segunda-feira, outubro 12, 2009

«NOBEL DA PAZ PARA OBAMA?»

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Apoiantes de Obama em frente à Casa Branca na ressaca do anúncio do prémio

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Fernando Sousa Marques, há anos radicado nos EUA, enviou-nos por mail, a uns tantos amigos, o seguinte texto, autorizando-nos a divulgá-lo, se assim entendêssemos. Texto, aliás, que é a transcrição de uma sua postagem no blogue de que é autor, desde recentemente, e que se intitula O MUNDO AQUI TÃO PERTO
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As reflexões acerca da atribuição do Nobel - do nosso enviado especial às presidenciais dos EEUU (como por graça eu dizia, então) aqui, nas páginas deste blogue - são as que seguem:
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1
Acabo de ouvir a curta e significativa intervenção que Obama fez a propósito do prémio Nobel da Paz. Para quem tinha dúvidas, basta reflectir sobre este curto e importantíssimo discurso. É impressionante ouvir falar no "meu período de vida"..., dito por quem tem a vida em risco. Que o mundo bom proteja Obama!
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2
Quando Guantanamo for encerrada e a invasão do Iraque terminar, ainda faltará resolver a embrulhada do Paquistão/Afeganistão... Entretanto o complexo industrial/militar/político quer mais guerras: Irão e o que mais "estiver a dar"... Obama, que tem, permanentemente, a vida em risco, neste país onde é tão fácil matar, merece o Nobel... que mais poderá fazer o mundo para o apoiar?...
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3
As pessoas que põem em causa esta decisão e acham que é cedo porque Obama nada fez ainda não perceberam a importância de ter eleito Obama para Presidente dos EUA. Orgulho-me de ter participado na campanha, de ter andado na rua a inscrever cidadãos, que nunca tinham votado, nos cadernos eleitorais. A paz faz-se de muitas pequenas/grandes acções...

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Associo-me aos que se regozijaram com a atribuição do Nobel da Paz a Obama. Considerando, igualmente, que é mais um prémio do volte face extraordinário verificado nos EUA, da tenaz vontade do novo presidente em se comprometer com novas medidas tendentes à paz efectiva e às cada vez mais instantes preocupações sociais (a pobreza cada vez mais crescente) e ambientais.
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Certo que alguns, mais friamente não estarão tão entusiasmados assim com este Nobel porque ele se pode transformar num muito embaraçoso problema para o aliado cada vez mais importante do Ocidente: o cariz de bondade do contemplado que lhe está na origem, pode comprometer a eficácia e a persuasão da sua política.
Mas nós os menos dotados de espírito belicista e menos dados a tão frios raciocínios… Qual de nós é que se lembra que Obama é, antes de tudo, o Presidente da maior potência do mundo?
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Porém, e por outro lado, não me sai da cabeça a justificação (conhecida ontem) do Presidente do Comité do Nobel dessa atribuição:
“Num comentário à reacção do polaco Lech Walesa, Nobel da Paz em 1983, que considerou ser demasiado cedo para a distinção ser atribuída a Obama, Jagland, que dirige o comité desde Fevereiro, disse que o Presidente dos EUA poderia recebê-lo "demasiado tarde". "Acompanhamos o espírito do tempo, a necessidade da época", justificou.”
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No fundo é muito isso que a mensagem do Fernando S Marques nos quer transmitir. Atitude que partilho igualmente. Com enorme esperança.



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1 comentário:

FernandoSousaMarques disse...

Agradeço as palavras do José Luís Ferreira e o eco que fez dos meus pequenos textos. É bom fazer chegar a outras pessoas a mensagem.

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