Pinochet pela 'pena' de Kaos
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por ele e pelo que ele representaCada data – ou algumas datas – tem o condão de nos lembrar certos eventos. Para além, naturalmente, dos pessoais. Sobretudo outros – outros esses que, em geral, até se sobrepõem àqueles.
Por vezes atribuímos a um determinado evento uma maior carga emotiva, ou meramente mais impressiva, ou historicamente mais importante que outras comemoradas no mesmo dia.
Não que, dessas outras, algumas delas não tenham, para nós, direito a um quase igual destaque...
Mas!...
Não sei se por ser mais antigo (!), se por ter representado para mim um importante marco histórico (talvez de maior, ou talvez de igual importância. Não de menor), costumo distinguir o 11 de Setembro do Chile (1973) do americano (2001). A este último refiro-o, sempre, como “o outro 11 de Setembro, o de 2001”.
Claro que a explicação para estes factos é sempre a mesma (e eterna): a do ângulo em que olhamos os eventos e a História.
Comprovadíssimo que é assim.
3 comentários:
Além da memória,é necessária muita lucidez,para distinguir a data.
A meu ver,quem sai mal em qualquer delas é o mesmo.
No "americano" é que os lavadinhos ocidentais europeus começaram a falar em terrorismo,vítimas,etc.
Nesse tempo,o problema do Império ainda não era o do petróleo.Era o do cobre.Era o de uma empresa que,parece-me,nunca se percebeu muito bem se tinha a ver com o mercado ou com a "inteligência".
Chamava-se "United Frut" e mandava em toda a América Latina.
Claro que o cobre desvalorizou e nunca mais recuperou...
Deixou de ser necessário para energia e comunicações.
Mas,os culpados,os terroristas eram os comunistas.
A corte imperial,pensava,tinha os árabes sob controle e,por serem árabes,nunca seriam "comunistas","terroristas",etc.
O Império teve o azar de,ao longo dos anos,ser chefiado por cowboys.
Terroristas,foram sempre os "índios"!
Mesmo hoje,terão dificuldades em resolver o problema da sua "atitude".
Aparentemente, parece estarmos perante dois contextos históricos distintos. Em 1973, o 11 de Setembro de 2001 ainda não existia. Em 2001, o 11 de Setembro de 1973 já não existia.
Mas não estou assim tão seguro. O significado da invasão americana do Iraque será assim tão diferente da invasão americana no Chile? À superfície, parece que sim. Na essência, é o que resta saber.
JR
Respondo a este, que me é caro o assunto. Tal como Brecht diz que foram buscar todos e ele não se importou...até que chegou a vez dele!
O golpe de estado no Chile foi uma coisas sangrenta e de terríveis consequências para um povo, um continente. Do mais recente 11 de Setembro ficou-nos o medo de todos os povos ...um absurdo medo da cegueira de interesses à solta. Mais acutilante, se possível porque com focos mundiais.
Abç
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