terça-feira, junho 26, 2007

FLEXIgurança É MAIS CONDIZENTE...





Não diria como Manuel Carvalho, no seu editorial do PÚBLICO, de hoje, que “a palavra é feia e o seu significado confuso”.
Ele fala da flexi-segurança.
Mas num telegrama da Lusa acabo de ler
flexigurança. Creio ser mais aceitável, assim, a proposta de Bruxelas: a segurança não existe mesmo ou é coisa encapotada, a fazer de conta. Como não é coisa que dê dividendos, corta-se o mal pela raiz. Ou seja, corta-se o SE de segurança, e fica destacada uma mais rentável flexi.

Mas voltando àquele texto (aqui, à introdução) do director adjunto do diário, a flexi-segurança, parece-me, mais, uma panaceia, qual droga paliativa de uma morte anunciada, mas lenta.

Enquanto não for feito o diagnóstico exaustivo (noutro laboratório que não apenas no do capitalista) da situação, em todas as suas vertentes...

Enquanto a farmacologia social não descobrir mezinha que substitua o unguento e um tratamento eficaz...

Mal acomparado, é como se, para uma família pobre, sem recursos nem pão, a solução fosse assegurar o inevitável aumento de preço de quaisquer bens (essenciais, incluídos), pôr uma assistente social a fazer entender que a situação dessa família é irreversível e irremediável, uma freira a incutir-lhe espírito de santa resignação e (hélas!) ao mesmo tempo garantir-lhe a inevitável protecção no seu processo irresolúvel...

Nem mais: eutanásia TAMBÉM social.

2 comentários:

aminhapele disse...

Desculpe,meu caro JLF,mas não acredito que se trate de "panaceia".
Isso traria montes de encargos para a Saúde.
Os senhores que mandam em nós,na sua macro-análise,entendem que ainda somos demasiados a trabalhar.
Há que flexibilizar os despedimentos:com os anos que as questões demoram a resolver,a maioria morre.
A segurança é só para aquela meia dúzia que compra os fatos no mesmo sítio,que tem assessores que escolhem a gravata apropriada a cada ocasião,que os ensina a comer e a falar,a ter pose de "estado",etc.
Para eles basta um país que tenha praias,restaurantes,hoteis e standes de automóveis.
O resto é para a "europa"!
Por isso vão fechando as escolas,os hospitais,as maternidades etc.
Iremos ter o tal Aeroporto e o tal TGV,para os senhores poderem sair daqui para fora quando lhes apetece.
O resto,o que chateia,é para exterminar.

jlf disse...

Desculpe, Rui L, mas está a contestar ou a constatar?
Parece que estamos de acordo... Eu fui andando até à "eutanásia TAMBÉM social"...

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