista e encenador do Teatro Experimental do Porto entre 1953 e 1961.
Envolvido com surrealistas, assinou com Kandinsky, Picabia e Duchamp o Manifesto Dimensionista e uma década depois expunha com Max Ernst, Miró e Picasso na Surrealist Diversity, em Londres. Foi o seu pendor surrealista que o trouxe de Inglaterra, onde fora, ao lado de Fernando Pessa, uma voz portuguesa na BBC, na II Grande Guerra, entre 1944 e 1945, onde foi crítico de arte e cronista, e de regresso a Lisboa, participa na 1.ª Exposição Surrealista da capital, com Mário Cesariny e outros.
Incansável e irrequieto espírito, António Pedro só viria a parar por curto espaço de 8 anos (1953-1961) no Porto, onde dirigiu o Teatro Experimental (TEP), desenvolvendo uma nova experiência de teatro no nosso País.
Nos anos 60 regressou definitivamente à sua casa de família e à sua oficina de cerâmica de Moledo, onde morreria a 17.08.1966.
Grande parte da sua obra como pintor perdeu-se aquando dum incêndio no seu atelier.
Artista plástico, ceramista, escritor, dramaturgo, encenador, crítico, cronista, “surrealista e tudo”, poeta e teatrólogo, ficcionista, ensaísta, novelista, romancista, escultor, fundador da primeira galeria de arte moderna em Portugal, director de uma revista de vanguarda: Variante; cenógrafo, figurinista, teorizador, pedagogo, tradutor, director artístico, desenhista, caricaturista, jornalista (imprensa, rádio e televisão), António Pedro foi ainda editor e organizador de cortejos históricos.
“Espírito multifacetado e aberto a quase todas as experiências da criação artística, distinguiu-se sobretudo nos campos da pintura e do teatro (como dramaturgo e como encenador, nomeadamente no Teatro Experimental do Porto, cuja sala tem hoje o seu nome). A sua actividade literária alargou-se ao comentário radiofónico, que praticou na B.B.C. durante a 2ª Guerra Mundial. “Fortemente marcado por uma adesão extremamente inteligente ao Surrealismo, de que foi um dos introdutores em Portugal e um dos principais expoentes, António Pedro fez parte do Grupo Surrealista de Lisboa (1947). Foi director da revista "Variante", colaborador de inúmeras revistas e jornais, organizou o 1º salão de Independentes de Lisboa (em colaboração com Diogo de Macedo) em 1930, e participou em variadas exposições em Lisboa, Paris, Londres, e no Brasil. Como ceramista, desenvolveu apreciável actividade em Moledo e Viana do Castelo.” (Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, 20 vols., secretariado por MAGALHÃES, António Pereira Dias; OLIVEIRA, Manuel Alves, 1ª ed., Lisboa, editorial Verbo, vol.14, 1973, pp.1588-1589)
“Em Paris, entre 1934 e 1935, evoluiu, no domínio da poesia, de uma estética próxima do decadentismo, para uma expressão poética que recupera a vertente vanguardista do modernismo e que se aproxima do dimensionismo, (…) e redige a sua primeira peça teatral, Comédie en un Acte , texto de nítida influência pirandelliana. Ligando-se a meios artísticos e intelectuais de vanguarda, assinou, juntamente com artistas ligados aos movimentos surrealista e dada europeus, como M. Duchamp, Kadinsky, Delaunay, Picabia, Miró, entre outros, o Manifeste Dimensioniste. Apenas uma Narrativa, de 1942, é considerada uma das primeiras manifestações do surrealismo em Portugal.”
“Em Londres, entre 1944 e 1945, como correspondente português na BBC, participou nas actividades do grupo surrealista de Londres.”
De regresso a Portugal, integrou o Grupo Surrealista de Lisboa, publicando, no segundo número dos Cadernos Surrealistas , o Proto-Poema da Serra de Agra.”
A partir dos fins dos anos 40, dedicou-se quase exclusivamente à actividade teatral, desempenhando um papel fundamental na renovação do teatro português. Depois de uma experiência frustrada com o grupo Companheiros do Pátio das Comédias, fundou e dirigiu, entre 1953 e 1962, o Teatro Experimental do Porto, construindo espectáculos que contribuíram para a divulgação de grandes nomes da dramaturgia contemporânea, portugueses e estrangeiros, como Miller, Ionesco, Bernardo Santareno. Os textos dramáticos que escreveu, destinados às companhias que dirigiu, incluem a referida Comédia em um Acto , em duas versões, portuguesa e francesa; um exercício coral adaptado do romance tradicional português Reginaldo ; uma farsa para fantoches, O Lorpa ; e três grandes peças: Desimaginação, Antígona e Andam Ladrões Cá em Casa , a todas sendo comum "um agudo sentido da convenção teatral, deliberadamente assumida como tal e levada às últimas consequências, muito característico [...] do teatro pós-pirandelliano e da nossa dramaturgia experimental dos anos 40." (Luís Francisco Rebello, - pref. a Teatro Completo de António Pedro, Lisboa, 1981, p. 19).
“Deixou o seu nome ligado ao movimento surrealista português, assinando, logo em 1930, o Manifesto do I Salão dos Independentes. Fundou a 1ª galeria de arte moderna em Lisboa (Galeria UP, 1932), fez parte do Grupo Surrealista fundado em 1947 e colaborou na 1ª Exposição Surrealista em Lisboa (1949). Viveu em Paris, no Brasil e em Londres, fixando-se definitivamente em Moledo do Minho em 1951. Dirigiu o Teatro Experimental do Porto desde 1953 e realizou para a RTP, nos últimos anos de vida, vários programas.” (Nota bibliográfica da Biblioteca Nacional)
Juntamente com Almada Negreiros (1893-1970) foram os mais multifacetados criadores portugueses do século XX, embora a multidisciplinaridade de Almada fosse menos extensa, conquanto mais polémica, mais exuberante e, geralmente, mais aplaudida.
Autor de um “romance” (Apenas uma Narrativa), que provocou uma ruptura na literatura portuguesa, o único português a assinar o “Manifesto Dimensionista” (Paris, 1936) principal introdutor do surrealismo em Portugal, voz da liberdade para Portugal, através da BBC, na II Guerra Mundial, artista gráfico, polemista e cidadão, António Pedro foi sobretudo o homem do teatro, encontrando teatralidade em todas as outras vertentes em que interveio.
.
Intervenção artística em Caminha
Criação de Painel de Azulejos, decoração da fachada e de interiores para o BAR DO JOÃO, uma intervenção artística de pendor cultural
Romance da Móia-Móia
Escrito para Cantiga de Cegos, em Setembro de 1951 Neste clip, também, – “Rapto na paisagem povoada” – 1946 – óleo sobre tela 121×122cm col.CAM – FCG, Lisboa e Banda sonora: Excertos de Sonata No. 14, “Moonlight”, Op. 27, No. 2 Beethoven
.
.
2 comentários:
Claro que agrada! Se não vai o homem à enciclópédia vai à enciclopédia ao homem...
JR
Claro que esperava este regresso.
Como sempre,vai-nos continuar a ser útil.
Um abraço.
Enviar um comentário